quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Que Devemos Saber Sobre Alergia Alimentar

 
Termos alternativos: hipersensibilidade alimentar, intolerância alimentar, freqüência de alergia alimentar,
Alergia alimentar
O que é?
A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares.
O termo hipersensibilidade alimentar (geralmente usado como sinônimo de alergia alimentar) pode ser definido como uma reação clínica adversa, reproduzível após a ingestão de alergenos (substâncias que desencadeiam a alergia) presentes nos alimentos, causados pela exposição a um estímulo em uma dose tolerada por pessoas normais.
A alergia alimentar sempre envolve um mecanismo imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos.
Como podem ser as reações alimentares indesejáveis.

Reações tóxicas
causadas por ação de toxinas ou por agentes infectantes. Secundárias à ingestão de alimentos contaminados, costumam se apresentar agudamente com febre, vômitos e diarréia.
Não tóxicas por
Intolerância alimentar (exemplo: intolerância à lactose (falta da enzima lactase que desdobra o açúcar lactose). Ela não é imunomediada).
Hipersensibilidade (alergia) é uma reação desencadeada por mecanismos imunológicos específicos, com resposta anormal ou exagerada a determinadas proteínas alimentares que podem ser mediadas por IgE (imunoglobulina E, proteína ligada a fatores de defesa) ou não.
Aversões psicológicas
Outras

Qual a freqüência da alergia alimentar?
As reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometem 6-8% das crianças com menos de três anos de idade e 2-3% dos adultos. No entanto os pais acreditam que a incidência de alergia alimentar em seus filhos alcance 28 %.
Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de alergia alimentar?
Sim. Pacientes com outras doenças alérgicas apresentam uma maior incidência de alergia alimentar, por exemplo, 38 % das crianças com Dermatite Atópica têm de alergia alimentar e 5% das com asma.
Quais são os fatores mais envolvidos na alergia alimentar?
 

Predisposição genética, (50 % dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia).
A capacidade de certos alimentos de produzir alergia.
permeabilidade do sistema digestivo.
falha dos mecanismos de defesa, ao nível do trato gastrintestinal

Que alimentos são mais envolvidos nos casos de alergia alimentar?
Entre os alimentos mais envolvidos encontramos: ovo, peixe, farinha de trigo, leite de vaca, soja e crustáceos. As reações graves (anafiláticas) estão, na maior parte das vezes, relacionadas à ingestão de crustáceos, leite de vaca, amendoim, e nozes.
Os corantes, conservantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas.
Como se manifestam as alergias alimentares?
A maior parte dos sintomas surge minutos a duas horas após a ingestão. Tanto a natureza da reação como seu tempo de início e duração são importantes para estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar. As reações cutâneas (que envolvem a pele) mais comuns são: urticária, inchaço, coceira e eczema; do sistema digestivo: diarréia, dor abdominal, vômitos, do aparelho respiratório: tosse, rouquidão e chiado no peito. Em crianças pequenas, a perda de sangue nas fezes, pode ocasionar anemia e retardo do crescimento.
Reação anafilática o que é?
É uma reação grave, potencialmente fatal, de início súbito, que demanda socorro imediato. A anafilaxia (reação anafilática) é desencadeada pela liberação maciça de substâncias químicas que despertam um quadro grave de resposta generalizada. Remédios, picadas de insetos, alimentos, etc., podem ser os desencadeantes. Em situações excepcionais o alimento induz o aparecimento, de coceira generalizada, edema (inchaços), tosse, edema de glote, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”).
O que é síndrome de alergia oral?
É uma manifestação de alergia alimentar que ocorre após o contato da mucosa oral com determinados alimentos. As manifestações são instantâneas: coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe.. Os alimentos freqüentemente envolvidos são: frutas como:melão, melancia, banana, pêssego, ameixa, e aipo.
Como o médico pode fazer o diagnóstico de alergia alimentar?
O diagnóstico depende da interpretação conjunta da história clínica minuciosa, dos dados do exame físico acompanhados dos exames laboratoriais.
Na história clínica, são importantes as informações sobre os alimentos ingeridos. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento, em outras o quadro não é tão evidente. O chocolate raramente causa alergia,quando isto acontece, torna-se necessário pesquisar alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação.
Uma história precisa é importante para determinar o “timing” da ingestão e o aparecimento dos sintomas, o tipo de sintomas, os alergenos alimentares que possam estar causando o problema, e o risco de atopia (ter vários tipos de alergia). A eliminação de um antígeno fortemente suspeito durante algumas semanas é geralmente usada na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de alergia alimentar. Há a necessidade de testes diagnósticos confiáveis para a alergia alimentar.
Os testes alérgicos?
 

O (skin prick test) teste cutâneo, e a detecção de anticorpos IgE específicos na corrente sanguínea são mais valiosos quando negativos, já que sua alta sensibilidade os torna aproximadamente 95% precisos para excluir reações mediadas por IgE.
O RAST (radioallergosorbent test) e outros semiquantitativos semelhantes, estão sendo substituídos por métodos mais quantitativos de mensuração de anticorpos IgE específicos.
O “Imunoenzimático Fluorescente (CAP-system)” foi mais indicativo de alergia alimentar. O uso destes quantitativos de anticorpos IgE específicos para alimentos elimina a necessidade de se fazer testes de provocação alimentar em aproximadamente 50% dos casos.
O teste de contato (patch test) não é atualmente indicado para uso rotineiro.

Quando a história e os testes laboratoriais indicam uma resposta imunológica não mediada por IgE (mediada por células), podem ser necessários testes complementares para confirmar o diagnóstico de intolerância alimentar.
Embora os testes duplo-cegos controlados por placebo ainda constituam o “padrão-ouro” para o diagnóstico definitivo de alergia alimentar, os avanços tecnológicos aumentam o valor dos testes laboratoriais.
A determinação de marcadores inflamatórios no sangue e nas fezes ou de reações imunológicas aos alimentos como teste de hidrogênio expirado para intolerância à lactose ou biópsia gastrintestinal para determinar infiltração eosinofílica ou atrofia de vilosidades têm mostrado resultados duvidosos.
Nas alergias alimentares IgE-negativas, testes de provocação duplo-cegos e controlados por placebo continuam sendo o padrão-ouro para o diagnóstico
A relação entre dermatite atópica e alergia alimentar merece especial atenção. Mais ou menos 1/3 dos casos de dermatite atópica apresenta alergia ao leite de vaca e quase 1/2 dos lactentes alérgicos ao leite têm dermatite atópica. A implicação é de que os testes cutâneos são menos confiáveis em pacientes com dermatite atópica, com até 24% de falsos positivos.. O uso de provas para determinação de IgE sérica alergeno-específica é útil em tais circunstâncias.
Tratamento da alergia alimentar?
Não existe, ainda um remédio para tratar especificamente a alergia alimentar. Os medicamentos são utilizados para o tratamento dos sintomas (crise).
Três modalidades são geralmente empregadas no manejo de alergias alimentares:
1 - Eliminar e evitar alergenos específicos. A exclusão completa do alimento causador da reação é a única forma comprovada de manejo atualmente disponível.
É de extrema importância fornecer ao paciente e seus familiares orientações para evitar novos contatos com o alimento desencadeante. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeia a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato aponta para a presença de leite de vaca. 2 - Tratamento medicamentoso.
Os estabilizadores dos mastócitos e os anti-histamínicos não têm papel de destaque no armamentário contra as manifestações digestivas da alergia alimentar. Em casos excepcionais, o uso de corticosteróides pode se fazer necessário. Recentemente medicamentos tópicos (fluticasona e montelukast) têm sido empregados. Para pacientes com anafilaxia, ou com sintomas respiratórios ou cardiovasculares, a adrenalina é a substância de escolha para o manejo das reações graves causadas por alergias alimentares do tipo imediato e da anafilaxia. 3 - medidas preventivas.
A crescente incidência de doenças alérgicas em países industrializados tem sido atribuída à falta de exposição a infecções microbianas no período inicial da vida, ou à chamada "hipótese da higiene"
Do mesmo modo que em outras enfermidades, os fatores genéticos e ambientais influenciam a manifestação da alergia alimentar
Influências genéticas
As crianças do sexo masculino parecem apresentar maior risco de doença atópica. O risco de alergia em um irmão de uma pessoa afetada é aproximadamente 10 vezes mais alto que na população geral.
Os lactentes chamados de "livres de risco" (sem histórico familiar) apresentam um risco alérgico residual de 15%.
Os lactentes com "risco intermediário", (com pai/mãe ou irmão atópico), apresentam um risco de desenvolvimento de alergias de 20- 40%
Os lactentes de “alto risco” (com atopia em ambos os pais ou histórico de alergia), apresentam um risco de desenvolvimento de alergias de 50- 80%.
Cálculos baseados nestes dados mostram números absolutos idênticos de lactentes com e sem risco de alergia (11/100) que poderão desenvolver alergias.
Levantando dúvidas: Os programas de prevenção de alergias devem ser direcionados à população de recém-nascidos em geral ou devem ser direcionados somente aos lactentes em risco?
Influências ambientais
O risco de alergia alimentar sofre a mesma influência dos fatores ambientais que atuam na doença atópica em crianças examinadas para doença respiratória. Fatores que incluem o efeito protetor do aleitamento materno e o efeito nocivo da exposição à fumaça de cigarro.
Entre os fatores ambientais se incluem a qualidade da alimentação materna durante a gravidez; idade em que os alimentos sólidos e alimentos alergênicos foram introduzidos; exposição a poluentes; parto cesáreo; idade materna; etc.
Os agentes microbianos também podem exercer um efeito importante na sensibilização atópica e na indução de tolerância. O uso de probióticos (bactérias adicionadas aos alimentos “lactobacilos”) demonstrou-se redutor de doença alérgica, a longo prazo
A prevenção primária
Bloqueia a sensibilização imunológica aos alimentos, principalmente devido aos anticorpos IgE. Aparentemente existe um período crítico antes e logo depois do nascimento durante o qual uma criança geneticamente programada e suscetível à atopia encontra-se em alto risco de sensibilização. O desafio é identificar prontamente os lactentes em risco e estabelecer medidas preventivas que sejam realistas e aceitáveis.
A prevenção secundária
Destina-se aos os indivíduos já sensibilizados, a fim de suprimir a expressão da doença após a sensibilização.
A prevenção terciária
Propõe-se a limitar os sintomas e problemas adicionais em indivíduos que já sofrem de alergia crônica. A prevenção terciária é o estágio de tratamento em que se tenta evitar a recorrência dos sintomas e susceptibilidade a outras possíveis proteínas antigênicas.
Tratamento sintomático e de substituição.
A substituição de alimentos por seus equivalentes é de fundamental importância mormente nos pacientes em crescimento. O envolvimento multidisciplinar se torna relevante nas situações pediátricas. Aproveitando o tratamento das “crises” de forma a minimizar o sofrimento, abreviar a recuperação e entender melhor as causas do ressurgimento dos sintomas
O que fazer caso venha ocorrer a ingestão acidental do alimento (alergeno)?
Os indivíduos com alergia alimentar grave (reação anafilática) devem ter identificação desta condição, para que cuidados médicos sejam imediatamente tomados, é medida adicional ter à mão adrenalina com instruções de uso. As reações leves desaparecem espontaneamente ou respondem aos anti-histamínicos (antialérgicos).
O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?
Sim. Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) entre os 3-5 anos de idade.
Existe algum meio de prevenir a alergia alimentar?
É providência indispensável na criança de risco: estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida, introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia, após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe somente após o 3º ano de vida.

