terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CRACK

Representantes dos 26 estados e do Distrito Federal passaram o dia debatendo combate à droga e cuidado aos usuários
O ministro interino da Saúde, Mozart Sales, apresentou nesta terça-feira (31) o balanço de ações e o programa “Crack, é possível vencer” para secretários de segurança e representantes de 26 estados e do Distrito Federal. Junto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ele participou do encontro em Brasília (DF), que tem o objetivo de conciliar as ações e estabelecer medidas conjuntas entre a União, Estados e municípios.
“Trouxemos para os secretários de segurança do País as informações do plano. Para vencermos o crack, é necessário que saúde e justiça andem juntas, assim como demais órgãos do Governo, sejam eles em esfera federal, estadual ou municipal”, disse Mozart Sales. A estratégia lançada em dezembro do ano passado tem o objetivo de integrar esforços para combater a droga.  As ações estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
Caberá aos estados e municípios a apresentação das propostas para aderirem o plano. “Isso permite uma construção permanente do plano. De acordo com as demandas estaduais”, disse antes de recordar a importância em se tratar os usuários de drogas com diferentes instrumentos. “O Ministério procurou estabelecer uma matriz de serviços diferentes, para atendimento de necessidades distintas. Não adianta achar que um tipo de equipamento seja suficiente para atender todos usuários de crack. Temos que respeitar as peculiaridades”, concluiu o ministro interino.
O ministro da Justiça enfatizou que o encontro foi uma oportunidade de deixar claro o trabalho em parceria das duas pastas. “O Ministério da Justiça só irá realizar alguma intervenção depois que o Ministério da Saúde preparar todo terreno. Assim que vamos trabalhar”, disse Cardozo.
Após anúncio do programa de combate ao crack, em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde já publicou 10portarias normativas para implantação do plano em todo país. A pasta vai investir até 2014, por meio do “Crack, é possível vencer”, mais de R$ 2,1 bilhões no cuidados aos usuários da droga. Sendo mais de R$ 560 milhões ainda esse ano.
CUIDADO -Na área da saúde, o plano prevê a estruturação da rede de cuidados Conte Com a Gente, que auxiliará os dependentes químicos e seus familiares na superação do vício e na reinserção social. A rede é composta de equipamentos de saúde distintos, para atender os pacientes em situações diferentes.

Uma das novidades do plano é a criação de enfermarias especializadas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2014, o Ministério da Saúde repassará recursos para que estados e municípios criem 2.462 leitos, que serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. Para estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação crescerá 250% - de R$ 57 para até R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões.

Nos locais em que há maior incidência de consumo de crack, serão criados 308 consultórios de rua, que farão atendimento volante. As equipes são compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ação, que terá recursos de R$ 152,4 milhões, atenderá municípios com mais de 100 mil habitantes. Os recursos já estão disponíveis e aguardam apenas a adesão dos municípios. O Ministério do Desenvolvimento Social também entra nessa estratégia ao investir R$ 45 milhões, na assistência social às pessoas atendidas pela ação.

Já os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Até 2014, serão 175 unidades em todo o país. Cada um dos centros oferecerá tratamento continuado para até 400 pessoas por mês.

O atendimento será reforçado também pela criação de Unidades de Acolhimento, que cuidarão em regime residencial por até seis meses, para manutenção da estabilidade clínica e o controle da abstinência. Para o público adulto, serão criados 408 estabelecimentos, com investimentos de R$ 265,7 milhões até 2014. Já para o acolhimento infanto-juvenil, serão 166 pontos exclusivos para o público de 10 a 18 anos de idade, com investimento de R$ 128,8 milhões.

O “Crack, é possível vencer” contempla também a participação de instituições da sociedade civil que fazem atendimento aos dependentes químicos e seus familiares no Sistema SUS. Para receberem recursos do SUS, estes estabelecimentos terão de cumprir critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e assegurar um ambiente adequado, que respeite a integridade dos direitos dos pacientes e de seus familiares. Todas as instituições estarão vinculadas ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
AUTORIDADE -As ações policiais irão se concentrar em duas frentes: nas fronteiras e nas áreas de uso de drogas, nos centros consumidores.

