segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rede Cegonha é a principal estratégia para redução de mortes maternas


Ampliação do acesso e qualificação dos cuidados materno-infantil serão reforçados pelo governo federal. Brasil já avançou nas estatísticas: óbitos maternos reduziram 56% dos últimos 18 anos

No Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorado neste sábado (28), o Ministério da Saúde destaca a importância da estratégia Rede Cegonha, uma rede de cuidados materno-infantil, que prevê medidas de fortalecimento da rede de assistência e a progressiva redução da mortalidade materna. A estratégia é composta por um conjunto de ações que visam o atedimento adequado, seguro e humanizado para todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos 18 anos, o número de óbitos maternos caiu 56%.
“A ampliação do acesso aos cuidados hospitalares, com acompanhamento das mulheres antes, durante e após o parto é um dos fatores primordiais que levam à redução das mortes maternas”, explica o diretor do

Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Dario Pasche.
A Rede Cegonha prevê assistência integral às mulheres desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida. O governo investirá R$ 9,4 bilhões até 2014 para qualificar toda a rede de assistência obstétrica, bem como a infantil, numa atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher no SUS, com foco nas cerca de 61 milhões de brasileiras em idade fértil.

AVANÇOS - As mortes por complicações durante gravidez, parto e puerpério já vêm diminuindo no Brasil. Nos últimos 18 anos, houve redução de 56% de óbitos maternos. Além disso, entre 1990 a 2007, todas as causas específicas de morte materna diminuíram: por hipertensão 63%, hemorragia 58%, infecções puerperais 47%, por aborto 80% e por doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou puerpério 51%. Hoje, 98% dos partos no Brasil são realizados em hospitais e 89% por médicos.
“Com a Rede Cegonha, o objetivo é avançar ainda mais nesta estatística. Nos postos de saúde, será introduzido o teste rápido de gravidez. Confirmado o resultado positivo, será garantido um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A introdução do teste rápido, inclusive para detectar HIV e sífilis, também será novidade para reforçar o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento”, afirma Pasche.

REDE – A qualificação da atenção compreenderá a criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento das mulheres e reforço na rede hospitalar convencional, com o mote “Gestante não Peregrina”; ou seja, a garantia de sempre haver vaga para gestantes e recém-nascidos nas unidades de saúde.

Entre as novas estruturas estarão as Casas da Gestante e do Bebê, que dará acolhimento e assistência às gestantes de risco, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento. A rede hospitalar obstétrica de alto risco também será fortalecida, com ampliação progressiva da quantidade de leitos na rede SUS, de acordo com as necessidades apresentadas pelos municípios.

A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Serão capacitados os profissionais de saúde que atuam tanto na atenção primária como em serviços de urgências obstétricas.

ABRANGÊNCIA – O cronograma de implantação da rede prioriza as regiões da Amazônia Legal e Nordeste – que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil – e as regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes. As ações de saúde previstas na Rede Cegonha serão executadas pelos estados e municípios – na lógica da descentralização do SUS – que deverão aderir às estratégias nacionais para o recebimento dos recursos reservados pelo Ministério da Saúde.



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Glaucoma: SUS registra 3 milhões de atendimentos em mais de oito anos e investimento cresce 300 vezes


No dia nacional de combate à doença, governo comemora avanços na assistência gratuita a pacientes que, se não cuidados adequadamente, podem perder a visão
No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado nesta quinta-feira (26), o Brasil apresenta relevantes avanços na assistência aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com diagnóstico desta doença oftalmológica. De janeiro de 2003 ao último mês de março foram realizados, no SUS, mais de 3 milhões de atendimentos a pacientes com glaucoma, entre exames, consultas e cirurgias. Em oitos anos – de 2003 a 2010, a assistência para estes brasileiros cresceu 145 vezes, saltando de 10.150 procedimentos para 1.472.675. Em oito anos, o investimento do Ministério da Saúde, neste segmento, aumentou quase 300 vezes: passou de R$ 294 mil, em 2003, para R$ 87 milhões.

“Os dados são extraordinários e nos permite comprovar o esforço que o Ministério da Saúde vem fazendo para aumentar o acesso da população, como um todo, ao SUS”, comemora o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Imbuídos desse foco, de busca pelo acesso cada vez maior ao Sistema, é que trabalhamos sob a orientação da presidenta Dilma Rousseff, pela inclusão dos brasileiros e pela erradicação da miséria”, acrescenta o ministro.

