quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PREVENÇÃO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO

Versão para Impressão
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO
Sinônimo:
Prevenção de câncer gástrico.
O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença, através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm esses fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
Como se faz prevenção do câncer gástrico?
O tubo digestivo é composto de várias partes diferentes, começando pela boca, passando pelo esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso ou cólon, o reto e terminando no ânus.
O estômago é o órgão que fica na porção superior do abdômen, logo abaixo do pulmão, localizado entre o esôfago e o intestino. Com o seu formato de bolsa, ele tem a função de expor os alimentos ingeridos a substâncias que tornem esses alimentos digeríveis, como o ácido clorídrico, para serem aproveitados pelo resto do corpo como fonte de energia e de outros fatores constitutivos, como as fibras e as vitaminas. Por ser exposta a uma série de agressores através dessa ingestão, a mucosa que recobre o estômago é alvo de vários agentes químicos ou infecciosos. Quando essa agressão é repetida por vários anos pode gerar uma transformação nas células do estômago, que pode inclusive progredir para uma transformação maligna.
O estômago é composto de vários tipos de células, porém o tipo mais comum de câncer gástrico é o adenocarcinoma, que envolve as células glandulares do estômago.
Esse tipo de tumor é muito comum no mundo todo e é responsável por grande parte das mortes relacionadas à neoplasias.
Entretanto observou-se que os casos de câncer de estômago estão diminuindo no mundo e acredita-se que este declínio se deve:
 
às formas mais modernas de conservação de alimentos.
ao aumento da ingestão de frutas e legumes.
à diminuição da ingestão de comidas muito salgadas, principalmente, alguns tipos de carnes conservadas com sal, como o charque e a carne-de-sol.
Esse tipo de câncer também está associado a outros tipos de doenças como infecção por Helicobacter pylori e refluxo gastro-esofágico.
O câncer de estômago, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer Gástrico" nesse site).
Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se podem modificar, se expondo mais a eles.
Os fatores de risco para câncer gástrico mais conhecidos e que podem ser modificados são:
 
Dieta
Ingerir grandes quantidades de sal ou comidas conservadas através da adição de sal está associado a um maior risco para câncer de estômago.
Além disso, pessoas que ingerem uma dieta pobre em alimentos de origem vegetal têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
Logo, comer uma dieta rica em fibras e com sal em quantidades moderadas é fator de proteção para o câncer de estômago.
Essa proteção para o câncer de estômago através da dieta parece ser particularmente relacionada com a ingestão de vitamina C e beta-caroteno. Vários estudos estão sendo feitos para se confirmar o efeito benéfico de outros nutrientes, como a vitamina E e o selênio.
Independente da confirmação desses estudos, uma dieta saudável com frutas, grãos integrais, legumes e verduras é benéfica para combater diversas doenças. Por isso, inclua sempre na sua alimentação pelo menos cinco ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia, incluindo sucos naturais.
Doenças associadas
Doenças como infecção por Helicobacter pylori e refluxo gastro-esofágico estão associadas a um maior risco para câncer gástrico.
Porém, ainda não está completamente estabelecido se tratar essas doenças reduz as taxas de aparecimento desse câncer e interrompe o desenvolvimento de lesões pré-malignas.
No caso de você ter uma dessas doenças, converse com o seu médico para determinar com que freqüência você deve fazer exames para pesquisar leões precursoras do câncer ou para detectá-lo precocemente.
Quanto mais cedo uma neoplasia é diagnosticada, maiores são as chances de cura.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Sempre tive gastrite. Isso pode se transformar em câncer?
Fazer endoscopia com um aparelho que foi usado em uma pessoa com câncer pode ser perigoso para mim?

VERMINOSES

Sinônimo:
parasitoses intestinais
O que é?
Infecções intestinais causadas por uma variedade de agentes muito comuns em pessoas de baixa renda sem acesso a redes de esgoto e água tratada.
Como se adquire?
A contaminação se dá de várias formas sendo que a principal é a ingestão de alimentos ou água contaminada e através da pele por ferimentos pequenos.
O que se sente?
De modo geral, a maioria das pessoas infectadas se apresenta com quadro de dor abdominal, cólicas, náuseas, vômitos, diarréias, perda de peso, anemia, febre e quadros respiratórios.
Como se faz o diagnóstico?
A apresentação dos sintomas e os exames de fezes normalmente dão a identificação do parasita. Exames de sangue podem ser necessários se houver acometimento sistêmico.
Como se trata?
Medicamentos antiparasitários específicos após a identificação do agente causador.
Como se previne?
O tratamento das populações afetadas reduz bastante o índice de infecções numa comunidade:
 
cuidados de higiene pessoal e doméstica,
evitar contato íntimo das crianças com solo ou água contaminada,
ferver ou filtrar a água usada na alimentação,
não andar descalço.
Do ponto de vista da comunidade a prevenção se faz através de:
 
educação para a saúde
proibição do uso de fezes humanas para adubo
saneamento básico a toda população
condições de moradia compatíveis com uma vida saudável.