Serão intensificadas as ações de inteligência e de investigação para identificar e prender os traficantes, bem como desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas ilícitas. O contingente das Polícias Federal e Rodoviária Federal será reforçado com contratação de mais de 2 mil novos policiais.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ressaltou a necessidade de integração das políticas públicas entre as diferentes áreas (saúde, educação e segurança pública) e a forte atuação que será adotada para o enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas.

Está prevista também a implementação de policiamento ostensivo e de proximidade nas áreas de concentração de uso de drogas, onde serão instaladas câmeras de videomonitoramento fixo. Os recursos federais serão repassados aos estados por meio de convênios.

O objetivo é prestar atendimento a pessoas que trabalham, residem ou circulam no local, e possibilitar maior segurança com a identificação e prisão de traficantes. A expectativa é que a utilização de câmeras, móveis e fixas, contribua para inibir a prática de crimes, principalmente o tráfico de drogas.

Os profissionais que atuarão nessas áreas têm formação na doutrina de polícia de proximidade (comunitária) e vão incentivar o fortalecimento da comunidade nas áreas de uso de drogas para fortalecer a participação comunitária na prevenção à violência e criminalidade.
PREVENÇÃO -Este eixo está estruturado em três bases: na escola, na comunidade e na comunicação com a população.

O Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola tem a proposta de capacitar 210 mil educadores e 3,3 mil policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) para prevenção do uso de drogas em 42 mil escolas públicas. Estima-se que serão beneficiados 2,8 milhões de alunos por ano.

O Programa de Prevenção na Comunidade prevê capacitação de 170 mil líderes comunitários até 2014.

Haverá também realização de campanhas específicas para informar, orientar e prevenir a população sobre o uso do crack e de outras drogas. O serviço de atendimento telefônico gratuito de orientação e informação sobre drogas VivaVoz passará de 0800 para o número de três dígitos 132, para facilitar o acesso ao cidadão. Além disso, o Portal Enfrentando o Crack reúne as informações sobre o tema e está disponível em www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack.

Os atuais 49 Centros de Regionais de Referência – que funcionam junto a instituições públicas de ensino superior – serão ampliados para 65 e oferecerão 122 mil vagas para formação permanente de profissionais de saúde, assistência social, justiça e segurança pública. Nos próximos anos, serão oferecidas 250 mil vagas em cursos a distância para líderes comunitários, conselheiros municipais, profissionais de saúde e assistência social e operadores de direito.

Por Zeca Moreira, da Agência Saúde – ASCOM/MS
(61) 3315-2509/3580

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Brasil reforça ações de saúde com Cuba e Haiti