FANTASIAS SEXUAIS

Fantasiar é a capacidade de inventar mentalmente coisas ou situações. Todo mundo é capaz de fantasiar (ou sonhar acordado) sobre diversas situações: uma roupa que usará, um carro que comprará, um corpo depois da dieta e exercícios... Fantasias sexuais são desejos ou impulsos exteriorizados inicialmente através da imaginação, onde muita coisa é permitida e pouquíssima censura faz parte do enredo, sendo possível saborear várias situações sexuais além da fronteira da realidade.
Sua função principal é permitir que certos desejos sexuais de difícil conexão com a realidade possam ser satisfeitos, funcionando como substitutos da experiência real, além de ajudar a focalizar o próprio corpo e as sensações aperfeiçoando o conhecimento sexual. Também se pode dizer que a fantasia sexual é um tempero para a libido, aumentando o prazer na atividade sexual, sendo uma forma segura de experimentar o sexo.
Muitas fantasias sexuais são transformadas em realidade e outras tantas servem de estímulo para o relacionamento sexual ou porque a relação está morna ou porque se tem vontade de incrementá-la um pouco mais. No entanto, muitas fantasias são ousadas do jeito que são, pois ignoram os limites que encontram do outro lado: a AIDS e seus riscos, a mulher do melhor amigo, normas muito rígidas, a moral, a ética, censuras... Tudo isso é deixado de lado.
Por isso, talvez, seja tão perigoso e arriscado colocar todas as fantasias em prática. Querer nem sempre é poder e às vezes mais saudável é quem percebe essa barreira e não se machuca ultrapassando os limites, do que aquele que acha que tudo é válido e permitido. A identificação daquilo que pode ser posto em prática e o que deve permanecer no terreno da fantasia só pode acontecer quando se possui uma boa noção de si mesmo e de seu parceiro(a) e os limites do relacionamento sexual e afetivo.
Admita a criação sem se prender na autocensura, mas pense antes de agir. Use o senso crítico e avalie as conseqüências. Caso surjam sinais de alerta, contenha-se, pois pode ser melhor que a fantasia continue no imaginário. Se o sinal estiver verde, pode seguir em frente e libere-se para por em prática o que antes fazia parte do virtual.
Lembre-se: a fantasia não é algo errado ou anormal, desde que não constranja e/ou obrigue a um dos parceiros. Elas são normais, saudáveis e capazes de fortalecer o relacionamento, sustentando a cumplicidade e a intimidade. Além disso, elas são capazes de suavizar a ansiedade, aumentar a autoestima, autorizar emoções e percepções reprimidas e atacar a rotina. O perigo não se encontra na fantasia, mas na vergonha e no medo que podem acompanhá-la.
Sentimentos negativos não combinam com a sexualidade plena. Se for apropriada para ambos, a fantasia serve para estimular, divertir e educar sobre as preferências, além de revitalizar o sexo. Mas o medo da interpretação errada pelo(a) parceiro(a) e a educação repressora, limitam a imaginação e o desejo, levando para a cama no lugar da fantasia um juiz que condena o depravado, e procura somente o supostamente aceitável. O ato de ‘alimentar fantasias’ pode ser considerado impróprio para alguns, pois grande parte da vida é racional e previsível, e fantasiar é se desviar dos estereótipos e ser feliz.
Fantasia sexual e Internet
A busca por sites eróticos é uma crescente. A Internet democratizou o sexo com a possibilidade de apertar algumas teclas e ir de encontro a um mundo sem censuras. A segurança do anonimato funciona oferecendo mais emoção à vida sexual de todas as idades. A fronteira de tal comportamento, entre o saudável e o vício, é tênue.
Mas, o que caracteriza o vício é a falta de relacionamento com outras pessoas, utilizando-se somente a fantasia virtual como forma de desejo e prazer. Normalmente, revelam pessoas com dificuldade em se relacionar e se expor. A intenção da fantasia é potencializar a vida sexual e não esquivar-se dela

MS recomenda cuidados com a saúde durante as férias

Manter a higiene adequada e a vacinação em dia são algumas dicas para não ter transtornos durante viagens
Cuidados simples como manter o calendário de vacinação em dia, lavar sempre as mãos antes das refeições e saber escolher quais alimentos comer na rua ou em restaurantes são algumas das precauções que o turista deve ter para evitar transtornos e garantir férias sem doenças. Ao viajar, seja no Brasil ou para outros países, hábitos saudáveis podem evitar contratempos como ter que trocar a praia por uma estadia em algum hospital. Para orientar viajantes, o Ministério da Saúde publicou na internet uma nota com várias dicas de cuidados que devem ser adotados antes, durante e depois das férias.

Uma das recomendações é fazer uma avaliação de saúde com profissionais habilitados e não viajar se estiver doente. Longas horas de viagem de carro, avião ou ônibus favorecem, por exemplo, o surgimento de problemas circulatórios e o estresse durante a viagem podem diminuir a resistência do organismo e abrir caminho para outras doenças.

Outro cuidado importante é avaliar a situação vacinal, de acordo com a idade do viajante. Para isso, basta procurar uma unidade de saúde, de preferência da rede pública do Sistema Único de Saúde, portando o cartão de vacinação. Lá, um profissional de saúde fará a verificação do cartão e irá atualizar as vacinas necessárias para sua viagem. Todas as vacinas em atraso devem ser tomadas, com destaque para febre amarela, sarampo, rubéola e poliomielite.

Essa medida é essencial para evitar a reintrodução de doenças controladas no Brasil, como o sarampo e a rubéola, ou mesmo já erradicada, como a poliomielite. Quanto à febre amarela, existe a obrigatoriedade para brasileiros da apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), sob o risco de ter sua entrada proibida no país escolhido para visitar. O CIVP é obtido nos Centros de Orientação ao Viajante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para facilitar o atendimento, faça o pré-cadastro no site http://www.anvisa.gov.br/viajante.

No caso da febre amarela, é importante que a atualização seja realizada no mínimo com 10 dias de antecedência da data da viagem para que a vacina possa fazer efeito e a imunidade seja adquirida.

PERCURSO – Problemas de saúde podem ocorrer ainda dentro do carro, ônibus, navio ou avião. Assim, não deixe de levar, tanto na mala como na maleta de mão, medicações contra dor de cabeça, alergias imprevistas ou aquelas de uso regular no controle de doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes e asma, entre outras. As medicações devem ter prescrição médica.

Siga sempre as regras para transporte de objetos e líquidos, exigidas pelas companhias de transporte aéreo internacional. Se ocorrer qualquer alteração no seu estado de saúde durante um vôo ou cruzeiro, comunique imediatamente a tripulação de bordo.

Em caso de adoecimento durante a sua estadia no local de destino, busque atendimento médico e não pratique a automedicação. Frente a quaisquer situações inusitadas (acidentes, assaltos, perda de passaporte), bem como a problemas mais graves de saúde, procure ajuda e orientações junto às autoridades locais ou Embaixada do Brasil em cada país.

Algumas outras recomendações são: conhecer características do local de destino, tais como clima, altitude, diferença de fuso-horário, infraestrutura urbana, alimentação, costumes, normas, cultura, doenças que afetam a população local e susceptibilidade a desastres naturais (inundações, terremotos, furacões) dos lugares visitados.

É importante manter-se informado, seja pela internet, televisão, jornais ou quaisquer outras formas de comunicação, sobre o que ocorre no país de destino e no mundo, se há possibilidade de ocorrência de epidemias, calamidades e eventos como ataques terroristas.

