quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Números da chuva em Ubá

por Assessoria de Comunicação da PMU
25/11/2010 16:30

A Prefeitura de Ubá, através das Secretarias Municipais de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Obras, o Corpo de Bombeiros, o Tiro de Guerra (04-028) e a Empresa Municipal de Habitação e Bem Estar Social se uniram para tentar solucionar problemas devido às fortes chuvas ocorridas na madrugada desta quinta-feira, 25 de novembro.

As equipes estão sob a coordenação da Defesa Civil de Ubá, que funciona na sede da Prefeitura, à Praça São Januário, 238.

Até o momento existem cerca de 600 desalojados na cidade e 40 desabrigados. Aproximadamente 60 mil ubaenses foram afetados.

Número de edificações afetadas:

Residências:
- Danificadas: 150
- Destruídas: 10

Pública (escolas, postos de saúde): 10 danificadas

Particulares (fábricas, lojas):
- Danificadas: 150
- Destruídas: 01

Quem quiser fazer doações, a Prefeitura disponibilizou o Galpão do Vieirão, que fica à Avenida Raul Soares, sem número, em frente à Casa do Braz.

Os telefones para registro de chamadas de emergências são 3301.6128 / 199 ou 193.

Equipes da Prefeitura, Defesa Civil, Empresa Municipal de Habitação e Bem Estar Social, Corpo de Bombeiros e Assistentes Sociais estão percorrendo os bairros atingidos.
Contamos com a colaboração de todos!

Defesa Civil alerta para novas chuvas em Ubá

por Assessoria de Comunicação da PMU
25/11/2010 15:00
A Defesa Civil de Ubá alerta para a possibilidade de novas chuvas na Zona da Mata nos dias 25 e 26 de novembro.

As chuvas devem compreender um acúmulo de 20mm na quinta-feira e 30mm na sexta-feira. Apesar do volume previsto não ser de grande intensidade, o risco acontece pela saturação de água no solo proveniente dos dias consecutivos de chuvas na região.

É função de todo integrante da Defesa Civil, voluntário ou não, o socorro e assistência às populações atingidas. Cabe à Defesa Civil tentar reduzir ao máximo os riscos de perdas e encontrar maneiras de coordenar o restabelecimento do bem-estar da coletividade.

Para acionar a Defesa Civil local, a população ubaense dispõe de um novo número de telefone, com chamada gratuita; basta discar 199.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sexo e o Câncer

Lutando pela vida e pela sua melhor qualidade
O surgimento de algum tipo de câncer na vida de uma pessoa é muito traumático, dadas as conseqüências físicas e emocionais desse tipo de doença e as limitações da medicina nesse campo ainda muito desconhecido.
Existem dois aspectos importantes para a compreensão da vida sexual por parte dos que sofrem de qualquer tipo de câncer.
Um primeiro aspecto está na reação frente à descoberta dessa doença, muitas vezes mutilante. Geralmente a pessoa que se descobre portadora de câncer passa por estágios emocionais diversos, entre eles, negação, rebeldia e depressão.
É nas fases de rebeldia e de depressão que a atividade sexual vai sofrer maior impacto. O paciente passa a se preocupar mais com a sua saúde, exames, medicações, intervenções cirúrgicas, quimio e radioterapia, do que com sua vida sexual. O desejo diminui muito ou desaparece totalmente, prejudicando as demais fases do ciclo da resposta sexual, quais sejam, excitação (ereção no homem e lubrificação na mulher) e orgasmo.
A atividade sexual, para a maioria das pessoas, não se desenvolve se houverem graves preocupações na cabeça. No caso da pessoa com câncer, a sexualidade fica em segundo plano. A pessoa passa a se ver com menos estima, com tristeza e com um medo intenso de não mais corresponder às demandas sexuais do parceiro. Temores de ser visto como doente, vítima e passível de pena também afetam a auto-estima. Os relacionamentos acabam por se complicar, principalmente quando não há abertura na comunicação da dupla.
O indivíduo sente-se só, pouco compreendido e com muitos constrangimentos em comentar ou perguntar algo sobre a sua vida sexual para o médico. Além disso, nem todos os profissionais lembram ou têm capacidade de lidar com esses aspectos de seus pacientes. Algumas medicações antidepressivas podem ser utilizadas com uma melhora no quadro depressivo e na vida sexual do paciente. Deve-se procurar ajuda de um psiquiatra.
Um segundo aspecto está na possibilidade de o câncer atingir áreas genitais ou outras regiões que possam afetar de forma direta o desempenho da atividade sexual.
Câncer nos genitais - pênis, vulva ou colo de útero ou em regiões próximas - são mais complexos no que tange às recomendações. Existem alguns riscos de infecções em áreas mais lesadas, ou mesmo maior probabilidade de dor.
Nesses casos, o médico é a pessoa que pode e deve ser inquirida de forma direta. Especificamente:
 
O câncer de mama traz muitas complicações na auto-imagem das mulheres, diminuindo muito o desejo de se expor ao parceiro. O implante de silicone tem ajudado muitas delas a recuperar a auto-estima.
Pacientes que se submeteram a ostomização (pessoas com câncer de colo ou reto que precisam abrir um orifício no abdômen para eliminação de fezes em uma bolsinha plástica, não podendo mais evacuar pelo ânus) sofrem muito para reassumir a atividade sexual, já que a bolsa plástica passa a fazer parte constante de suas vidas. Tanto para os homens, quanto para as mulheres, é uma fonte constante de sentimentos de inferiorização e vergonha. Temem que a bolsa com fezes atrapalhe ou vaze durante o esforço da atividade sexual. No sexo com esse tipo de preocupação, não há como se envolver ou fantasiar: o sexo não se torna satisfatório. A comunicação é essencial e o aconselhamento e reeducação sexual por um sexólogo é de grande utilidade.
Em alguns homens, pode ocorrer a impotência sexual por lesão direta ou indireta ou por conflitos emocionais. Deve-se ter em mente que a sexualidade não existe apenas quando há coito propriamente dito (contato pênis-vagina). Faz parte de nossa sexualidade todo o envolvimento afetivo e todas as sensações subjetivas prazerosas de todo o corpo. A parceira pode se satisfazer de várias formas que não com o pênis. Existem algumas medicações que podem ser usadas para provocar a ereção, mas o médico deve ser consultado antes.
O câncer afeta a vida de um casal em várias dimensões. A dupla deve procurar formas de adaptação que visem a intimidade e a cumplicidade. Com a estabilidade da doença, o desejo sexual retorna e passa a ser novamente importante. Recomenda-se que a pessoa seja o mais sincera possível com seu parceiro em relação a seus sentimentos e sensações. A dor deve ser identificada e questionada com o médico, tal como técnicas possíveis para se lidar com as dificuldades sexuais. Caso o médico oncologista não possa esclarecer as dúvidas, é aconselhável a busca de um terapeuta sexual, geralmente mais instrumentalizado para a orientação nesse

Ministério da Saúde certifica primeiras unidades básicas na Rede Amamenta Brasil

Dez unidades são credenciadas em Corumbá, no Mato Grosso do Sul
Nesta quarta-feira (17), o Ministério da Saúde entrega certificados às dez primeiras Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a fazerem parte da Rede Amamenta Brasil, criada e estruturada pelo ministério. As UBSs estão localizadas em Corumbá (MS), onde a cerimônia de credenciamento será às 16h30, no auditório do Centro de Convenções Miguel Gómez. Estarão presentes a coordenadora da área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Elsa Giugliani, e o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

As primeiras dez unidades credenciadas em Corumbá atenderam a todos os requisitos para a certificação à Rede Amamenta Brasil: promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, medidas voltadas ao aumento dos índices de amamentação no país. “É por conta desta e de outras ações do governo federal, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de saúde, que o Brasil deve atingir o Quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio e reduzir a mortalidade infantil já em 2012, três anos antes do prazo estabelecido pela Organização das Nações Unidas”, destaca Elsa Giugliani. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o aleitamento materno prioritário para a redução da mortalidade na infância.

O Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais se destacou desde a criação da Rede Amamenta Brasil, em 2008. Foram 135 tutores formados, mais de 100 UBSs capacitadas e três mil profissionais envolvidos. Em todo o Brasil, até o momento, mais de 1,1 mil tutores já foram formados, 700 UBS capacitadas e 12,5 mil profissionais envolvidos na consolidação da Rede.

A estratégia é ampliar a troca de informações sobre a importância do aleitamento materno, capacitando os profissionais que atuam nas UBSs para que eles se tornem agentes multiplicadores das informações nas comunidades, especialmente entre as gestantes e mães. A Rede Amamenta Brasil “interliga” as UBSs, as secretarias municipais e estaduais de saúde e a sociedade nesse esforço de incentivar a doação e captação de leite materno no país.

A Rede tem como diretrizes os princípios da educação permanente, do respeito à visão de mundo dos profissionais de saúde e das especificidades locais e regionais das UBSs. A Rede Amamenta Brasil também é responsável pelo monitoramento dos índices de amamentação nos locais que contarão com unidades certificadas.

UBSs que serão certificadas em Corumbá 1 – DR. BRENO DE MEDEIROS
2 – DOM BOSCO
3 – DR. GASTÃO DE OLIVEIRA
4 – NOVA CORUMBÁ
5 – DR. HUMBERTO PEREIRA
6 – DR. ENIO CUNHA
7 – AEROPORTO
8 – BEIRA RIO
9 – SÃO BARTOLOMEU
10 – RURAL TAQUARAL


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Ministério da Saúde mobiliza população no Dia Mundial e Nacional do Diabetes

Doença atinge 250 milhões de pessoas no mundo e mais de sete milhões no Brasil. Neste domingo, diferentes monumentos do país estarão iluminados para lembrar a data
Oitenta monumentos e edifícios do país – como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a Fonte da Torre de TV, em Brasília – estarão iluminados com a cor azul, neste domingo (14), para marcar o Dia Mundial e Nacional do Diabetes. A iniciativa – cujo slogan deste ano é “Controle o diabetes já!” – quer chamar a atenção dos brasileiros para a importância dos cuidados – como o controle da alimentação e a prática de atividades físicas – que podem ajudar a prevenir e controlar o diabetes mellitus (tipo 2) e a controlar a doença, responsável por mais de 90% dos casos da doença e único tipo de diabetes que pode ser evitada.

Idealizado em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) como resposta ao aumento dos casos da doença no mundo, a data é considerada a maior mobilização social sobre o diabetes e faz parte do calendário oficial de saúde da ONU. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 5,8% da população a partir dos 18 anos tem diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas.
O azul foi escolhido como cor símbolo da atividade deste ano porque, segundo a OMS e a IDF, representa “o céu que une todas as nações e a comunidade internacional do diabetes”. No Brasil, as secretarias estaduais e municipais de saúde, a Sociedade Brasileira de Diabetes e associações de portadores da doença organizam atividades locais, campanhas educativas e outras ações de mobilização social para lembrar a data.

Prevenção – Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do tipo 2 da doença em adultos é o histórico familiar e a obesidade. Este tipo de diabetes geralmente acomete pessoas com mais de 40 anos de idade e crianças que nasceram com mais de quatro quilos. O diagnóstico pode ser feito com o exame da glicemia, oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O controle do diabetes deve ser feito, principalmente, com mudança nos hábitos de vida: controle da alimentação e prática de atividades físicas. O tratamento também pode incluir medicamentos para controle da insulina (por via oral ou venosa).

A coordenadora da área técnica de Diabetes e Hipertensão do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, explica que, apesar da diabetes não ter cura, é possível controlar e conviver com a doença, evitando complicações. “O pior momento é o do diagnóstico do diabetes, uma doença totalmente administrável. O mais importante é o auto-cuidado, que deve ser orientado pelos profissionais de saúde, o que, muitas vezes, é mais importante que o uso de medicamentos”, explica.

Uma das estratégias do Brasil para a prevenção e o acompanhamento do diabetes entre a população é o trabalho desenvolvido pelas 31,5 mil equipes de Saúde da Família. Presentes em 99% dos municípios, elas conseguem identificar, tratar e acompanhar a evolução dos portadores de diabetes. Nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), os pacientes podem ser acompanhados por nutricionistas, por exemplo.

“O diabetes deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar e é justamente esse atendimento que a Estratégia Saúde da Família oferece. Na unidade de saúde, o médico dá o diagnóstico; mas, uma doença crônica, que exige adaptações nos hábitos de vida do paciente, precisa ser acompanhada por diferentes profissionais de saúde”, reforça Rosa Sampaio.

Tratamento – O SUS oferece, gratuitamente, diagnóstico do diabetes, acompanhamento dos pacientes e medicação nas unidades de saúde. As ações estão previstas no Programa Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes Melittus (Hiperdia), que também prevê a capacitação dos profissionais da rede pública, a atualização permanente de protocolos clínicos e a assistência farmacêutica aos doentes por meio da ofertas dos medicamentos orais essenciais e da Insulina Regular e Insulina NPH (também conhecida como “de absorção lenta”), além da distribuição de “fitas” e aparelhos para medir a glicemia.

As ações estabelecidas no Hiperdia começaram a ser implantadas em 2002 e foram ampliadas de forma expressiva nos últimos anos – principalmente a assistência farmacêutica e as capacitações profissionais. A aquisição de insulina em 2009, pelo Ministério da Saúde, chegou a 13,5 milhões de frascos – um investimento de R$ 44,28 milhões.

Por mês, o ministério encaminha aos Estados uma média de um milhão de frascos de insulina para a distribuição aos pacientes pelas secretarias municipais de saúde. Para ter acesso ao medicamento, os portadores da doença devem apresentar receita médica nas Unidades Básicas de Saúde ou ter cadastro junto à secretaria municipal de saúde.

A população também tem acesso gratuito aos medicamentos Metformina, Glibenclamida e Glicazida. Eles estão disponíveis na chamada farmácia básica, que abrange medicamentos para hipertensão, além de antibióticos e antiinflamatórios, entre outros. Portadores de diabetes também têm a opção de adquirir medicamentos com 90% de desconto por meio do programa Farmácia Popular, que oferece o Metformina (5 mg/comprimido) e o Glibenclamida (500 mg/comprimido e 850 mg/comprimido).