Brasil reforça ações de <br>saúde com Cuba e Haiti
Ministro da Saúde visita os dois países, com comitiva presidencial. Há projetos para aprofundar cooperação com Cuba e reconstrução de unidades de saúde no Haiti
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desembarca nesta segunda-feira (30) em Cuba, em comitiva da presidenta Dilma Rousseff, com a missão de aprofundar ainda mais a cooperação em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e transferência tecnológica entre os dois países. Acordos bilaterais já existentes envolvem 38 projetos na área de saúde, 12 deles tidos como prioritários – referem-se principalmente à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de câncer, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas. Na quarta-feira (1º/2), a comitiva chega ao Haiti, país que teve liberados R$ 69,9 milhões no ano passado pelo governo brasileiro para ações de saúde, agricultura e defesa.
“A integração de esforços é fundamental para que possamos produzir em nosso próprio país cada vez mais medicamentos e vacinas que beneficiem a população brasileira e nos permitam economizar recursos”, ressalta o ministro. “Além disso, a atuação cooperada entre Brasil e Cuba na reestruturação da saúde no Haiti possibilita que sejamos mais eficazes no atendimento a uma população tão sacrificada depois do desastre de 2010”.
O Ministério da Saúde já negocia com Cuba o fortalecimento de ações em saúde bucal, com a utilização de conhecimento obtido com o programa Brasil Sorridente, existente desde 2004 no Brasil. Também está em negociação a capacitação de profissionais cubanos para o aperfeiçoamento de bancos de leite em Cuba e do processamento do produto, ação que visa a melhoria da saúde materno-infantil. O controle da qualidade de medicamentos e medidas regulatórias também estão em discussão.
RECONSTRUÇÃO DE UM PAÍS – Os ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba atuam em ações conjuntas na reconstrução do setor no Haiti. Desde 2004, por mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH). Além de manutenção da paz, exerce ajuda humanitária, ampliada depois do terremoto de janeiro de 2010 naquele país.
Dos R$ 135 milhões garantidos em lei para repasse do governo brasileiro ao Haiti, R$ 69,9 milhões foram executados em 2011 em ações de saúde, agricultura e defesa. Entre as ações coordenadas pelo governo brasileiro estão a recuperação de dois laboratórios (já em fase avançada) e a construção de quatro unidades de saúde; aquisição de equipamentos e insumos de saúde – como a entrega de tratamentos para o cólera e de 30 ambulâncias, ocorrida em 2011 –; bolsas para capacitação de 2 mil agentes comunitários e 500 técnicos em saúde. Como um dos resultados do trabalho do governo brasileiro na qualificação da gestão assistencial e de vigilância epidemiológica, o Haiti deverá ter no primeiro semestre do ano uma campanha de vacinação massiva contra poliomielite, sarampo e rubéola.

Por Géssica Trindade, da Agência Saúde – ASCOM/MS
(61)3315-3580/2351

domingo, 29 de janeiro de 2012

Câncer de Mama

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

Autoexame

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.
É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

Mamografia

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

Autoexame

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.
É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

Mamografia

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.
Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.
Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Saúde ambiental em debate no Fórum Social Mundial

O tema está na agenda do encontro em Porto Alegre num evento específico que trata de Saúde e Seguridade Social

