quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ministério da Saúde atualiza situação do vírus Chikungunya

Até o dia 11 deste mês, foram registrados 337 casos da doença no Brasil. O Ministério da Saúde intensificou as medidas de prevenção nas regiões com registro de casos de chikungunya
CASOS CONFIRMADOS
Até o dia 11 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 337 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).
Caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como: sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença. 

  • Número de casos importados, por unidade da federação notificadora
Estado de notificação
Números
Amazonas
1
Amapá
1
Ceará
4
Distrito Federal
2
Goiás
1
Maranhão
1
Pará
1
Paraná
2
Rio de Janeiro
3
Rio Grande do Sul
2
Roraima
3
São Paulo
17
Brasil
38

  • Número de casos autóctones, por unidade da federação
Estado
Números
Amapá
17
Bahia
281
Minas Gerais
1
Brasil
299

AÇÕES - 
Como parte das medidas para o combate à dengue e à febre Chikungunya, o Governo Federal, em parceria com estados e municípios, realiza até o final de outubro, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa ). O objetivo é identificar as larvas dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, onde estão os focos e os depósitos de água onde foi encontrado o maior número de focos de mosquito.
Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.
Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.
PREVENÇÃO - A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da febre são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.
DOENÇA NO MUNDO - De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente americano, onde ocorre transmissão de chikungunya, pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:
Por Carlos Américo, da Agência SaúdeAtendimento à Imprensa(61) 3315.3580 – 2577

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

TRANSPLANTES 56% das famílias brasileiras autorizam doação de órgãos

Dado inédito do Ministério da Saúde demonstra importância da família na hora da doação. Mais de 37 mil pessoas aguardam por um transplante no país.
O Ministério da Saúde quer aumentar a adesão das famílias brasileiras à doação de órgãos no país. Para tanto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou nesta quarta-feira (24), em Brasília, nova campanha publicitária de estímulo à doação, com foco na sensibilização das famílias sobre a importância da autorização para a retirada de órgãos, após a confirmação de óbito por uma equipe médica. Atualmente, 56% das famílias entrevistadas em situações de morte encefálica aceitam e autorizam a retirada de órgãos para a doação. Para o ministério, esse percentual pode ser ainda maior, permitindo a realização de mais transplantes.
O Brasil é o país latino-americano com maior percentual de aceitação familiar, ficando acima da Argentina (52,8%), Uruguai (52,6%) e Chile (51,1%). Os dados inéditos do Ministério da Saúde apontam para a importância da aceitação familiar na hora da doação. Em 2013, das 7.767 entrevistas realizadas com potenciais doadores 4.318 resultaram em uma resposta positiva da família. Por região, o percentual de aceitação das famílias foi de 68,7% no Norte, 55,9% no Centro-Oeste, 58,2% no Sul, 54,3% no Sudeste e 52,2% no Nordeste.
Com o slogan ‘’Seja doador de órgãos e avise sua família. Sua família é a sua voz”, a campanha é destinada, especialmente, aos familiares de pessoas que manifestaram em vida a vontade de ser um doador de órgãos. A iniciativa pode ampliar ainda mais a realização de cirurgias que salvam vidas e diminuem a permanência do paciente na lista de espera.
“Nós podemos dobrar o número de doadores se ampliarmos a adesão das famílias. Já chegamos a um patamar importante, mas é preciso avançar. Nós temos capacidade de diminuir ainda mais a lista de espera por transplantes, temos serviços estruturados em todo Brasil, com capacidade de fazer as cirurgias e de oferecer medicamentos. Temos serviços prontos e com qualidade, no entanto, precisamos aumentar a doação de órgãos. Por isso, dependemos da elevação da taxa de doações e do sim das famílias, em uma ação de solidariedade”, reforçou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante a solenidade de lançamento da nova campanha.
Levantamento do Ministério da Saúde demonstra que o Brasil reduziu a quantidade de pessoas que aguardam por um transplante de órgão, nos últimos cinco anos. De acordo com dados do primeiro semestre de 2014, 37.736 pessoas estão na lista de espera, contra 64.774 em 2008 – o que representa uma queda de 41,7%. Essa redução está associada ao aumento de doadores efetivos no país, que subiu de 1.350, em 2008, para 2.562, em 2013, representando crescimento de 89,7%.
No mesmo período, também houve crescimento do indicador de doador por milhão de habitante, passando de 5,8 para 13,4, representando incremento de 131%. “Tivemos um crescimento de 90% nos últimos cinco anos no número de doadores absolutos e com isso conseguimos reduzir muito a lista de espera. Em 2014, a expectativa é que o Brasil praticamente atinja a meta de 14 doadores por um milhão de habitantes – o colocará o país no mesmo patamar de outras nações que são referência na doação de órgãos”, ressaltou o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Heder Murari. 
No primeiro semestre de 2014, o país já realizou 11,4 mil transplantes. Desse total, foram 6,6 mil cirurgias de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas, rim/pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, o Brasil fechou o ano com 23.457 realizados, 11,5% a mais do que em 2010 (21.040).
O lançamento da campanha de estímulo à doação de órgãos e o balanço de transplantes foram divulgados nesta quarta-feira (24), no Memorial JK, em Brasília, durante solenidade que antecede o Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.
PARCERIA – Em 2013, o Ministério da Saúde firmou Acordo de Cooperação Técnica com as cinco maiores empresas aéreas do país, para efetuar o transporte de órgãos e tecidos, em todo território nacional. A partir da parceria, houve aumento de 136% na quantidade de voos que transportaram órgãos, equipes e insumos, passando de 2.568, em 2012, para 6.064, em 2013. Neste ano, já são 2.672 voos realizados, somente no primeiro semestre. Para ter ideia da evolução, comparada aos 67 voos realizados em 2000, a quantidade registrada em 2013 foi 90 vezes maior. 
REDE – O Brasil conta com uma rede integrada de serviços de transplantes em 26 estados e no Distrito Federal (DF), sendo 27 Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, além de câmaras técnicas nacionais, 481 Centros de Transplantes, 1.180 equipes de Transplantes e 67 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).
Para expandir a rede de atendimento em transplantes, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,4 bilhão em 2013. Esses recursos concentram-se na realização das cirurgias e em todo o processo que garante o sucesso do transplante, como incentivo à doação e captação de órgão, uma rede de informação bem articulada em todo o país, oferta de medicamentos, exames e acompanhamento dos pacientes.
Referência mundial no campo dos transplantes, o Brasil realiza 95% dos procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do maior sistema público de transplantes do mundo. Importante ressaltar que o país se destacou mundialmente em número e em qualidade de registro de doadores voluntários de medula óssea, passando de 30 mil doadores para 3,2 milhões de doadores nos últimos dez anos.
Em 2012, o MS liberou incentivos para hospitais que realizam transplantes, além do pagamento dos procedimentos. Com as novas regras, os hospitais que fazem quatro ou mais tipos de transplantes podem receber um incentivo de até 60%. Para os que fazem três tipos de transplantes, o recurso será de 50% a mais do que é pago atualmente. Nos casos das unidades que fazem dois ou apenas um tipo de transplante, será pago 40% e 30% acima do valor, respectivamente.
Desde 2003, o Ministério da Saúde investe em pesquisas envolvendo transplantes. Entre 2003 e 2013, o MS fomentou 29 pesquisas com seres humanos, totalizando um investimento de R$ 4,4 milhões.
CAMPANHA – A campanha publicitária com a mensagem-chave “Sua família é a sua voz” pretende sensibilizar as famílias e os doadores de órgãos quanto à importância do diálogo sobre esta decisão. Serão distribuídos 120 mil cartazes e 470 mil folders em companhias aéreas, postos de pedágio e na rede do Sistema Único de Saúde. Foram produzidos ainda uma peça para a TV com duração de um minuto – também com versão em 30 segundos – e três spots de 30 segundos para rádio. A campanha terá um ano de duração, com concentração entre os dias 24 e 27 de setembro, e tem o apoio dos veículos de comunicação.