Vigitel/2009 – Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

UF
Prevalência de Diabetes Melittus
Nº de Portadores de DM auto referido
AC
3,6
14.556
AM
3,9
79.779
AP
4,3
15.182
PA
3,9
179.899
RO
6,2
60.386
RR
3,6
8.937
TO
3,7
30.678
Região Norte
4,1
389.417
AL
5,9
115.009
BA
6,5
635.751
CE
5,0
280.534
MA
5,2
203.759
PB
5,7
145.475
PE
6,2
369.371
PI
4,9
100.210
RN
6,3
133.607
SE
5,2
68.275
Região Nordeste
5,8
2.051.993
DF
3,6
64.547
GO
5,2
213.907
MS
5,4
87.047
MT
4,9
98.767
Região Centro-Oeste
4,9
464.268
ES
5,0
122.427
MG
4,7
664.848
RJ
6,4
744.467
SP
6,9
2.065.490
Região Sudeste
6,2
3.597.233
PR
5,7
431.104
RS
5,8
463.621
SC
5,7
250.658
Região Sul
5,7
1.145.383
BRASIL
5,8
7.648.294



Monumentos e edifícios que estarão iluminados neste domingo (14)
1. ADJ Birigui – Birigui (SP)
2. Arco de Entrada do Campus Universitário da UFSM - Santa Maria (RS)
3. Associação Catarinense de Medicina – Florianópolis (SC)
4. Avião Douglas DC3 - Alta Floresta (MT)
5. Câmara Municipal - Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
6. Capela Menino Deus do Imperial Hospital de Caridade – Florianópolis (SC)
7. Capela Nossa Senhora das Dores - Campo Grande (MS)
8. Casa de Cultura – Içara (SC)
9. Casa de Cultura - São Miguel dos Campos (AL)
10. Catedral – Campinas (SP)
11. Catedral São José – Itabuna (BA)
12. Centro Hospitalar UNIMED – Joinville (SC)
13. Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão – Fortaleza (CE)
14. Centro Universitário FEEVALE - Prédio Branco da Ciência - Novo Hamburgo (RS)
15. Clínica Metabólica – Itabuna (BA)
16. Colégio João Kopke - Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
17. Coluna da Hora – Fortaleza (CE)
18. Companhia Alcoolquímica Nacional, Vitória de Santo Antão (PE)
19. Cristo Redentor - Rio de Janeiro (RJ)
20. Droga Vida – Franca (SP)
21. Estação Cultura – Campinas (SP)
22. Estátua de Iracema – Fortaleza (CE)
23. Estátua do Laçador - Porto Alegre (RS)
24. Estrela da Entrada da Cidade – Jaguariúna (SP)
25. Fachada da Fábrica da empresa Merck, em Jacarepaguá - Rio de Janeiro (RJ)
26. Farmácia Mottin – Montenegro (RS)
27. Farmamellitus – Joinville (SC)
28. Fonte Jerusalém – Curitiba (PR)
29. Fonte Luminosa - Torre de TV- Brasília (DF)
30. Fundação Iberê Camargo - Porto Alegre (RS)
31. Grande Garça – Garça (SP)
32. Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo - Santa Maria (RS)
33. Hospital de Olhos Beira Rio – Itabuna (BA)
34. Hospital dos Servidores do Estado – Recife (PE)
35. Hospital Nossa Senhora das Graças – Curitiba (PR)
36. IEJE-CAD – Joinville (SC)
37. Igreja Católica - Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
38. Igreja Maria Gorete – Itabuna (BA)
39. Igreja Universal – Itabuna (BA)
40. Instituto da Criança com Diabetes - Porto Alegre (RS)
41. Instituto de Nefrologia/Clínica do Rim - Novo Hamburgo (RS)
42. Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco – Recife (PE)
43. KG Laboratório – Joinville (SC)
44. Maria Fumaça – Jaguariúna (SP)
45. Monumento ao Cristo Redentor - Cornélio Procópio (PR)
46. Monumento ao Expedicionário - Porto Alegre (RS)
47. Morro do Careca – Natal (RN)
48. Mural da Biblioteca Pública Municipal - Santa Maria (RS)
49. Obelisco do Lions – Itabuna (BA)
50. Paço Municipal - Santo André (SP)
51. Paço Municipal – Garça (SP)
52. Paço Municipal – Jaguariúna (SP)
53. Palco Priscila Santos Zanetti – Camboriú (SC)
54. Pão de Açúcar - Rio de Janeiro (RJ)
55. Passarela Joaquim Macedo - Rio Branco (AC)
56. Praça Camacan – Itabuna (BA)
57. Praça Central – Araçariguama (SP)
58. Praça da Estação - Belo Horizonte (MG)
59. Praça Portugal – Fortaleza (CE)
60. Praça Rio Cachoeira – Itabuna (BA)
61. Prédio FCM da UNICAMP – Campinas (SP)
62. Prefeitura Municipal – Campinas (SP)
63. Prefeitura Municipal – Itabuna (BA)
64. Prefeitura Municipal - Santo André (SP)
65. Residências em Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
66. Rotary Clube - Engenheiro Paulo de Frontin (RJ)
67. Rotary Clube – Itabuna (BA)
68. Rotary Clube – Itu (SP)
69. Santa Casa – Piracicaba (SP)
70. Secretaria de Saúde – Glicério (SP)
71. Secretaria de Saúde do Estado – Fortaleza (CE)
72. Sede do Poder Executivo - Cornélio Procópio (PR)
73. SESC – Joinville (SC)
74. Shopping Midway – Natal (RN)
75. Torre da Antiga Prefeitura – Joinville (SC)
76. Torre do Castelo – Campinas (SP)
77. Torre da TV Cabrália Record News – Itabuna (BA)
78. UNICAMP Entrada Barão – Campinas (SP)
79. UNICAMP Entrada HC PUCC – Campinas (SP)
80. UNIMED – Itabuna (BA)

Saúde divulga novo mapa de infestação pelo mosquito da dengue e lança campanha nacional de combate à doença

Resultado parcial mostra 15 municípios com risco de surto e 123 em situação de alerta. Campanha nacional enfoca a gravidade da dengue e a necessidade de envolvimento rotineiro de governos e da população no combate ao Aedes aegypti
Nova avaliação nacional das informações sobre infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, revela que 15 municípios estão em risco de surto da doença no Brasil, incluindo duas capitais. São 11 no Nordeste, três no Norte e um no Sudeste (veja abaixo). Isso significa que, nessas cidades, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do Aedes aegypti. Outros 123 municípios, dos quais 11 capitais, estão em situação de alerta (veja abaixo). Neles, entre 1% e 3,9% dos imóveis analisados registram infestação. E 162 cidades apresentam índice satisfatório, abaixo de 1%.

Este é o resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2010, apresentado nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município. Neste ano, 425 cidades estavam programadas para participar do LIRAa. Ano passado, foram 169. Do total de municípios previstos para este ano, 300 já enviaram as informações ao Ministério da Saúde, até o momento. Em outras 118 cidades, o estudo está em andamento – e sete inicialmente previstas decidiram não realizar o levantamento.

A divulgação do LIRAa 2010 é simultânea ao lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue para reforçar o alerta que vem sendo feito pelo do Ministério da Saúde desde setembro, quando foi lançada a ferramenta Risco Dengue (leia mais abaixo). Este ano, a campanha aumentará o tom de alerta, com o testemunho de pessoas que tiveram dengue e lembrando as que morreram em decorrência da doença.

“Embora o grau de conhecimento das pessoas sobre a doença e a prevenção seja alto, em torno de 96%, o brasileiro sabe que tem papel fundamental na eliminação dos focos do mosquito, o que ainda é um desafio no Brasil. Prova disso é o resultado do LIRAa deste ano”, alerta o ministro José Gomes Temporão. “Nessa lógica, ganham força duas mensagens fundamentais: que os governos e os cidadãos devem fazer, juntos, a sua parte e que a eliminação de criadouros deve ser algo rotineiro”.

