segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Hemobrás conclui licitação para a segunda etapa da fábrica de hemoderivados

A construção, cuja licitação foi aberta em dezembro de 2010, envolve 12 blocos industriais que somam 45 mil dos 48 mil metros quadrados da área construída prevista

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal vinculada ao Ministério da Saúde, concluiu a licitação para a segunda etapa das obras da fábrica em Goiana-PE. O vencedor do certame foi o Consórcio Mendes Júnior-TEP-Squadro, formado pelas empresas Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A, Tecnologia em Projetos de Engenharia S.A. e Construtora & Incorporadora Squadro Ltda. O concorrente apresentou o menor preço para o serviço: R$ 278.363.583,22, valor que ficou R$ 3,8 milhões abaixo da estimativa inicial, de R$ 282.202.739,24. A assinatura do contrato foi realizada na última sexta-feira (25/2), no escritório da Hemobrás no Recife. Com o término da licitação, a parte civil do parque fabril está encaminhada. Resta a compra dos equipamentos, prevista para este ano.

A segunda etapa da obra deve começar ainda neste semestre. A construção, cuja licitação foi aberta em dezembro de 2010, engloba 12 blocos industriais, que, juntos, somam 45 mil dos 48 mil metros quadrados de área construída da fábrica, situada num terreno de 25 hectares no Polo Farmacoquímico de Pernambuco.

Entre os prédios que serão erguidos, estão dois dos principais blocos: o B02, considerado o coração da planta industrial, que será instalado numa área de 13 mil metros quadrados - onde ocorrerá o fracionamento do plasma sanguíneo e sua transformação em medicamentos; e o B03, espaço de 10,7 mil metros quadrados destinado ao envase dos produtos.

Também estão incluídos os blocos B04 (prédio de empacotamento), B05 (estocagem de produto acabado e almoxarifado), B06 (laboratório de controle de qualidade), B10 (caldeiras para a produção de vapor), B11 (estocagem dos produtos químicos), B12 (prédio de manutenção da planta industrial), B13 (estocagem de resíduos sólidos), B16 (estocagem de etanol), B18 (subestação elétrica de 69kV), B19 (paineis elétricos e transformadores), B20 (tanque intermediário de etanol), P01 (portaria), R15 Pipe Rack (estrutura metálica para suporte de tubulação) e Pipe Rack (B02-B06). O serviço contempla, ainda, a construção do prédio da caixa d’água elevada, com capacidade para 500 mil litros; passarelas cobertas e áreas pavimentadas intermediárias entre as edificações B01, B02, B03, B04, B05, além do pátio de manobras do Bloco B05, com 2,5 mil metros quadrados, com capacidade para cinco caminhões.

A fábrica deve estar em plena operação em 2014. Todo o empreendimento, incluindo obras, instalações e montagens de máquinas e equipamentos, está orçado em R$ 540 milhões.

PRIMEIRA ETAPA - A primeira etapa das obras da fábrica começou em junho de 2010 e está pleno em andamento com a construção de B-01, bloco de 2,7 mil metros quadrados que abrigará a câmara fria a 35º C negativos, onde ocorrerá a recepção, a triagem e a estocagem do plasma para a produção dos medicamentos; e B17, prédio de 154 metros quadrados no qual ficarão os geradores responsáveis pela segurança no fornecimento de energia elétrica da fábrica. Esta primeira etapa foi licitada por R$ 27,4 milhões.

Atualmente, B-01 se encontra em sua altura máxima de 19 metros, o equivalente a um prédio de seis andares. Agora, estão sendo construídas as escadas de acesso aos primeiro e segundo pisos, bem como está sendo feita toda a parte de alvenaria para o fechamento das paredes. O mesmo procedimento passará a ser feito em B-17, cuja concretagem já foi totalmente concluída. Essa primeira etapa da obra da fábrica deve ser concluída no fim do primeiro semestre deste ano.

As obras de B01 e B17 já empregam mais de 140 trabalhadores, entre armadores, pedreiros, serventes de pedreiro, carpinteiros, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e enfermeira do trabalho. Todos moradores de Goiana-PE. A expectativa é que 1 mil trabalhadores atuem no canteiro de obras no auge da construção da fábrica, o que deve ocorrer até o fim deste ano. Quando estiver operando, em 2014, a fábrica deve gerar 360 empregos diretos e 2.720 indiretos.

SOBRE A FÁBRICA – A planta industrial da Hemobrás é a âncora no Polo Farmacoquímico de Pernambuco. Trata-se da primeira fábrica de hemoderivados do Brasil e a maior da América Latina neste segmento, com capacidade de processar 500 mil litros de plasma por ano. Atualmente, as redes pública e privada de saúde do País despendem R$ 800 milhões por ano para importar esses medicamentos.

A Hemobrás produzirá seis tipos de hemoderivados: albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protrombínico e fator de von Willebrand. Esses medicamentos serão repassados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento gratuito de pacientes com hemofilias A e B, câncer, cirrose, aids, queimaduras de terceiro grau, pacientes em terapia intensiva, doença de von Willebrand, deficiências imunológicas, doenças autoimunes e infecciosas.



Contatos da Assessoria de Comunicação Social da Hemobrás Telefone: (81) 3303.6686
E-mail: ascom@hemobras.gov.br - Paula Lourenço – assessora de Comunicação Social – Celular: (81) 8871.1077
- Bruna Cruz – jornalista FSB Comunicações/Ministério da Saúde – Celular: (81) 9242.0939
- Daniela Oliveira – jornalista FSB Comunicações/Ministério da Saúde – Celular: (81) 9282.0515

Saúde realiza reunião com os Médicos da ESF

Saúde
A Prefeitura de Ubá, através da Secretaria Munuicipal de Saúde, realizou nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, uma reunião com os médicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município. O encontro, visando o repasse de informações e troca de experiências entre os médicos, aconteceu Salão Multiuso da Secretaria do Desenvolvimento Social.

Durante a reunião foram abordados os seguintes temas:
  • Telessaúde – Eletrocardiografia;
  • Boletim de Produção Ambulatorial (BPA);
  • Prescrição de Antimicrobiano;
  • Declaração de Óbito (D.O);
  • Esquema anti-rábico – Fluxo de Informação;
  • Exames Clínicos Complementares;
  • Fluxograma de Consultas Especializadas;
  • Programa Nacional de Humanização (PNH)
  • Matriciamento de Saúde Mental na Estratégia da Saúde da Família

Para Márcia Mizael Camargo Rocha, Gerente de Divisão de Assistência e Vigilância em Saúde “os encontros periódicos com os médicos atuantes na Estratégia de Saúde da Família promovem a troca de experiências e o diálogo entre profissionais e gestão. Por isso, investiremos na organização de espaços de discussão a fim de fortalecer as práticas do SUS”.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Campanha mobiliza mulheres jovens na prevenção da aids

O foco das ações neste Carnaval são as meninas e mulheres dos 15 a 24 anos. Campanha também incentiva a testagem rápida

Foto: Renato Oliveira/Ministério da Saúde
Ousadia para falar às jovens na faixa etária de 15 a 24 anos sobre prevenção às DST, aids e hepatites. Esse é o tom da campanha do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para o carnaval de 2011, lançada nesta sexta-feira (25) na quadra da Escola de Samba do Salgueiro, no Rio de Janeiro. A ideia é que as mulheres possam incentivar o parceiro a usar a camisinha nas relações. A medida visa tê-las como aliadas da Saúde para sensibilizar a geração atual a se cuidar e fazer sexo protegido. A campanha também foca a testagem do HIV.

“As meninas entre 15 e 19 anos estão entre os grupos mais vulneráveis ao HIV/aids. Por isso, a campanha busca dialogar com essas mulheres e meninas. Para fazermos esta campanha, pesquisamos o que elas sentem. E elas sentem que, se pedem para usar camisinha, vão ser mal vistas. Têm medo de perder o namorado e o carnaval”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no lançamento. “Usar camisinha não é desrespeitoso. Não existe nada mais respeitoso do que perder a vida”.