Para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e aids, o uso de preservativos é recomendado em todas as relações sexuais. Ter preservativos facilita sua utilização e a prevenção desses agravos.

Evite exposição excessiva ao sol. Lembre-se sempre de aplicar o protetor solar no mínimo 30 minutos antes da exposição, com fator de proteção solar mínimo de 15, nas áreas do corpo não protegidas por vestuário. Reaplique conforme orientação do fabricante. Utilize também óculos de sol com filtro ultravioleta e chapéu de aba larga.

E lembre-se: lave as mãos com água e sabão, principalmente depois de tossir ou espirrar; antes de tocar os olhos, a boca e o nariz; após usar o banheiro e antes das refeições.

NAVIOS – Para os viajantes de navios, outras recomendações são importantes, tais como conhecer ter cuidados com o consumo de água e alimentos em cada parada da embarcação. Dentro ou fora do navio, evite o consumo de alimentos crus ou mal passados. Prefira os alimentos bem cozidos, ao invés daqueles que ficam expostos em balcões térmicos aquecidos ou refrigerados (sobremesas, saladas e molhos frios).

No caso de diarréia três ou mais vezes em um intervalo de 24 horas, procure atendimento médico e informe imediatamente a tripulação do navio, que, por sua vez, deve notificar a Anvisa. Exija do operador de turismo um guia de telefones e endereços de serviços médicos disponíveis em cada parada. Dessa forma, em caso de emergência, você saberá a quem recorrer. Observe se a acomodação escolhida apresenta de boa ventilação em todos os lugares.

RETORNO – Após o retorno da viagem, caso apresente febre ou outros sintomas, como diarréia, problemas de pele ou respiratórios, procure imediatamente o serviço médico e informe o itinerário de sua viagem. Se possível, procure por serviços de referência para doenças infecto-contagiosas em seu Estado.

Exemplos de doenças que exigem cuidados durante viagens: doenças de transmissão hidrica-alimentar; cólera; doenças transmitidas por vetores e zoonoses (mosquitos, carrapatos e do homem para o animal e do animal para o homem); febre amarela; malária; chikungunya; doenças de transmissão respiratória como a gripe, sarampo, rubéola, varicela e caxumba; doença Meningocócica, entre outras.

DESTAQUES
Febre do Chikungunya: A Febre do chikungunya é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos vetores que transmitem a dengue.

Não existe transmissão da doença nas Américas. Os casos diagnosticados no Brasil foram importados. Atualmente o vírus circula em alguns países da África e da Ásia. Em 2010 há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan – todos com transmissão sustentada.

Os principais sintomas da febre do chikungunya são principalmente febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Algumas medidas de proteção individual, como o uso de repelentes, podem ser adotadas para reduzir o risco de infecção. Ao retornar da viagem, caso apresente febre alta e dores nas articulações, o viajante deve procurar atendimento médico imediatamente, relatando seu histórico de viagens, e evitar tomar medicamentos por conta própria.

Doenças de transmissão respiratória: Influenza – A doença de transmissão respiratória mais comum é a gripe, que é uma doença infecciosa de natureza viral e de alta transmissibilidade. Recentemente, a gripe causada pelo vírus Influenza Pandêmica (H1N1) 2009 teve grande importância epidemiológica em todo o mundo. No Brasil, durante o ano de 2010 foi realizada vacinação de grupos populacionais mais vulneráveis, alcançando aproximadamente 90 milhões de pessoas, diminuindo o risco de ocorrência de formas graves e mortes pela doença.

Sarampo e Rubéola: O controle dessas duas doenças tem relevância epidemiológica fundamental, considerando a fase atual de interrupção da circulação viral sustentada no Brasil. São doenças de ocorrência comum em eventos que envolvem pessoas de diferentes países e preveníveis por vacina. No Brasil, a vacina contra o sarampo e rubéola é administrada regularmente, independente da ocorrência destas situações. No período de férias os cuidados para prevenir o sarampo e a rubéola se tornam mais importantes pela sua relação com viagens internacionais e principalmente eventos de massa (ex. houve registro de surto de sarampo na África do Sul durante a copa do mundo).


SERVIÇO Confira a íntegra das recomendações:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/orientacao_viajante_24_12_2010.pdf
Informações sobre o Certificado Internacional de Vacinação:
http://www.anvisa.gov.br/viajante
Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351

SUS 20 ANOS




terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Brasil passa a integrar grupo de países com baixa prevalência de cárie

Levantamento do Ministério da Saúde mostra que saúde bucal do brasileiro teve grande melhora como reflexo do Programa Brasil Sorridente. Desde 2003, cresceu 30% o número de crianças sem cárie
O ministro da saúde, José Gomes Temporão, divulgou nesta terça-feira (28) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010). O levantamento, feito com base em entrevistas e exames bucais em 38 mil pessoas, revela que o Brasil passou a integrar o grupo de países com baixa prevalência de cáries, um reflexo direto da implantação do programa Brasil Sorridente, em 2003, que passou a oferecer prevenção, tratamento especializado e reabilitação em todo o país.

Para estar neste grupo, o indicador CPO (sigla para dentes cariados, perdidos e obturados) deve estar entre 1,2 e 2,6, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde. Em 2003, o país tinha índice de 2,8, passando, atualmente, para 2,1 — melhor que a média dos países das Américas.

“É um resultado expressivo que expressa a prioridade dada à política. Esse é o grande diferencial do trabalho que foi feito: uma decisão política coloca uma prioridade. Essa prioridade é perseguida e isso se reverte em benefícios para a população”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

A pesquisa aponta uma queda de 26% no número de cáries dentárias nas crianças de 12 anos desde 2003 — idade usada como referência pela Organização OMS, pois é nela que a dentição permanente está praticamente completa.

Outro dado relevante da SB Brasil 2010 é o número de crianças que nunca tiveram cárie na vida. A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31%¨para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum dente cariado atualmente — 30% a mais que em 2003.

ADOLESCENTES – Na faixa etária dos 15 aos 19 anos, a queda do CPO foi ainda maior, passando de 6,1 em 2003, para 4,2 este ano - uma redução de 30%. São 18 milhões de dentes que deixaram de ser atacados pela cárie. Entre os adolescentes, 87% não tiveram perda dentária. A necessidade de prótese parcial (substituição de um ou alguns dentes) entre os adolescentes caiu 50%.

ADULTOS – Na população com idade entre 35 e 44 anos o CPO caiu 19%, passando de 20,1 para 16,3 em sete anos. Comparando os números de 2003 e 2010, temos redução de 30% no número de dentes cariados, queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento de 70% no número de dentes tratados. Isso significa que a população adulta está tendo maior acesso ao tratamento da cárie e menos dentes estão sendo extraídos por conseqüência da doença.

BRASIL SORRIDENTE - O Brasil Sorridente, criado em 2003, funciona de maneira integrada à Estratégia Saúde da Família, levando atendimento odontológico às residências e escolas. As 20,3 mil equipes de Saúde Bucal - compostas por cirurgião-dentista, auxiliar e técnico em saúde bucal – já atendem em 85% dos municípios do país. Elas são as responsáveis pelo atendimento primário (educação e prevenção, distribuição de kits de higiene, tratamento de cáries, aplicação de flúor, extração e restaurações).

“Essa é uma das áreas em que podemos perceber a dinâmica diferenciada da saúde pública, o fato da saúde ser, ao mesmo tempo, política social, fundamental para a melhoria das condições de vida, mas também uma área dinâmica do ponto de vista da criação de emprego, desenvolvimento, inovação e riqueza. Com uma política criamos mais de 20 mil empregos diretos”, afirmou o ministro.

São as equipes de Saúde Bucal que encaminham os pacientes que necessitam de procedimentos de média e alta complexidade para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Nesses locais, as pessoas contam com tratamentos de canal, gengiva, cirurgias orais menores, exames para detectar câncer bucal e intervenções estéticas. O país tem 853 centros, sendo que mais de 60% deles estão nas cidades com até 100 mil habitantes. O procedimento especializado cresceu mais de 300% desde 2002, chegando a 25 milhões no ano passado.

As medidas de reabilitação são feitas através dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), que fornecem os produtos para os CEO’s. Atualmente, 664 laboratórios recebem até R$ 12 mil por mês para a produção de próteses dentárias totais e parciais removíveis, com estrutura metálica.


Outras informações
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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Inaugurada emissora de TV Canal Saúde

Profissionais de todo o país passam agora a contar com um canal de informação e mobilização sobre os assuntos relacionados à saúde
O Canal Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), deixou de ser um veículo de comunicação meramente virtual para se transformar em uma emissora de TV. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, inaugurou oficialmente nesta terça-feira (21) a TV Canal Saúde, que pode ser sintonizada por antenas parabólicas em todo o país. Um acordo do Ministério da Saúde com a Oi TV também permitirá que o canal seja sintonizado por intermédio dessa operadora por conselhos municipais e estaduais de Saúde, a partir de 2011. O objetivo é facilitar o acesso da população à programação, que inclui, por exemplo, orientações sobre prevenção a doenças e promoção da saúde.

Nesta terça-feira, foram assinados um acordo de cooperação entre os ministérios da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Cultura, nomeando o Canal Saúde gestor da faixa dedicada à área da saúde na TV digital pública, além de duas portarias. Em uma delas, consta que o Canal Saúde representará o Ministério da Saúde nos comitês de programação e gestão da TV digital. A outra portaria formaliza o compromisso do Canal Saúde como responsável pelo canal da saúde na Oi TV.