Veja aqui a apresentação feita na entrevista coletiva
15 MUNICÍPIOS EM RISCO DE SURTO

MUNICÍPIO
ESTADO
Índice LIRAa 2009
Índice LIRAa 2010
Afogados da Ingazeira
PE
-
11,7
Ceará-Mirim
RN
-
11,4
Bezerros
PE
-
10,2
São Miguel
RN
-
8,5
Serra Talhada
PE
-
8,2
Rio Branco
AC
3,9
6,5
Ilhéus
BA
4,7
6,3
Floresta
PE
-
5,7
Simões Filho
BA
3,2
5,3
Mossoró
RN
4,2
4,6
Porto Velho
RO
2,6
4,4
Caicó
RN
-
4,2
Camaragibe
PE
2,7
4,1
Caetanópolis
MG
-
4,0
Epitaciolândia
AC
3,4
4,0

CAPITAIS – Entre as capitais, 11 estão em situação de alerta – Salvador, Palmas, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Goiânia, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. Essas cidades (e todas as outras em situação de alerta) merecem total atenção, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle pode alterar o quadro para situação de risco.

Outras dez capitais apresentam índice satisfatório – Macapá, São Luís, Teresina, João Pessoa, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo. E quatro (Belém, Natal, Curitiba e Cuiabá) estão consolidando os dados.

11 CAPITAIS EM SITUAÇÃO DE ALERTA

MUNICÍPIO
Índice LIRAa 2009
Índice LIRAa 2010
Salvador
2,6
3,5
Palmas
4,3
2,7
Rio de Janeiro
2,9
2,4
Maceió
1,8
2,4
Recife
1,6
1,9
Goiânia
2,5
1,6
Aracaju
1,5
1,6
Manaus
1,4
1,5
Boa Vista
1,0
1,4
Fortaleza
1,0
1,2
Vitória
1,5
1,2

ANÁLISES REGIONAIS – O Nordeste concentra o maior número de municípios em risco de surto. São 11 no total – cinco em Pernambuco, quatro no Rio Grande do Norte e dois na Bahia. Outros 37 municípios estão em situação de alerta e 16 com índice satisfatório – incluindo as capitais São Luís, Teresina e João Pessoa. Na região, 20 municípios estão em fase de conclusão do levantamento (incluindo Natal).

O Norte tem três municípios em risco, entre os quais duas capitais – Rio Branco e Porto Velho. Mais 13 cidades da região estão em alerta e cinco em situação satisfatória. Cinco municípios apresentam índice satisfatório (incluindo Macapá) e 11 estão consolidando os dados (incluindo Belém).

No Sudeste, região com o maior número de municípios participantes do LIRAa 2010, Caetanópolis (MG) é o único em risco de surto. Em situação de alerta, estão 60 cidades, entre as quais Rio de Janeiro e Vitória. Belo Horizonte e São Paulo têm índices satisfatórios, de um total de 113 cidades nesta situação. Em fase de conclusão do levantamento, estão outros 80 municípios.

Duas capitais do Centro Oeste – Brasília e Campo Grande – estão com índice satisfatório, de um total de 13 municípios nesta situação. Em alerta, estão Goiânia e mais seis cidades. Na região, nenhum município apresenta risco de surto. Cuiabá está entre as 21 cidades em fase de conclusão do levantamento.

Com nenhum município em risco de surto, a região Sul tem seis cidades em alerta e 14 em situação satisfatória (incluindo Porto Alegre e Florianópolis). Curitiba está em fase de consolidação das informações do LIRAa 2010.

CAMPANHA – A Campanha Nacional de Combate à Dengue de 2010 traz um novo olhar sobre a forma de lidar com a doença, com a qual o Brasil convive há 24 anos. Uma mensagem mais direta à população sobre a gravidade da dengue e sobre a necessidade de que cada pessoa elimine criadouros do mosquito em sua casa direciona as peças publicitárias impressas, na TV e no rádio.

A renovação de conceito e de estratégia partiu de uma pesquisa de opinião que revelou uma resistência das pessoas em mudar seu comportamento, embora 96% saibam quais os sintomas da dengue e como fazer para combater o mosquito transmissor. A mensagem de 2009, “Brasil unido contra a dengue”, foi substituída por outra, que reforça a responsabilidade do cidadão: “Dengue: se você agir, podemos evitar”.

“Cada vez mais, precisamos difundir a idéia de que dengue não é um problema só da saúde e nem só dos governos. Se a comunidade não se envolver, e se não houver a articulação com outros setores, continuaremos enfrentando aumento de casos e de mortes por dengue no Brasil”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna.

As peças de TV e rádio terão depoimentos de pessoas que enfrentaram a doença e quase perderam familiares, além de declarações de líderes comunitários sobre a importância de cobrar também a ação dos gestores da saúde e de outros setores, como meio ambiente, saneamento básico e limpeza urbana. A campanha terá, ainda, materiais específicos para educadores, crianças e gestores e profissionais de saúde.

RISCO DENGUE – A nova ferramenta, lançada em setembro de 2010 pelo Ministério da Saúde e pelos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais (CONASS) e Municipais (CONASEMS), combina cinco critérios para avaliar o risco de epidemias de dengue nos estados – incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito transmissor, tipos de vírus da dengue em circulação, densidade populacional e cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo. O Risco Dengue reforça o caráter intersetorial do controle da dengue e permite aos gestores locais de Saúde intensificar e antecipar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco. Confira os resultados por estado
Para o verão de 2011, o Risco Dengue aponta dez estados brasileiros com risco muito alto de epidemia: Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro. Estes estados receberão a visita do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, nas próximas semanas, para mobilizar gestores e profissionais de saúde e veículos de comunicação.

CENÁRIO 2009/2010 – Em 2010, até 16 de outubro, foram notificados 936.260 casos de dengue clássica no país, dos quais 14.342 foram classificados como graves. O número de mortes foi de 592.

A recirculação do sorotipo DENV-1, que havia predominado no país no final da década de 90, está entre os fatores que contribuíram para o número de casos em 2010. Em quase todos os estados, há um grande contingente populacional sem imunidade a este sorotipo. Isto, aliado aos altos índices de infestação revelados pelo LIRAa 2009, representou um cenário favorável à transmissão da dengue em grande escala no Brasil, neste ano.

Além disso, conforme aponta o Risco Dengue, a manutenção de condições precárias de saneamento básico e a irregularidade da coleta de lixo em muitos municípios brasileiros impedem a redução dos índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. “A falta de abastecimento de água obriga as pessoas a armazenarem em caixas d’água, tonéis, latões sem a devida proteção. O lixo acumulado também abastece o ambiente, de forma permanente, com vários criadouros ideais para a fêmea do mosquito colocar seus ovos”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho.