O ministro submeteu-se ao teste rápido para diagnóstico do HIV. A intenção foi mostrar à sociedade a importância de um simples furo no dedo para o diagnóstico precoce da doença. “Não dói, é sigiloso, rápido e seguro”, ressaltou Padilha. O cantor pernambucano Reginho, autor da música “Minha Mulher Não Deixa Não”, também participou do lançamento. O ritmo vai embalar os jingles da campanha do Ministério da Saúde neste carnaval.

Alinhadas com o Dia Internacional da Mulher, as mensagens da campanha sugerem mudança de hábito na forma como a população geral lida com questões como confiança e entrega. Entre os fatores que fazem com que a mulher abandone o uso de preservativos estão mitos relacionados à falsa percepção de segurança nos parceiros: a necessidade de provar que ama o parceiro ou que confia nele, a idealização romântica, o julgamento pela aparência, a vontade de se entregar.

A campanha exalta a participação das jovens na negociação do uso do preservativo, demonstrando que o insumo pode ser um aliado na relação. Veiculadas nos meios de comunicação durante a maior festa popular brasileira, as peças serão voltadas principalmente às mulheres de baixa renda.

Pela primeira vez, a campanha é dividida em três filmes, a serem transmitidos pela TV e internet em momentos distintos. No primeiro, antes do carnaval (de 25 de fevereiro a 04 de março), um grupo de amigas lembra a importância de ter a camisinha. No segundo, durante a festa (de 5 a 8 março), elas reforçam o uso do preservativo na hora da relação. Na veiculação do terceiro filme (9 a 20 de março), o mesmo grupo de meninas se encontra depois da folia e orienta quem fez sexo desprotegido a realizar o teste de aids. Para ver as peças da campanha, acesse o link: www.aids.gov.br/campanha/carnaval-2011 .

MAIS MENINAS COM AIDS – O alerta ao público jovem sobre vulnerabilidades ao HIV/aids ampara-se em dados epidemiológicos do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde. De acordo com o Boletim Epidemiológico 2010, os casos de aids em homens e mulheres jovens, de 13 a 19 anos, de 1980 até junho de 2010, correspondem a um total de 12.693. Nessa faixa etária, o número de casos de aids é maior entre as mulheres: oito casos em meninos para cada dez em meninas, enquanto que nas demais faixas etárias o número de casos de aids é maior entre homens do que entre mulheres.

Em relação ao uso da camisinha, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP - 2008) mostra que, entre jovens de 15 a 24 anos, as meninas estão mais vulneráveis ao HIV. Em todas as situações, os meninos usam mais preservativo do que elas. Na última relação sexual com parceiro casual, o percentual de uso da camisinha entre as meninas é consideravelmente mais baixo (49,7%) do que entre os meninos (76,8%). Quando o relacionamento se torna fixo, apenas 25,1% delas utilizam a camisinha com regularidade; entre eles, o percentual é de 36,4%.

FIQUE SABENDO – O teste rápido do Fique Sabendo, para diagnóstico do HIV, pode ser feito nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) – veja endereços no link abaixo. Antes e depois da testagem, a pessoa passa por aconselhamento e orientação, com o objetivo de facilitar a interpretação do resultado. O teste deve ser feito no mínimo 30 dias após a situação de risco. Se o resultado for positivo, a pessoa pode fazer acompanhamento nos serviços de saúde e começar o tratamento no momento mais adequado. Esse cuidado se reflete na qualidade de vida de quem vive com HIV/aids.

A recomendação vale para relação sexual desprotegida (inclusive sexo oral) e uso de seringas ou agulhas compartilhadas. As mulheres que desejam engravidar são aconselhadas a conhecer sua condição sorológica. A medida pode evitar a transmissão vertical do HIV e das hepatites (de mãe para filho). Mulheres com resultado positivo que iniciam o tratamento o quanto antes têm menos chances de passar as doenças para o bebê.

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o vírus da aids. Dessas, 255 mil nunca teriam feito o teste e por isso não conhecem sua sorologia.


Outras informações Atendimento à Imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 3306 7051/ 7024/ 7010/ 7016
Site: www.aids.gov.br E-mail: imprensa@aids.gov.br Saiba onde você pode fazer o teste de HIV aqui:
http://www.aids.gov.br/pagina/servicos-de-saude Visite também:
www.aids.gov.br/fiquesabendo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Farmácia Popular: campanha sobre gratuidade de medicamentos vai até 28 de março

População é informada sobre estabelecimentos mais próximos da residência por meio de mensagem de celular
Saiba mais:

Farmácia Popular: mais um medicamento gratuito para diabéticos
'Saúde Não Tem Preço' inicia distribuição de remédios gratuitos contra hipertensão e diabetes

Basta enviar mensagem de celular para o número 27397 informando o CEP da residência (somente os números, sem sinais gráficos) que, em poucos segundos, o usuário do Farmácia Popular receberá resposta com sugestões de unidades do programa mais próximas à residência. No visor do telefone, informações precisas sobre o nome, o endereço e o telefone de até três farmácias onde o usuário poderá obter, de graça, medicamentos para hipertensão e diabetes. A mensagem via SMS é uma das ações inovadoras – e sem qualquer custo à população – da campanha informativa “Saúde não tem preço”, coordenada pelo Ministério da Saúde, que começou a ser veiculada esta semana e segue até o dia 28 do próximo mês de março.

O serviço de recebimento de informações sobre os estabelecimentos conveniados ao programa por meio de “torpedo” estará disponível durante 30 dias. A campanha também abrange vídeos para TV aberta e jingles para rádio, além de cartazes, folders e anúncios em revistas, jornais, internet e mobiliários urbanos (informações veiculadas geralmente em paradas de ônibus). A apresentadora Hebe Camargo e o ator Edson Celulari são os astros da campanha, cuja trilha sonora é a música “Dias Melhores” da banda pop Jota Quest. A população ainda terá acesso a mais informações sobre o Farmácia Popular e os medicamentos disponíveis no programa pelo hotsite http://www.saudenaotempreco.com/

Desde o último dia 14, a população brasileira passou a ter acesso gratuito a 11 medicamentos para hipertensão e diabetes nas mais de 15 mil farmácias e drogarias da rede privada credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular e também nas 544 unidades próprias (administradas pelo governo federal) do programa. Para obter os produtos, o usuário precisa apresentar CPF, documento com foto e receita médica, que é exigida pelo programa como uma forma de se evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde.

Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, o Aqui Tem Farmácia Popular oferece mais 13 tipos de medicamentos com 90% de desconto utilizados no tratamento de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de fraldas geriátricas.

ORIENTAÇÕES AOS USUÁRIOS – Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes oferecidos por meio do Farmácia Popular são identificados pelo princípio ativo ou "nome genérico”, que é a substância que compõem o medicamento. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele que deverá informar, ao usuário, o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico.

APOIO AOS PARCEIROS – No último mês, o Ministério da Saúde fez um intenso trabalho de articulação com produtores e distribuidores da indústria farmacêutica e também com os estabelecimentos parceiros do programa com o objetivo de viabilizar a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes disponíveis no Farmácia Popular. Com isso, o setor produtivo e as unidades conveniados, em uma atitude socialmente responsável, se comprometeram com o programa.