Causada pela lesão do nervo óptico e relacionada à alta pressão do olho, o glaucoma pode causar sérias alterações no campo visual e até cegueira. De acordo com estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1% a 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma, que representa a segunda causa de cegueira no mundo e a terceira no Brasil. Doenças como diabetes, hereditariedade, miopia e lesões oculares são as principais causas do glaucoma.

ASSISTÊNCIA – Na rede pública de saúde, quase dois mil estabelecimentos prestam atendimento oftalmológico gratuito à população, incluindo a assistência para pacientes com glaucoma. Em todo país, 29.311 profissionais de saúde atuam área de Oftalmologia. Deste total, 14.398 trabalham no SUS, garantindo atendimento também a pacientes com diagnóstico de glaucoma.

Ao longo dos anos, foram introduzidas novas medidas de assistência aos pacientes com glaucoma na rede pública de saúde; desde a oferta de colírios até cirurgia, quando necessária. E, desde o ano passado, esse atendimento também é garantido por meio do Aqui Tem Farmácia Popular.

O medicamento maleato de timolol foi incluído na lista dos produtos do programa, desenvolvido em parceria com a rede privada de farmácias e drogarias, cuja oferta de medicamentos e outros produtos garante desconto de até 90% à população. Só nos últimos três meses, a oferta deste colírio aumentou 83,98% nas unidades credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular

PREVENÇÃO – Na rede pública de saúde, uma das principais estratégias de combate ao glaucoma é feito por meio de prevenção às doenças que causam o problema. As ações preventivas permitem a detecção precoce do glaucoma, o que contribuiu para o tratamento mais rápido e adequado.

“O SUS tem, de fato, o que comemorar. O atendimento e o acesso à saúde de muitos brasileiros foram bastante ampliados e os pacientes com glaucoma têm garantido a cobertura assistencial. Isso é muito positivo”, analisa Maria Inez Gadelha, coordenadora de Alta e Média Complexidade do Ministério da Saúde, que reforça a importância da prevenção. “As pessoas precisam estar atentas, buscando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para evitar repercussões graves da doença, como a cegueira”, disse.

SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA:
• Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver a doença.
• Os diabéticos e negros são mais propensos a desenvolverem glaucoma de ângulo aberto – em geral, este tipo de glaucoma não apresenta sintomas e o paciente não sente dor e perde lentamente a visão.
• Já os asiáticos têm maior tendência a desenvolverem glaucoma de ângulo fechado, forma da doença em que ocorre um rápido aumento da pressão do olho. Os sintomas podem incluir dores oculares e dores de cabeça intensas, olhos avermelhados.
• A prevalência de doenças oculares que levam ao comprometimento da visão cresce com o avanço da idade. As taxas maiores de cegueira e baixa visão são observadas com o aumento da vida média da população.
• Na população com mais de 50 anos de idade, as principais causas de cegueira são a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular (perda da visão no centro do campo visual, a mácula).


Por Izabel Bacelar, da Agência Saúde – Ascom/MS
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Saúde divulga resultados de sífilis e HIV em população indígena sexualmente ativa



 


 
Em três anos, projeto inédito testou 45 mil índios que vivem em aldeias (representando 54,7% da população indígena do Amazonas e Roraima). Meta é levar o teste para outras comunidades indígenas
Uma pesquisa baseada no uso inédito de uma tecnologia para testagem de Sífilis e HIV permitiu rastrear a prevalência dessas doenças na população indígena do Amazonas e Roraima. Antes, os pacientes precisavam ser removidos para as áreas urbanas. Agora, em 20 minutos, na própria aldeia é obtido o resultado – a mesma tecnologia será utilizada em gestantes em todo o país, por meio da Rede Cegonha (veja abaixo). Com o diagnóstico, foi possível o início imediato do tratamento para esses pacientes. A ação é uma parceria da secretarias Especial de Saúde Indígena (Sesai) e de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, da Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta (FUAM), da Fundação Bill & Melinda Gates e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados estão sendo apresentados durante o I Encontro de Participantes do Projeto de Teste Rápido nos dias 24 e 25 de maio, em Manaus.