"Esta ação inaugura uma nova era no campo da comunicação em saúde. E esta é, para mim, uma questão contemporânea e central no que diz respeito ao futuro do Sistema Único de Saúde (SUS): o campo da disseminação da informação", ressaltou o ministro. "A saúde recebe agora um grande estímulo, um espaço que leve mais informação aos profissionais e, não apenas a eles, mas à população".

A principal veiculação da nova emissora é por intermédio de antena parabólica digital. Outra forma de veiculação é um canal exclusivo na Oi TV. A operadora de TV por assinatura deve doar mais de 5 mil kits de recepção (antena da Oi, receptor digital e aparelho de televisão) aos conselhos municipais e estaduais de saúde, facilitando o acesso à programação do Canal Saúde.

Durante 16 anos, o Canal Saúde funcionou como um canal virtual. Ao se transformar em uma emissora de televisão, passa a gerenciar um canal próprio, inicialmente, com 12 horas de programação ininterrupta, das 9h às 21h. O investimento do Ministério da Saúde e da Fiocruz para transformá-lo em emissora de TV foi de R$ 5,9 milhões.

"É uma emissora que nasce, com certeza, pelo tamanho do SUS. O Sistema Único merecia um canal de saúde", reforçou o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antonio Alves. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, também participaram da inauguração do Canal Saúde.

MEDICAMENTO CONTRA TUBERCULOSE – Na cerimônia, foi firmado um acordo entre a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), com o laboratório indiano Lupin para a fabricação de uma combinação de medicamentos (4 em 1) contra a tuberculose. A medida, além de viabilizar a produção nacional, visa reduzir o abandono do tratamento pelos pacientes de tuberculose. A estimativa é que a tuberculose hoje custe R$ 11 milhões por ano aos cofres públicos.

"Um dos grandes problemas mais importantes no tratamento da tuberculose é o fato de os pacientes terem de tomar os medicamentos por pelo menos seis meses. Além disso, hoje se tem o tratamento em medicamentos separados. Então, são muitos comprimidos por dia. Esses são alguns dos fatores que explicam a baixa adesão, o que queremos evitar", apontou o ministro, destacando que a parceria, ainda, reduz a dependência da produção externa desses medicamentos.

INSTITUTOS NACIONAIS – Temporão ainda inaugurou a Sala Adolpho Lutz, onde funciona a direção do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e assinou portarias que designam o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) como Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e Instituto Nacional de Infectologia, respectivamente. Outra portaria assinada pelo ministro definiu que a Fiocruz, por meio de seu presidente, coordenará a elaboração da proposta de um futuro Instituto Nacional de Neurociências.

Os Institutos Nacionais são órgãos auxiliares do Ministério da Saúde no desenvolvimento, na coordenação e na avaliação das ações integradas para a saúde. Cada um na sua especialidade – saúde da mulher, da criança e do adolescente e infectologia –, eles têm entre suas atribuições planejar, coordenar e realizar pesquisa clínica, básica, aplicada, biomédica, epidemiológica e em ciências sociais em saúde; formar profissionais para o SUS; fortalecer a capacidade nacional de resposta frente a emergências e ameaças à saúde pública; coordenar redes colaborativas nacionais e internacionais; e desenvolver atividades assistenciais de referência no âmbito do SUS, entre outras.

O Instituto de Neurociências, quando criado, deverá conjugar atividades de pesquisas básicas e aplicadas; de planejamento e formulação de políticas públicas; e de formação e treinamento de cientistas e profissionais na área do cérebro, mente, comportamento e sistema nervoso.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

RESOLUÇÃO-RDC Nº 44, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010

Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 25 de outubro de 2010, e adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino sua publicação:
Art. 1º Esta resolução estabelece os critérios para a embalagem, rotulagem, dispensação e controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, conforme lista constante do Anexo a esta Resolução, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.
Parágrafo único. A dispensação de medicamentos contendo as substâncias listadas no Anexo a esta resolução, isoladas ou em associação, fica sujeita à retenção de receita e escrituração em farmácias e drogarias, nos termos desta resolução.
Art. 2º A dispensação de medicamentos a base de antimicrobianos de venda sob prescrição somente poderá ser efetuada mediante receita de controle especial, sendo a 1ª via - Retida no estabelecimento farmacêutico e a 2ª via - Devolvida ao Paciente, atestada, como comprovante do atendimento.
Art. 3º As prescrições somente poderão ser dispensadas quando apresentadas de forma legível e sem rasuras, por profissionais devidamente habilitados e contendo as seguintes informações:
I - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia;
II - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo);
III - identificação do usuário: nome completo;
IV - identificação do comprador: nome completo, número do documento oficial de identificação, endereço completo e telefone (se houver);
V - data da emissão; e
VI - identificação do registro de dispensação: anotação da data, quantidade aviada e número do lote, no verso.
Art. 4º A escrituração das receitas com medicamentos contendo as substâncias listadas no Anexo desta resolução, isoladas ou em associação, é obrigatória e deverá atender ao disposto no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
Parágrafo único. Os estabelecimentos que não possuírem implantados os módulos do SNGPC deverão proceder à escrituração em Livro de Registro específico para antimicrobianos, informatizado ou não, conforme modelo utilizado para registro de medicamentos sujeitos ao controle especial.
Art. 5º A escrituração de todas as operações relacionadas com substâncias e medicamentos antimicrobianos, isolados ou em associação, deve ser atualizada no prazo máximo de 7 dias.
§1º No Livro de Registro específico para antimicrobianos a escrituração deve ser realizada a caneta de forma legível, sem rasuras ou emendas e assinada pelo responsável técnico.
§2º No SNGPC ou livro informatizado, a escrituração deve ser realizada pelo responsável técnico com controle de acesso por senha pessoal e intransferível.
§3º As eventuais correções de escrituração no Livro de Registro específico, informatizado ou não, ou as finalizações de inventário no SNGPC devem ser devidamente registradas e justificadas em documento próprio, assegurando a rastreabilidade, para fins de fiscalização da Autoridade Sanitária Competente.
Art. 6º Na embalagem e rotulagem dos medicamentos contendo substâncias antimicrobianas constante da lista Anexa de que trata esta resolução deve constar, obrigatoriamente, na tarja vermelha, em destaque a expressão: Venda Sob Prescrição Médica - Só Pode ser Vendido com Retenção da Receita.
Parágrafo único. Na bula dos medicamentos a que se refere o caput deste artigo deverá constar, obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo maior de que o texto, a expressão: Venda Sob Prescrição Médica - Só Pode ser Vendido com Retenção da Receita.
Art. 7º Será permitida a fabricação e distribuição de amostra grátis desde que atendidos os requisitos definidos em legislação específica.
Art. 8º Os estabelecimentos deverão manter a disposição das autoridades sanitárias a documentação fiscal referente à compra, venda, transferência ou devolução das substâncias antimicrobianas bem como dos medicamentos que as contenham.
Art. 9º Toda a documentação relativa à movimentação de entradas, saídas ou perdas de antimicrobianos deverão permanecer arquivadas no estabelecimento e à disposição das autoridades sanitárias por um período mínimo de 5 (cinco) anos após sua dispensação ou aviamento.
Art. 10. Fica estabelecido o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para adequação quanto à embalagem, rotulagem e bula.
Parágrafo único. As farmácias e drogarias poderão dispensar os medicamentos à base de antimicrobianos que estejam em embalagens com tarja vermelha, ainda não adequadas, desde que fabricadas dentro do prazo previsto no caput deste artigo.
Art. 11. A retenção das receitas de medicamentos, pelas farmácias e drogarias, contendo as substâncias listadas no Anexo desta resolução é obrigatória a partir de 28 de novembro de 2010.
Parágrafo único. As receitas de antimicrobianos terão validade de 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão.
Art. 12. As farmácias e drogarias terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para escrituração e adesão ao SNGPC.
Art. 13. O descumprimento das disposições contidas nesta resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 14. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

DIRCEU RAPOSO DE MELLO

ANEXO
LISTA DOS ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS NA ANVISA
(Não se aplica aos antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar)
1. Ácido clavulânico
2. Ácido nalidíxico
3. Ácido oxolínico
4. Ácido pipemídico
5. Amicacina
6. Amoxicilina
7. Ampicilina
8. Axetilcefuroxima
9. Azitromicina
10. Aztreonam
11. Carbenicilina
12. Cefaclor
13. Cefadroxil
14. Cefalexina
15. Cefalotina
16. Cefazolina
17. Cefoperazona
18. Cefotaxima
19. Cefoxitina
20. Ceftadizima
21. Ceftriaxona
22. Cefuroxima
23. Ciprofloxacina
24. Claritromicina
25. Clindamicina
26. Cloranfenicol
27. Daptomicina
28. Dicloxacilina
29. Difenilsulfona
30. Diidroestreptomicina
31. Doripenem
32. Doxiciclina
33. Eritromicina
34. Ertapenem
35. Espectinomicina
36. Espiramicina
37. Estreptomicina
38. Etionamida
39. Fenilazodiaminopiridina (fempiridina ou fenazopiridina)
40. 5-fluorocitosina (flucitosina)
41. Fosfomicina
42. talilsulfatiazol
43. Gemifloxacino
44. Gentamicina
45. Griseofulvina
46. Imipenem
47. Isoniazida
48. Levofloxacina
49. Linezolida
50. Lincomicina
51. Lomefloxacina
52. Mandelamina
53. Meropenem
54. Metampicilina
55. Metronidazol
56. Minociclina
57. Miocamicina
58. Moxifloxacino
59. Neomicina
60. Netilmicina
61. Nistatina
62. Nitrofurantoína
63. Norfloxacina
64. Ofloxacina
65. Oxacilina
66. Oxitetraciclina
67. Pefloxacina
68. Penicilina G
69. Penicilina V
70. Piperacilina
71. Pirazinamida
72. Rifamicina
73. Rifampicina
74. Rosoxacina
75. Sulfadiazina
76. Sulfadoxina
77. Sulfaguanidina
78. Sulfamerazina
79. Roxitromicina
80. Sulfametizol
81. Sulfametoxazol
82. Sulfametoxipiridazina
83. Sulfameto xipirimidina
84. Sulfatiazol
85. Sulfona
86. Teicoplanina
87. Tetraciclina
88. Tianfenicol
89. Tigeciclina
90. Tirotricina
91. Tobramicina
92. Trimetoprima
93. Vancomicina