AÇÕES – Desde 2009, com o lançamento das Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, o Ministério da Saúde tem priorizado o reforço no apoio aos estados, com o envio de:

Veículos e equipamentos • 40 picapes
• 115 motos
• 90 equipamentos para aplicação de fumacê
• 200 nebulizadores para aplicação de inseticidas dentro de imóveis

Medicamentos e insumos • 2,77 milhões de unidades de paracetamol (gotas e comprimidos)
• 2,03 milhões de frascos de soro fisiológico injetável
• 562,7 mil envelopes de sais de reidratação oral
• 5.444 kits para testes de laboratório, suficientes para realizar 530 mil exames

Inseticidas • 3,42 toneladas de larvicidas
• 219.236 litros de adulticidas

Ainda dentro das ações de reforço, houve o treinamento e a capacitação em todos os estados e no Distrito Federal sobre vigilância epidemiológica, plano de contingência para enfrentamento da epidemia, controle de vetores com preparação e aplicação de larvicidas e inseticidas, técnicas de segurança do procedimento e uso de armadilhas de monitoramento, além de assistência aos pacientes com organização da rede e aplicação da classificação de risco.

Simultaneamente ao trabalho com os estados, o Ministério deu início à revisão dos manuais de diagnóstico e tratamento de pacientes com suspeita de dengue (adulto e pediátrico), com divulgação prevista para dezembro. No próximo dia 18 de novembro, em parceria com a Fiocruz e as redes Telessaúde e RUTE, será realizada videoconferência para capacitar profissionais de saúde de todo o país sobre diagnóstico e manejo clínico da dengue.

Também está em andamento uma parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para implantação da Classificação de Risco nas unidades de saúde particulares. Em 2009, o Ministério enviou do kit “Dengue: Decifra-me ou Devoro-te” para 300 mil médicos e 292 mil enfermeiros de todo o país, com informações técnicas sobre a doença e manejo clínico de pacientes.

Em cumprimento à resolução 416/2010 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) informa que, no primeiro semestre de 2010, coletou e destinou de forma ambientalmente correta 146.515 toneladas de pneus sem condições de uso, o equivalente a 29,3 milhões de pneus de veículos de passeio. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes, mais de 1,3 milhão de toneladas de pneus inservíveis (cerca de 270 milhões de pneus) tiveram coleta e destino adequados.

VIGILÂNCIA – No rol de medidas de combate à dengue, o Ministério também ampliou de 48 para 66 as Unidades Sentinelas de monitoramento de circulação viral. Foram destinados R$ 25 milhões aos municípios para incorporarem Agentes de Controle de Epidemias às equipes de Saúde da Família. Entre 17 e 29 de outubro, 25 brasileiros e 15 representantes de nove países das Américas com transmissão de dengue participaram, em Belo Horizonte (MG), do 7º Curso Internacional de Gestão Integrada, Prevenção e Controle de Dengue.

Ampliou-se de 22 para 26 as unidades da federação com Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Ao todo, até o fim deste ano, a União repassará a estados e municípios R$ 921,6 milhões por meio do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde. Esse valor não é exclusivo para o combate à dengue e não inclui nem a contrapartida de estados e municípios nem os gastos com equipamentos, medicamentos, inseticidas, kits de diagnóstico e campanha de mídia.

DENV-4 – Após 28 anos sem circulação deste sorotipo no Brasil, o DENV-4 foi detectado em julho, em Boa Vista (RR). Até o momento, dez casos foram confirmados, mas desde setembro não há suspeita de novos casos pelo sorotipo 4. Embora o sorotipo não tenha sido detectado em outras localidades, até o momento, seu ressurgimento em Roraima levou o Ministério da Saúde a emitir alerta a todas as Secretarias Estaduais de Saúde.

Em parceria com as Secretarias de Saúde do Estado de Roraima e do Município de Boa Vista, o Ministério da Saúde adotou medidas de contenção, com a aplicação de larvicidas e inseticidas em todos os bairros da capital, visitas de Agentes Comunitários de Saúde em 100% dos domicílios nos 17 bairros com casos suspeitos e confirmados pelo DEN-4. Além disso, foram intensificadas ações de eliminação de criadouros, limpeza urbana e busca ativa de novos casos suspeitos.
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domingo, 14 de novembro de 2010

Produto usado em embalagens de comida pode afetar fertilidade masculina

Uma pesquisa feita durante cinco anos com 514 operários chineses mostrou que um produto usado em recipientes de comidas e bebidas pode diminuir a fertilidade masculina. A substância bisfenol-A (BPA) é usada para diluir a resina de poliéster, deixando-a mais líquida e facilitando sua laminação. De acordo com a pesquisa, os homens que apresentavam mais BPA na urina tinham um risco três vezes maior de apresentar menor concentração de espermatozóides no sêmen.

Outros estudos já haviam mostrado a ligação entre o BPA e disfunções sexuais masculinas. No Canadá, o produto já é categorizado como substância tóxica. Nos Estados Unidos, os fabricantes de mamadeiras suspenderam a venda de produtos que continham BPA.

Fumo pode aumentar chance de demência

    Uma pesquisa feita no Hospital Kuopio, na Finlândia, mostrou que fumar mais de dois maços de cigarro por dia na meia-idade pode aumentar em duas vezes o risco de desenvolvimento de demência na velhice. Foram avaliados dados de 21.123 finlandeses que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Entre 1994 e 2008, foram levantados os casos de demência causados por Doença de Alzheimer e por doenças vasculares nos mesmos voluntários – um total de 5.367 pessoas tinham desenvolvido demência. Ao cruzarem os dados, os pesquisadores perceberam que os fumantes de dois ou mais maços por dia tiveram um risco 157% maior de ter Alzheimer e 172% maior de ter demência vascular.

Divulgadas novas diretrizes mundiais para salvar pessoas com parada cardíaca

  • A massagem cardíaca deve ser feita num ritmo de 100 compressões por minuto e o peito do paciente deve ser comprimido por cerca de 5 centímetros A massagem cardíaca deve ser feita num ritmo de 100 compressões por minuto e o peito do paciente deve ser comprimido por cerca de 5 centímetros
Atualizada às 16h56
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) anunciou na noite desta segunda-feira (18) a publicação das “Novas Diretrizes Mundiais das Emergências de Ressuscitação após Parada Cardíaca”, uma atualização do conhecimento médico sobre como evitar a morte de uma vítima de infarto, com a ajuda da massagem cardíaca e do uso de desfibriladores.
A nova recomendação é que, diante de uma pessoa inconsciente e que não respira, o leigo peça a alguém para telefonar para o 192 e inicie imediatamente a compressão do peito, ou seja, a massagem cardíaca. A compressão deve ser intensa e profunda: a cada uma o peito do paciente deve ser comprimido por pelo menos 5 centímetros (ou, no caso de crianças, 4 centímetros) e devem ser feitas 100 compressões por minuto. Um vídeo de divulgação da American Heart Association ensina que o ritmo é parecido com o da música "Stayin' Alive", do grupo Bee Gees.
A SBC ressalta que a "massagem" recomendada é muito mais intensa e a frequência aumentou. Além disso, o leigo não precisa fazer a respiração boca a boca. Mais importante, segundo as novas diretrizes, é que ele faça as compressões e peça para alguém trazer o mais rápido possível um desfibrilador automático, que hoje existe em locais de grande aglomeração de pessoas, como estádios, aeroportos e shoppings.
“Essas Diretrizes são da maior importância num país como o nosso, em que 315 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares a cada ano”, diz o presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães. Para ele, é possível que metade dessas mortes possam ser evitadas, se o público leigo estiver preparado para fazer a compressão e usar o desfibrilador. A cada minuto de parada cardíaca, o paciente perde 10% da chance de sobreviver.
A redação das novas diretrizes contou com a participação do cardiologista brasileiro Sérgio Timerman, junto com mais de 350 especialistas de 29 países.
Para os médicos, as novas diretrizes também trazem a norma resumida na sigla CAB, isto é, “Compression, Airway e Breath” (compressão, vias respiratórias e respiração). A regra é que primeiro se inicie a compressão, em seguida se garanta a abertura das vias respiratórias e, como consequência, a respiração. Numa segunda etapa, a recomendação é que os profissionais providenciem o resfriamento do organismo para 32 a 34 graus, em até 24 horas, e o cateterismo de urgência.