Prisão de Ventre: livre-se dela

A prisão de ventre atinge grande parte da população. Pode ser do tipo aguda, de forma repentina e claramente perceptível ou crônica que pode começar de forma sutil e persistir durante meses ou anos. As causas mais comuns estão relacionadas a hábitos de vida como: dieta inadequada, sedentarismo e a não resposta ao estímulo evacuatório devido à pressa do dia a dia.

Para a maioria das pessoas, ir ao banheiro, principalmente na rua, não é exatamente confortável, mas, não ir com certeza pode gerar um problemão. Afinal, o intestino preso provoca desconforto abdominal, faz a barriga inchar e por causa do acúmulo de toxinas, rouba a vitalidade da pele, além de provocar irritabilidade. “O termo ‘enfezado’ vem disso, cheio de fezes. A quantidade de liberação de toxinas para o corpo também é grande quando se está constipado, pois o organismo sabe o que precisa absorver e o que precisa expelir e, se isso fica retido, vai ter uma maior absorção do que não é bom.”, diz Vânia Barberan, membra da Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro.

Medicamentos ou doenças neurológicas, musculares e endócrinas também podem causar a prisão de ventre, que se não tratada, acarreta em complicações proctológicas como as hemorróidas (dilatações nas veias do ânus).”Diversos tipos de câncer intestinal também estão relacionados à constipação. Até mesmo porque quem tem intestino preso, normalmente come mais carne, alimentos refinados, doces com açúcar e bebe refrigerante no lugar da água. Consumos que fazem mal ao organismo”, afirma a especialista.

A alimentação, sem dúvida, pode ser uma grande aliada no combate a este mal e as fibras são os nutrientes mais indicados nesta batalha. Mas, é preciso tomar cuidado com o exagero. “Sim, o consumo de fibras é importante para o bom funcionamento intestinal. No entanto, além de não ser o único fator, o seu uso em excesso pode causar sensação de ‘empanzinamento’, gazes e distensão.”, explica Bernardo Junger, da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro.

Para a nutricionista, tudo é uma questão de equilíbrio. “As fibras têm que ser associadas ao consumo de água. Sem isso, elas realmente podem causar constipação. Entenda: a prisão de ventre é uma sinalização do organismo de que sua alimentação está errada. Logo, não adianta ficar tentando soluções rápidas e milagrosas. A rotina do dia a dia que deve ser alterada e isso leva tempo e dá trabalho, mas, é melhor fazer por opção do que ser obrigado em função de alguma patologia instalada.”, ressalta.

Na verdade, para o bom funcionamento do intestino é necessário principalmente aumentar o consumo de água e seguir uma dieta balanceada, sem radicalismos. “Nenhum alimento é vilão ou mocinho, todos são bons. Caso algum alimento esteja causando constipação isso deve ser investigado. A banana e a maçã, mesmo sendo mais secas, não vão causar prisão de ventre em quem tem uma alimentação saudável.”, comenta Vânia Barberan.

O consumo de óleos vegetais pode ajudar, mas, a especialista alerta que hoje há muito uso de óleos minerais (vasilina, glicerina e óleo mineral) que não são bons para o organismo. “Vou fazer uma pergunta ilustrativa: o que tem de bom se você comer um saco plástico? Esses óleos são derivados do petróleo e por isso, não fazemos a digestão deles, que passam direto pelo intestino. Será que isso é bom? Eu não acho. Até porque não resolve o problema, só alivia o paciente naquele momento e propicia uma queda na absorção de nutrientes.”, expõe.

Aliás, de acordo com os profissionais da área da saúde o uso de laxantes também é um erro. “A constipação deve ser tratada a longo prazo, a utilização constante de laxantes leva a uma prisão de ventre crônica, que faz o intestino ficar dependente do estímulo causado pelo medicamento. Hoje sabemos que o uso contínuo de substâncias como cáscara sagrada e sene são mais nocivos do que bons para o corpo. Pode-se utilizar um laxante de forma pontual, para aliviar o paciente constipado, mas a reeducação alimentar deve ser sempre priorizada.”, diz a nutricionista. O remédio só deve ser utilizado quando prescrito por um médico, pois ele gera um ciclo vicioso no organismo, que ao longo do tempo lesa as células nervosas que controlam a movimentação do intestino, piorando então o probelma.