Por Ubirajara Rodrigues, da Agência SaúdeAtendimento à Imprensa - (61) 3315 3580/3315 3713

Moradores dos Bairros Pires da Luz e Santa Rosa estão sorrindo melhor

Unidade Pires da LuzConsultório OdontológicoUsuária Pires da Luz Andréa

Começou a funcionar o consultório odontológico da Unidade Pires da Luz
Os moradores dos bairros Pires da Luz e Santa Rosa já podem contar com o atendimento próximo de suas casas para ter uma saúde bucal de qualidade! A Prefeitura de Ubá, através da Secretaria Municipal da Saúde, instalou mais um Consultório Odontológico na Unidade de Saúde do Bairro Pires da Luz.
Implantado em Julho de 2014, com equipamentos de excelente qualidade, o consultório está à disposição da população dos dois bairros diariamente, com atendimento nos turnos da manhã e da tarde. Os horários são agendados previamente na Unidade, diariamente são atendidos uma média de 9 usuários no consultório e 2 vezes por semana a Dentista, Dra. Flávia Maria da Costa, realiza um trabalho externo nas escolas, Escola Municipal Dr. Tânus Feres de Andrade – Curumim II, no Bairro Antonina Coelho e Escola Municipal Padre Joãozinho no mesmo bairro.
A moradora do Bairro Pires da Luz, Andréa José Teófilo, residente há 10 anos no Bairro, disse estar muito feliz com o atendimento recebido na Unidade para os filhos de 9 e 7 anos “o consultório aqui é excelente! Muito bom! Não poderia ser melhor! Antes eu tinha que buscar atendimento em outros lugares, agora é aqui na porta de casa ficou muito melhor!”.