Para garantir a oferta gratuita dos medicamentos, o Ministério da Saúde forneceu todo o suporte técnico necessário e continua prestando total auxílio aos parceiros do programa. Eventuais dúvidas sobre o Farmácia Popular podem ser esclarecidas e comunicadas ao ministério – pelos estabelecimentos credenciados ou pela sociedade – por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) como também pelo e-mail analise.fpopular@saude.gov.br

Princípios ativos dos medicamentos oferecidos gratuitamente pelo Aqui Tem Farmácia Popular:

Hipertensão
Captopril 25 mg, comprimido
Maleato de enalapril 10 mg, comprimido
Cloridrato de propranolol 40 mg, comprimido
Atenolol 25 mg, comprimido
Hidroclorotiazida 25 mg, comprimido
Losartana Potássica 50 mg

   

Diabetes
Glibenclamida 5 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 500 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 850 mg, comprimido
Cloridato de metformina de ação prolongada 500 mg
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 10 ml
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 5 ml
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 3ml (carpule)
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 1,5ml (carpule)
Insulina Humana Regular 100 UI/ml, solução injetável, frasco-ampola 10 ml
Insulina Humana Regular 100 UI/ml, solução injetável, frasco-ampola 5 ml
Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução injetável, refil 3ml (carpules)
Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução injetável, refil 1,5ml (carpules)

Por Bárbara Semerene, da Agência Saúde – Ascom/MS
61/3315-2591 / 3315-3580





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Funasa agilizará a apresentação de projetos do PAC

O ministro da Saúde reforçou a necessidade de estimular os estados e municípios a apresentarem suas propostas
A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) criará um calendário, com esquema de plantões nas Superintendências Estaduais (Suest), para agilizar a apresentação de projetos dos estados e municípios para as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) I e II. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (23), em reunião entre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da autarquia, Faustino Lins.

O ministro reforçou a necessidade de estimular os municípios a apresentarem as suas propostas para as obras. “Precisamos nos articular para que estados e municípios apresentem seus projetos o quanto antes”, destacou Padilha. A diretora substituta do Departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp) da Funasa, Patrícia Areal, também alertou que o esforço deve abranger a obtenção das licenças ambientais.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ministro preside primeira reunião do Conselho Nacional de Saúde

Conselheiros de todo o país debateram a participação social no governo brasileiro e aprovaram o regimento da 14ª Conferência Nacional de Saúde
Veja também:
Ministro Alexandre Padilha é eleito presidente do CNS


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, presidiu nesta quinta-feira (17) a primeira reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS) depois de ser eleito presidente da entidade. A participação social no governo brasileiro foi um dos temas de debate no dia de hoje nesta 218ª Reunião Ordinária do CNS. Para discutir o assunto, estiveram presentes o diretor de Participação Social da Secretaria Geral da Presidência da República, Pedro Pontual, e o técnico em pesquisa e planejamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Pires.

A área da saúde, para Pontual, serviu de inspiração no controle social e tem um papel importante na continuidade desse legado. O setor sob sua responsabilidade dialoga com os diversos Conselhos Nacionais. As ações têm o objetivo de fortalecer os canais e instrumentos de participação do cidadão como, por exemplo, conferências, conselhos e ouvidorias, e na ampliação do diálogo com os movimentos sociais e suas pautas.

Pedro Pontual ressaltou a determinação da presidenta da República, Dilma Rousseff, de transformar a participação social em um método de governo, presente em todas as suas políticas, programas e ações. A criação de novos instrumentos que incluam o cidadão nas políticas públicas brasileiras foi outra ação por ele destacada.

Já Roberto Pires lembrou que o Ipea desenvolve estudos para a criação de metodologias e avaliação. Segundo ele, está em curso um projeto de pesquisa para acompanhar o trabalho nos Conselhos Nacionais, entre eles o Conselho Nacional de Saúde. O que se pretende é fazer um mapeamento para entender o conjunto de Conselhos e seu papel de democratização.

Os conselheiros ainda aprovaram a necessidade de criação de um fórum de conselhos para discutir políticas públicas e a inclusão na pauta do CNS de um debate sobre o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), além do regimento da 14ª Conferência Nacional de Saúde.

O ministro da Saúde foi eleito presidente do CNS na última terça-feira (16). O presidente do CNS é responsável por coordenar a mesa diretora e dialogar com o Ministério da Saúde e demais órgãos do governo para o cumprimento das decisões. Ele e os oito integrantes da mesa diretora são escolhidos pelo plenário para um mandato de um ano.

“Nós precisamos reconstruir uma grande aliança da sociedade com o SUS. É aquilo que vocês falam: ‘O SUS é de todos’, ‘Todos usam o SUS’. E, inclusive, mostrar nesse processo de aliança onde o SUS está presente na atividade de cada um. E eu acredito que a décima quarta Conferência Nacional de Saúde e o papel que o Conselho tem nela são decisivos na construção dessa aliança”, afirmou o ministro, ao ser eleito presidente do CNS.

Ministro Alexandre Padilha é eleito presidente do CNS

Estabelecimento de consenso e maior aproximação com os usuários do SUS são as principais preocupações do ministro ao assumir o cargo
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) na tarde desta quarta-feira, 16. Também foram escolhidos, por votação, os demais membros da mesa diretora do órgão – composta por oito integrantes. O CNS é a principal instância de controle social do Sistema Único de Saúde (SUS) e reúne representantes de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço.

“O principal, como presidente do CNS, é estabelecer consenso e apresentar os temas discutidos dentro do colegiado aos usuários do SUS para uma maior aproximação com a sociedade”, disse o ministro Padilha. Segundo ele, o tema prioritário será o acesso à rede pública de saúde – assunto colocado como uma “obsessão” da sua gestão no Ministério da Saúde.

Padilha apontou ainda como temas para serem discutidos no Conselho, o fortalecimento do controle social, a construção de um documento orientador para a 14ª Conferência Nacional de Saúde e o programa Saúde Não Tem Preço – que, em janeiro, determinou a oferta gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes no Programa Farmácia Popular do Brasil.

O presidente do CNS é responsável por coordenar a mesa diretora e dialogar com o Ministério da Saúde e demais órgãos do governo para o cumprimento das decisões. Ele e os oito integrantes da mesa diretora são escolhidos pelo plenário para um mandato de um ano.

As eleições dos membros da mesa diretora do CNS começaram em 2007. Antes disso, a pessoa que ocupava o cargo de ministro da Saúde assumia automaticamente a presidência do Conselho Nacional de Saúde. Quem deixa o cargo hoje é o Francisco Batista Júnior, que foi o primeiro presidente eleito e que há quatro anos esteve à frente do colegiado.

Por Camila Rabelo, da Agência Saúde – Ascom/MS

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SEXO NA ADOLESCÊNCIA


Transformações da Mente e do Corpo
A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.
A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e dos seios, entre outros.
Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.
O Adolescente e a sua Sexualidade
A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar os encontros sexuais e selecionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual, o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa atualmente é "ficar".
A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família. Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reações frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.
A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo.
Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase, como exposição dos genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do pênis, por exemplo), atividades estas consideradas absolutamente normais. A fortificação dessas condutas, com o abuso sexual por parte de um adulto de mesmo sexo ou com alta ansiedade perante o sexo oposto, pode desenvolver uma orientação homossexual definitiva nos jovens.
Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de comunicação de massa, há um apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos desta situação atual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do adolescente de hoje.

Ministério da Saúde libera R$ 3,7 milhões para controle da dengue no Amazonas

Recurso servirá para intensificar ações emergenciais de assistência aos pacientes e vigilância em Saúde. Primeira parcela será repassada imediatamente

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 3,7 milhões para o estado do Amazonas, para reforçar as ações de prevenção e controle de dengue. A Portaria nº 223/2011, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12), destina R$ 2,94 milhões à assistência aos pacientes e R$ 800 mil às ações de Vigilância em Saúde, que incluem o trabalho de visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde e a aplicação de inseticidas e larvicidas por agentes de endemias.