É bom esclarecer que o fato de não evacuar todos os dias, não significa que a pessoa tenha prisão de ventre. “O conceito de hábito intestinal normal é muito variável, há levantamentos que indicam desde uma evacuação a cada três dias até três evacuações ao dia.”, explica Bernardo Junger. Além disso, a constipação intestinal relaciona-se não só à freqüência, mas também ao esforço para evacuar, às fezes endurecidas e à sensação de evacuação incompleta. “O mais importante é atentar para uma mudança do seu hábito intestinal, daquilo que é o seu normal. Uma prisão de ventre de início recente ou abrupto, principalmente em pessoas acima de 50 anos, assim como acompanhada do que chamamos de sintomas de alarme - como sangramento, perda de peso e dor abdominal - deve motivar a procura imediata de uma consulta médica.”, acrescenta o doutor.

Muitos idosos sofrem deste mal, afinal, na idade mais avançada os músculos tendem a ficar mais relaxados e flácidos, inclusive no interior do corpo, o que pode causar constipação. Uma dieta alimentar equilibrada melhora sensivelmente o problema, somada à atividade física para o fortalecimento da parede abdominal.

Também se sabe que o sexo feminino é mais atingido pela prisão de ventre. A proporção é de duas a três mulheres para cada homem com a queixa, mas ainda não se encontrou uma razão para isso. “Parece que está relacionado mais a um ‘pudor’ do que necessariamente a uma questão fisiológica. Além do que, as mulheres criam regras para elas mesmas viverem que só elas entendem”, conta a nutricionista.

Hábitos alimentares, utilizando frutas, hortaliças, legumes, grãos e farelo como fonte de fibras, atender à vontade de evacuar e não inibir esse reflexo, procurar adotar um horário mais conveniente para ir ao banheiro, preferencialmente após a refeição matinal, fazer regularmente algum tipo de atividade física são atitudes que vão melhorar o sei funcionamento intestinal. A melhora acontecerá após alguns dias, portanto, não deixe de seguir as orientações se os resultados não vierem logo.

Por Thais Padua, Rio de Janeiro.

LEUCEMIA: Decisão do STJ contribui para baratear preço de medicamento no Brasil

LOC/REPÓRTER: Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça vai possibilitar que o medicamento Glivec, usado no tratamento da leucemia, possa ser encontrado a preços mais baixos no Brasil. Atualmente o medicamento é vendido a valores elevados porque uma única empresa é detentora da patente até 2012. Essa empresa, a Novartis, tentava na Justiça ampliar o direito a patente até 2013, mas o STJ manteve o prazo previsto em lei. Com o término do prazo da patente, outros laboratórios proderão produzir medicamentos genéricos, aumentando a oferta do produto. Osecretário de Ciência, Tecnologia do Ministério da Saude, Reinaldo Guimaraes, explica como essa decisão pode beneficiar o País.
TEC/SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia do Ministério da Saúde - Reinaldo Guimaraes
"Quando a patente for extinta, em 2012, certamente os preços vão cair muito mais. Por que? Porque aí aparecerão no mercado medicamentos genéricos desta substância. Como aconteceu com o viagra, que o STJ teve uma decisão idêntica a essa do Glivec, e com oLiptor, que também o STJ deu essa sentença negando o pedido de extensão de patente."
LOC/REPÓRTER: Atualmente, o Sistema Único de Saúde fornece o Glivec gratuitamente para sete mil e quinhentas pessoas. O país gastava cerca de 260 milhões de reais por ano na aquisição desse medicamento. Neste ano, após uma negociação com a empresa, o governo brasileiro conseguiu reduzir em cerca de 50% esse preço, com economia de mais de cem milhões de reais. Reinaldo Guimaraes afirma que, com a quebra da patente em 2012, o preço do medicamento vai cair ainda mais.
TEC/SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia do Ministério da Saúde - Reinaldo Guimaraes
"É uma boa notícia porque a experiência mundial comprova que excesso de patente acabar por limitar o acesso das pessoas ao remédio. Pedir extensão de patentes significa você botar por mais tempo o monopólio. Então o Ministério fica muito contente porque percebe que o STJ está firmando uma jurisprudência para novos casos de pedidos de extensão de patente."
LOC/REPÓRTER: De acordo com adecisão da Terceira Turma, a patente do Glivec é válida até 3 de abril de 2012

terça-feira, 26 de outubro de 2010


XVI Plenária Nacional de Conselhos de Saúde


          Cerca de dois mil conselheiros de saúde de todo o País estarão reunidos, em Brasília, entre os dias 16 e 18 de novembro durante a XVII Plenária Nacional de Conselhos de Saúde – movimento dos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional.

         O número de participantes será de 2 a 4 representantes por Conselho. As inscrições devem ser feitas por meio dos Conselhos Estaduais, que deverão encaminhar as fichas ao Conselho Nacional de Saúde, via e-mail ou fax, até o dia 30 de outubro de 2010. Somente serão consideradas as inscrições dos Conselhos Municipais cadastrados no CNS que forem encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Saúde.