por Assessoria de Comunicação da PMU

NASF atua positivamente e ajuda paciente a resgatar a autoestima

Grupo Nutricionista NASFSenhor Angelo Reis

Paciente obeso volta a fazer suas atividades ao seguir orientações do Núcleo
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF veio para dar suporte para a consolidação das ações de promoção e prevenção da saúde, já desempenhadas pelas Equipes de Estratégia de Saúde da Família - ESF. Em Ubá, a Prefeitura através da Secretaria Municipal da Saúde, implantou a primeira equipe de NASF (NASF I) em Agosto de 2013. Visando dar um maior suporte na prevenção e promoção da saúde fortalecendo as metas da Atenção Básica, sem desprezar a necessidade das ações curativistas e de reabilitação já realizadas.
Alguns pacientes viram suas vidas mudarem ao seguir as orientações do NASF, exemplo do senhor Ângelo Reis, que com as orientações da Nutricionista de um dos Núcleos deixou de pesar cerca 32 kg, em 5 meses, já que seguiu as orientações com atividade física, reeducação alimentar e hábitos saudáveis. Senhor Ângelo que no momento em que iniciou o tratamento pesava entorno de 153 kg, hoje se diz muito satisfeito com a atuação da equipe que o visitou em sua casa, pois o mesmo antes não conseguia nem se mover até a Unidade de Saúde. “O NASF me deu uma continuidade de vida melhor em todos os sentidos. O que eu posso dizer que a minha vida é outra! Hoje posso fazer caminhada, ando de ônibus e posso rever pessoas que há muito tempo não via por não conseguir sair de casa" disse feliz com a nova vida.
A atuação dos NASFs em Ubá
São realizadas ações em grupo de controle do tabagismo, orientações nutricionais, atividades físicas, orientações sobre doenças como Hipertensão e Diabetes, grupos de Gestantes, grupos de Saúde Mental e atividades de orientação nutricional e alimentar para crianças e adolescentes, inclusive em parcerias com as escolas. Além disso, as equipes realizam visitas domiciliares em caso de necessidade, como aconteceu com o Senhor Ângelo Reis.
Os Núcleos são compostos por Nutricionista, Psicólogos, Assistente Social, Fisioterapêutas, Farmacêutico, Fonoaudiólogos e atuam diariamente nas Unidades, com o objetivo de oferecer uma atenção básica mais próxima da integralidade e com uma maior resolutividade. Em Ubá, são 14 Unidades atendidas pelos 2 Núcleos, totalizando cerca de 60 mil pessoas assistidas pelo NASF. Os índices de redução na atenção secundária são notórios! Já este ano, algumas ações resultaram na redução no número de encaminhamentos aos serviços de atendimento especializado, o que automaticamente resulta em uma diminuição nas filas de espera, como ocorreu na redução de fila para atendimentos de fonoaudiologia onde 58 dos 83 casos que estavam na lista de espera foram solucionados e também a redução no número de encaminhamentos para psiquiatria aguardando atendimento.
 por Assessoria de Comunicação da PMU

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Comitê de Ética da OMS aprova uso de tratamentos experimentais contra ebola


Comitê de Ética da OMS aprova uso de tratamentos experimentais contra ebola
O Comitê de Ética da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira o uso de tratamentos experimentais nas vítimas do atual surto do ebola na África Ocidental, embora sua eficácia não tenha sido comprovada.
'Nas circunstâncias particulares deste surto e se forem cumpridas certas condições, o Comitê definiu que é ético oferecer intervenções cuja eficácia não está comprovada e com efeitos secundários ainda desconhecidos, como potencial tratamento ou prevenção', informou a OMS em nota.
A África Ocidental vivencia o maior, mais severo e complexo surto de ebola desde que a doença foi descoberta em 1976, com a grande maioria das vítimas registradas em três países: Guiné, Libéria e Serra Leoa, e com a atenção posta na evolução da situação na Nigéria, onde inúmeros casos foram confirmados.
Diante da gravidade do surto e da elevada taxa de mortalidade (em torno de 55%), as autoridades locais passaram a defender a utilização de tratamentos experimentais para deter a propagação da doença infecciosa, que causou mais de mil mortos nos quatro países citados.
A alarmante situação fez com que a OMS convocasse um grupo de especialistas em ética médica para analisar e se pronunciar sobre esta questão.
Em suas conclusões, os especialistas consideraram que as circunstâncias são excepcionais e que o uso de remédios que ainda estão em desenvolvimento nos laboratórios pode ser justificada, sempre e quando seguir critérios éticos.
Entre os mais essenciais estão 'a transparência sobre todos os aspectos' do tratamento, o 'consentimento informado' e com liberdade de escolha, o respeito da confidencialidade, a preservação da dignidade do afetado e o envolvimento da comunidade.
Um soro contra o ebola é usado desde a última semana em dois voluntários americanos que foram infectados na Libéria e, na sequência, foram repatriados aos EUA, que hoje anunciou que enviará ao país africano um número indeterminado de medicamentos experimentais.
No entanto, um terceiro paciente que era medicado com esse tratamento, um religioso espanhol, morreu hoje em Madri. Apesar disso, o governo da Libéria já antecipou que utilizará esse soro entre os médicos contaminados com o vírus do ebola.
Além das intervenções pontuais, o Comitê de Ética da OMS sustentou que existe a 'obrigação moral' de colher e compartilhar toda a informação científica em relação ao uso de fármacos em teste.
Após deliberar por teleconferência ontem, os analistas elaboraram e emitiram hoje sua declaração, que também assinala que existe o 'dever moral' de avaliar as intervenções que são realizadas com tais remédios - inclusive em tratamentos de modo preventivo - nos melhores testes clínicos possíveis.
Neste caso, a ideia era comprovar, de forma definitiva, sua segurança e eficácia ou, ao contrário, reunir evidências para deter seu uso.
Uma área que requer uma análise mais profunda, segundo os cientistas, é determinar o critério ético que deve guiar uma distribuição justa do remédio ou vacina entre as comunidades e países.
Em todos os casos, os analistas também advertem que a demanda gerada não poderá ser coberta, já que, embora haja vários experimentos sendo realizados com diferentes produtos contra o ebola, as mostras disponíveis são mínimas e não seriam suficientes.
O Comitê de Ética está composto por especialistas em medicina, biomedicina e outros ramos da ciência de uma dezena de países de todos os continentes.
Entenda a doença:
Tudo o que você precisa saber sobre a doença infecciosa mais mortal da atualidade (© REX Features)
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Conselheiros Municipais de Saúde da Região Participam de Capacitação