Novo tratamento para a cistite



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Uma em cada cinco mulheres enfrentará, alguma vez na vida, a via-crucis narrada a seguir: um dia acorda, senta para fazer xixi e, ao cair das últimas gotas, uma fisgada no baixo-ventre anuncia que a bexiga está infestada de bactérias. E, à medida que se multiplicam, provocam episódios mais dolorosos e recorrentes. Os homens não estão livres do tormento, embora ele seja bem mais raro no sexo masculino.

Até então, esse suplício impunha outras provações. “O tratamento da cistite durava pelo menos três dias, com o uso de antibióticos como os do grupo das quinolonas”, conta a ginecologista Patrícia de Rossi, do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo. “Trata-se de opções bastante eficazes. O problema é que esses medicamentos também são usados para tratar outras doenças”, ressalva seu colega Luciano Pompei, da Universidade de São Paulo. E o contato habitual dos micro-organismos com essas fórmulas poderia torná-los resistentes à sua ação, arriscando a eficácia do remédio. Daí que, se nas primeiras 48 horas de uso a droga não surtisse efeito, seria necessário substituí-la e recomeçar o bombardeio aos germes. A fim de driblar a defesa inimiga, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia elaborou, com base em evidências científicas, uma nova diretriz para orientar os médicos sobre a maneira mais adequada de liquidar o estorvo. “O documento preconiza a prescrição da fosfomicina, um antibiótico de dose única exclusivo para combater a cistite”, adianta Pompei, que também é coordenador do Grupo de Diretrizes da Febrasgo. “Por ter uma atuação específica, a fosfomicina apresenta uma taxa de resistência bacteriana baixa”, ressalta Patrícia.

Outra vantagem é que, diferentemente das quinolonas, sua atividade não é alterada pelo consumo de alimentos ou de outros remédios. “Além disso, por ser administrada de uma só vez, deflagra menos efeitos colaterais, como diarreia e enjoo”, compara Patrícia. Ou seja, aumentam — e muito — as chances de sucesso contra os invasores.

O mecanismo peculiar de ação da fosfomicina é outro ponto a favor dela. “Seu princípio ativo desestrutura a bactéria, impedindo que ela se grude ao revestimento da bexiga, onde se proliferaria, dando início à infecção”, descreve o ginecologista César Eduardo Fernandes, da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.

Além dos antibióticos, os analgésicos costumam ser prescritos como paliativos para atenuar a dor típica da infecção. “Ingerir bastante líquido é outra atitude que auxilia na expulsão das bactérias”, acrescenta o urologista Luis Carlos Neves, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Tomar muita água, aliás, é um hábito que ajuda na prevenção. Há outros: “A enfermidade se desenvolve principalmente quando bactérias do intestino que saem pelas fezes entram no trato urinário por meio da uretra, canal por onde sai a urina, e aderem à bexiga”, explica César Eduardo Fernandes (veja infográfico ao lado). Portanto, fica a sugestão: manter a higiene íntima nos conformes e utilizar o papel higiênico no sentido da frente para trás, especialmente no caso das mulheres. Isso porque nelas o trajeto percorrido pelos germes é mais curto e de mais fácil acesso.

Segurar o xixi também facilita a vida dos micróbios. “Quanto maior o tempo que eles permanecem na bexiga, maior a chance de se instalarem por ali. O ideal é expeli-los logo”, justifica Patrícia de Rossi. Segundo o mesmo raciocínio, é recomendado ao time feminino urinar após as relações sexuais, já que a ação mecânica da penetração dá uma mãozinha aos intrusos.
Na ala masculina, a doença tende a mostrar suas garras na maturidade, quando um eventual aumento da próstata dificulta o esvaziamento da bexiga, gerando acúmulo de urina. Se a infecção aparece na infância, é necessária uma investigação atenta, porque alterações genéticas sérias podem estar por trás da complicação. Diga-se: infecções repetitivas, tanto em homens quanto em mulheres, merecem cautela. “As recorrências sugerem uma baixa imunidade, alterações anatômicas ou reinfecção após uma crise”, diz César Eduardo. Nesses casos, o médico pode pedir exames como os de urina, sangue e ultrassom para detectar onde está a anormalidade. “Muitas vezes, é preciso orientar o uso prolongado de antibióticos para acabar de vez com micróbios resistentes”, completa Patrícia.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

CATARATA






O olho humano possui uma estrutura intra-ocular denominada cristalino. O cristalino está localizado atrás da íris, ele é incolor e quase completamente transparente, medindo cerca de 4 mm de espessura e 9 mm de diâmetro.


A função do cristalino é focalizar os raios luminosos sobre a retina. A capacidade que ele tem de mudar seu formato para permitir a focalização de objetos próximos sobre a retina, é denominada acomodação. A partir dos 40 anos, o poder de acomodação do cristalino torna-se gradativamente reduzido, aparecendo o que chamamos de presbiopia. A presbiopia é também conhecida como visão cansada, havendo a necessidade de óculos para perto.

O cristalino pode sofrer algumas alterações como opacificação, distorção, deslocamento ou anormalidades geométricas.

Qualquer uma dessas alterações vai originar uma visão borrada, sem ocasionar dor. (fig 2) A alteração mais freqüente do cristalino é a sua opacificação, que é o que denominamos de CATARATA. A catarata pode ter várias etiologias como traumática, congênita, por uso de medicamentos, inflamatória, entre outras. Porém, a causa mais comum de catarata é aquela relacionada a idade, também denominada catarata senil. Estima-se que mais de 50% das pessoas acima de 60 anos e algumas mais jovens sofrem de catarata.

A catarata, como já mencionado, é a turvação progressiva do cristalino, interferindo na absorção da luz que chega a retina, causando uma visão progressivamente borrada. A leitura fica mais difícil e dirigir um carro pode se tornar perigoso. O portador de catarata pode se sentir incomodado por luz forte ou ver halos ao redor das luzes. No início, a mudança no grau dos óculos pode ajudar, mas com o avanço da catarata a visão vai diminuindo. Na maioria dos casos a catarata é bilateral, no entanto assimétrica.

Não existe tratamento clínico para a catarata, uma vez formada o único tratamento existente é a sua extração cirúrgica. A sua remoção cirúrgica é indicada quando a diminuição visual interfere com as atividades normais do paciente, gerando uma pior qualidade de vida. Uma outra indicação para sua extração é quando a mesma está ocasionando um aumento na pressão intra-ocular do paciente.

Antigamente, a cirurgia de catarata era considerada arriscada e era evitada sempre que possível. Havia a necessidade de internação hospitalar por uma semana ou mais e as complicações eram freqüentes, havendo a necessidade de usar um óculos extremamente forte após a cirurgia. Hoje em dia muitas coisas mudaram, a cirurgia de catarata é realizada em regime ambulatorial com anestesia local, as complicações são menos freqüentes e sempre que possível é colocada uma lente intra-ocular no lugar daquele cristalino retirado, evitando assim a necessidade de óculos com lentes muito fortes no pós-operatório.