O recurso para assistência será repassado em quatro parcelas mensais e o de vigilância, em duas parcelas. A Portaria determina o repasse imediato da primeira parcela dos dois recursos. Ainda em fevereiro, o estado deverá receber 25% do valor estabelecido para assistência (R$ 735 mil) e 50% do total destinado à Vigilância em Saúde (R$ 400 mil).

A medida foi autorizada porque o Amazonas vem enfrentando aumento expressivo de casos de dengue neste início de 2011. Dados preliminares, informados pela Secretaria Estadual de Saúde até 28 de janeiro, indicam 1.294 casos suspeitos de dengue, entre os quais 11 casos graves e quatro mortes suspeitas. Nesta semana, o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, informou que o total de notificações em janeiro chegou a 4.689, contra 693 registrados no mesmo período de 2010.

ALERTAS – O Amazonas é um dos 16 estados com risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue em 2011. O alerta é do “Risco Dengue”, ferramenta indica a probabilidade de epidemia ao combinar fatores do setor saúde (número de casos, circulação dos sorotipos virais, infestação pelo mosquito), de infraestrutura (saneamento e abastecimento de água) e demográficos (densidade populacional).

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro de 2010, revelou que Manaus estava em situação de alerta, com presença de focos do mosquito transmissor em 2,4% das residências. Humaitá – um dos municípios que enfrentam aumento de casos atualmente no estado – integrava a lista de 24 cidades com risco de surto, em todo o país. Naquele levantamento, Humaitá apresentou larvas do mosquito em 4,8% das residências. O LIRAa considera satisfatório o índice de infestação abaixo de 1%. Entre 1,1% e 3,9%, a situação é de alerta. Acima de 3,9% de infestação, há risco de surto.

Valéria Feitoza, da Agência Saúde
(61) 3315-3988/3580/2351


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Saúde recebe orçamento de R$ 77,1 bilhões

Lei Orçamentária de 2011 garante R$ 60,6 milhões para ações e serviços de saúde
A Lei Orçamentária 2011 (12.381/11) – publicada nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial da União - destinou R$ 77,1 bilhões para o Ministério da Saúde. Desse total, R$ 14 bilhões são reservados para pagamento de pessoal (ativos e inativos), R$ 60,6 milhões para a manutenção de toda a rede do Ministério da Saúde (custeio e investimento) e R$ 2,5 bilhões são de emendas parlamentares.

Do total do orçamento aprovado, R$ 68,6 bilhões vai para o Fundo Nacional de Saúde (FNS) – que é o gestor financeiro do SUS; R$ 4,7 bilhões é destinado às ações da Funasa; R$ 2,37 bilhões vai para a Fiocruz; R$ 660,3 milhões para a Anvisa; 217,5 milhões para a Agência Nacional de Saúde (ANS) e R$ 594,9 milhões para o Grupo Hospital Conceição da Região Sul.

Por Mauren Rojahn, da Agência Saúde – Ascom/MS
61/3315-3986

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A erva-mate contra o mal de Parkinson

Por Anderson Moço

Esse efeito acaba de ser constatado por cientistas da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina. Depois de testar o extrato da planta em ratos induzidos à doença, eles observaram que algumas de suas substâncias mostraram-se capazes de protegê-los. Em outra investigação os animais receberam o fi toterápico com a medicação tradicional e os resultados foram ainda mais signifi cativos. Parte das cobaias chegou a recuperar completamente os movimentos. O estudo ainda é preliminar, mas já provou que a erva-mate pode ser utilizada na prevenção desse mal degenerativo e também como coadjuvante no tratamento, conta a farmacêutica Luciane Costa Campos, chefe da pesquisa.

FICHA DA PLANTA
Nome científico: Ilex paraguariensis St. Hilaire
Nomes populares: erva-mate, mate, erva-chimarrão, chá-do-brasil
Formas de consumo: na região Sul a bebida, bem concentrada, leva o nome de chimarrão; no Sudeste serve-se o chá quente e gelado; no Centro-Oeste seu nome é tereré, versão tropical do chimarrão, com gelo e limão
Origem: América do Sul
Características: seu caule, de cor acinzentada, tem em média 30 centímetros de diâmetro. O porte é variável e, dependendo da idade, pode atingir 12 metros de altura. Quando podada não passa dos 7 metros
Parte usada: folhas


 

Saúde da Família é bem avaliado por 80,7% dos brasileiros, segundo Ipea

Entrevistados também avaliaram positivamente o fornecimento de medicamentos pelo SUS, com quase 70 % de aprovação
O Saúde da Família é, atualmente, a estratégia do Sistema Único de Saúde melhor avaliada por usuários do SUS, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o Estudo Sistemas de Indicadores de Percepção Social, 80,7% dos entrevistados avaliaram o Saúde da Família como “muito bom ou bom”. A pesquisa também avaliou a percepção da população em relação a outros serviços, como a oferta de medicamentos nas unidades de saúde e o atendimento a urgências e emergências.

Os resultados do estudo do Ipea demonstram os avanços obtidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) nos últimos anos. O programa, que leva informação e assistência à saúde até as residências das famílias brasileiras, atualmente beneficia 191,6 milhões de pessoas em 5.383 municípios. Isto equivale a uma cobertura de 96,7% da população. Os investimentos financeiros na ESF também cresceram substancialmente. Em oito anos, os recursos mais que triplicaram, saltando de R$ 1,6 bilhão (em 2003) para 5,9 bilhões (em 2010). A estratégia amplia e aprimora a assistência à saúde dos brasileiros por meio de 244.883 Agentes Comunitários de Saúde que atuam nas 31.660 equipes de Saúde da Família.

A pesquisa do Ipea também destacou positivamente a oferta de medicamentos no SUS. Na avaliação dos usuários, 69,6 % consideram o serviço como “muito bom ou bom”. Atualmente, os usuários do SUS contam com 340 tipos de medicamentos essenciais distribuídos nas unidades de saúde, além daqueles conhecidos como excepcionais ou de alto custo. Só para a assistência farmacêutica à população, o orçamento do Ministério da Saúde aumentou quatro vezes: passou de R$ 1,91 bilhão (em 2003) para quase R$ 7 bilhões (em 2010).

A pesquisa do Ipea, que ouviu 2.773 pessoas residentes em domicílios particulares no período de 3 a 19 de novembro do ano passado, também analisou os serviços de urgência e emergência. Esse tipo de atendimento recebeu aprovação de quase metade (48,1%) dos entrevistados.

Desde 2003, o Ministério da Saúde coordena a Política Nacional de Atenção às Urgências, que tem por objetivo a integração da rede de atendimento no SUS, colocando à disposição da população serviços cada mais próximos da residência dos brasileiros. O Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é o principal articulador da integração entre as ambulâncias e as centrais de regulação do Serviço com as unidades básicas de saúde, as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e a rede hospitalar.

Atualmente, o Samu 192 conta com 157 centrais de regulação que organizam o atendimento às urgências e emergências por meio de aproximadamente duas mil ambulâncias que circulam em todo o país. O Serviço está presente em 1.461 municípios, com uma cobertura populacional de mais de 110 milhões de brasileiros.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saúde libera R$ 11,8 milhões para compra de vacinas e equipamentos para o Haiti

Os recursos são suficientes para dois anos e fortalecerão o sistema de vigilância epidemiológica e imunizações haitianos

O Ministério da Saúde liberou R$ 11,8 milhões para aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológico e fortalecimento do programa de imunização do Haiti. Os recursos serão utilizados na compra de vacinas e equipamentos. No caso das vacinas, o valor investido é suficiente para abastecer o país do Caribe durante dois anos.

Os recursos serão divididos em duas partes. A primeira, de R$ 4,3 milhões, será transferida para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que ficará encarregada de adquirir vacinas contra raiva humana, raiva canina, dupla bacteriana (difteria e tétano) e tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).