capacitação do conselho municipal da saúdecapacitação do conselho municipal da saúde

Os conselheiros municipais de saúde de Ubá e Região participaram, nos dias 25 e 26 de julho, do terceiro módulo de uma Capacitação ministrada pelo Conselho Estadual de Saúde, de Minas Gerais na sala de reuniões do 21° Batalhão da Polícia, em Ubá.
O evento foi organizado e promovido pelo Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, Conselho Municipal de Saúde de Ubá e Gerência Regional de Saúde de Ubá. Os dois módulos anteriores  aconteceram na Faculdade Governador Ozanan Coelho, com a inscrição de cerca de 100 participantes de variados segmentos, entre eles, usuários, gestores, trabalhadores de saúde, e prestadores de saúde que são conselheiros das cidades participantes e da Gerência Regional de Saúde dos 18 municípios da microrregião. Participaram ainda da capacitação, funcionários do Conselho Municipal de Saúde de Ubá, da Secretaria Municipal de Saúde de Ubá e da Gerência Regional de Saúde de Ubá.
Neste módulo, a Capacitação foi aplicada por facilitadores da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, Tales Couto, da Superintendência de Uberlândia e Heloísa Reis, da Gerência Regional de Saúde de São João Del Rei que juntamente aos facilitadores do Conselho Estadual, Neide Maria de Almeida, do Conselho Municipal de Pará de Minas, e Valdir Matos de Lima, do Conselho Municipal de Belo Horizonte, puderam discutir e trocar experiências sobre o Orçamento e Financiamento da Política Pública de Saúde e ações dos conselheiros participantes.
A presidente do Conselho Municipal de Ubá, Sandra Regina da Silva Kilesse, falou da importância da troca de experiências e conhecimento durante a Capacitação já que através de um pouco da informação de cada esfera podemos construir o fortalecimento.
O Diretor da Gerência Regional de Saúde de Ubá, Franklin Leandro Neto, mostrou-se satisfeito com o resultado dos módulos anteriores e julgou ser uma experiência extremamente exitosa.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ORTOPEDIA Into fortalece rede de ortopedia e traumatologia no país

Cooperação com estados prevê assessoria técnica e gerencial e o fornecimento de insumos estratégicos de média e alta complexidade
Uma equipe de especialistas em joelho e quadril do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) iniciou nesta segunda-feira (21) sua participação no mutirão de cirurgias ortopédicas realizado pelo Hospital da Baleia, em Belo Horizonte. O mutirão, que deverá realizar 40 cirurgias, seguirá até a sexta-feira (25) e faz parte de um termo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Além de Minas Gerais, os estados de São Paulo, Paraná e Acre também serão beneficiados com a cooperação técnica.
O termo de cooperação possibilita que o Instituto avance em seu compromisso de consultor técnico para a estruturação e o fortalecimento da rede de serviços de alta complexidade em ortopedia, traumatologia e reabilitação pós-operatória. Em Belo Horizonte, a formalização do termo de cooperação técnica, que tiveram suas ações iniciadas há três meses, permite que o Instituto preste assessoria técnica e gerencial ao Hospital da Baleia.
De acordo com o documento, caberá ao Into executar as ações assistenciais e cirúrgicas, além de prover insumos estratégicos necessários para os procedimentos de média e alta complexidade, como órteses, próteses e materiais especiais. “A equipe atuará em apoio aos médicos do Hospital da Baleia em um esforço concentrado para atender os pacientes e também promover o intercâmbio entre os profissionais de saúde, com a troca de experiências e de protocolos para utilização de materiais de alto custo utilizados nas cirurgias de próteses de quadril e joelho”, anuncia o diretor geral do Into, João Matheus Guimarães.
PARCERIAS - No Rio de Janeiro, a cooperação técnica com o Into desde 2010, quando foi formalizada com a Secretaria Estadual de Saúde a primeira assessoria técnica para o Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, no município de Paraíba do Sul.  Os estados de São Paulo, Paraná e Acre também serão beneficiados com a iniciativa e passam por processo de implantação, reformas e adequações dos serviços de referência em trauma e ortopedia, contando com consultoria do Into.
Em São Paulo, o acordo será firmado com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Prefeitura de São Paulo para apoio ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, em Jabaquara. No Paraná, a unidade beneficiada será o Hospital do Idoso Zilda Arns - em Curitiba -, e no Acre, a construção de um hospital está em andamento para oferecer atendimento em ortopedia e traumatologia à população local.