No Fórum Social Mundial da Saúde 2012 realizado nesta quinta (26) e sexta-feira (27), em Porto Alegre, vigilância em saúde ambiental e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis estão entre os principais temas debatidos por representantes de movimentos populares e chefes de estado.
“Um de nossos objetivos é preparar o debate da Rio + 20, especialmente no que se refere a vigilância ambiental, prevendo medidas específicas para os desastres naturais e situações de violência, com parâmetros mínimos de engajamento entre países de forma que nenhuma vítima de catástrofes ou violência permaneça sem socorro”, enfatiza o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Guilherme Franco Netto. Para ele, é fundamental que os países atuem juntos para coordenar medidas emergenciais e otimizar esforços.
Guilherme Franco Netto lembra ainda que serão discutidas ações sobre substâncias químicas com alto potencial tóxico usadas sobretudo por populações empobrecidas. “Estamos recomendando alternativas tecnológicas para substâncias perigosas para a saúde com uso extensivo em setores como agricultura e construção civil, pois elas  sobrecarregam os sistemas de saúde”, adianta.
Experiência exemplar- Uma das experiências exitosas a serem apresentadas no encontro é a da primeira fábrica de preservativos do País, em Xapuri, no estado do Acre. “A fábrica Natex opera com o que há de mais moderno em tecnologia no Brasil e trata-se da única do mundo a fabricar preservativos a partir de látex de seringal nativo”, lembra o diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), Luiz Augusto Azevedo.
Resultado de uma parceria estratégica entre o Ministério da Saúde e o governo do Acre, a fábrica foi construída em 2006, produzindo cerca de 100 milhões de camisinhas por ano. Até 2013, a meta é duplicar a capacidade de produção de preservativos masculinos, passando a beneficiar 1,4 mil famílias. Os seringueiros foram capacitados para atender as exigências técnicas do projeto. Eles vendem o látex extraído da Reserva Chico Mendes e com isso mantém a floresta preservada. O estoque destina-se às campanhas de combate às doenças sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde.
Inicialmente, foram investidos R$ 31,3 milhões na construção, na compra de equipamentos e no treinamento de mão-de-obra. Do total, R$ 19,7 milhões saíram do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para apoiar a meta de dobrar a capacidade de produção anual e de ampliar o número de famílias extrativistas, o Ministério da Saúde repassou cerca de  R$ 5 milhões em 2011 e repassará mais R$ 11 milhões ao longo de 2012. “Dessa forma, a geração de empregos na indústria passaria de 160 para 248”, calcula o diretor-presidente da Funtac. Ele chama atenção para o fato de os fornecedores de látex da fábrica receberem R$ 8,00 por quilo do látex – mais do que o dobro dos R$ 3,50 que costumam ser pagos.
Participação –O Ministério da Saúde ainda participa do Fórum Social Mundial por meio do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e discute questões ligadas à gestão do SUS e à participação social, com foco na educação popular.
São gestores, trabalhadores e usuários do sistema que têm a oportunidade de trocar experiências e saberes de forma horizontal. A Tenda traz à pauta de discussões temas que visam a mobilizar e envolver os atores sociais buscando o fortalecimento da gestão participativa no SUS.
O diretor do Departamento de Ouvidoria Geral do SUS (Doges/SGEP), Luiz Carlos Bolzan, representará o Ministério da Saúde na Mesa Redonda que vai falar sobre a construção de sistemas universais de proteção social em tempos de crise capitalista.
Segundo Bolzan, "a seguridade social tem um papel fundamental em tempos de crise, no sentido de resguardar os direitos da sociedade. Os orçamentos públicos não devem sofrer cortes neste setor em decorrência de crise financeira". Por outro lado, ele ressalta o quanto políticas públicas de saúde bem estruturadas podem ajudar a superar a crise, por meio da geração de empregos e distribuição de riquezas. "A proteção social e a gestão orçamentária das políticas públicas são meios importantes de fortalecimento da democracia participativa", completa.
Saiba mais aqui sobre o Fórum Social Mundial Temático
Acesse aqui o site da fábrica Natex