Saúde cria primeiro cadastro nacional de estudos clínicos

Plataforma brasileira amplia o acesso a pesquisas com seres humanos e ajuda no recrutamento de voluntários. Iniciativa é pioneira no mundo com uso de software livre
A primeira plataforma brasileira com o cadastro de pesquisas clínicas realizadas em seres humanos estará disponível na internet. Nesta quinta-feira (16), o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), lançou a nova ferramenta, em Brasília. Além da divulgação de estudos, o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBEC – www.ensaiosclinicos.gov.br) servirá também para recrutar voluntários que queiram participar das pesquisas sobre tratamentos, medicamentos, análise de procedimentos, entre outros temas da saúde.

Antes do RBEC, as pesquisas realizadas no país eram registradas em plataformas estrangeiras, geralmente em língua inglesa, o que restringia o acesso da população e a divulgação ás revistas científicas. “É um projeto que demonstra o esforço do Ministério da Saúde em fortalecer e impulsionar as pesquisas nacionais”, afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães. Segundo ele, a criação de um registro público nacional será um marco no setor e dará maior transparência à divulgação dos estudos, além de ampliar o acesso.

Outro diferencial da RBEC é a utilização de software livre na plataforma, desenvolvido pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) da Opas. É a primeira plataforma de ensaios clínicos com tecnologia completamente gratuita o que possibilita que qualquer pesquisador acesse a nova ferramenta, aumentando o potencial de utilização.

Com investimento de US$ 130 mil na sua criação, a expectativa é que 200 estudos sejam registrados por ano.

REFERÊNCIA INTERNACIONAL - Além de ampliar o acesso e dar maior transparência na divulgação dos estudos, a plataforma deverá colocar o Brasil entre os países que são referência no registro de pesquisas com seres humanos. A plataforma brasileira é trilingue (português, espanhol e inglês) e estará aberta também a estudos estrangeiros.

A expectativa do Ministério da Saúde é que, no início do próximo ano, o site seja reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como plataforma de registro primário de ensaios clínicos. Atualmente, existem 11 plataformas com essa certificação no mundo. Elas são responsáveis por enviar dados para o banco da OMS, que disponibiliza os estudos na internet.

INVESTIMENTO EM PESQUISAS – A criação da plataforma integra uma série de ações do Ministério da Saúde para o desenvolvimento e fortalecimento do setor no país. O investimento na área de pesquisa, realizado em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia e fundações estaduais de amparo à pesquisa, foi de R$ 700 milhões entre 2003 e 2009. A perspectiva para este ano é investir R$ 80 milhões.

Esses recursos foram destinados a mais de 3,6 mil estudos, envolvendo cerca de 400 instituições acadêmicas. Além do amparo a projetos isolados, os investimentos foram aplicados na estruturação de redes de pesquisa, como as Redes de Pesquisa em Malária e Dengue e as Redes Nacional de Terapia Celular e de Pesquisa Clínica.

A Rede Nacional de Pesquisa Clínica foi criada em 2005 e conta, atualmente, com 32 centros em funcionamento nos hospitais de ensino no país. O apoio as fases finais dos projetos científicos, de acordo com o secretário Reinaldo Guimarães, é fundamental para garantir resultados e aplicar o conhecimento na rede pública. Somente para essa rede foram aplicados R$ 65 milhões.

PRÊMIO - Na cerimônia de lançamento do site, o Ministério da Saúde divulgou também os cinco vencedores do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde. Esta é a 9ª edição da proposta que busca incentivar estudos voltados às necessidades da rede pública. Os 27 finalistas concorreram a um total de R$ 55 mil em cinco categorias – Tese de Doutorado, Dissertação de Mestrado, Trabalho Científico Publicado, Monografia de Especialização ou Residência e Incorporação de Conhecimentos Científicos no SUS.

Outras informações - Atendimento à Imprensa (61) 3315 3580 e 3315 2351

Consumo de drogas cai entre estudantes do ensino fundamental e médio

Pesquisa revela queda de 49,5 % no uso de substâncias psicotrópicas pelos alunos com relação a 2004.
O VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras, concluído em 2010, mostrou diminuição de 49,5 % no uso de drogas ilícitas entre estudantes da rede pública do país, na comparação com a última pesquisa, realizada em 2004. Esse cálculo levou em consideração o uso, continuado ou não, no ano, de solventes/inalantes, ansiolíticos, anfetamínicos, cocaína, maconha, crack e anticolinérgicos. Somente no caso da cocaína não houve redução de consumo.

Na comparação entre as pesquisas de 2004 a 2010 também houve redução expressiva dos relatos de consumo de bebidas alcoólicas e tabaco pelos alunos da rede pública. O consumo de álcool, por exemplo, diminuiu 35,1%, enquanto o de tabaco reduziu 37,6%.

A série histórica de levantamentos compreende os anos de 1987, 1989, 1993 e 2004. Até 2004, apenas estudantes da rede pública eram pesquisados e, até, 1997, somente 10 capitais participavam do levantamento. O estudo atual, feito pela Senad em parceria com o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas) trouxe, pela primeira vez, dados do uso de drogas entre alunos da rede particular de ensino. Por meio de questionário, de auto-preenchimento, a pesquisa foi aplicada em 789 escolas, com 50.980 estudantes pesquisados, destes 31.280 da rede pública e 19.610 da particular.

O VI Levantamento identificou que há diferenças na proporção do uso de substâncias psicotrópicas entre alunos da rede privada e da pública. Foi revelado, por exemplo, que 9,9% dos estudantes das escolas públicas utilizaram, nos 365 dias anteriores a aplicação do questionário, qualquer tipo de droga, exceto álcool e tabaco), enquanto na rede particular esse número foi de 13,6%.

Para a secretária adjunta da Senad, Paulina Duarte, “a redução do consumo de drogas entre os estudantes é resultado das políticas que vem sendo implementadas no âmbito das escolas e da sociedade como a capacitação de professores, ações junto a lideranças comunitárias, fortalecimento da rede de proteção social, entre outras iniciativas da área”, analisou.

OUTROS PAÍSES – A comparação do VI Levantamento com pesquisas internacionais mostrou aspectos positivos da realidade do consumo de drogas no Brasil. Os estudantes brasileiros, por exemplo, são os que menos consumiram tabaco, tanto na vida quanto no ano, quando comparados os estudantes de 16 países, da América do Sul e Europa: Alemanha, Reino Unido, Suíça, Itália, Holanda, França, Uruguai, Irlanda, Colômbia, Portugal, Chile, Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Bolívia.

Outro destaque é que o uso na vida de crack entre estudantes brasileiros pode ser considerado diminuto na comparação com estudantes europeus e sul-americanos. O Brasil e o Paraguai ocupam a última posição, com a mesma prevalência de uso na vida e no ano de crack.

O consumo de bebidas alcoólicas entre estudantes brasileiros, de 15 e 16 anos, está dentro da média internacional, tanto para uso na vida, quanto no ano. Os maiores índices são da Alemanha e os menores da Bolívia.

A comparação entre a realidade brasileira e de outros países foi feita com base nos relatórios Monitoring the Future (Estados Unidos), de 2009; ESPAD (países europeus), de 2007; e SIDUC (países da América Latina), de 2006. Foi realizado um recorte de faixa etária que permitisse a comparabilidade entre os diferentes países e o Brasil.

Legenda:
1 - Uso no ano: uso nos últimos 12 meses; ou seja, pelo menos uma vez nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

2 – Uso na vida: uso experimental, ou seja, “pelo menos uma vez na vida”.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Senad - 61-9974-6033


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Acordo permite transferência de tecnologia para produzir medicamento contra hanseníase

Princípio ativo da clofazimina será produzido por laboratório oficial brasileiro e só poderá ser utilizado na rede pública de saúde

Foto: Luís Oliveira/MSO ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente do laboratório farmacêutico Novartis no Brasil, Alexander Triebnigg, assinaram, na tarde desta quarta-feira (15/12), acordo de transferência de tecnologia para produção nacional do princípio ativo da clofazimina, um dos medicamentos utilizados no tratamento da hanseníase. O princípio ativo será produzido por laboratório oficial brasileiro, a ser definido pelo Ministério da Saúde, e só poderá ser utilizado na rede pública de saúde. A expectativa é que o Brasil domine a tecnologia de produção da clofazimina dentro de cinco anos.