Atendimento à Imprensa
(21) 2134-5145

MAIS MÉDICOS Nota de esclarecimento sobre o Programa Mais Médicos

O Ministério da Saúde esclarece que a participação de profissionais cubanos no Programa Mais Médicos ocorre por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde, que é responsável pela interlocução com o governo de Cuba. Esses profissionais atuam no Brasil em modelo similar ao adotado em convênios com outros 63 países. Todos os acordos são coletivos e o pagamento dos médicos é feito pelo governo cubano. Não existem convênios internacionais disponíveis sem a intermediação de Cuba.
Com mais de 14,4 mil profissionais, o Mais Médicos atinge 50 milhões de brasileiros. Os médicos cubanos representam quase 80% do total de profissionais e mais de 2.700 cidades são atendidas exclusivamente por eles.
No Mais Médicos, a atuação dos estrangeiros está prioritariamente nas regiões de maior necessidade, como no interior e nas periferias, e nas Unidades Básicas de Saúde que não tinham médicos.
Os médicos estrangeiros que participam do Programa são formados por instituições reconhecidas por seus países e, especificamente sobre os cubanos, a maioria deles possui experiência em outras missões e são especialistas em saúde da família.
A submissão dos médicos estrangeiros ao exame de revalidação de diploma prejudicaria a fixação dos profissionais no interior e nas periferias, bem como a atuação exclusiva na atenção básica. Isso porque os profissionais aprovados pelo Revalida estão autorizados a exercer a medicina livremente, ou seja, concorrem com os profissionais brasileiros no mercado nacional e poderiam se fixar em qualquer região do país, nos serviços públicos ou privados. Dessa forma, pelo histórico de fixação dos médicos no Brasil, eles também se fixariam nos grandes centros urbanos e não nos locais de maior necessidade.
O Programa possui 14,4 mil médicos. Se inscreveram por adesão, 1.846 brasileiros e outros 1.187 médicos formados fora do Brasil, o que representa apenas 20% dos profissionais. somente dois médicos de nacionalidade cubana se inscreveram individualmente, representando menos de 0,01% da oferta. O acordo internacional supre 80% da ação. Portanto, se o programa contasse  apenas com inscrição individual de médicos, cerca de 40 milhões de brasileiros continuariam sem acesso à atenção médica.

sábado, 19 de julho de 2014

Fórum Interconselhos divulga manifesto em favor da Política Nacional de Participação Social MANIFESTO DE CONSELHEIROS NACIONAIS EM FAVOR DA POLÍTICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL (PNPS) DEFINIDA NO DECRETO PRESIDENCIAL 8.243/14.

Nós, conselheiros e conselheiras dos diversos Conselhos Nacionais – estes que, desde a década de 1930, têm contribuído para o aprimoramento e a inovação das políticas públicas do Estado brasileiro –, vimos a público manifestar nosso apoio às iniciativas contidas no Decreto 8.243/14, que estabelecem a Política Nacional de Participação Social, reforçando e ampliando a Participação Social como um Direito já assegurado na Constituição Brasileira. Neste sentido consideramos que as alegações de inconstitucionalidade, que estão sendo veiculadas não procedem e que as competências da Casa legislativa não estão compromentidas. Reconhecemos a independência dos Poderes assegurada também na Constituição e as atribuições próprias do Congresso.

        O decreto em questão simplesmente reconhece e organiza uma das virtudes menos conhecidas do modelo de desenvolvimento brasileiro, que permitiu os imensos ganhos civilizatórios que observamos desde a redemocratização: a Participação Social, definida nos termos da Constituição Federal de 1988 pelos mecanismos que hoje são reconhecidos pela PNPS, é a principal responsável pelos programas e sistemas componentes das Políticas Sociais.