         Vale ressaltar, ainda, que representantes das Secretarias-Executivas dos respectivos Conselhos de Saúde não poderão se inscrever na vaga destinada aos Conselheiros de Saúde. As despesas dos delegados com passagem, hospedagem e alimentação serão custeadas pelo Conselho de origem.

Informações:
Data: 16, 17 e 18 de novembro de 2010
Local: Grande Oriente do Brasil
Endereço: SGAS 913 módulo 60/61 – Asa Sul, Brasília, DF





Tão jovens e tão ameaçados

Aumenta o número de casos de derrame cerebral entre os
brasileiros mais moços. Também, com a vida que eles levam...




Liane Neves
SOS IMEDIATO
Vítima de um derrame aos 24 anos, Lúcia Gonçalves recebeu atendimento rápido e não tem sequelas


VEJA TAMBÉM

Era uma sexta-feira e a residente de medicina Lúcia Gutheil Gonçalves, então com 24 anos de idade, estava pronta para aproveitar a noite de Porto Alegre. Havia acabado de se maquiar e, para ir embora, só precisava pegar a bolsa. No momento em que tentou fazer o gesto, no entanto, seu braço não se moveu. Lúcia pensou em sentar-se para relaxar. Dessa vez, foi a perna direita que não obedeceu ao comando. Ela caiu. Deitada no chão e com a parte direita do corpo paralisada, alcançou o celular e ligou para a mãe: "Meu corpo não se move". Não conseguiu emitir nem mais uma palavra – a essa altura, sua voz já soava empastada. Sua mãe, médica, entendeu o que estava acontecendo e agiu rapidamente: em apenas meia hora, a residente recebeu o diagnóstico de derrame cerebral em um pronto-socorro hospitalar.
A cada ano, no Brasil, cerca de 20 000 jovens como Lúcia são acometidos por derrame cerebral, doença que se caracteriza pela interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. O número, por si só, surpreende, já que a doença é comumente associada aos mais velhos. Outro dado espantoso: em grande parte das vezes, o derrame entre jovens decorre de um segundo mal também relacionado ao processo natural de envelhecimento, a aterosclerose – a deterioração e o estreitamento da parede das artérias causados pelo acúmulo de placas de gordura e de cálcio. Um estudo conduzido no Rio Grande do Sul com 682 homens e mulheres vítimas de derrame mostrou que 20% dos participantes com até 45 anos apresentavam esse distúrbio. Nos anos 80, apenas 10% dos casos de derrame entre pacientes da mesma faixa etária eram decorrentes de aterosclerose. "Trata-se de um quadro extremamente preocupante", diz o neurologista Maurício Friedrich, do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, um dos coordenadores da pesquisa.
Os jovens sofrem cada vez mais de doenças associadas aos velhos porque seu estilo de vida, para evitar meias palavras, é uma porcaria. Tabagismo, má alimentação, stress e sedentarismo, além de influenciar diretamente no desenvolvimento de distúrbios extemporâneos, também agravam fatores de risco preexistentes. "A adoção de hábitos saudáveis é tão importante que poderia evitar pelo menos 30% dos casos de aterosclerose", diz Eli Faria Evaristo, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. "Tal redução, por sua vez, teria um forte impacto na diminuição dos casos de derrame cerebral."
O derrame é a doença que mais mata no Brasil – a cada ano, 100 000 brasileiros morrem vítimas da doença. Além da aterosclerose, problemas congênitos e arritmias cardíacas estão entre as suas principais causas. Dos que sobrevivem a ele, cinco em cada dez ficam com sequelas permanentes. A gravidade da doença depende tanto do local atingido quanto do número de vasos que foram comprometidos pela falta de irrigação sanguínea. O tratamento é, na maioria das vezes, feito com trombolíticos – medicamentos que facilitam a circulação sanguínea. Em metade dos casos, as sequelas da doença podem ser completamente revertidas. Para isso, é fundamental que o paciente receba socorro rapidamente. No caso de derrames leves, pacientes atendidos em até quatro horas têm 50% de possibilidade de ter as lesões totalmente revertidas. Já as vítimas atendidas em até uma hora têm mais de 90% de chance de sair ilesas – graças à presteza da mãe, foi esse o caso de Lúcia, a residente gaúcha.