A segunda parte, no valor de R$ 7,5 milhões, será repassada para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que ficará responsável pela compra de duas “redes de frios” – estruturas de refrigeração, como geladeiras, e outros equipamentos usados para armazenagem de vacinas e outros insumos perecíveis.

A compra dos insumos partiu de uma proposição conjunta de técnicos do Brasil, de Cuba e do Haiti. Os recursos transferidos fazem parte da contribuição brasileira dentro do memorando de entendimento assinado em março do ano passado, na capital do Haiti, Porto Príncipe, entre os ministérios da Saúde dos três países, para fortalecer o sistema de saúde haitiano, com foco na atenção primária.

Para viabilizar as ações a médio e longo prazo, no Haiti, o governo brasileiro editou uma Medida Provisória, em janeiro do ano passado, que destinou R$ 135 milhões para financiar ações de saúde. Atualmente, 93% desses recursos estão empenhados e serão investidos durante 2011 e 2012, com execução a cargo da Assessoria Internacional (AISA) do Ministério da Saúde.

De acordo o consultor da AISA, Carlos Felipe D’Oliveira, a compra de insumos e equipamentos é uma ação importante para a descentralização e manutenção da vacinação no Haiti. “Esses recursos vão permitir uma melhor distribuição e acesso às vacinas. Atualmente, tudo está concentrado na capital”.

AJUDA DO BRASIL – A ajuda humanitária ao Haiti, após o terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010, priorizou, no primeiro momento, o resgate e o atendimento de pessoas feridas e a doação de insumos. Em seguida, as atenções foram voltadas para a oferta de serviços por meio dos hospitais de campanha e ações de prevenção e controle de doenças transmissíveis. Representantes de diversos ministérios brasileiros atuaram diretamente na ajuda emergencial.

Até o momento, foram encaminhadas ao país caribenho mais de 405 toneladas de medicamentos, como antivirais e antibióticos, materiais cirúrgicos e mais de 100 mil doses de vacinas contra hepatite B. Além disso, foram enviados 40 kits de medicamentos do programa. Cada kit tem a capacidade de atender até 500 pessoas.

Atualmente, a equipe técnica brasileira está desenvolvendo e implementando projetos de infraestrutura e cooperação técnica, fundamentais para a reestruturação dos serviços de saúde do Haiti. Além disso, o Ministério da Saúde do Brasil trabalha em diversas frentes, como projetos de cooperação para apoio na estruturação de Bancos de Leite, na implantação do Instituto Haitiano de Reabilitação e treinamento de agentes comunitários de saúde.

Por Valéria Amaral, da Agência Saúde.

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Ministro quer priorizar adolescentes e jovens na luta contra a aids

Para ele, as novas gerações precisam ser alertadas sobre o risco da doença já que não conviveram com a epidemia da década de 1980

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quer que adolescentes e jovens sejam foco prioritário no trabalho preventivo da aids. Para ele, por não terem acompanhado a explosão da aids no mundo,na década de 1980, eles não têm noção do que representa a doença. “Eles não conviveram com todo o esforço para o rompimento do preconceito, todo o esforço tecnológico e científico para novas práticas médicas, novos equipamentos de saúde, o esforço ético do acolhimento ao usuário, do acolhimento das pessoas que viviam com HIV naquele momento", explica.

Padilha participou nesta terça-feira da primeira reunião de 2011 da Comissão Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais (Cnaids). A comissão reúne representantes da sociedade civil, da comunidade científica e acadêmica e de gestores estaduais e municipais. “Acho que a Cnaids pode nos ajudar fortemente a dialogar com essa nova geração, com pessoas que não conviveram com o enfrentamento da luta contra a Aids para que a gente repense as nossas campanhas de prevenção”.

O ministro ressaltou também que fará o que for necessário para dar mais segurança e sustentabilidade aos tratamentos, além de reformular ações de diagnóstico precoce da aids, hepatites, DSTs e especialmente da sífilis. “O diagnóstico precoce vai ser uma grande prioridade nossa ao longo desses quatro anos”, garantiu.

Ao final do encontro, Padilha lembrou que a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de priorizar o enfrentamento da aids durante a campanha eleitoral.

Brasil produzirá versão genérica de medicamento para aids e hepatites

 Produção nacional, pela Fundação Ezequiel Dias, representará economia de aproximadamente R$ 410 milhões ao país

Mais uma aposta na produção nacional de medicamentos para a aids e as hepatites acaba de se concretizar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, por meio da Resolução 487/2011, o registro de comercialização da versão genérica do tenofovir para o laboratório oficial Fundação Ezequiel Dias (Funed - Governo do Estado de Minas Gerais). Com a autorização, nove milhões de comprimidos começarão a ser produzidos a partir da próxima semana, o que representará uma economia de aproximadamente R$ 410 milhões ao país no decorrer de cinco anos (até 2015).

Atualmente, cerca de 64 mil pacientes de aids e 1,5 mil de hepatites fazem uso do tenofovir no país. Essa produção tornou-se uma realidade em função de parceria público-privada, viabilizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde. O primeiro lote nacional do tenofovir estará disponível para os pacientes no final de março.

Com o início da fabricação, 10 dos 20 medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passam a ser fabricados no Brasil, diminuindo em cerca de 47% os custos com a importação do medicamento (até 2015) e fortalecendo a autonomia do país na produção de fármacos. A concessão também comprova a capacidade técnica de produção nacional e reafirma o compromisso com a sustentabilidade do tratamento para as duas doenças. “Além de disponibilizar o medicamento para as pessoas que vivem com aids e hepatites, fica garantida a oferta a longo prazo, contribuindo para diminuir a dependência externa”, enfatiza o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.

Em 2010, foram investidos R$ 577,6 milhões na aquisição de antirretrovirais importados e R$ 224,9 milhões na fabricação dos nacionais. Mesmo incluindo o investimento com incorporação da tecnologia, o preço inicial do tenofovir nacional será o mesmo pago pelo SUS na última aquisição internacional: R$ 4,02. Até o final de 2011, a Funed entregará ao Ministério da Saúde, em quatro etapas, 36 milhões de comprimidos.

A produção do tenofovir no Brasil é uma conquista do governo e da sociedade civil. O Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos) e a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) entraram com um processo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) argumentando que não havia atividade inventiva no medicamento.

Em 2008, o Ministério da Saúde declarou interesse público do tenofovir, para fins de análise do pedido (Portaria nº 681/2008). Em junho do mesmo ano, o pedido de patente foi indeferido. A partir daí, o Brasil começou a investir na produção nacional do medicamento e o produto foi aprovado em todas as etapas de qualidade determinadas pela Anvisa.


Assessoria de Imprensa do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde
61/3306-7051/ 3306-7024 / 3315-2591

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Saúde estabelece novas regras para funcionamento de farmácias hospitalares

Medidas aprimoram assistência aos pacientes e poderão resultar em redução de custos para o SUS
O Ministério da Saúde elaborou um conjunto de diretrizes para aprimorar o funcionamento das farmácias dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuam na oferta de medicamentos para os pacientes internados. Ao atender a uma antiga demanda do setor (representantes dos profissionais e das unidades de saúde), a Portaria 4.283 orienta os gestores municipais do SUS a aprimorarem a gestão das farmácias hospitalares. Ela também apresenta as chamadas “boas práticas” para a otimização do funcionamento das unidades.

A portaria – que abrange as farmácias de hospitais no âmbito federal, estadual e municipal – incentiva a participação do farmacêutico na avaliação da necessidade de aquisição ou substituição de medicamentos de acordo com o tratamento indicado para os pacientes. Os farmacêuticos poderão também manipular e fracionar medicamentos, uma vez que eles são profissionais habilitados para esta atividade.