De acordo com o secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, o projeto buscou vencer as barreiras geográficas para diagnóstico destes agravos. É a primeira vez que o teste rápido para sífilis é utilizado no país. “O sucesso desse trabalho só foi possível graças à parceria com as entidades envolvidas e os profissionais de saúde, que não mediram esforços para colher as amostras e tabular os dados com qualidade. As comunidades escolhidas estão em áreas de difícil acesso, com algum interelacionamento dentro e fora da comunidade”, destacou.  As áreas onde a sífilis apresentou maior prevalência foram na região do Alto Solimões e do Vale do Javari, localizadas na região da Tríplice Fronteira, situação de facilita o contato com não-indígenas.

Ainda de acordo com a pesquisa, fatores externos e internos foram apontados como causadores desta vulnerabilidade indígena. Entre os externos estão a ocupação ilegal de não indígenas, turismo e a presença de organizações não governamentais. Os fatores internos apontados pelos pesquisadores são o desconhecimento sobre DST/Aids, uso de álcool, presença de comunidades indígenas em centro urbanos, migrações, restrições de uso de preservativo e festividades com presença de não indígenas.

RESULTADOS - De acordo com o estudo, a prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi 1,43% - um índice considerado elevado pelos pesquisadores. A prevalência de HIV foi de 0,1% na população testada, baixa quando comparada a população geral do país (0.6%).  Em gestantes indígenas, o percentual de sífilis foi 1,03%  um pouco mais baixa que as taxas encontradas em gestantes que moram nos grandes centros urbanos (1,6%); já a prevalência de HIV foi de 0,08%.

Até o momento, foram testados 45.612 indígenas, acima de 10 anos de idade, o que representa 54,7% da população indígena de Amazonas e Roraima. No total, serão testados pelo projeto, 83.311 indígenas destes dois estados, atingindo 100% da população dos dois estados correspondendo a 195 etnias espalhadas em áreas indígenas. A intenção da Sesai é ampliar a testagem para outras comunidades indígenas do país ainda este ano, devido ao contato dos índios com os não-índios. A primeira etapa do projeto termina em 30 julho.

O PROJETO: Em 2008, a Fundação Bill e Melinda Gates financiou sete projetos em vários países para expandir o diagnóstico e tratamento da sífilis em populações vulneráveis. No mesmo ano, foi selada uma parceria com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais/SVS/MS para detecção de HIV e sífilis. O projeto enfocou as populações indígenas nos estados do Amazonas e Roraima. As áreas foram escolhidas por estarem em localidades remotas ou de difícil acesso, e englobam nove Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEIs): Alto Solimões (sede em Tabatinga), Alto Rio Negro (sede em São Gabriel da Cachoeira), Manaus, Parintins, Purus (sede em Lábrea), Médio Solimões (sede em Tefé), Vale do Javari (sede em Atalaia do Norte), Leste Roraima e Yanomami (ambos com sede em Boa Vista).

O Departamento de DST/Aids forneceu todos os testes rápidos de HIV utilizados no projeto. Coube a Sesai o treinamento dos 509 profissionais envolvidos, a realização dos testes nas comunidades, compilação e comunicação dos dados à FUAM, o fornecimento de penicilina para o tratamento da sífilis e os custos de transporte das equipes. A FUAM ficou responsável pelo fornecimento dos testes rápidos de sífilis (inéditos no país), a elaboração do projeto, a execução do controle de qualidade, a coordenação logística e o fornecimento de todos os outros insumos necessários para a realização da pesquisa. Além disso, houve um apoio Fundação Bill Gates que doou US$ 500 mil para a implementação do projeto.

REDE CEGONHA E TESTE SÍFILIS: A mesma tecnologia de testagem para sífilis será utilizada para gestantes em todo o país, por meio do Rede Cegonha. Em 2008, prevalência da sífilis foi de aproximadamente sete mil grávidas. Isso poderá evitar a transmissão da doença ao bebê (ou seja, a sífilis congênita, cuja taxa de incidência, em 2008, foi de 1,8 caso/mil nascidos vivos). A doença, quando não provoca a morte do bebê, pode causar problemas auditivos, visuais e neurológicos à criança. Toda a estratégia da Rede Cegonha prevê um investimento de R$ 9,4 bilhões até 2014. O objetivo é qualificar toda a rede de assistência obstétrica (às mulheres) – com foco na gravidez, no parto e pós-parto – como também infantil (às crianças) até o segundo ano de vida.
Por Valéria Amaral, da Agência Saúde.