Com o acordo, demandado pelo Ministério da Saúde, a Novartis fará doação ao governo brasileiro de três medicamentos usados no tratamento da doença, entre 2011 e 2015: rifampicina, dapsona e clofazimina. As drogas serão doadas em dois tipos de formulação combinada: uma tripla, com os três princípios ativos, e outra dupla, com rifampicina e dapsona. O Brasil já domina a tecnologia de produção desses dois medicamentos, mas separadamente. O uso das formulações combinadas favorece a adesão ao tratamento da doença.

A doação de clofazimina não terá interferência de organismos internacionais e será em quantidade suficiente para assegurar o tratamento dos portadores de hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS) e a manutenção de estoque estratégico do Ministério da Saúde. Um grupo técnico constituído por representantes do Ministério da Saúde e da Novartis acompanhará a execução do acordo, para garantir o fornecimento contínuo e adequado dos medicamentos, além dos detalhes relativos à transferência de tecnologia.

Nos próximos cinco anos, deverão ser doados ao Brasil, a cada ano, um total de 700 mil comprimidos de clofazimina, para adultos e crianças – totalizando 3,5 milhões de unidades, no período. Com relação aos outros medicamentos, nos próximos cinco anos, serão doados mais de 2,9 milhões de unidades na formulação tripla e 1 milhão de unidades da formulação dupla, considerando tratamentos adultos e pediátricos.

O ministro José Gomes Temporão ressaltou o fortalecimento da capacidade brasileira no campo da inovação e do desenvolvimento da produção de medicamentos. “Esse acordo é muito importante para nós porque a hanseníase ainda é importante do ponto de vista de saúde pública no Brasil. É uma doença que o presidente Lula tem um carinho e uma preocupação muito especial, [principalmente] pelos que sofrem hoje e pelos que no passado foram estigmatizados”. Ele destacou que o acordo dará autonomia de produção ao Brasil, que poderá, no futuro, doar o medicamento para outros países.

Alexander Triebnigg disse que, dentro da lógica de parceria global da empresa com os portadores de doença, “é uma honra para a Novartis participar na luta junto com o governo brasileiro para melhorar as condições de tratamento dos pacientes que convivem com hanseníase”. Segundo o laboratório, desde 2000, foram doados mais de 45 milhões de tratamentos, ajudando a curar aproximadamente cinco milhões de pacientes em todo o mundo.

CURA SEM SEQUELA – O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Gerson Penna, avalia que é importante o Brasil dominar a tecnologia de produção da clofazimina, pois o controle da hanseníase no Brasil é baseado no diagnóstico precoce de casos. Com o diagnóstico precoce e o início oportuno do tratamento, aumentam as chances de cura dos pacientes, sem sequelas, e de interrupção das fontes de infecção pelo bacilo causador da hanseníase.

Para Reinaldo Guimarães, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o acordo é mais um passo na consolidação da política do Complexo Industrial da Saúde, impulsionada na gestão do ministro José Gomes Temporão.

No Brasil, o número anual de casos novos da doença vem caindo desde 2003. Naquele ano, foram 51.941 registros. Em 2009, foram 37.610 notificações. Com relação à transmissão entre menores de 15 anos, adotada pelo governo brasileiro como principal indicador de monitoramento da transmissão ativa da doença, o número de casos em 2009 foi de 2.669, contra 3.444 em 2006. Quanto ao percentual de cura, em 2008, o resultado foi de 81,2%, o que representou 33.611 pacientes curados.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa
(61) 3315-2351/3580

Ministro Temporão apresenta balanço da saúde

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, apresentou hoje (16) o balanço de governo na área da Saúde.

Confira a apresentação Avanços na Saúde 2003 - 2010
Ouça o Ministro:Parte 1 | Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 | Parte 5

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Censo identifica perfil dos trabalhadores de laboratórios de vigilância sanitária

9 de junho de 2010

As mulheres são a grande maioria dos trabalhadores de laboratórios em vigilância sanitária. Juntas, elas representam aproximadamente 70% do contingente nacional. É o que revela o Censo Nacional dos Trabalhadores dos Laboratórios de Vigilância Sanitária.
A pesquisa, uma parceria da Anvisa com o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e o Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), foi realizada entre os meses de dezembro de 2008 e fevereiro de 2009. Além de retratar a força de trabalho laboratorial da vigilância sanitária, o levantamento buscou identificar o perfil profissional e as especificidades de cada região.
A região Sudeste, por exemplo, concentra o maior número de trabalhadores: 58%. Só no Rio de Janeiro estão 27,8% do pessoal e em São Paulo 21,9%.   A maioria dos profissionais do país tem curso superior completo, predominando as graduações em Farmácia, Biologia e Química. A esfera estadual é a que concentra a maior porcentagem de profissionais de nível superior (52,1%). A esfera federal possui 45,8%, enquanto os municípios têm 32,2%.
De acordo com a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, a resposta à pesquisa superou as expectativas e mostrou que os laboratórios contam com um corpo de profissionais altamente especializados. “Este Censo é importante porque a vigilância sanitária começa a reconhecer os laboratórios de qualidade em saúde com entes estratégicos na garantia da saúde da população”, explica a diretora. Maria Cecília destaca que as informações levantadas também serão importantes para os estados e municípios planejarem as necessidades futuras dos laboratórios e a renovação da mão de obra que deve se aposentar nos próximos anos.
A pesquisa identificou ainda uma força de trabalho experiente: mais de 60% têm idade superior a 40 anos. Destes, 33,7% encontram-se na faixa etária entre 40 e 49 anos e 25,6% entre 50 e 59 anos.
Metodologia
A coleta de dados foi via web (utilizou o programa FORMSUS/DATASUS) e incluiu identificação, instrução, situação funcional, relação com o trabalho, saúde do trabalhador e aptidão analítica.
O levantamento abrangeu os integrantes do INCQS, dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), suas unidades vinculadas e os profissionais dos laboratórios municipais. Foram identificados 72 laboratórios de saúde pública que atuam em vigilância sanitária, um federal, 27 estaduais, 36 regionais e oito municipais, abrangendo um total de 1777 trabalhadores. Destes, 89% participaram da pesquisa.

Imprensa/Anvisa

Saúde Mental é discutida no município

A Secretaria Municipal de Saúde, com o apoio da Coordenação Municipal de Saúde Mental e Coordenação do Programa Estratégia da Família, iniciou um trabalho continuado de Apoio Matricial realizado pela equipe técnica do Centro de Apoio Psicossocial - CAPS II Ubá, no dia 09 de dezembro em todas as unidades básicas de saúde.

De acordo com Marta Lúcia Gomes Pereira, Coordenadora Municipal de Saúde Mental, este trabalho objetiva orientar, supervisionar e esclarecer dúvidas, através de discussões de casos de pacientes portadores de sofrimento mental:

"Este sofrimento mental pode ser já diagnosticado ou, pode ser também, casos em que existam dúvidas quanto ao procedimento de atendimento, medicação e encaminhamento. A partir disto, ocorre a capacitação para a equipe de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes comunitários de saúde e, para o atendimento aos usuários, contribuindo para o alcance de melhores resultados nas ações de serviços em saúde", explicou a Coordenadora.

Estes encontros servem de base para troca de informações e são de suma importância para o desenvolvimento humano e profissional dos servidores do setor de saúde.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Secretaria de Saúde capacita servidores

A Coordenação de Vigilância Epidemiológica e o Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com a Divisão de Treinamento e Desenvolvimento dá continuidade à Política de Recursos Humanos iniciaram no dia 08 de novembro a 1ª turma para "Capacitação em Sala de Vacinas e Rede de Frio" para os Enfermeiros não capacitados e Técnicos de Enfermagem das Unidades de Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família (UAPS/ESF) do município. A última turma será finalizada nesta sexta-feira, 10 de dezembro.

A capacitação é ministrada por Enfermeiros (co-monitores) capacitados no ano anterior pela Gerência Regional de Saúde (GRS) e SMS, e pela Enfermeira Jane Maciel Cusati da Cruz Reis - Encarregada do Setor de Imunização (capacitada como monitora do Estado).

Em 2010 a capacitação é direcionada para os Enfermeiros ainda não capacitados e mais de 60 Técnicos de Enfermagem do município de Ubá, divididos em 05 (cinco) turmas, no horário de 07:30 às 11:30 h e de 13:00 às 17:00 horas.

Capacitação Saúde

Profissionais da Saúde são Capacitados para o SISCOLO

A Gerência Regional da Saúde (GRS/Ubá), realizou no último dia 30 de novembro a capacitação para os profissionais de saúde dos Municípios de área de abrangência da microrregião de saúde de Ubá, sobre o SISCOLO(sistema de informação do câncer do colo do útero) através do coordenador do Núcleo da Atenção Primária à Saúde da (GRS/Ubá) Franklin Leandro Neto e a Referência técnica da Saúde da Mulher e da Criança Maura Célia Mota Gressi.

O evento aconteceu na Fundação Presidente Antônio Carlos (FUPAC),das 8h às 16h, foram capacitados um técnico e uma enfermeira de cada município.

Com o objetivo de identificar e acompanhar mulheres com lesão precursora e câncer do colo do útero, os profissionais foram capacitados por dois instrutores da Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG), Nilton e Gabriela.

O Município de Ubá, através da Secretaria Municipal de Saúde teve participação ativa de 1enfermeira, 1digitador e a encarregada do sistema de informação.

"Espero que com esta capacitação aprimore meus conhecimentos para oferecer uma assistência de melhor qualidade às usuárias", comentou Bruna Carneiro Fernandes, enfermeira do ESF do Santa Bernadete.