Proteção vinda do coração

Divugação
"GUARDA-CHUVA" ANTICOÁGULO
Implantado no coração, o dispositivo impede 30% dos derrames

A agência reguladora de remédios da Europa aprovou recentemente a primeira prótese que evita a formação de coágulos no coração. Para o músculo cardíaco em si, a novidade não tem o menor impacto. É para o cérebro que ela fará diferença. Cerca de 30% dos casos de derrame cerebral são causados por coágulos que se formam no coração, sobretudo em pacientes com mais de 50 anos. Os coágulos surgem durante a fibrilação atrial, um tipo de arritmia que diminui a circulação sanguínea dentro do órgão, favorecendo, assim, a formação desses trombos (para usar uma comparação didática, bolotas de sangue). Levados ao cérebro, eles podem obstruir vasos.
Quase 90% dos coágulos cardíacos se formam na auriculeta, uma saliência de 2 centímetros localizada na superfície do átrio esquerdo – a cavidade do coração que recebe o sangue oxigenado dos pulmões. A auriculeta é uma extensão do átrio, que, ao agir como se fosse uma sanfona, tem a função de ampliar os movimentos de contração do órgão em situações de muito stress. "Quando o homem precisava fugir de predadores, ela foi de imensa utilidade", exemplifica José Carlos Pachón, responsável pelo serviço de arritmias do Hospital do Coração. "Hoje, ela é útil principalmente para atletas que participam de provas de explosão, como os velocistas."
Pois o que a nova prótese faz é simplesmente fechar a auriculeta. Batizada de Watchman, ela é feita de níquel e titânio e mede 3 centímetros. O procedimento para implantá-la é semelhante ao do stent. O dispositivo entra no organismo por meio de um cateter. Ao chegar à auriculeta, é aberto como um guarda-chuva, bloqueando a entrada de sangue no local e, como consequência, impedindo a formação de coágulos. Até hoje, a única forma de tratar coágulos no coração era o uso de anticoagulantes. "Esses medicamentos, porém, além de exigir monitoramento semanal, oferecem risco de hemorragias", diz Eduardo Saad, chefe do setor de arritmias do Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro. A nova prótese – em fase final de análise no FDA, a agência de saúde americana – deve chegar ao Brasil até o fim do ano que vem.

Saúde Bucal é mais que escovar os dentes

Saúde Bucal é mais que escovar os dentes 

Quando se fala em Saúde Bucal, sobretudo em datas comemorativas como a da próxima segunda-feira, 25/10, ocasião em que se comemora o seu dia nacional, logo se imagina a recomendação e a prática de cuidados elementares, como escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia e após as refeições, utilizar o fio dental, entre outros. Mas em se tratando do olhar das políticas públicas e do profissional de saúde que atua no SUS, a saúde bucal deve ter seu conceito ampliado, redundando no princípio da integralidade.
“Não se separa a Saúde Bucal do restante. Boa alimentação, higiene, são itens necessários. Mas a saúde como um todo deve ser observada”, ressalta a coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Daniele Lopes Leal. Ela destaca que no que diz respeito à área, o usuário do serviço de saúde deve ser estimulado a ser independente, mas encontrando respaldo no serviço de saúde. “Incentivamos o autocuidado, mas de forma assistida, apoiada”.
Para atingir estes objetivos, a SES vem desenvolvendo o Projeto de Reorganização da Atenção em Saúde Bucal (PRA–Saúde Bucal), baseado na metodologia do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde.
De acordo com Daniele, com a implantação do PRA–Saúde Bucal as pessoas poderão construir, juntas, uma metodologia que fortaleça os municípios na elaboração de respostas aos problemas e necessidades de saúde da população. “Nosso objetivo é promover o resgate da saúde bucal como um direito de cidadania”, afirma ela.
A coordenadora afirmou que, por meio do projeto, o Estado definiu uma metodologia para a operacionalização das diretrizes estaduais, que procuram a organização da atenção, dentro de uma proposta de discussão local e adaptação às diferentes realidades. Este processo representará um passo significativo para o fortalecimento da autonomia dos municípios na condução dos seus serviços de saúde bucal.

Projeto piloto


Segundo Daniele, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as metas para a saúde bucal em 2020 estejam ligadas diretamente ao aumento da qualidade dos serviços. Estes devem, cada vez mais, se basear nos princípios de promoção à saúde, atenção primária, prevenção e tratamento efetivo das condições bucais, e no avanço nos sistemas de informação e definição de metas locais.
Tendo em vista estas recomendações, o PRA–Saúde Bucal é uma proposta de esforço conjunto de profissionais, gestores e cidadãos para, por meio do planejamento, organização, operacionalização e monitoramento das ações, buscar resultados concretos na melhoria dos indicadores de saúde bucal, da resolubilidade da atenção, e da qualidade de vida da população.
O projeto vem sendo implantado nas microrregiões de Pirapora e Uberlândia. “Esperamos que em 2011 possamos entrar na fase de ampliação, levando o projeto para outros setores do Estado. Assim, vamos organizar os serviços, todos os processos de trabalhoe os fluxos para atingirmos as metas e possibilitar que todos os mineiros tenham acesso à saúde bucal de qualidade e ainda de acordo com os princípios do SUS, como a equidade, a integralidade e a universalidade”, finaliza.

