sábado, 12 de novembro de 2011

Meta de Papanicolau atinge 71% em faixa prioritária

Balanço do Ministério da Saúde tem foco nos cânceres de colo do útero e mama. Entram em consulta pública regras para melhorar qualidade das mamografias
Dados inéditos do Ministério da Saúde revelam que, somente no primeiro semestre de 2011, foram realizados mais de 5,6 milhões de exames de citologia, o conhecido exame de preventivo contra o câncer de colo de útero ou de Papanicolau. Para o público prioritário, mulheres entre 25 e 64 anos, desse total, foram realizadas 4,3 milhões de exames, o que corresponde a 71% da meta – a geral ficou em 47%, no período. Esse grupo concentra o maior risco e a maior incidência da doença. Em julho, a faixa de rastreamento prioritária foi ampliada. Para mamografia, meta para faixa prioritária atingiu 50%. Nesta sexta-feira (11), o ministério lançou consulta pública para melhorar qualidade das mamografias.  
O Papanicolau é um exame laboratorial realizado com o objetivo de prevenir e detectar precocemente o câncer de colo do útero. Por detectar lesões precursoras, a sua realização periódica concorre para o tratamento nesta fase, reduzindo a incidência de casos novos e, consequentemente, a mortalidade por esse tumor. Em março, o Ministério da Saúde lançou a rede para a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Mama e de Útero.
“Os dados mostram que estamos firmes no objetivo de compor um conjunto de ações para melhorar a saúde da mulher, em especial a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama e de colo do útero. Queremos garantir serviços de qualidade no Sistema Único de Saúde”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Para as ações de detecção de câncer de colo do útero, que provoca mais de 18 mil novos casos por ano, com 4,9 mil óbitos (2010 preliminar), o investimento é de R$ 93,9 milhões em 2011. O previsto é aplicar R$ 382,4 milhões até 2014.
MAMOGRAFIAS -Os dados do Ministério da Saúde mostram também que, no primeiro semestre, foram realizados mais de 1,6 milhão de mamografias de rastreamento, para a detecção de câncer de mama, o que corresponde a 43% da meta de realizar 3,8 milhões de exames este ano.
Do total de exames de mama em 2011, mais de 8,8 mil foram realizados em mulheres na faixa etária entre 50 a 69 anos, grupo que concentra a maior número de casos. Isso representa 50% da meta para este grupo. No primeiro semestre de 2010 o percentual foi de 41%.
O câncer de mama é o que mais mata as mulheres entre os cânceres que as acometem. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o Brasil deve registrar 49,2 mil casos novos em 2011. Em 2010, 12.638 brasileiras perderam a vida vítimas desta doença.
Neste ano, o investimento total nas ações de detecção é de R$ 201,2 milhões. Até 2014, serão R$ 754,9 milhões.
Consulta – A partir desta sexta (11), o Ministério coloca dois documentos em consulta pública: Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM) e os Requisitos de Qualidade dos Exames e dos Laudos de Mamografia.
O objetivo da consulta é consolidar um programa nacional para garantir a qualidade dos exames oferecidos à população e minimizar o grau de risco associado ao uso dos raios-X na mamografia. A consulta pública terá duração de 20 dias e está disponível no endereço: http://www.saude.gov.br/consultapublica.
A consulta integra uma proposta para melhorar o atendimento aos pacientes que procuram o SUS, por intermédio de ações que reformulam o atendimento, com a adoção de melhores estratégias de diagnóstico e tratamento, capacitação e qualificação de profissionais, entre outras.
De acordo o secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia - que inclui o Programa de Garantia da Qualidade, da ANVISA, e a qualidade da imagem e do laudo mamográficos - também se constituirá em um instrumento para monitoramento da situação dos mamógrafos existentes na rede de atenção à saúde. “Precisamos garantir e melhorar o acesso aos exames. Para isso, é necessário garantir a qualidade do serviço, desde o momento que o paciente é diagnosticado ao tratamento integral oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS). Não tínhamos um programa de qualidade, e o Programa vem justamente atender essa deficiência”, garante.
Investimento – O Ministério da Saúde lançou, em março deste ano, o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e de Mama, que terá investimentos de R$ 4,5 bilhões, até 2014. O objetivo é reduzir a mortalidade pelos dois tipos de cânceres mais comuns entre as mulheres.
Para tanto, o Ministério vai concentrar esforços nas ações de ampliação, qualificação, prevenção, detecção, tratamento e acompanhamento dos casos de cânceres de mama e colo do útero.
Do total até 2014, R$ 576 milhões serão aplicados na implantação de 32 serviços de radioterapia em centros de oncologia, na atualização tecnológica de 48 serviços de radioterapia já existentes.
Também está prevista a implantação de 50 novos centros especializados em diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de 20, do câncer do colo do útero, nos próximos três anos, respectivamente no valor de R$ 50 milhões e R$ 2 milhões de investimento.
Para obter recursos, estados, municípios e instituições públicas ou filantrópicas devem apresentar propostas ao MS, nos sistemas informatizados de convênios (SICONV, SISPAG ou GESCON).