De acordo com o diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, as novas recomendações e o bom gerenciamento das farmácias hospitalares podem contribuir para a ampliação do acesso aos medicamentos e à redução dos custos das farmácias. “O objetivo é estimular a modernização desses serviços, racionalizando a aquisição de medicamentos e melhorando a assistência aos usuários do SUS”, afirma Nascimento Júnior.

CONSENSO – A nova norma revoga a Portaria nº 316 de 1977, que estabelecia que apenas hospitais com mais de 200 leitos deveriam ter farmácias gerenciadas por farmacêuticos. O avanço foi possível a partir de consenso entre os diferentes segmentos envolvidos. O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho, com a participação de gestores estaduais, municipais e representantes das entidades profissionais e de saúde para a elaboração conjunta da portaria.

Por Camila Rabelo, da Agência Saúde – Ascom/MS
61/3315-3580 / 2351


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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Dia Mundial do Câncer: 120 países se mobilizam pela prevenção contra tumores, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias

Essas doenças respondem por mais de 70% dos gastos assistenciais do SUS e por 67% de todas as mortes registradas no Brasil
Rio (04/02) - O Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, terá neste ano uma pauta ampla: mobilizar as 400 organizações espalhadas em 120 países, representados na União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, na sigla em inglês), entre os quais o Brasil, a adotarem campanhas sistemáticas de prevenção. O objetivo é combater o efeito considerado “catastrófico” das doenças crônicas não-transmissíveis sobre as populações e os sistemas públicos de saúde.

No país, o câncer, a diabetes, as doenças cardiovasculares e respiratórias consomem mais de 70% dos gastos assistenciais do Sistema Único de Saúde (SUS) e respondem por 67% das mortes registradas no país. Os dados são do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Os efeitos dessas doenças sobre as populações e os sistemas públicos de saúde são tão devastadores que a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu na pauta da sua Assembleia Geral, marcada para setembro, em Nova Iorque, uma discussão sobre o tema. Essa é a terceira vez que as Nações Unidas abrem espaço para discutir assuntos dessa natureza. Ocorreu com a poliomielite, em 1988, a partir de uma resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicar a doença no mundo até o ano 2000; com a Aids, em 2001, e agora com as doenças crônicas não-transmissíveis.

“O objetivo é chamar a atenção dos países e dos gestores da saúde em todo o
mundo para a necessidade urgente de se adotar medidas de prevenção e controle dessas doenças”, afirma o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, porta-voz da UICC para a América Latina. Segundo a OMS, as doenças crônicas não-transmissíveis são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo. A UICC afirma que são 35 milhões de mortes por ano sendo que 9 milhões poderiam ser evitadas.

No Brasil, até a primeira metade do século XX, as Doenças Infecciosas Transmissíveis, caso da tuberculose e do sarampo, eram as causas mais frequentes de morte. A partir dos anos 60, uma série de fatores combinados potencializou as doenças crônico-degenerativas: o envelhecimento da população, a redução das taxas de desnutrição, a queda nas taxas de natalidade, o excesso de pessoas com sobrepeso e obesas são alguns desses fatores.

Essa mudança, que é uma tendência mundial, no Brasil, é observada em todas as regiões. A maior redução foi registrada na região Norte: em 1980 as doenças infecciosas e parasitárias representavam 26% do total de mortes, já em 2008, elas foram causa de 6,5% dos óbitos. Na região Nordeste, os óbitos por essas doenças caíram de 21% para 5% do total registrado.

SAIBA MAIS:

Câncer

Entre as doenças crônicas não-transmissíveis, o câncer é a segunda causa de morte, atrás apenas das cardiovasculares. A cada ano no Brasil há 500 mil novos casos de câncer, segundo dados do INCA. Entre 2000 e 2007, os investimentos do Ministério da Saúde com a doença aumentaram em 20% ao ano, passando de R$ 200 mil para R$ 1,4 bilhão, em 2007. Anualmente, são internados cerca de meio milhão de pacientes em todo o país. Todos os meses, 235 mil procuram os ambulatórios para fazer quimioterapia; 100 mil para fazer radioterapia. Grande parte dos investimentos é direcionada na luta contra os tumores mais incidentes entre os brasileiros, como os da mama e do colo do útero.

O câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura.

Em relação ao câncer de mama, nos últimos oito anos, o Brasil aumentou em 118% a oferta de mamografias e em 73% as ultrassonografias das mamas. A queda na mortalidade em cidades, como São Paulo e Porto Alegre, que lideram as estatísticas de novos casos, indica que o país está no caminho certo. Mesmo assim, no Dia Mundial do Câncer, a UICC alerta que é necessário intensificar as medidas de controle.

Segundo a UICC, o câncer custou US$ 1 trilhão à economia global em mortes prematuras e invalidez, sem considerar os custos médicos. O impacto econômico da doença é 20% maior do que o das cardiovasculares. Estudo da ONG American Cancer Society, maior porta-voz da sociedade civil norte-americana para assuntos relativos a câncer, os tumores custam mais em produtividade do que a Aids, a malária, a gripe e outras doenças infecciosas.

Brasil

No Brasil, a maior redução entre as doenças crônicas foi registrada nas mortes por doenças respiratórias (enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, etc.), o que equivale a uma queda média de 2,8% ao ano na taxa de mortalidade. Uma das explicações para esse resultado é a diminuição do tabagismo no país. Entre 1989 e 2009, o percentual de fumantes na população caiu de 35% para 16,2%.

Principal causa de morte no país, as doenças cardiovasculares concentram 29,4% do total de óbitos declarados, com 308 mil registros em 2007. A taxa de mortalidade decorrente dessa enfermidade caiu 26% (Saúde Brasil - 2009, SVS) em 11 anos, com redução média de 2,2% ao ano, passando de 284 por 100 mil habitantes, em 1996, para 206 por 100 mil habitantes, em 2007. Uma das explicações para esse resultado é o maior nível de instrução da população e as políticas de prevenção à saúde, como a redução do tabagismo, a promoção de alimentação saudável e o estímulo à atividade física.  

“O desenvolvimento econômico do Brasil tem modificado a rotina dos brasileiros, sobretudo nossa alimentação e a frequência com que fazemos exercícios físicos. O governo está atento aos efeitos colaterais da expansão do consumo e tem agido pela promoção de hábitos saudáveis, num esforço articulado com os gestores locais”, avalia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Controle

Apesar da tendência de declínio das mortes decorrentes das doenças crônicas no país (17% entre 1996 e 2007), as mortes por diabetes apresentaram aumento de 10% no mesmo período (Saúde Brasil, 2009- SVS). Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do tipo 2 da diabetes em adultos é o histórico familiar e a obesidade.

Desde 2006, o Ministério da Saúde monitora os fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não-transmissíveis por meio do sistema Vigitel. São mais de 54 mil entrevistas para acompanhar variáveis como o hábito de fumar, o consumo de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, a obesidade, os hábitos alimentares, o sedentarismo e a morbidade referida, com diagnóstico prévio para diabetes e hipertensão arterial.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 33 milhões de brasileiros são hipertensos. Destes, 80%, aproximadamente 26 milhões de pacientes, são atendidos na rede pública de saúde. De acordo com o Vigitel, RJ, PE, SP, MS e BA são os estados onde, percentualmente, há mais pessoas hipertensas. 
Segundo as mesmas fontes, há no país 7,5 milhões de pessoas diagnosticados com diabetes.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para as doenças crônico-degenerativas não-transmissíveis são a hipertensão (ou pressão alta), o colesterol alto, o tagabismo, o consumo de álcool e o excesso de peso. Em 2010, o Vigitel, inquérito telefônico feito pelo Ministério da Saúde para monitorar comportamento de risco ou de proteção para doenças crônicas, verificou que o percentual dos brasileiros que sofrem de obesidade cresceu de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009.