Saúde Bucal em Minas


A Atenção em Saúde Bucal em Minas Gerais está sendo redimensionada para prestar serviços de maneira integral, onde as ações de proteção, prevenção, tratamento, cura e reabilitação da saúde sejam disponibilizadas simultaneamente ao cidadão.
A ação para promover esta estratégia é desenvolvida nas Unidades Básica de Saúde.  Atualmente, 3.831 equipes da Estratégia Saúde da Família atuam em 827 municípios de Minas Gerais. Deste total, 2.026 equipes possuem profissionais de Saúde Bucal.
Por meio do fortalecimento das equipes de saúde bucal nas UBSs a SES busca promover e reorganizar a Atenção em Saúde Bucal no Estado.

Autoestima


Possuir dentes saudáveis trazem benefícios não só ao próprio corpo, mas também mantém a autoestima. É o que pode se comprovar ao conversar com a funcionária pública Marli Nacif. Aos 66 anos, ela considera um privilégio estar com uma boa saúde bucal, fato que a ajuda, inclusive, a manter ativa sua vida social. “Possuo todos os dentes e cuido muito bem deles para que eu possa preservar aquilo que eu tenho. Sem falar que um belo sorriso é como um cartão de visitas. Ajuda você a arrumar um emprego, a se relacionar e a se sentir bem consigo mesmo”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ABUSO SEXUAL

A VIOLÊNCIA COMO DOENÇA
Existem quatro categorias distintas de abuso sexual:
pedofilia
estupro
assédio sexual
exploração sexual profissional
Em todas elas, existe necessidade de tratamento tanto dos abusadores, quanto das vítimas. Não é raro ocorrer que a vítima torne-se um abusador no futuro.
Pedofilia
Sinônimo
abuso de menores, incesto, molestação de menores
A Pedofilia é um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes, efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e sofrimento. O abusador tem no mínimo 16 anos de idade e é pelo menos 5 anos mais velho que a vítima.
O abuso ocorre em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais.
A grande maioria de abusadores é de homens, mas suspeita-se que os casos de mães abusadoras sejam sub-diagnosticados. Existem 4 faixas etárias de abusadores:
jovens até 18 anos de idade, que aprendem sexo com suas vítimas
adultos de 35 a 45 anos de idade que molestam seus filhos ou os de seus amigos ou vizinhos
pessoas com mais de 55 anos de idade que sofreram algum estresse ou alguma perda por morte ou separação, ou mesmo com alguma doença que afete o Sistema Nervoso Central
e aqueles que não importa a idade, ou seja, aqueles que sempre foram abusadores por toda uma vida
O sexo praticado com crianças geralmente é oro-genital, sendo menos freqüente o contato gênito-genital ou gênito-anal.
As causas do abuso são variáveis. O molestador geralmente justifica seus atos, racionalizando que está ofertando oportunidades à criança de desenvolver-se no sexo, ser especial e saudável, inclusive praticando sexo com a permissão desta. Pode envolver-se afetivamente e não ter qualquer noção de limites entre papéis ou de diferenças de idade.
Quando ocorre dentro do seio familiar (o abusador é o pai ou padrasto, por exemplo), o processo é bastante complicado. Normalmente interna-se a criança para sua proteção, e toda uma equipe trabalha com o clareamento da situação. Por vezes, a criança é também espancada e deve ser tratada fisicamente. A família se divide entre os que acusam o abusador e os que acusam a vítima, culpando esta última pela participação e provocação do abuso. O tratamento, então, é inicialmente direcionado para a intervenção em crise.
Depois, tanto a criança, quanto o abusador e a família devem ser tratados a longo prazo.
Devido ao fato de abuso de menores ser um crime, o tratamento do abusador torna-se mais difícil.
As conseqüências emocionais para a criança são bastante graves, tornando-as inseguras, culpadas, deprimidas, com problemas sexuais e problemas nos relacionamentos íntimos na vida adulta.
Estupro
Sinônimo
violência ou violação sexual, ataque sexual
O Estupro é constranger MULHER à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça. (Artigo 213 do Código Penal Brasileiro).
O estuprador é sempre homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres, sentimentos de inadequação e insegurança em relação a sua performance sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades genéticas com tendências à agressividade.
A vítima normalmente é estigmatizada, havendo uma tendência social de acusá-la direta ou indiretamente por ter provocado o estupro. Sente-se impotente até mesmo em delatar o estuprador, que muitas vezes é alguém já conhecido, sentindo-se muito culpada e temerosa de represálias. Muitas vezes, pode sentir que o estupro não foi um estupro, que foi uma atitude permitida por ela e de sua responsabilidade. Tal atitude dificulta o delato do crime. Os sentimentos de baixo auto-estima, culpa, vergonha, temor (fobias), tristeza e desmotivação são comuns. A ideação suicida também pode piorar o quadro. São comuns sintomas similares ao Estresse Pós-Traumático (Transtorno de Ansiedade comum em soldados pós guerra).
O tratamento da vítima consiste em conscientizá-la de que o estupro foi um ataque sexual, um crime, envolvendo pessoa conhecida ou mesmo uma pessoa desconhecida com a qual a vítima possa ter marcado um encontro às escuras.
Assédio sexual
Sinônimo
molestamento, coação sexual
O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não-benvinda, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal de natureza sexual.
Existem leis que protegem as pessoas de preconceitos sexuais, tomando-se por base tais situações.
Existem dois tipos de molestamento:
quando existe uma pressão sobre a vítima para esta prestar algum favor sexual ou se submeter de alguma forma por estar hierarquicamente abaixo ao molestador
quando há uma pressão para a vítima sentir-se em um ambiente desagradável por ser de seu sexo específico. Por exemplo, uma mulher ser hostilizada ou não-benvinda por ser uma mulher em um determinado ambiente de trabalho, fazendo com que se sinta tão mal a ponto de ter de abandonar o emprego ou permanecer nele com sofrimento