Existem atualmente duas técnicas para extração da catarata: a extração extra-capsular do cristalino (EECC) e a facoemulsificação.

A EECC é uma técnica ainda muito utilizada, porém ela exige uma grande incisão para a retirada da catarata, havendo assim a necessidade de mais pontos cirúrgicos, levando a um retardo na recuperação da visão nítida; para a nitidez visual leva-se de 60 a 90 dias.

Já a facoemulsificação, é uma técnica mais avançada. Ela consiste em uma pequena incisão, através da qual entra um aparelho que se utiliza de ondas de ultra-som para fracionar o cristalino e aspirar todos os seus fragmentos. Durante a cirurgia é mantida a cápsula posterior (saco capsular) do cristalino, para que sobre ela seja colocada uma lente intra-ocular (LIO). Nesta técnica cirurgia emprega-se as lentes intra-oculares flexíveis ou expansíveis, pois estas LIOs serão implantadas por uma incisão pequena. A incisão tunelizada e auto-selante ; irá cicatrizar-se com ajuda da pressão natural do olho, entretanto, o médico poderá decidir executar um ponto para maior segurança. Essa técnica permite uma recuperação visual mais rápida que a EECC, devido a pequena incisão e as LIOs dobráveis e ou expansïveis.

Em algumas ocasiões pode não ser possível o implante da LIO no ato cirúrgico, nesses casos o paciente tem a alternativa de uso de óculos ou lente de contato ou até mesmo de fazer um novo implante de LIO num segundo tempo cirúrgico.

Apesar de todo o avanço na cirurgia da catarata e de todo o cuidado do cirurgião, o paciente tem que ter em mente, que como todo ato cirúrgico, essa cirurgia não é banal e nem isenta de complicações.

O fato desta cirurgia usar equipamentos digitais, computadorizados e que são dotados da mais alta tecnologia não a eximem das complicações das complicações. A visão é a responsável por 85% a 90% do nosso relacionamnto com o meio ambiente...com a vida.

As Complicações como descolamento de retina, opacificação da córnea, aumento da pressão intra-ocular, inflamação e infecção ocular podem ocorrer, embora pouco freqüentes.

No período de recuperação é muito importante que o paciente siga todas as orientações de seu médico, use adequadamente as medicações prescritas e compareça a todos os retornos marcados, para evitar ou mesmo detectar precocemente qualquer complicação.

As pessoas tem diferentes períodos de recuperação, mas a maioria dos pacientes apresentam uma melhora significativa da visão rapidamente após a cirurgia.

Geralmente o paciente vai necessitar de óculos após a cirurgia, sendo que o mesmo costuma ser prescrito em torno de 4 a 6semanas de pós-operatório; muitas vezes estes óculos são apenas para a visão de perto (leitura).

Uma vez removida, a catarata não voltará. No entanto, com o decorrer do tempo, em alguns paciente pode haver uma opacificação daquela cápsula posterior que foi preservada para poder ser implantada a LIO. Nesses casos o problema é geralmente resolvido por meio de um rápido tratamento denominado Yag Laser, que é realizado no próprio consultório.

Dente quebrado: O que fazer?


 

Os dentes dos adultos deveriam durar a vida toda. Mas, com frequência algumas vezes irritantes para as infelizes vítimas, eles se quebram. Quando isto acontece, pode ser possível recolocar a parte quebrada no lugar, caso se mantenha o fragmento úmido e procure rapidamente um dentista.
Se o reimplante pode ser executado em menos de meia hora, a polpa possivelmente ainda estará viva, e o resultado será um sucesso. O tecido mais externo pode sobreviver por até 6 horas, permitindo ainda o reimplante com bom resultado.
Se quebrar um pedaço do seu dente, faça uma compressa gelada no local para diminuir o inchaço, guarde o fragmento que quebrou e corra para o dentista.
Se o dente foi completamente arracado, enxágue-o com água limpa. Se possível, coloque-o de volta no lugar ou sob sua língua. Se não for possível, envolva-o em um pano úmido ou em um copo com leite. Se a gengiva estiver sangrando, comprima-a com um lenço ou um chumaço de gazes. Tente chegar ao dentista em menos de 30 minutos após o acidente.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

10 motivos para beber leite todos os dias Além de gostoso e prático, o leite também é saudável

 Reprodução de internet - http://saude.abril.com.brleite é um alimento com um balanço nutricional único: contêm proteínas, carboidratos e minerais. De acordo com a nutricionista Ana Beatriz Barrella, da consultoria RG Nutri, o teor de água do leite é de 90%, e a diluição desses nutrientes no meio líquido faz com que o conjunto nutricional da bebida seja melhor do que os nutrientes isolados. "Um dos motivos que a recomendação do cálcio diário seja dada por meio do leite é porque toda essa composição facilita a absorção do cálcio pelo organismo", informa Ana Beatriz. 

Ainda segundo a nutricionista, adequar a quantidade de três porções de cálcio diárias recomendadas pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, pode trazer benefícios à sua saúde. Por isso, segue uma dezena de bons motivos para beber leite: 

1) Leite ajuda a emagrecer - o consumo da bebida pode ajudar também no processo de perda de peso e, com isso, prevenir problemas como a obesidade. Estudos mostram que populações de diferentes faixas etárias que consomem leite são mais magras e menos predispostas a obesidade. Além disso, programas de emagrecimento com dietas ricas em leite apresentam maiores taxas de perda de peso, quando comparadas a dietas pobres neste alimento. 

2) Leite hidrata - o leite é constituído por 90% de água e também eletrólitos. Uma pesquisa da Universidade Loughborough School of Sports and Exercise Sciences, do Reino Unido, concluiu que o leite magro produz uma significativa melhora na reidratação após atividade física em comparação com outras bebidas, como água e alguns sucos de frutas. 

3) Leite ajuda no controle da diabetes - Estudos recentes mostram que o leite pode ser um importante coadjuvante no tratamento e prevenção deste problema. O alto teor de aminoácidos das proteínas do soro do leite, pode afetar os processos metabólicos do organismo, favorecendo o controle da glicemia e a ação da insulina e, dessa forma, podem atuar positivamente no controle das taxas de açúcar no sangue. 

4) Leite ameniza as cólicas menstruais - um estudo realizado na Jordânia afirmou que adolescentes que consumiam três porções de cálcio por dia, sentiam menos dores pelas contrações do que as que não consumiam, porque o cálcio participa nos processos de contração e de relaxamento muscular. O estudo sugere que sem o cálcio, o músculo permanece contraído por um maior tempo, causando dores. 

5) Leite é a maior e melhor fonte de cálcio: o leite representa a maior fonte alimentar deste mineral com uma excelente facilidade para ser absorvido biodisponibilidade. O cálcio presente no leite é fundamental para o crescimento e manutenção dos ossos e dentes. 

6) Leite é um alimento completo e versátil: Além de conter proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais, o leite é um ingrediente fundamental da gastronomia. Participa, sem receio, de um grande número de receitas clássicas e triviais do dia-a-dia e é bem aceito pelas crianças. 