Saúde

Decreto presidencial institui Universidade Aberta do SUS

Sistema oferece a profissionais que atuam na rede pública de saúde cursos de atualização profissional em áreas de interesse do SUS. Educação à distância reduz custos e permite acesso virtual a materiais de estudo e aperfeiçoamento
O decreto presidencial 7.385/2010, publicado nesta quinta-feira (9/11) no Diário Oficial da União, institui o sistema Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS) – um mecanismo que propicia aos profissionais de saúde que atuam na rede pública de saúde realizar cursos de atualização profissional e até mestrados. A grande vantagem do UnA-SUS é o uso de tecnologias de educação a distância, o que minimiza a necessidade de deslocamento do profissional da sua cidade ou região.

Atualmente, participam da rede 12 universidades públicas, duas Secretarias Estaduais de Saúde (BA e MG), cinco núcleos do Telessaúde Brasil, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fiocruz (veja lista abaixo). Outros parceiros que tiverem interesse podem integrar a rede.
Desde 2008, ano de criação do UnA-SUS, foram contratados cursos para especializar mais de 23 mil profissionais em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS) – Programa Saúde da Família, Saúde Mental, Saúde Ambiental, Saúde Materno-Infantil e Gestão Participativa.

Esses trabalhadores foram capacitados por meio de uma universidade pública parceira do UnA-SUS. É esta universidade que disponibiliza o curso de educação à distância, faz a supervisão necessária e oferece o certificado educacional. Assim, é possível levar a cada trabalhador de saúde oportunidades de aprendizado, como material para autoinstrução, cursos livres e de atualização, cursos de aperfeiçoamento, especialização e até mesmo mestrados profissionais.

O UnA-SUS possibilita que cada instituição contribua de acordo com suas potencialidades, sendo estruturado em quatro eixos: produção de conhecimento, cooperação em tecnologias educacionais, apoio tutorial a aprendizagem e certificação educacional. O trabalho se dá por meio da formulação de materiais instrucionais, que é feita em espaços virtuais e presenciais colaborativos, unindo esforços das entidades nacionais, universidades e associações profissionais e científicas.

Com o decreto presidencial, todo material desenvolvido passa a ser de livre acesso às instituições e estudantes interessados, por meio de bibliotecas virtuais e de outras mídias (CDs, DVDs, impressos).

Coordenado pelo Ministério da Saúde, por meio da atuação conjunta da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o UnA-SUS atende às necessidades de capacitação e educação permanente dos trabalhadores da rede pública de saúde, por meio de uma rede colaborativa de instituições acadêmicas, serviços de saúde e unidades de gestão da rede pública.

“Integra o UnA-SUS um acervo compartilhado de experiências educacionais patrocinadas, pagas e sustentadas pelo SUS, que se torna disponível ao conjunto das universidades públicas do país. Há uma grande redução de custo se você tiver um acervo de materiais instrucionais compartilhado pelas universidades públicas, que podem oferecer esses cursos em escala maior”, explica Francisco Campos, Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.

PLATAFORMA AROUCA – A Plataforma Arouca é um sistema integrado que concentra as informações sobre o histórico educacional e de trabalho dos profissionais de saúde. A ferramenta é útil para que os gestores do SUS tenham informação de qualidade sobre a situação dos trabalhadores. Com esse histórico profissional e educacional integrado, as ações de gestão do trabalho e educação em saúde serão qualificadas, permitindo um melhor planejamento, acompanhamento e fiscalização.

O nome do projeto é uma homenagem ao sanitarista Sérgio Arouca (falecido em 2003) e tem objetivos semelhantes a outras experiências do governo federal, como a Plataforma Freire, que desenvolve o Plano Nacional de Formação de Professores, do Ministério da Educação; e a Plataforma Lattes, que arquiva currículos acadêmicos, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Plataforma Arouca visa a agregar informações sobre a força de trabalho em saúde, servindo como ferramenta para elaboração de políticas que envolvam os profissionais do setor. Além disso, é um serviço de utilidade pública para esses trabalhadores, pois oferece um histórico certificado da sua experiência profissional em saúde e de atividades de educação permanente, funcionando como Cadastro Nacional dos Profissionais de Saúde que atuam no SUS, ao lado do já existente Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Para que o público utilize as duas ferramentas, é necessário que as instituições parceiras cadastrem seus cursos e recursos educacionais (cadernos de texto, vídeos, animações, material interativo, cursos pré-montados de Ensino a Distância/EAD).

Parceiros da rede UnA-SUS:
• Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

• Universidade Federal do Ceará (UFC)

• Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

• Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

• Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

• Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

• Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

• Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

• Universidade de Brasília (UnB)

• Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

• Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

• Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

• Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais

• Secretaria Estadual de Saúde da Bahia

• Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

• Escola Nacional de Saúde Pública (ESPN) da Fiocruz

Núcleos do Telessaúde Brasil

• Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

• Universidade Federal de Goiás (UFG)

• Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

• Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

• Universidade de São Paulo (USP)

Outras informações
Atendimento à Imprensa

(61) 3315 3580 e 3315 2351

Estratégia Brasileirinh@s avança na atenção integral da mãe e do bebê

Experiências-piloto iniciadas há um ano em seis cidades brasileiras é registrada em livro; Proposta será levada à presidente eleita Dilma Rousseff
Para que todos os brasileiros cresçam com saúde e qualidade de vida é preciso investir desde cedo numa política integrada que atenda a mãe e a criança. Com essa proposta, a "Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis", do Ministério da Saúde, comemora um ano de existência com experiências-piloto implantadas em seis cidades brasileiras: Rio Branco, Campo Grande, Rio de Janeiro, Florianópolis, Araripina e Santa Filomena, as duas últimas na região do Sertão do Araripe, em Pernambuco. A estratégia vai muito além do combate à mortalidade infantil. São ações que buscam o desenvolvimento integral da criança e, para isso, envolvem os ministérios da Saúde, da Justiça e do Desenvolvimento Social.

A apresentação dos primeiros resultados, registrada em um livro lançado na ocasião, foi acompanhada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o ministro Paulo de Tarso Vannuchi, da secretaria Nacional dos Direitos Humanos, que participaram, nesta quarta-feira (8), da abertura da IV Oficina da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis, com o tema Atenção Integral à Primeira Infância – Implantação passo a passo, perspectivas e parcerias estratégicas para o desenvolvimento de brasileirinhas e brasileirinhos saudáveis.

O cuidado na chamada 'primeira infância', que vai até os cinco anos de idade, é fundamental para criar oportunidades para todos, explicou Temporão. "Muitos dos problemas que nós encontramos hoje de violência urbana, uso de drogas, adolescentes em situação de vulnerabilidade e de risco, as raízes desse processo estão lá atrás, estão no passado. Temos que evitar que essas situações se repitam e, através de uma forte política de prevenção e promoção, reduzir a violência na sociedade brasileira, investindo fortemente na mulher, na mãe e no bebê.”

Para o ministro da Saúde, as experiências apresentadas durante o evento mostraram o potencial da estratégia. “Não precisamos ter estruturas novas e, sim, novos olhares. Através das experiências percebemos que não há um único Brasil e, sim, vários, com suas particularidades de problemas e diferenças”, analisou Temporão.

A coordenadora técnica da Estratégia Brasileirinhos e Brasileirinhas Saudáveis, a médica psiquiatra Liliana Mendes Penello, destacou a característica inovadora da proposta e a importância das ações desenvolvidas neste primeiro ano da Estratégia. “Estamos num momento de mudança macro no país. Com o que conseguimos, está claro que não podemos retroceder e parar. Temos muito a ofertar ao país, levando as experiências a outras instâncias que serão beneficiadas e mostrando como cada município produziu arranjos locais interessantíssimos, com seus desafios e potencialidades. Um município vai poder ofertar para outro tudo que foi discutido”, avalia Liliana. “Saímos com essa possibilidade de repactuar o pacto”, setencia a coordenadora.

A Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis integra os diversos setores dos governos locais para ncentivar, por exemplo, o parto humanizado, a proteção da mulher em situação de risco e o cuidado com a saúde das crianças pequenas na própria escola.

A proposta, por sua orientação intersetorial e transversal, contribui para o cumprimento de vários dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), em especial aqueles que tratam da redução da mortalidade materna e infantil e da qualidade de vida.