Por Débora Pinheiro, da Agência Saúde
(61) 3315.3174

Novos casos de hanseníase caem 15% em um ano

O tratamento da doença, que tem cura, é gratuito e pode ser realizado em qualquer unidade de saúde do SUS
O Brasil mantém a queda na incidência da hanseníase no país. Entre 2010 e 2011, o coeficiente de detecção de casos novos caiu 15%. Entre menores de 15 anos, este percentual baixou 11%. Os dados preliminares mostram que, em 2011, houve 30.298 casos novos detectados, um coeficiente de 15,88 casos novos por 100 mil habitantes. Destes, 2.192 casos foram registrados em menores de 15 anos (4,77 por 100 mil habitantes). Em 2010, o coeficiente de detecção geral foi de 18,22 por 100 mil habitantes, correspondendo a 34.894 casos novos da doença no país, sendo 2.461 casos na população menor de 15 anos (5,36 por 100 mil habitantes).
Confira apresentação
“Estamos obtendo um avanço sustentado no combate à hanseníase. Queremos ampliar esse esforço para obter a eliminação da doença como problema de saúde pública no país”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. A meta do Plano de Eliminação da Hanseníase, estabelecido em 2011, é que haja menos de um caso de hanseníase para cada grupo de 10 mil habitantes até 2015. Além disso, o SUS trabalha para reduzir em 26,9% o coeficiente de detecção de casos novos em menores de 15 anos, aumentar o percentual de cura (90% dos casos novos) e examinar 80% dos contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase.
MOBILIZAÇÃO –“O alcance das metas prevê um esforço conjunto para a interrupção da cadeia de transmissão da endemia, com ações de vigilância em saúde e atenção aos pacientes”, explica Jarbas Barbosa. O secretário reforça que o Ministério da Saúde tem incentivado a mobilização dos municípios prioritários.
Ao todo, 97% deles – correspondendo a 245 municípios – receberão recursos adicionais que somam R$ 16 milhões. A previsão é que estes recursos comecem a ser liberados ainda neste mês. Em contrapartida, as secretarias municipais de saúde devem desenvolver ações como busca ativa de casos novos, tratamento e acompanhamento de portadores da doença, prevenção de incapacidades e reabilitação e vigilância dos contatos no domicílio dos pacientes. A estratégia está inserida no programa do governo federal Brasil Sem Miséria.
Em setembro, será realizada a Semana Nacional de Mobilização contra a Hanseníase, quando ocorrerá o lançamento da campanha publicitária dirigida à população e profissionais de saúde. Nesta semana, todos os profissionais de saúde do SUS, em especial os agentes comunitários de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família, concentrarão esforços para diagnosticar e encaminhar casos novos e, ainda, examinar pessoas que possam ter contraído a doença por contato. Em paralelo, as ações de mobilização deverão promover mais conhecimento sobre a hanseníase, visando eliminar o preconceito e estigma relacionado à doença.
“É fundamental que todos os municípios brasileiros ofereçam o serviço de diagnóstico, tratamento e atenção integral às pessoas acometidas pela hanseníase. No último ano, conseguimos um aumento de 290 unidades de saúde aptas a oferecer assistência a portadores da doença, passando de 9.155 para 9.445 unidades”, afirma o secretário Jarbas Barbosa.
DOENÇA -A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde mais próximo.
É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam; mas, que causam a sensação de formigamento e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.
TRATAMENTO -Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses.
Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde.
APELO GLOBAL -Anualmente, a Fundação Sasakawa (The Nippon Foundation) coordena a assinatura, por líderes e organismos de expressão mundial, de um termo de compromisso denominado Apelo Global. O objetivo é fortalecer a defesa por um mundo sem hanseníase.
A Fundação, que também atua na campanha pela eliminação da hanseníase, é presidida pelo senhor Yohei Sasakawa, que desde 2001 é também Embaixador da Boa Vontade para a Eliminação da Hanseníase da Organização Mundial da Saúde. Personalidades como os Ex-Presidentes Jimmy Carter, Bill Clinton, Nelson Mandela e Luís Inácio Lula da Silva foram signatários do Apelo Global em anos anteriores.
Este ano, o Brasil será o país sede da assinatura do Apelo pelo fim do estigma e da discriminação contra as pessoas portadores da hanseníase. A cerimônia de assinatura será na próxima segunda-feira (30), na Associação Médica Brasileira, em São Paulo (SP).  Está prevista a participação do Embaixador Sasakawa; do coordenador-geral do Programa de Hanseníase da Organização Mundial da Saúde (OMS), Sumana Barua, e de representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, da Associação Paulista de Medicina (APM) e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

Por Rafaela Ribeiro, da Agência Saúde – Ascom/MS
61/3315-6246, 3315-3580 e 3315-2351

COMBATE AO DESPERDÍCIO

Saúde anuncia novas ações na gestão de hospitais federais do Rio
Ministro Alexandre Padilha suspende 37 contratos e cancela outros quatro após auditoria do Denasus e da CGU em 99 contrações firmadas de 2008 a 2010.
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (27) mais uma etapa da reestruturação dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Serão suspensos, a partir de publicação de portaria, 37 contratos de obras e engenharia nos hospitais Andaraí, Lagoa, Ipanema, Cardoso Fontes, Servidores do Estado e Bonsucesso. Também serão cancelados de imediato quatro contratos de locação de equipamentos de videocirurgia e endoscopias digestivas e respiratórias. A determinação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi anunciada em entrevista coletiva realizada em Brasília.