O tratamento para essas vítimas consiste em ajudá-las a tomar medidas legais contra o molestador, treinando-as para identificar quando estão sendo submetidas a esse tipo de abuso.
Exploração sexual profissional
A Exploração Sexual Profissional ocorre quando há algum tipo de envolvimento sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que está prestando algum serviço (de confiança e com algum poder delegado) e um indivíduo que procurou a sua ajuda profissional.
Pode ocorrer em todos os relacionamentos profissionais nos quais haja algum tipo de poder de um indivíduo sobre o outro (assimetria). Exemplos são relações como a do médico-paciente, psicólogo-paciente, advogado-cliente, professor-aluno e clérigo-paroquiano.
Restrições à intimidade sexual entre profissionais da área médica e pacientes são já citadas no juramento de Hipócrates, que data quatrocentos anos antes de Cristo, proibindo esse tipo de atividade sexual. Atualmente, tanto o código de ética médica como o código dos psicólogos postulam os mesmos princípios, considerando seríssimos os danos causados ao paciente.
É sempre muito difícil tratar um paciente que foi explorado por um médico ou terapeuta. Há uma incapacidade da vítima para confiar novamente, impossibilitando a aliança terapêutica, extremamente necessária para desenvolver o relacionamento saudável médico-paciente e a obtenção de sucesso no tratamento.
O profissional abusador também enfrenta muitas dificuldades no seu próprio tratamento. Geralmente busca ajuda somente quando foi delatado e indiciado. Existem ainda poucos serviços especializados e direcionados ao tratamento dessas situações.

VIOXX

Vioxx retirado do mercado - Qual foi o problema?
Vioxx (Cox-2 inibidor) foi desenvolvido para tratar a artrite sem afetar o aparelho digestivo como ocorrre com algumas outras drogas.
A retirada do Vioxx do mercado no mundo inteiro deixou milhões de usuários (nos EUA foram 2 milhões) com o problema de saber qual a droga de escolha para o alívio de suas dores. O problema do risco vascular do Vioxx foi reconhecido a partir de um estudo comandado pelo próprio fabricante, visando seu emprego na prevenção de recorrência de pólipos pré-cancerosos do intestino.
Neste estudo recomendado o uso diário de 25 mg de Vioxx. Após 18 meses do início da pesquisa foi constatado que o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral era elevado se comparado com o do grupo que recebeu placebo (substância inerte). A observação, que incluía 2600 indivíduos, foi suspensa.
Este não foi o primeiro ensaio mostrando o risco vascular desta droga. Em Junho de 2000, o fabricante comunicou este risco ao órgão regulador americano (FDA). A recomendação do FDA foi determinar modificações na rotulagem do medicamento. Em agosto/2004 outro estudo envolvendo 40.500 indivíduos demonstrou que com o uso de Vioxx o risco de morte cardíaca triplicou quando comparado a outro inibidor de cox-2.
Embora o risco individual seja pequeno quem recebeu cronicamente a droga correu o dobro do risco cardíaco ou neurológico. No entanto, sob o ponto de vista populacional é pouco provável que um indivíduo seja atingido.
Ainda não há comprovação, mas o mais provável é que uma vez a droga sendo eliminada do organismo o potencial efeito colateral deve desaparecer. Usuários de Vioxx podem encontrar alternativas seguras para seus tratamentos.
Pacientes que estejam recebendo presentemente Vioxx devem contatar seu médico para receber a orientação necessária.