        Por meio do trabalho dos Conselhos, Comissões e das Conferências Nacionais nasceram propostas de políticas públicas cruciais para o desenvolvimento nacional, cuja decisiva participação do Congresso Nacional fizeram concretizar exemplos reconhecidos mundialmente: o Sistema Único de Saúde; o Plano Brasil Sem Miséria; a Lei da Agricultura Familiar; a Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional; o Programa de Aquisição de Alimentos; a Lei da Alimentação Escolar; Lei Maria da Penha; o Sistema Único de Assistência Social; a Lei de Gestão de Florestas Públicas; o Estatuto do Idoso; o Estatuto das Cidades; Plano Nacional para o Desenvolvimento Rural Sustentável.

        Enquanto conselheiros nacionais, nosso trabalho está pautado no compromisso, na independência critica e na liberdade de formulação das políticas públicas, que nos são objeto de análise. Somos contrários a qualquer manifestação, de que nossa participação nestes mecanismos seja orientada por interesses distintos daqueles estabelecidos pela Constituição Cidadã. Nesse sentido, reafirmamos a importância do decreto presidencial que, sem impedir ou dificultar a atividade do Legislativo, busca fortalecer o artigo primeiro da Carta Magna, reconhecendo o exercício direto do poder que emana do povo como um complemento do exercício indireto da democracia, um complemento essencial, porém não concorrente.

        Na esperança de que o debate democrático e participativo e a ordem constitucional prevaleçam, subscrevemos.
 

ATENÇÃO À SAÚDE Saúde destina R$ 67,2 milhões para cirurgias eletivas




Procedimentos incluem cirurgias de catarata, tratamento de varizes e retirada de amígdalas. Recurso será repassado, em parcela única, para um conjunto de 285 municípios de 22 estados
O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 67,27 milhões para a realização de cirurgias eletivas, em todo o país. São cirurgias de média complexidade que podem ser agendadas com antecedência nos serviços de saúde, como catarata, tratamento de varizes e retirada de amígdalas. Ao todo, 285 municípios de 22 estados contarão com um reforço financeiro do governo federal para atender a população. A Portaria 1.467, que estabelece o recurso, foi publicada na sexta-feira (11), no Diário Oficial da União e já está em vigor.
Do total, R$ 24,68 milhões serão aplicados no Componente I das cirurgias eletivas, grupo no qual estão as cirurgias de catarata. Outros R$ 11,95 milhões vão financiar os procedimentos do Componente II, que incluem atendimentos das áreas de ortopedia, otorrinolaringologia, urologia, vasculares e oftalmologia. Além disso, R$ 30,63 milhões serão destinados ao Componente III - procedimentos eletivos definidos pelo gestor de saúde, conforme a necessidade da região. A Portaria do Ministério da Saúde estabelece que o recurso seja repassado por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC).
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explicou que o repasse vai contribuir para ampliar o acesso da população às cirurgias eletivas e reduzir o tempo de espera para a realização do procedimento. “Com o repasse desses recursos, estamos proporcionando uma melhor qualidade de vida às pessoas que esperam por esses procedimentos”, ressaltou o ministro. 
ATENDIMENTOS – De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2013, foram realizadas mais de 2,2 milhões de cirurgias eletivas no país, ao custo de R$ 1,2 bilhão. Deste valor, R$ 712,7 milhões foram transferidos para o Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade dos estados e municípios e R$ 498 milhões por meio do FAEC.
Por Ubirajara Rodrigues, da Agência SaúdeAtendimento à Imprensa - (61) 3315 3580/3315 3713

domingo, 16 de março de 2014

Odontologia Municipal oferece mais duas especialidades aos ubaenses


CEO Ceo aparelho

A Prefeitura de Ubá através do Centro Especializado Odontológico (CEO) da Secretaria Municipal de Saúde oferece aos ubaenses mais duas importantes especialidades para a saúde bucal: a instalação de Próteses Dentárias (Prótese Total - conhecida como dentadura e Prótese Parcial Removível) e a instalação e manutenção de Aparelho Ortopédico Fixo para crianças de 07 a 12 anos.
Iniciado em janeiro, o projeto para a instalação de próteses devolve a autoestima dos pacientes além de melhorar a saúde como um todo, pois restabelece a função mastigatória. O objetivo é atender, em média, 70 usuários por mês. Executada em parceria com o Governo Federal a ação já entregou as primeiras 70 próteses aos usuários, que são encaminhados ao CEO através das Unidades Básicas de Saúde e da Policlínica Odontológica.
Segundo Júlia Cristina de Abreu, usuária do CEO, “receber um serviço com tanta qualidade é maravilhoso. Como eu estou sendo beneficiada, outras pessoas também serão. Faço questão de falar com quem conheço que aqui é ótimo, os dentistas são muito bons, as atendentes nos tratam muito bem. Estou muito feliz com meu tratamento, nunca fui tão bem cuidada”.
Outra recente especialidade do CEO que é pioneira na região é a instalação e manutenção de Aparelho Ortopédico Fixo, que visa a correção de problemas como mordida aberta, mordida cruzada, entre outros. Iniciada em fevereiro deste ano, a ação atende inicialmente 250 crianças de 07 a 12 anos encaminhadas pelo Programa Saúde na Escola que atua tanto na Rede Municipal de Ensino quanto na Estadual.
Para Ana Amélia dos Santos Carneiro, mãe de Gabriel dos Santos Carneiro Ribeiro de apenas 07 anos, foi uma surpresa o convite para que o filho participasse do projeto. “Nunca tinha notado o problema da mordida do Gabriel. A Escola Municipal Irmã Ana Maria Teixeira Costa o encaminhou e a equipe do CEO entrou em contato comigo para que ele participasse. Fiquei muito feliz com o atendimento, os dentistas são ótimos, muito calmos e sabem cuidar com muito carinho das crianças. É muito bom ter este cuidado que recebemos, principalmente porque irá prevenir para que mais tarde ele não precise realizar outros tratamentos”, comentou ela.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Secretaria de Saúde realiza mutirão de Exame Preventivo