Saúde amplia financiamento de laboratórios de prótese dentária

Estados e municípios terão recursos adicionais de R$ 7,8 milhões por ano
O Ministério da Saúde está ampliando o acesso da população às ações de reabilitação em saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, o governo federal reajustou o valor da prótese dentária (dentadura) de R$ 60,00 para R$ 100,00, um aumento de 66% pago por procedimento. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta semana.

O investimento adicional - R$ 7,8 milhões, por ano - ampliará o financiamento dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) implantados no país. Os recursos serão incorporados ao Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) dos 26 estados, Distrito Federal e municípios.

REFORÇO – Com a criação dos LRPD, em 2005, a rede pública de saúde passou a ofertar as próteses, ampliando a cobertura e o acesso aos serviços de saúde bucal. Atualmente, estão em funcionamento 677 unidades em todo o Brasil.

Para o coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, a ampliação deste tipo de atendimento é mais um passo no sentido de cumprir a meta do governo federal de universalizar o acesso às próteses dentárias no Brasil. “Esta medida amplia e potencializa a assistência em reabilitação dentária para os usuários do SUS”, destaca.

Valor total por estado
Estado
Valor anual (em R$)
AC
29.120,00
AL
57.520,00
AM
70.080,00
BA
292.160,00
CE
677.720,00
ES
52.640,00
GO
270.160,00
MA
138.760,00
MG
637.360,00
MS
173.080,00
MT
72.920,00
PA
300.200,00
PB
496.240,00
PE
192.440,00
PI
55.280,00
PR
1.363.680,00
RJ
273.920,00
RN
199.080,00
RS
118.880,00
SC
297.840,00
SP
1.977.040,00
TO
72.760,00
7.818.880,00


Agência Saúde - ASCOM/MS (61) 3315 6266/3580



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terça-feira, 24 de maio de 2011

Ministério recebe sugestões para a política de promoção da saúde do trabalhador do SUS


Interessados podem enviar contribuições até 20 de julho. As sugestões serão usadas na definição das diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde


O Ministério da Saúde lança a Consulta Pública n° 3/2011, com o objetivo colher sugestões para a elaboração das diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS. Qualquer pessoa ou organização interessada pode enviar contribuições ao texto, por meio de carta, telefone ou pela página de consultas do Ministério (Saiba mais abaixo, em ENVIE SUA SUGESTÃO)

Guilherme Franco Netto, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde (DSAST/SVS/MS), ressalta que o envio de sugestões por parte dos diversos setores da sociedade é essencial para a definição das diretrizes.

“A participação de trabalhadores da saúde, dos usuários, dos gestores, dos prestadores de serviços e da sociedade em geral é fundamental para a elaboração da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS. É essa participação que torna possível compreender e atender as necessidades e anseios reais da classe trabalhadora”, explica.

O objetivo da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS é promover melhorias nas condições de saúde do trabalho no setor, por meio do controle dos fatores de risco e da facilitação do acesso, por parte dos trabalhadores, aos serviços de atenção integral à saúde.

Entre as diretrizes já estabelecidas no documento estão promoção de políticas intersetoriais para a melhoria da qualidade de vida e redução da vulnerabilidade e riscos no ambiente de trabalho do SUS, promoção de processos de educação permanentes nos estabelecimentos de saúde, e incentivo ao desenvolvimento de pesquisas na área de Saúde do Trabalhador voltadas para o ambiente de trabalho no setor de saúde.
Acesse o documento em consulta: página 1 - página 2

ENVIE SUA SUGESTÃO

Por carta
Endereçada para Ministério da Saúde, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 7º andar, sala 751, Brasília-DF, CEP 70.058-900, com a indicação “Sugestões à minuta de portaria que institui as Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde”.

Por correio eletrônico
Para o endereço comitestsus@saude.gov.br, com a indicação “Sugestões à minuta de portaria que institui as Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde”.

Pelo site do Ministério da Saúde
Acesse http://www.saude.gov.br/consultapublica. Clique em Escolha da consulta, no topo da página. Depois, clique no botão Contribuir. Em seguida, será necessário fazer um cadastro no sistema de consultas. Feito isso, é só escolher a consulta com a descrição “Minuta de portaria que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS as Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS”, e digitar a sugestão.