7) Leite é um alimento seguro: Atualmente, a segurança do leite é garantida pelo processo UHT (Ultra High Temperature) utilizado nas embalagens longa vida, que emprega altas temperaturas durante o tratamento da bebida, o que impede a sobrevivência e o crescimento de microorganismos. 

8) Leite contém proteínas de alto valor biológico: as proteínas do leite, incluindo as proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune, assim como fatores de crescimento. 

9) Leite ajuda a dormir melhor - O leite é considerado um boa fonte de triptofano, que é um aminoácido essencial e indutor do sono em casos de insônias leves e moderadas. Esse aminoácido é precursor da serotonina, que atua como um sedativo natural no cérebro humano. É por isso que para a insônia recomenda-se um copo de leite morno antes de dormir. 

10) Leite é fundamental em todas as faixas etárias: o consumo do cálcio presente no leite traz benefícios para as pessoas em todas as faixas etárias. Para as crianças proporciona o crescimento saudável de ossos e dentes; para os adultos garante uma boa quantidade de massa óssea; para as gestantes é fundamental na formação do feto; e para os idosos evita a perda de massa muscular e óssea decorrente da idade avançada.

Prisão de Ventre: livre-se dela

 prisão de ventre atinge grande parte da população. Pode ser do tipo aguda, de forma repentina e claramente perceptível ou crônica, que as vezes começa de forma sutil e persiste durante meses ou anos. As causas mais comuns estão relacionadas a hábitos de vida como: dieta inadequada, sedentarismo e a não resposta ao estímulo evacuatório devido à pressa do dia a dia. 

Para a maioria das pessoas, ir ao banheiro, principalmente na rua, não é exatamente confortável, mas, não ir com certeza pode gerar um problemão. Afinal, o intestino preso provoca desconforto abdominal, faz a barriga inchar e por causa do acúmulo de toxinas, rouba a vitalidade da pele, além de provocar irritabilidade. “O termo ‘enfezado’ vem disso, cheio de fezes. A quantidade de liberação de toxinas para o corpo também é grande quando se está constipado, pois o organismo sabe o que precisa absorver e o que precisa expelir e, se isso fica retido, vai ter uma maior absorção do que não é bom.”, diz Vânia Barberan, membra da Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro.

Medicamentos ou doenças neurológicas, musculares e endócrinas também podem causar a prisão de ventre, que se não tratada, pode acarretar em complicações proctológicas como as hemorróidas (dilatações nas veias do ânus).”Diversos tipos de câncer intestinal também estão relacionados à constipação. Até mesmo porque quem tem intestino preso, normalmente come mais carne, alimentos refinados, doces com açúcar e bebe refrigerante no lugar da água. Consumos que fazem mal ao organismo.”, afirma a especialista.

A alimentação, sem dúvida, pode ser uma grande aliada no combate a este mal e as fibras são os nutrientes mais indicados nesta batalha. Porém, é preciso tomar cuidado com o exagero. “O consumo de fibras é importante para o bom funcionamento intestinal. No entanto, além de não ser o único fator, o seu uso em excesso pode causar sensação de ‘empanzinamento’, gazes e distensão.”, explica Bernardo Junger, da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro. 

Para a nutricionista, tudo é uma questão de equilíbrio. “Primeiramente, é bom esclarecer que as fibras têm que ser associadas ao consumo de água. Sem isso, elas realmente podem causar constipação. Entenda: a prisão de ventre é uma sinalização do organismo de que sua alimentação está errada. Logo, não adianta ficar tentando soluções rápidas e milagrosas. A rotina do dia a dia que deve ser alterada e isso leva tempo e dá trabalho, mas, é melhor fazer por opção do que ser obrigado em função de alguma patologia instalada.”, ressalta.

Portanto, para o bom funcionamento do intestino é necessário aumentar o consumo de água e seguir uma dieta balanceada, sem radicalismos. “Nenhum alimento é vilão ou mocinho, todos são bons. Caso algum alimento esteja causando constipação isso deve ser investigado. A banana e a maçã, mesmo sendo mais secas, não vão causar prisão de ventre em quem tem uma alimentação saudável.”, comenta Vânia Barberan.

O consumo de óleos vegetais pode ajudar, mas, a especialista alerta que hoje há muito uso de óleos minerais (vasilina, glicerina e óleo mineral) que não são bons para o organismo. “Vou fazer uma pergunta ilustrativa: o que tem de bom se você comer um saco plástico? Esses óleos são derivados do petróleo e por isso, não fazemos a digestão deles, que passam direto pelo intestino. Será que isso é bom? Eu não acho. Até porque não resolve o problema, só alivia o paciente naquele momento e propicia uma queda na absorção de nutrientes.”, expõe.

Aliás, de acordo com os profissionais da área da saúde o uso de laxantes também é um erro. O remédio só deve ser utilizado quando prescrito por um médico, pois ao longo do tempo, ele lesa as células nervosas que controlam a movimentação do intestino, gerando assim um ciclo vicioso e piorando o problema. “A constipação deve ser tratada a longo prazo, a utilização constante de laxantes leva a uma prisão de ventre crônica, que faz o intestino ficar dependente do estímulo causado pelo medicamento. Hoje sabemos que o uso contínuo de substâncias como cáscara sagrada e sene são mais nocivos do que bons para o corpo. Pode-se usar um laxante de forma pontual, para aliviar o paciente constipado, mas a reeducação alimentar deve ser sempre priorizada.”, diz a nutricionista. 

É bom esclarecer que o fato de não evacuar todos os dias, não significa que a pessoa tenha prisão de ventre. “O conceito de hábito intestinal normal é muito variável, há levantamentos que indicam desde uma evacuação a cada três dias até três evacuações ao dia.”, explica Bernardo Junger. Além disso, a constipação intestinal relaciona-se não só à freqüência, mas também ao esforço para evacuar, às fezes endurecidas e à sensação de evacuação incompleta. “O mais importante é atentar para uma mudança do seu hábito intestinal, daquilo que é o seu normal. Uma prisão de ventre de início recente ou abrupto, principalmente em pessoas acima de 50 anos, assim como acompanhada do que chamamos de sintomas de alarme - como sangramento, perda de peso e dor abdominal - deve motivar a procura imediata de uma consulta médica.”, acrescenta o doutor. 

Muitos idosos sofrem deste mal, afinal, na idade mais avançada os músculos tendem a ficar mais relaxados e flácidos inclusive no interior do corpo, o que pode causar constipação. Uma dieta alimentar equilibrada melhora sensivelmente o problema, somada à atividade física para o fortalecimento da parede abdominal. 

Também se sabe que o sexo feminino é mais atingido pela prisão de ventre. A proporção é de duas a três mulheres para cada homem com a queixa, mas ainda não se encontrou uma razão para isso. “Parece que está relacionado mais a um ‘pudor’ do que necessariamente a uma questão fisiológica. Além do que, as mulheres criam regras para elas mesmas viverem que só elas entendem”, conta a nutricionista. 

Alimentar-se com frutas, hortaliças, legumes, grãos e farelo como fonte de fibras, atender à vontade de evacuar e não inibir esse reflexo, procurar adotar um horário mais conveniente para ir ao banheiro, preferencialmente após a refeição matinal e fazer regularmente algum tipo de atividade física são atitudes que vão melhorar o seu funcionamento intestinal. Mesmo que demore alguns dias, não deixe de seguir as orientações que os resultados virão com certeza. 

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...