A pesquisa domiciliar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2008-2009 feita em parceria com o Ministério da Saúde confirma o crescimento explosivo do excesso de peso e da obesidade no Brasil nas três últimas décadas, revelando que metade da população adulta, uma em cada três crianças de cinco a nove anos e um em cada cinco adolescentes está acima do peso.

“Nos últimos 30 anos, o padrão de consumo alimentar da população brasileira deteriorou-se muito”, afirma o nutricionista Fábio Gomes, do INCA. Segundo ele, os brasileiros estão substituindo alimentos tradicionais e saudáveis da dieta, como a combinação arroz e feijão, por bebidas e alimentos altamente processados, densamente calóricos e com baixa concentração de vitaminas e minerais, como os refrigerantes e biscoitos, que tiveram o consumo aumentado em 400% nas últimas três décadas.

Entre os cinco principais fatores de risco para as doenças crônicas não-transmissíveis, três estão intimamente relacionados com a alimentação: hipertensão (ou pressão alta), colesterol alto e excesso de peso. Esse número aumenta para quatro se o álcool for incluído. Por esse motivo, a promoção de práticas e hábitos alimentares saudáveis contribui decisivamente para a reversão do atual quadro epidemiológico e nutricional da população brasileira e mundial, prevenindo tanto o câncer quanto as doenças cardiovasculares e o diabetes.

Alimentação saudável

No caso do câncer, a combinação de alimentação saudável com a prática regular de atividade física e o controle do peso é capaz de prevenir 63% dos tumores de boca, faringe e laringe; 60% dos tumores de esôfago e 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio. Os dados, específicos para o Brasil, fazem parte do relatório Políticas e Ações para a Prevenção do Câncer no Brasil, Alimentação, Nutrição e Atividade Física lançado pelo INCA em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF).

Os números revelam ainda que 41% dos tumores de estômago, 34% de pâncreas e 37% do intestino grosso (colorretal) poderiam ser evitados por meio dessa combinação da alimentação saudável, atividade física e peso adequado. No total, 19% de todos os cânceres poderiam ser evitados por meio desse tripé. No caso específico de 12 tumores, este percentual chega a 30%: boca, faringe e laringe; esôfago, pulmão, estômago, pâncreas, vesícula, fígado, intestino grosso (colorretal), mama, endométrio, próstata e rim.

O consumo excessivo de alimentos com altas concentrações de açúcar, sódio, gordura saturada e/ou gordura trans pela população brasileira, alavancado pelo estímulo bem-sucedido ao consumo irrestrito desses alimentos por meio da publicidade, agora se revela nas estatísticas de excesso de peso e obesidade no Brasil. Por conseguinte, implicarão um aumento da parcela da população que é ou será futuramente acometida por doenças cardiovasculares, diabetes, vários tipos de câncer, entre outras doenças.

Prevenção

O SUS possui um conjunto de ações de promoção de saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento, capacitação de profissionais, vigilância e assistência farmacêutica, além de pesquisas voltadas para o cuidado aos pacientes com doenças crônicas. São ações pactuadas, financiadas e executadas pelos gestores das três esferas de governo: federal, estadual e municipal.

Para o controle do diabetes, por exemplo, uma das estratégias do Brasil para a prevenção e o acompanhamento dos cidadãos com a doença é o trabalho desenvolvido pelas 31,5 mil equipes de Saúde da Família. Presentes em 99% dos municípios, elas conseguem identificar, tratar e acompanhar a evolução dos portadores de diabetes. Nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), os pacientes podem ser acompanhados por nutricionistas.

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Padilha anuncia a criação de Força Nacional de Resgate do SUS

Equipe reunirá profissionais do Ministério da Saúde, dos hospitais universitários, das Forças Armadas e de estados e municípios
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (4) que será criada uma Força Nacional de Resgate do SUS. A equipe reunirá profissionais especializados em atendimento a vítimas de desastres naturais como o ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro na primeira quinzena de janeiro.

De acordo com o ministro, a proposta é formar a equipe tomando por base os cerca de cem servidores do ministério que já participaram de ações semelhantes, além dos profissionais de saúde dos hospitais universitários federais e das forças armadas. “Esperamos contar ainda com a parceria dos estados e municípios para consolidar no Brasil, de forma profissional, uma grande equipe nacional de resgate do SUS”, acrescentou o ministro Padilha.

O anúncio foi feito durante solenidade de entrega de 42 ambulâncias. Desse total, 20 foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde para integrar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU/192), no Estado. Os veículos foram recebidos pelas secretarias municipais de saúde de 34 cidades do estado do Rio de Janeiro, incluindo Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, as mais atingidas pelas chuvas do começo do ano.

O evento contou com as presenças do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, substituindo o governador Sérgio Cabral, do secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, e do subsecretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado.

Assistência reforçada – Além de doar as vinte ambulâncias que atenderão a região serrana do Rio, o Governo Federal antecipou a implantação do SAMU/192 nas áreas afetadas pelas chuvas, para reforçar a assistência à população atingida.

O valor total investido na compra dos 20 veículos foi de R$ 2,75 milhões, além de repasse mensal de custeio de R$ 340 mil. O envio das ambulâncias foi acordado entre os governos federal e estadual para atender demandas emergenciais.

“Nós estamos dando mais um passo no processo de reconstrução com a implantação do SAMU Regional. É fundamental que a gente não olhe as ambulâncias apenas como um equipamento para ajudar as pessoas, mas como uma oportunidade de reorganizar os serviços de urgência e emergência no estado”, avaliou o ministro Padilha.

Entre as 20 ambulâncias garantidas para a região serrana do Rio, foram entregues 14 Unidades de Suporte Básico (USB) e outras seis Unidades de Suporte Avançado (USA). Elas vão permitir a cobertura de 16 municípios pelo Samu/192, que, após o período crítico, terão bases descentralizadas em Carmo, Bom Jardim, Cordeiro, Cantagalo, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Macuco, Cachoeiras de Macacu, Duas Barras e Guapimirim.

Cada USB conta com oxímetro portátil, desfibrilador externo automático e aspirador. As USA, também conhecidas por UTI-Móvel, possuem oxímetro portátil, bomba de infusão, aspirador, ventilador pulmonar, monitor/cardioversor e detector fetal.

No primeiro momento, as novas ambulâncias vão prestar atendimento em conjunto com as onze ambulâncias de hospitais federais do Rio e outras duas do SAMU Metropolitano II, da região de Niterói, que já atuam em caráter de emergência nas cidades afetadas.

Por Patrícia Gomes e Gabriel Fialho, da Agência Saúde – Ascom/MS/NERJ 61/3315-2509 e 21/3985-7475

'Saúde Não Tem Preço' inicia distribuição de remédios gratuitos contra hipertensão e diabetes

Programa lançado pela presidenta Dilma e pelo ministro Padilha deve dobrar número de beneficiários do Aqui Tem Farmácia Popular
Ouça o áudio:
Presidenta Dilma Rousseff - parte I e parte II Ministro Alexandre Padilha - parte I e parte II
Fotos: Luís Oliveira/Ascom/MS A rede de farmácias e drogarias conveniadas à rede Aqui Tem Farmácia Popular começa a oferecer, a partir desta quinta-feira (3), medicamentos gratuitos para o tratamento de hipertensão e diabetes. O anúncio foi realizado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Até o dia 14 deste mês, todos os 15.069 estabelecimentos credenciados já terão aderido plenamente ao programa, após concluírem a adaptação dos sistemas de vendas.

“Cuidar da saúde de uma sociedade está entre as obrigações intransferíveis de um Estado democrático, comprometido com a justiça social e o bem-estar das famílias”, disse a presidenta Dilma Rousseff, durante a solenidade de lançamento do programa.

A presidenta Dilma destacou que os medicamentos são o item de maior peso no bolso das famílias mais humildes: 12% da renda da população mais pobre são gastos com remédios, contra 1,7% no caso das faixas de maior poder aquisitivo. “Não podíamos admitir que este ônus de origem social colocasse em risco a vida de portadores pobres de disfunções para as quais a medicina já tem tratamento seguro e garantido”, enfatizou.