O Ministério da Saúde também decidiu iniciar novo processo licitatório para substituir 18 contratos de serviços continuados – vigilância, limpeza, lavanderia, alimentação e apoio administrativo. Grupo de Trabalho irá avaliar cada um destes itens. Caso a decisão seja pela rescisão ou mesmo pela nulidade, serão feitas seleções emergenciais até que o processo licitatório seja concluído.

A ação, realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União,  analisa um total de 99 contratos, firmados entre 2008 e 2010, sendo 30 de serviços continuados, 41 de insumos e medicamentos, 16 de aluguel de equipamentos e 12 de obras. As auditorias foram solicitadas pelo ministro da Saúde em abril do ano passado. Na mesma data, também foi pedido o acompanhamento do Ministério da Justiça.

As auditorias ainda não chegaram à sua conclusão final, mas as análises preliminares apontam para desperdício de recursos públicos, seja por deficiências de gestão, sem necessariamente indicar má fé, seja por indícios de irregularidades. Entre as suspeitas apontadas pelas auditorias estão formação de cartel entre fornecedores, direcionamento de licitações e sobrepreço.

“Apesar de as auditorias ainda não estarem concluídas - todos os hospitais têm até a próxima semana para apresentar os seus posicionamentos-, o Ministério da Saúde resolveu adotar medidas com o objetivo de evitar o desperdício de recursos públicos”, explicou Padilha.

Para revisar e adequar cada um destes contratos, conforme critérios de economicidade, eficiência e transparência, serão criados dois grupos de trabalho – um que analisará todas as obras; e outro que revisará a locação dos alugueis de equipamentos, a prestação de serviços e a aquisição de insumos hospitalares.

O trabalho de campo do Ministério da Saúde e da CGU foi realizado a partir de junho do ano passado. Os resultados parciais foram entregues em etapas, sendo que a última delas, a respeito de insumos e equipamentos, foi encaminhada ao ministério em dezembro.

Os processos em andamento ainda vão verificar as responsabilidades, além de dar suporte para adoção de providências, visando a recuperação dos pagamentos indevidos. Isso só será possível após a conclusão das auditorias.

O ministro Alexandre Padilha também anunciou a implementação de sistema informatizado online nos hospitais federais, capaz de registrar os estoques, controlar o almoxarifado e as farmácias, monitorar os atendimentos realizados e elaborar o prontuário eletrônico dos pacientes. O sistema também fará o rastreamento de insumos distribuídos, desde a hora da compra até o uso pelo paciente.

O sistema já está em funcionamento no hospital da Lagoa e começa a funcionar, ainda nesta semana, em Ipanema. O próximo será o Cardoso Fontes. Até o fim deste ano, todos estarão informatizados.

Também foi anunciada a instituição de programa permanente de avaliação da satisfação do usuário, que servirá de base para a elaboração de relatórios semestrais de avaliação da qualidade do atendimento.

COMBATE AO DESPERDÍCIO – O Ministério da Saúde vem adotando uma série de ações para aprimorar a gestão e otimizar o uso de recursos do SUS e a qualidade do atendimento à população. Medidas como compra centralizada de produtos estratégicos, negociação direta do ministério com fornecedores e adoção de bancos de preços internacionais geraram economia de R$ 1,7 bilhão nos gastos com a compra de medicamentos e insumos em 2011 em comparação a 2010.

No Rio de Janeiro, o Departamento de Gestão dos Hospitais Federais vem implantando medidas administrativas para aperfeiçoar a gestão dos hospitais e combater o desperdício. Exemplo disso foi a centralização da compra dos insumos estratégicos, antes adquiridos por cada hospital, com diminuição de R$ 40,4 milhões nos custos globais e redução média de 20% nos preços individuais. Para conter perdas, o sistema de controle dos estoques dos hospitais foi aperfeiçoado. O planejamento de aquisição de insumos e medicamentos foi refeito de forma a permitir uma melhora na avaliação das necessidades e dos procedimentos licitatórios.