ANEMIA

Versão para Impressão
 
Diz-se haver anemia (do grego, an = privação, haima = sangue) quando a concentração da hemoglobina sanguínea diminui aquém de níveis arbitrados pela Organização Mundial de Saúde em 13 g/dL para homens, 12 g/dL para mulheres, e 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos.
O que é hemoglobina
A hemoglobina é o pigmento que dá a cor aos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos.
Apesar de ter um cortejo de sintomas e sinais próprios, a anemia não é, em si, uma doença, mas uma síndrome, pois pode decorrer de uma extensa lista de causas.
É a síndrome crônica de maior prevalência em medicina clínica.
Leia também
Classificação das anemias
A anemia pode ser aguda ou crônica.
Na anemia aguda (perda súbita de sangue) a falta de volume no sistema circulatório é mais importante que a falta de hemoglobina. A perda de até 10% do volume sangüíneo, como a que ocorre numa doação de sangue, é bem tolerada. Perdas entre 10 e 20% causam hipotensão postural, tonturas e desmaios. Nas perdas acima de 20% há taquicardia, extremidades frias, palidez extrema, e hipotensão, depois choque; se a perda ultrapassar 30%, sem reposição imediata de líquidos intravenosos, o choque torna-se rapidamente irreversível e mortal.
Nas anemias crônicas não há baixa do volume sangüíneo, que é compensado por aumento do volume plasmático.
A falta de hemoglobina, como regra acompanhada de diminuição do número de eritrócitos, suas células carreadoras, causa descoramento do sangue, com palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos, com os sinais clínicos daí decorrentes. Hipócrates (@400 a.C.) descreveu-os: palidez e fraqueza devem-se à corrupção do sangue.
O sistema nervoso central, o coração e a massa muscular são os órgãos mais afetados, pois são os que mais necessitam oxigênio para suas funções.
A sintomatologia aumenta com a atividade física, pois esta consome oxigênio.
Com hemoglobina entre 9 e 11 g/dL há irritabilidade, cefaléia e astenia psíquica; nos velhos há fatigabilidade e podem ocorrer dores anginosa
Com hemoglobina entre 6 e 9 g/dL há taquicardia, dispnéia e fadiga aos menores esforços.
Com hemoglobina abaixo de 6 g/dL a sintomatologia está presente mesmo em atividades sedentárias e quando abaixo de 3,5 g/dL a insuficiência cardíaca é iminente e toda a atividade impossível.
As queixas espontâneas dos pacientes, entretanto, são menos exuberantes que a descrição acima: sem se aperceberem diminuem progressivamente a atividade física até níveis assintomáticos, e dizem nada sentir.
Diagnóstico
O hemograma é o exame fundamental para o diagnóstico da anemia. É feito, atualmente, em contadores eletrônicos de grande porte e alto preço (de US$80000 a US$400000), que contam e medem os eritrócitos e geram curvas de freqüência com médias e coeficientes de variação, definindo os parâmetros numéricos da população eritróide. As melhores máquinas distinguem e contam os eritrócitos mais jovens (reticulócitos), permitindo-se assim uma avaliação da produção diária e da resposta regenerativa à anemia.
Complementando-se os números dessa fantástica tecnologia com a observação ao microscópio por um patologista-clínico experiente, a grande maioria dos casos de anemia pode ser caracterizada quanto a seu mecanismo de produção (patogênese), o que leva ao diagnóstico da doença ou evento básico causal (etiologia). Deste modo:
 
Quando a patogênese é a produção inadequada de hemoglobina, seja por falta de ferro ou por defeito genético na síntese, o hemograma evidenciará a presença de eritrócitos menores que o normal (microcitose), por faltar-lhes conteúdo.
Nas anemias decorrentes de inibição da proliferação eritróide, como na falta de vitamina B12 , no uso de drogas antiblásticas (usadas no tratamento do câncer) ou em algumas doenças próprias da medula óssea, serão notados eritrócitos com volume médio superior ao normal (macrocitose).
Nas anemias que acompanham as doenças crônicas, infecciosas, reumáticas, renais, endócrinas, o hemograma caracteriza-se “por não ser esclarecedor”; devem ser procurados os sinais clínicos e os resultados de exames próprios de cada uma delas.
Nas anemias por excesso de destruição periférica dos eritrócitos (anemias hemolíticas) e nos dias que sucedem uma hemorragia, o hemograma mostrará aumento significativo dos reticulócitos, caracterizando a hiperregeneração reacional do tecido eritróide da medula óssea.
Tipos de anemia
As anemias mais freqüentes e/ou de particular importância tanto médica quanto social são:
 
Anemia da carência de ferro (anemia ferropênica)
Anemia das carências de vitamina B12 (anemia perniciosa) e de ácido fólico
Anemia das doenças crônicas
Anemias por defeitos genéticos:
- anemia de células falciformes
- talassemias
- esferocitose
- deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (favismo)
Anemias por agressão periférica aos eritrócitos:
- malária
- anemias hemolíticas imunológicas
- anemia por fragmentação dos eritrócito
Anemias decorrentes de doenças da medula óssea:
- anemia aplástica
- leucemias e tumores na medula

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...