A oferta de medicamentos gratuitos na rede Aqui Tem Farmácia Popular foi normatizada por portaria do Ministério da Saúde e viabilizada por acordo com sete entidades da indústria e do comércio farmacêutico (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma; Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais – Alanac; Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos - Pró-Genéricos; Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo – Sindusfarma; Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias – Abrafarma; Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico – Abcfarma; Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias – Febrafar).

“Pelo acordo, o Ministério se compromete a ampliar a oferta de medicamentos pelo programa e o setor produtivo a reduzir sua margem de lucro sobre cada medicamento, para que o usuário o leve para a casa sem nenhum custo”, explicou o ministro Alexandre Padilha.

O impacto no orçamento do Aqui Tem Farmácia Popular será acompanhado e mensurado pelo ministério com base nas informações do sistema de gerenciamento do programa. A expectativa é que o acesso da população aos medicamentos oferecidos gratuitamente cresça substancialmente.

TRANSPARÊNCIA E CONTROLE – No lançamento do Saúde Não Tem Preço, o ministro Alexandre Padilha anunciou o fortalecimento dos mecanismos de controle e transparência da rede Aqui Tem Farmácia Popular: blindagem eletrônica das transações, que repele tentativas de violações à privacidade do cliente ou usuário dos serviços; implantação de um cupom vinculado, que conterá informações detalhadas sobre o comprador, o estabelecimento e o médico que prescreveu aquele medicamento; criação de um cadastro de vendedores, com controle do acesso de todos os atendentes das empresas credenciadas; e cruzamento com o Sistema de Óbito do Ministério da Previdência (SISOBI), excluindo indivíduos registrados como falecidos que estejam relacionados às vendas realizadas. “Estamos ampliando a atuação de fiscalização e auditoria do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS)”, acrescentou o ministro Padilha.

ABRANGÊNCIA – O Aqui Tem Farmácia Popular atualmente beneficia cerca de 1,3 milhão de brasileiros por mês. Destes, aproximadamente 660 mil são hipertensos e 300 mil, diabéticos. O programa é desenvolvido pelo governo federal em parceria com a rede privada de farmácias e drogarias, que se credenciam espontaneamente ao firmarem convênio com o Ministério da Saúde.

Com exceção dos medicamentos para diabetes e hipertensão – que a partir de agora passam a ser gratuitos – o governo federal financia 90% do valor de referência dos medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, cujo orçamento para 2011 é de R$ 470 milhões.

Pelo programa, a população tem acesso a 24 tipos de medicamentos para hipertensão, diabetes e mais cinco doenças (asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma), além de fraldas geriátricas. É necessário que o usuário apresente CPF, documento com foto e receita médica, exigida para evitar a automedicação.

O PROGRAMA – O Farmácia Popular foi criado em 2004, com unidades próprias/institucionais conhecidas como Farmácia Popular do Brasil, para oferecer à população mais uma forma de acesso a medicamentos, além dos cerca de 560 tipos oferecidos gratuitamente nas unidades públicas de saúde. Em 2006, a estratégia foi estendida à rede privada, recebendo a denominação “Aqui Tem Farmácia Popular”. Atualmente, essa modalidade do programa é desenvolvida em mais de 2,5 mil municípios.

AS DOENÇAS – No Brasil, a hipertensão arterial é diagnosticada em cerca de 33 milhões de brasileiros. Destes, 80% – ou aproximadamente 22,6 milhões de hipertensos – são atendidos na rede pública de saúde. Entre os 7,5 milhões de diabéticos diagnosticados no país, seis milhões (80% do total) recebem assistência no SUS.

O aumento da prevalência de hipertensão, diabetes e obesidade – também conhecidas como “epidemia do século” – é atribuído a padrões alimentares e de qualidade de vida, fortemente associados à má alimentação, falta de atividade física e ao estresse. O envelhecimento da população também contribui com o aumento da prevalência dessas doenças. Fatores genéticos devem ser considerados.

Por Renatha Melo, Barbara Semerene e Leonidas Albuquerque, da Agência Saúde - Ascom/MS
61/3315-2591, 3315-3580 e 3315-2351

Confira, abaixo, os princípios ativos dos medicamentos contra hipertensão e diabetes que passarão a ser oferecidos gratuitamente nos estabelecimentos credenciados ao Aqui Tem Farmácia Popular.

A relação dos nomes (comerciais) dos medicamentos será informada nos pontos de venda.

As medidas anunciadas nesta quinta-feira (3) deverão ser implementadas pelos estabelecimentos até o próximo dia 14, período concedido para adaptação dos sistemas de vendas das farmácias e drogarias conveniadas. Mas, aquelas que se adequarem antes desse prazo já poderão oferecer gratuitamente medicamentos contra hipertensão e diabetes aos usuários do programa.
Hipertensão
Captopril 25 mg, comprimido
Maleato de enalapril 10 mg, comprimido
Cloridrato de propranolol 40 mg, comprimido
Atenolol 25 mg, comprimido
Hidroclorotiazida 25 mg, comprimido
Losartana Potássica 50 mg

 
Diabetes
Glibenclamida 5 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 500 mg, comprimido
Cloridrato de metformina 850 mg, comprimido
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 10 ml
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 5 ml
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 3ml (carpule)
Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 1,5ml (carpule)
Insulina Humana Regular 100 UI/ml, solução injetável, frasco-ampola 10 ml
Insulina Humana Regular 100 UI/ml, solução injetável, frasco-ampola 5 ml
Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução injetável, refil 3ml (carpules)
Insulina Humana Regular 100UI/ml, solução injetável, refil 1,5ml (carpules)



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ministério da Saúde lança novo filme da campanha de combate à dengue

Cenas reais de mutirões de limpeza e outras mobilizações contra o Aedes aegypti estão em novo vídeo da campanha nacional, que tem a participação voluntária do ator José de Abreu
A partir da noite desta terça-feira, 1º de fevereiro, os brasileiros assistirão a cenas reais de ações em andamento em todo o país para conter a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O filme “Mobilização Geral 2011” tem 30 segundos de duração (com versões reduzidas de 15 e 10 segundos) e conta com a participação do ator José de Abreu. Parceiro do Ministério da Saúde, ele abriu mão do cachê e também faz a narração do spot de rádio, com 30 segundos de duração.

As novas peças têm por finalidade divulgar o que os moradores de cada estado brasileiro estão fazendo para eliminar os focos do mosquito em suas comunidades. Nas imagens, população e agentes comunitários de saúde trabalham lado a lado em mutirões e orientando os moradores. A mensagem de José de Abreu é clara: “Exemplos como esse fazem toda a diferença. Precisamos da sua participação na campanha e de mais pessoas envolvidas nessa luta. O Brasil conta com você”. Com isso, o Ministério da Saúde espera reforçar a mobilização da sociedade para a realização de ações conjuntas de controle da dengue, principalmente no combate ao mosquito transmissor.

A locução do ator reforça ainda que a mobilização contra a dengue continua de Norte a Sul do Brasil, cada vez com mais brasileiros agindo para evitar que focos de água parada tornem-se criadouros do mosquito. “Esse trabalho deve ser feito diariamente: seja no quintal de casa ou pelas ruas do bairro”, diz a locução de José de Abreu. As peças também mantêm o selo da campanha nacional: “Dengue. Se você agir, podemos evitar”; e fazem a convocação: “Cuide da sua casa. Fale com seus vizinhos. Converse com a prefeitura”.

Além do filme nas televisões e dos spots nas rádios, as peças podem ser conferidas no site www.combatadengue.com.br e no portal do Ministério da Saúde – www.saude.gov.br.



Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...