Com a reestruturação administrativa, todas as licitações para aluguel de equipamentos, obras e serviços nos seis hospitais passam a ser centralizadas pelo Departamento de Gestão Hospitalar. Além de ganhar escala e poder de barganha, a unificação permite a uniformização das aquisições, ampliando a transparência e facilitando a fiscalização. 

TRANSIÇÃO – Com relação às medidas anunciadas nesta sexta-feira (27), o Ministério da Saúde tomou o cuidado de não suspender a locação de equipamentos essenciais para a manutenção da vida dos pacientes, como os usados para hemodiálise, anestesia e terapia intensiva.

Os contratos serão revistos pelo Grupo de Trabalho, que decidirá sobre o custo-benefício da substituição por equipamentos próprios ou pela manutenção do aluguel, em outro formato de contrato.

O grupo de gestão de engenharia clínica, que já existe, assumirá a nova tarefa de monitorar a qualidade e o funcionamento dos equipamentos de todos os hospitais.
É importante ressaltar, no entanto, que as ações anunciadas agora poderão afetar alguns serviços, principalmente os procedimentos eletivos, ou seja, aqueles que não são casos de urgência.

“O Ministério da Saúde pede a compreensão da população do Rio. Quero frisar que estas medidas são fundamentais para que possamos oferecer um serviço de mais qualidade com a correta aplicação de recursos públicos”, esclarece Padilha.
Por Juvenal Vicenzi e Milton Junior, da Agência Saúde.
(61) 3315-6258, 3315 3580 e 3315-2351

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mais de 370 serviços podem realizar a troca das próteses

No Sistema Único de Saúde, procedimento podeser feito em estabelecimentos que realizam cirurgias de média ou alta complexidade
Usuários do Sistema Único de Saúde(SUS)que possuírem implante mamário de silicone das marcas PIP (francesa) e Rofil (holandesa) e com recomendação médica para a realização de cirurgia reparadora de troca de prótese (s) podem procurar um dos 371 serviços de saúde habilitados em cirurgia reparadora pelo SUS.
A orientação do Ministério da Saúde é o que o procedimento de troca das próteses seja realizado, em princípio, pelo serviço de referência onde o implante inicial ocorreu e de acordo com as diretrizes técnicas definidas pelo Ministério na última semana.
 Em caráter excepcional, os pacientes que estiverem distantes do médico ou do estabelecimento que realizaram o implante poderão procurar um destes 371 serviços de saúde que oferecem cirurgia de média ou alta complexidade ou, ainda, qualquer unidade de saúde ou Centro de Especialidades do SUS mais próximo para a avaliação do implante e das condições de saúde do paciente e o devido encaminhamento à unidade que realizou o procedimento cirúrgico inicial.
 De acordo com as diretrizes técnicas  estabelecidas, todos os usuários do SUS – e também os da Saúde Suplementar – que possuírem implante mamário de silicone das marcas PIP ou Rofil e que apresentarem sinal ou confirmação de ruptura da (s) prótese (s) deverão ser acolhidos pela rede de assistência pública ou conveniada ao SUS como também pelas operadores de planos de saúde.

Saiba mais:
•Diretrizes orientam assistência no SUS e por planos de saúde
•SUS e planos atenderão pessoas que usam Rofil e PIP

Da Agência Saúde – Ascom (MS)
(61) 3315-3989 / 3580 / 2351

Ação contra obesidade infantil atingirá 50 mil escolas públicas

Ação contra obesidade infantil atingirá 50 mil escolas públicas
Ação contra obesidade infantil atingirá 50 mil escolas públicas
Tema foi escolhido para a primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que acontecerá em mais 2.200 municípios de 5 a 9 de março

O Ministério da Saúdeintensificará ações de promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade em escolas públicas do país. A iniciativa vai envolver 11 milhões de alunos com idade entre 5 a 19 anos, e faz parte da primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que acontecerá em março nos municípios(ver quantidade por estado no fim do texto)que fazem parte do Programa Saúde na Escola (PSE).