De acordo com Liliane Penello, a proposta será apresentada à presidente eleita, Dilma Rousseff.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DISTONIA: Doença rara provoca contração muscular 24 horas por dia

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Tempo do áudio – 2min24seg
LOC/REPÓRTER: A contração involuntária, lenta e mantida dos músculos da perna, das mãos, do rosto e do pescoço podem ser sintomas da distonia. Essa doença rara atinge normalmente pessoas entre vinte e cinquenta anos de idade e pode se manifestar das mais diversas formas. Uma das mais comuns é o torcicolo espasmódico. A pessoa fica com a cabeça virada só para um lado e tem dificuldade para se mover. Por provocar movimentos repetidos, alguns tipos de distonia acabam sendo confundidos com o chamado TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo. Um exemplo disso é quando a doença atinge a região em torno dos olhos fazendo com que a pessoa fique piscando sem parar. Mas, segundo o neurologista do Hospital Anchieta de Taguatinga, no Distrito Federal, Henrique Braga, as duas doenças são totalmente diferentes.
TEC/SONORA: o neurologista do Hospital Anchieta de Taguatinga, Distrito Federal – Henrique Braga
"A distonia é uma contração mantida, ela fica praticamente 24 horas a contratura muscular, involuntária, independe da pessoa. Pessoas que tem o TOC, por exemplo de passar a mão no nariz, ou de olhar para direita, ou de piscar os olhos, são ações voluntárias, que a pessoa usando medicações ou se distraindo, esse TOC desaparece. Então, não é um contração involuntária e mantida do músculo. Já a distonia, se a pessoa ficar acordada 24 horas, a distonia será mantida durante 24 horas, independente de medicações, de técnicas que nós usamos para distrair a pessoa."
LOC/REPÓRTER: Segundo o neurologista Henrique Braga, até os dias de hoje, não foram descobertas formas de prevenir a distonia, mas ele cita alguns cuidados que podem ser tomados.
TEC/SONORA: o neurologista do Hospital Anchieta de Taguatinga, Distrito Federal – Henrique Braga
"Não tem como prevenir. No caso da cãibra do escrivão, que é mais comum, a prevenção seria tentar colocar uma pausa, por exemplo, de dez minutos a cada cinquenta minutos de atividades que você tem escrevendo ou lecionando no quadro. Uma pausa para descansar para tomar uma água e aliviar a sobrecarga que você tem de movimentação da mão. Essa seria uma única forma de prevenir esse tipo de distonia. Mas, todas as outras, seja ela um torcicolo espasmódico ou distonia de um membro, de uma perna, realmente não tem como prevenir. Quando tem que acontecer acontece."
LOC/REPÓRTER: O neurologista explica que a doença geralmente é tratada com relaxantes musculares e ressalta que ao apresentar qualquer tipo de sintoma, a pessoa deve procurar por atendimento médico.
Reportagem, Suely Frota

Brasil tem 24 cidades em risco de surto de dengue e 154 em alerta, incluindo 14 capitais

Atualização dos resultados do LIRAa 2010 reforça a necessidade de ações imediatas de prevenção, com mobilização do poder público e da população

Uma atualização dos resultados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) revela que, entre os 370 municípios que já realizaram o levantamento, 24 estão em risco de surto – incluindo duas capitais: Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO). Estes municípios registraram a presença de larvas do mosquito em mais de 4% das residências pesquisadas. Os municípios em situação de alerta, com índice de infestação entre 1% e 3,9%, são 154, incluindo 14 capitais (veja tabela abaixo). Outras 192 cidades brasileiras estão em situação satisfatória, com focos de larvas em menos de 1% das residências.

Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta aos governadores e prefeitos sobre a necessidade de os gestores levarem em conta os resultados do LIRAa e desenvolverem ações imediatas de combate ao mosquito e, assim, evitar o aumento do número de doentes e mortos. O alerta foi feito durante evento de anúncio das obras do PAC II, no Palácio do Planalto, a pedido do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Das 427 cidades que se propuseram a fazer o LIRAa, o ministério aguarda a consolidação dos dados em 127. Há três semanas, o Ministério da Saúde havia divulgado o primeiro resultado parcial do LIRAa 2010, quando 300 municípios haviam concluído o levantamento. Daquele total, 15 haviam apresentado risco de surto, 123 estavam em situação de alerta e 162 em situação satisfatória. No ano passado, 169 municípios fizeram o LIRAa.


A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros por região. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, em especial nos municípios em risco e em alerta.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no mês de novembro, iniciou uma caravana de combate à dengue. Ele já esteve em Sergipe, Piauí, Ceará, Bahia e Pernambuco. Além de lançar a campanha nacional de combate à dengue, a caravana tem o objetivo de reunir os gestores de saúde dos 10 estados com maior risco de epidemias de dengue em 2011 (leia mais abaixo) e convocá-los a um esforço de mobilização contra a doença.

Este ano, a campanha publicitária de orientação à população aumentará o tom de alerta, com o testemunho de pessoas que tiveram dengue e lembrando as que morreram em decorrência da doença. “Embora o grau de conhecimento das pessoas sobre a doença e a prevenção seja alto, em torno de 96%, o brasileiro sabe que tem papel fundamental na eliminação dos focos do mosquito, o que ainda é um desafio no Brasil. Prova disso é o resultado do LIRAa deste ano”, alerta Temporão. “Nessa lógica, ganham força duas mensagens fundamentais: que os governos e os cidadãos devem fazer, juntos, a sua parte e que a eliminação de criadouros deve ser algo rotineiro”.

Veja abaixo o detalhamento dos resultados atualizados do LIRAa 2010.

MUNICÍPIO
ESTADO
Índice LIRAa 2009
Índice LIRAa 2010
Afogados da Ingazeira
PE
-
11,7
Ceará-Mirim
RN
-
11,4
Bezerros
PE
-
10,2
Itabuna
BA
10,7
9,1
São Miguel
RN
-
8,5
Serra Talhada
PE
-
8,2
Ouricuri
PE
-
7,2
Rio Branco
AC
3,9
6,5
Ilhéus
BA
4,7
6,3
Floresta
PE
-
5,7
Santa Cruz de Minas
MG
-
5,5
Governador Valadares
MG
5,1
5,4
Santa Cruz do Capibaribe
PE
-
5,4
Simões Filho
BA
3,2
5,3
Timbaúba
PE
-
4,9
Humaitá
AM
-
4,8
Mossoró
RN
4,2
4,6
Araripina
PE
-
4,6
Porto Velho
RO
2,6
4,4
Pesqueira
PE
-
4,4
Caicó
RN
-
4,2
Camaragibe
PE
2,7
4,1
Caetanópolis
MG
-
4,0
Epitaciolândia
AC
3,4
4,0

CAPITAIS – Entre as capitais, 14 estão em situação de alerta: Salvador, Palmas, Belém, Rio de Janeiro, Maceió, Recife, Natal, Goiânia, Cuiabá, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. Essas cidades (e todas as outras em situação de alerta) merecem total atenção, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle pode alterar o quadro para situação de risco.

Outras dez capitais apresentam índice satisfatório – Macapá, São Luís, Teresina, João Pessoa, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo. Curitiba ainda está consolidando os dados.

14 CAPITAIS EM SITUAÇÃO DE ALERTA

ANÁLISES REGIONAIS – O Nordeste concentra o maior número de municípios em risco de surto. São 17 no total – dez em Pernambuco, quatro no Rio Grande do Norte e três na Bahia. Outros 42 municípios estão em situação de alerta e 20 com índice satisfatório – incluindo as capitais São Luís, Teresina e João Pessoa. Na região, seis municípios estão em fase de conclusão do levantamento.

O Norte tem quatro municípios em risco, entre os quais duas capitais – Rio Branco e Porto Velho. Mais 17 cidades da região estão em alerta e oito em situação satisfatória.

No Sudeste, região com o maior número de municípios participantes do LIRAa 2010, Caetanópolis, Governador Valadares e Santa Cruz de Minas (MG) estão em risco de surto. Em situação de alerta, há 76 cidades, entre as quais Rio de Janeiro e Vitória. Belo Horizonte e São Paulo têm índices satisfatórios, de um total de 124 cidades nesta situação. Em fase de conclusão do levantamento, estão outros 40 municípios.

Duas capitais do Centro Oeste – Brasília e Campo Grande – estão com índice satisfatório, de um total de 25 municípios nesta situação. Em alerta, estão Goiânia, Cuiabá e mais 11 cidades. Na região, nenhum município apresenta risco de surto. Hà três municípios ainda em fase de conclusão do levantamento.

Com nenhum município em risco de surto, a região Sul tem seis cidades em alerta e 15 em situação satisfatória (incluindo Porto Alegre e Florianópolis). Curitiba está em fase de consolidação das informações do LIRAa 2010.

CAMPANHA – A Campanha Nacional de Combate à Dengue de 2010 traz um novo olhar sobre a forma de lidar com a doença, com a qual o Brasil convive há pelo menos 24 anos. Uma mensagem mais direta à população sobre a gravidade da dengue e sobre a necessidade de que cada pessoa elimine criadouros do mosquito em sua casa direciona as peças publicitárias impressas, na TV e no rádio.

A renovação de conceito e de estratégia partiu de uma pesquisa de opinião que revelou uma resistência das pessoas em mudar seu comportamento, embora 96% saibam quais os sintomas da dengue e como fazer para combater o mosquito transmissor. A mensagem de 2009, “Brasil unido contra a dengue”, foi substituída por outra, que reforça a responsabilidade do cidadão: “Dengue: se você agir, podemos evitar”.

“Cada vez mais, precisamos difundir a idéia de que dengue não é um problema só da saúde e nem só dos governos. Se a comunidade não se envolver, e se não houver a articulação com outros setores, continuaremos enfrentando aumento de casos e de mortes por dengue no Brasil”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna.

As peças de TV e rádio terão depoimentos de pessoas que enfrentaram a doença e quase perderam familiares, além de declarações de líderes comunitários sobre a importância de cobrar também a ação dos gestores da saúde e de outros setores, como meio ambiente, saneamento básico e limpeza urbana. A campanha terá, ainda, materiais específicos para educadores, crianças e gestores e profissionais de saúde.


Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351
Atendimento ao cidadão 0800 61 1997 e (61) 3315 2425

CAPITAL
Índice LIRAa 2009
Índice LIRAa 2010
Salvador
2,6
3,5
Cuiabá
-
3,4
Palmas
4,3
2,7
Rio de Janeiro
2,9
2,4
Maceió
1,8
2,4
Belém
1,8
1,9
Recife
1,6
1,9
Goiânia
2,5
1,6
Aracaju
1,5
1,6
Manaus
1,4
1,5
Boa Vista
1,0
1,4
Fortaleza
1,0
1,2
Vitória
1,5
1,2
Natal
1,0
1,0

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...