mutirão preventivo

Com o objetivo de facilitar o acesso das mulheres que estão impossibilitadas de realizar o exame Papanicolau durante os dias de semana, a Secretaria Municipal de Saúde realizará um mutirão de “Exame Preventivo do Câncer de Colo do Útero”. O mutirão acontecerá no próximo sábado, dia 15 de março, das 8 às 12h, na Policlínica Regional e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Peluso, Xangrilá e Pires da Luz.
O exame Papanicolau previne o câncer de colo uterino e deve ser realizado em todas as mulheres que têm vida sexual ativa, especialmente as que têm entre 25 e 64 anos, pelo menos uma vez ao ano.

Recomendações para a realização do exame
Marque o exame para, pelo menos, uma semana antes da menstruação. Evite realizar duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e relações sexuais três dias antes do exame.

Endereços do Exame:
- Policlínica Regional – Avenida Comendador Jacinto Soares Souza Lima
- UBS Peluso - Armando Moreira Mendes, 75, Peluso
- UBS Xangrilá – Rua Luiz Bigonha, 281, Louriçal
- UBS Pires da Luz – Rua Vereador João Gomes Pereira, S/N Q1, Pires da Luz
Para mais informações entre em contato com a Secretaria Municipal de Saúde: 3539-0101.

domingo, 9 de março de 2014

DST/AIDS e Dengue são temas de campanhas durante o carnaval

campanha dst/aids e dengue no calçadão

A Prefeitura de Ubá, através da Secretaria Municipal da Saúde está realizando mais uma campanha educativa e preventiva para as doenças sexualmente transmissíveis e para a dengue. No dia 27 de Fevereiro, de 18 às 24 horas, foi realizada uma mobilização no terminal rodoviário Deputado Felipe Balbi com a distribuição de folders educativos para a prevenção da dengue, da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis e foram distribuídos também, preservativos masculinos e femininos. A campanha teve continuidade no dia 28 de Fevereiro, no calçadão da Rua São José, de 8 às 12 horas e novamente no terminal rodoviário Deputado Felipe Balbi, de 18 às 24 horas.
Denise Lamas, coordenadora do Serviço de Apoio à DST/Aids informou que a campanha  tem por objetivo conscientizar a população para os riscos das doenças alertando sobre como preveni-las. A Secretaria da Saúde está disponibilizando exames gratuitos para a detecção do vírus hiv, bastando que a pessoa interessada preencha um cadastro e leve ao laboratório credenciado para a coleta de sangue. O município de Ubá disponibiliza para a população, consultas com infectologistas, distribuição de medicamentos específicos e de exames, acompanhamento de crianças e gestantes soropositivas, distribuição gratuita de preservativos e realização de palestras educativas para escolas, empresas e outras instituições.
A campanha DST/Aids está sendo realizada em todo o território nacional pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estdo da Saúde de Minas Gerais e do Sistema Único de Saúde, SUS.

Meninas de 11 a 13 anos serão vacinadas a partir desta segunda-feira (10). Vírus provoca câncer de útero e é transmitido por relação sexual.


A partir desta segunda-feira (10) o governo federal disponibiliza pela primeira vez uma vacina contra o vírus papiloma humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero, transmitido por relações sexuais. O público-alvo neste ano são as meninas com idade entre 11 e 13 anos.