A medida foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante o programa de rádio Café com a Presidentadesta segunda-feira (23). Neste ano, mais de 50 mil escolas em 2.500 municípiosbrasileiros se comprometeram a implementar metas e ações de promoção, prevenção, educação e avaliação das condições de saúde das crianças e adolescentes nas escolas.

O tema de trabalho prioritário em 2012 será Prevenção da obesidade na infância e na adolescência. “Queremos, nessa semana, envolver também os pais para debater um problema que já afeta 1/5 da população infantil. Reduzindo a obesidade infantil, nós vamos prevenir outras doenças que podem ocorrer no futuro, como a hipertensão e a diabetes”.

OBESIDADE - Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. O índice de jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso passou de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009. No Programa Café com a Presidenta, Dilma Rousseff ressaltou a importância do envolvimento de todos na ação.

SAÚDE NAS ESCOLAS - As ações do Programa Saúde na Escola são desenvolvidas por equipes de Saúde da Família ligadas à Unidade de Saúde Básica (UBS), que se deslocarão até a escola para examinar as crianças e desenvolver práticas educativas de promoção, prevenção e avaliação das condições de saúde. “A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta”, explica a coordenadora do Programa Saúde da Família, Raquel Turci. Neste ano também serão programadas visitas da comunidade às Unidades Básicas de Saúde, ação prevista dentro da estratégia Saúde Mais Perto de Você.

INVESTIMENTO - O Ministério da Saúde autorizou em dezembro de 2011 o repasse de R$ 108 milhões referente aos 2.271 municípios que aderiram ao PSE no ano passado, sendo que R$ 65,7 serão destinados aos municípios que fazem parte do Mapa da Miséria. Outros 229 municípios aderiram ao programa neste ano e novos recursos serão repassados a partir de fevereiro. Os valores serãoliberados em duas etapas:na primeira,o município receberá no início de 2012 os 70% do valor acertado para implementar as ações. Os 30% restantes serão pagos em dezembro de 2012, após prestação de contas das ações em desenvolvimento.

O Programa Saúde na Escola é desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e Educação, desde 2007, com o objetivo de prevenir e promover a saúde dos educandos de 5 a 19 anos. A iniciativa foi integrada ao Programa Brasil sem Miséria, lançado pela Presidência da República em 2011.

Número de municípios que aderiram ao Programa Saúde na Escola:

 UF
 Nº municípios

DISTRITO FEDERAL
 DF
 1

GOIÁS
 GO
 99

MATO GROSSO DO SUL
 MS
 32

MATO GROSSO
 MT
 63

TOTAL CENTRO-OESTE
 195

ALAGOAS
 AL
 92

BAHIA
 BA
 218

CEARÁ
 CE
 149

MARANHÃO
 MA
 185

PARAÍBA
 PB
 181

PERNAMBUCO
 PE
 103

PIAUÍ
 PI
 131

RIO GRANDE DO NORTE
 RN
 149

SERGIPE
 SE
 58

TOTAL NORDESTE
 1266

ACRE
 AC
 14

AMAZONAS
 AM
 25

AMAPÁ
 AP
 2

PARA
 PA
 40

RONDONIA
 RO
 1

RORAÍMA
 RR
 2

TOCANTINS
 TO
 99

TOTAL NORTE
 183

ESPIRITO SANTO
 ES
 24

RIO DE JANEIRO
 RJ
 39

SÃO PAULO
 SP
 44

MINAS GERAIS
 MG
 305

TOTAL SUDESTE
 412

PARANÁ
 PR
 80

RIO GRANDE DO SUL
 RS
 58

SANTA CATARINA
 SC
 77

TOTAL SUL
 215

TOTAL GERAL
 2271


Foto capa: Bruno Spada / MDS



Por Paula Rosa, da Agência Saúde – Ascom/MS

(61) 3315-6260, 3315-2351 e 3315-3580



Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...