Ubirajara Rodrigues e Neyfla Garcia, da Agência Saúde – ASCOM/MS
61-3315-6258/3315-3580

Acesso a medicamentos gratuitos triplica

Aproximadamente 3 milhões de diabéticos e hipertensos foram beneficiados em outubro. Região Norte teve o maior crescimento: 763% de janeiro a outubro
A ação “Saúde Não Tem Preço” – lançada em fevereiro pelo governo federal – está beneficiando cada vez mais brasileiros e ampliando o acesso ao tratamento de diabetes e hipertensão no Sistema Único de Saúde (SUS). A oferta do programa do Ministério da Saúde aumentou três vezes, nas mais de 20 mil unidades privadas credenciadas. São 11 medicamentos gratuitos. Em janeiro, 853 mil pacientes de hipertensão e diabetes foram atendidos pelo programa, enquanto que, em outubro, o número saltou para 2.993.962 (Confira tabela abaixo).
“Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças prevalentes na população, e diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida do brasileiro”, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A quantidade de hipertensos beneficiados saltou 285%, de 658 mil em janeiro para 2,5 milhões em outubro. Já o número de diabéticos beneficiados aumentou 202%, passando de 306 mil para 925 mil no mesmo período. Antes da criação do “Saúde Não Tem Preço”, os produtos eram oferecidos com até 90% de desconto nas drogarias credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular.
CRESCIMENTO – A região Norte apresentou maior crescimento no número de beneficiados em relação ao restante do País desde janeiro: 763%, passando de 9.793 para 84.553 no período. Roraima foi o estado que mais se destacou no Brasil. O total de pacientes atendidos em outubro foi 139 vezes maior do que em janeiro, um salto equivalente a 13.743%. O número de hipertensos e diabéticos que retiraram medicamentos em outubro foi 3.194 pessoas, enquanto em janeiro haviam sido 23.
Destaque também para a região Centro-Oeste, onde o número de beneficiados cresceu sete vezes desde o início do ano, um aumento de 692%, passando de 23.301 para 184.526 no mesmo período. No Nordeste, o programa apresentou 435% de crescimento, o número de beneficiados passou de 55.842 em janeiro para 298.669 em outubro. Já nas regiões Sul e Sudeste o crescimento foi, respectivamente, de 310% e 196%.
“A oferta de saúde está cada vez melhor distribuída pelo país, sem prejuízo de qualquer região, por meio do Farmácia Popular. O maior crescimento do programa na região Norte indica que a assistência farmacêutica está se ampliando de maneira equânime no Brasil, chegando a todos os brasileiros, sem distinção”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
DOENÇAS -A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Ainda pelo Vigitel, a diabetes atinge 6,3% da população adulta, sendo maior em mulheres 7% do quem em homens, 5,4%.
O Saúde Não Tem Preço tem alavancado a oferta do programa Aqui Tem Farmácia Popular como um todo, incluindo os 14 produtos ofertados com 90% de desconto, para o tratamento de asma, incontinência urinária, osteoporose, rinite, colesterol, doença de Parkinson, glaucoma e os anticoncepcionais. O número de pessoas atendidas pelo programa cresceu 192% de janeiro a outubro, saltando de 1,2 milhões para 3,7 milhões.
ORIENTAÇÕES AOS USUÁRIOS- Para obter os produtos disponíveis no Saúde não Tem Preço, o usuário precisa apresentar CPF, documento com foto e receita médica, que é exigida pelo programa como uma forma de se evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde.
Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas e comunicadas ao Ministério da Saúde – pelos estabelecimentos credenciados ou pelos usuários do programa – por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) como também pelo e-mail analise.fpopular@saude.gov.br.

Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes são identificados pelo princípio ativo, que é a substância que compõe o medicamento. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele que deverá informar, ao usuário, o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico.
Números de pacientes atendidos pela "Saúde Não Tem Preço" no Brasil



ESTADO
jan/11
out/11
Total no Período
Variação Jan/Out (%)

Centro-Oeste
DF
6.074
35.061
87.728
477%
692%
GO
12.355
93.130
189.847
654%
MS
2.908
31.198
66.361
973%
MT
1.964
25.137
51.171
1180%
TOTAL
23.301
184.526
395.107

Nordeste
BA
5.756
56.858
141.556
888%
435%
CE
8.068
56.618
120.949
602%
MA
1.022
12.868
29.406
1159%
PB
5.669
44.991
84.669
694%
PE
13.586
52.015
112.215
283%
PI
1.654
12.113
24.594
632%
RN
17.429
53.369
104.986
206%
SE
2.658
9.837
25.235
270%
TOTAL
55.842
298.669
643.610

Norte
AC
112
545
1.410
387%
763%
AL
2.079
13.554
32.818
552%
AM
14
176
837
1157%
AP*
0
68
394
127%
PA
3.809
36.769
86.598
865%
RO
2.572
22.512
47.632
775%
RR
23
3.184
7.465
13743%
TO
1.184
7.745
17.856
554%
TOTAL
9.793
84.553
195.010

Sudeste
ES
25.841
79.266
193.190
207%
196%
MG
193.940
523.642
1.236.306
170%
RJ
166.281
471.098
1.084.346
183%
SP
235.165
765.484
1.607.997
226%
TOTAL
621.227
1.839.490
4.121.839

Sul
PR
49.560
162.480
344.153
228%
310%
RS
78.593
319.667
618.135
307%
SC
15.250
105.916
218.442
595%
TOTAL
143.403
588.063
1.180.730


TOTAL BRASIL
853.181
2.993.962
6.485.631
251%


Nota:* A variação refere-se aos meses de março a outubro de 2011

Bárbara Semerene
Agência Saúde
 
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580 e 3315-2918
 

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