A expectativa do Ministério da Saúde é aplicar as doses nas escolas, seja na rede pública ou privada. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, é importante que os pais e os educadores aproveitem a oportunidade para abordar temas como uso de preservativos, doenças sexualmente transmissíveis e outras questões relacionadas à educação sexual.
A vacinação será feita em três doses. A segunda ocorre seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos depois. Em 2015, o público-alvo serão as meninas de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, a ação ficará restrita às meninas de 9 anos. Até 2016, o objetivo do ministério é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de meninas de 9 a 13 anos no país. A vacina tem eficácia de 98,8% contra o câncer de colo do útero.
A psicóloga e terapeuta sexual, Paula de Montille Napolitano, diz que se o tema aparece na mídia e está sendo comentado, as crianças e adolescentes estão pensando algo, por isso é importante propor um debate. "Primeiro é importante saber o que eles dominam sobre o assunto, que geralmente é mais do que as pessoas imaginam. Para os pais, os filhos são sempre bebês. É necessário ouvir o que eles pensam, o que vai mudar a forma como o assunto vai ser abordado em função da idade", afirma Paula.
Segundo a psicóloga, com uma criança de 11 anos, por exemplo, não é possível aprofundar o assunto. "É importante falar que se a pessoa não tem uma relação sexual protegida com preservativo, pode contrair doenças, por isso é preciso se prevenir. E a vacina é uma prevenção para algo que pode acontecer no futuro, assim como as outras doenças."
A escola é um centro de formação para todas as áreas da vida, e se a vacina pode ajudar a combater o câncer, ela não pode ficar de fora"
Paula de Montille Napolitano, terapeuta sexual
Também é preciso haver um trabalho de esclarecimento e orientação aos pais. Material informativo impresso e palestras são formas de atingir esse público. "O fato de ter a vacinação vai fazer com que as escolas tenham de se preparar, criando a forma mais adequada de tratar o assunto. A escola é um centro de formação para todas as áreas da vida, e se a vacina pode ajudar a combater o câncer, ela não pode ficar de fora. Para formar um cidadão, a saúde é parte importante disso. Mas também é papel dos pais e do governo."
No vídeo ao lado, a Dra. Ana Escobar tira dúvidas sobre o HPV
Formas de abordagem
Independente da forma de falar sobre educação sexual, ela deve ser desprendida de preconceitos e tabus. Paula diz que, quanto maior de número de formas de trazer o assunto, no caso o HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis, seja com vídeo, atividades lúdicas e jogos, melhor a chance de sucesso. "Jogos de mitos e verdade e caixa de dúvidas anônimas para sentir de demandas são sugestões. A informação por si só é vaga, se não tiver conhecimento junto."
A naturalidade deve prevalecer, segundo Margareth Labate, sexóloga e psicanalista do Hospital das Clínicas. "O assunto deve ser abordado com naturalidade, assim como qualquer outro, sem preconceito e com preparo. A falta de orientação é muito mais prejudicial do que a informação e a orientação", diz Margareth.
O assunto deve ser abordado com naturalidade, assim como qualquer outro. A falta de orientação é muito mais prejudicial do que a informação e a orientação"
Margareth Labate, psicanalista
Pais e escola
Os doses das vacinas serão distribuídas aos estados que, por sua vez, repassam aos municípios. Oferecer ou não a vacinação nas escolas depende de parcerias com as secretarias de saúde e educação locais. Os pais que não autorizarem a vacinação nas filhas dentro das escolas, terão de assinar um termo de recusa e encaminhar à unidade.
Os especialistas combatem o pensamento de muitos pais que acreditam que a vacina pode despertar uma iniciação sexual precoce nas meninas. Para eles, trata-se de mais um mito e a lógica é justamente contrária. "Quando se entende que a vida sexual exige responsabilidade, faz com que o adolescente comece a pensar mais no assunto e a se perguntar se está preparado. A experiência e a pesquisa dizem que falar sobre o assunto, faz com que o jovem seja mais crítico e menos impulsivo", afirma Paula.
O ginecologista José Bento também concorda em que quando se aborda o assunto, de forma natural, a tendência é afastar mais do jovem de sua primeira relação sexual. "Quanto mais os pais falam de sexo com o adolescente, quanto mais o papo for aberto, mais a primeira relação é adiada. Quanto mais desconhecido, mais cedo vai procurar."
Vacina contra o HPV (Foto: TV Integração/Reprodução)Vacina contra o HPV (Foto: TV Integração/
Reprodução)
'Não dá para saber quem vai ter câncer'
Em 2011, 5.160 mulheres morreram em decorrência do câncer de colo de útero, o terceiro mais comum entre as brasileiras, atrás dos tumores de mama e colorretal. Segundo dados a Organização Mundial da Saúde (OMS), 290 milhões de mulheres no mundo têm HPV.
Para o ginecologista José Bento todas as mulheres deveriam ser vacinadas, já que as doses garantem 98% de eficácia contra o câncer de colo de útero. "É menos comum o vírus se manifestar. As mulheres acabam se curando espontaneamente. O problema é não saber quem vai ter ou não o câncer, que pode ser desenvolvido em um período de 8 a 12 anos [no caso das mulheres que contraíram o vírus]."
Uma vez infectada, a mulher precisa acompanhar, via exames, se o HPV desenvolveu lesões ou verrrugas na região genital. Quando isso ocorre, é necessário cauterizar com ácido, laser ou gelo. Se o vírus está 'dormindo' e não se manifestou, não há tratamento, neste caso é preciso cuidar do sistema imunológico. O HPV pode demorar até dois anos para sair do organismo, segundo o médico.
Arte HPV - vale este (Foto: G1)

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...