Informações para a imprensa:
(61) 3315-3580/ 6258


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Acordo inédito beneficia países pobres em caso de pandemias de gripe

Indústria vai acelerar processo de transferência de tecnologia para produção de vacinas e doará 10% da produção para fundo estratégico da OMS
Pela primeira vez, os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram a um acordo sobre o compartilhamento de vírus e benefícios (medicamentos, kits diagnóstico e vacinas, entre outros insumos) decorrentes de uma pandemia de influenza – como a que ocorreu em 2009, causada pelo vírus A (H1N1). O principal ganho, para os países, será a possibilidade de ter acesso mais rápido produtos para a proteção de suas populações, como vacinas, que em geral são insumos de altíssimo custo.

Agora, em situações de pandemia, todas as amostras de secreção respiratória coletadas de pacientes com sintomas de gripe serão rastreadas pela rede internacional de laboratórios de referência para influenza. Isso dará mais velocidade ao processo de isolamento viral e produção de vacinas.

A aprovação ocorreu na Assembleia Mundial de Saúde, que aconteceu em Genebra, na Suíça. A diretora geral da OMS, Margaret Chan, agradeceu publicamente ao Brasil, pela contribuição no processo de discussão e aprovação do acordo, que levou quatro anos.

Em 2006, a Indonésia registrou casos de influenza aviária e precisou enviar amostras de vírus para um centro colaborador da OMS, na Austrália. Na ocasião, a Indonésia apresentou queixa formal à OMS, argumentando que, sem normas que regulassem o setor, os países com surtos de influenza não podiam usufruir de informações importantes sobre os vírus com a rapidez necessária para tomar decisões.

Na Assembleia Mundial da Saúde de 2009, durante a pandemia, o Brasil liderou grupo de países que defendiam que as inovações tecnológicas relativas à nova gripe deveriam ser públicas. Com apoio das delegações de dois continentes (Ásia e África), além do México e de países da América do Sul, o Brasil conseguiu aprovar resolução que recolocou o tema de compartilhamento de informações sobre a influenza A H1N1 e todas as novas gripes na agenda de debates em nível mundial.

A medida barrou a tentativa de um grupo de países de encerrar as negociações sobre o tema. A resolução pôs a OMS no papel de articuladora internacional para promover e facilitar o acesso a dados sobre o vírus, além de medicamentos, vacinas e insumos para diagnóstico.

DOAÇÃO DE VACINAS – Pelo acordo, a indústria fica obrigada a acelerar o processo de transferência de tecnologia de produção de vacinas para os países que têm capacidade de fabricar imunizantes. E também deverá doar 10% da produção para o fundo estratégico da OMS, usado para abastecer países com menos condições financeiras de adquirir vacinas.

Em 2009, durante a pandemia de gripe A H1N1, o México – país onde ocorreram os primeiros casos da nova doença – teve dificuldades em adquirir vacinas. Na época, muitos países ricos, principalmente da Europa, tinham feito compras prévias do produto, impedindo que algumas nações da América Latina, Ásia e África tivessem acesso à vacina.

“Época de crise não é época de lucro, é época de solidariedade, para garantir a proteção das pessoas e, consequentemente, a segurança sanitária dos países”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, na sessão de em que o acordo foi aprovado.

CENTRO COLABORADOR – Durante a Assembleia, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comunicou a intenção do Brasil de ser o primeiro país da América Latina a integrar a rede de centros colaboradores da OMS para influenza. Atualmente, existem 11 centros em nove países: Estados Unidos, Hong Kong, Reino Unido, Japão, Rússia, Índia, França, Austrália e China. A preparação do país começará ainda este ano e a previsão é de que o Brasil passe a integrar a rede até o fim de 2012.

É importante reforçar que o acordo aprovado na OMS aplica-se apenas em situações de pandemia, não tendo validade para os vírus sazonais. Dezenas de instituições públicas de diversos países fazem parte da rede global de vigilância da influenza. Este grupo de laboratórios coleta amostras de secreção respiratória de pacientes e envia à OMS informações sobre os tipos de vírus da gripe encontrados.

Com base nesses dados, a Organização informa aos países a composição da vacina contra a gripe sazonal, que sempre utiliza os três vírus que mais circulam em determinada parte do mundo. No Brasil, são três os laboratórios de referência: Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; Instituto Adolf Lutz, em São Paulo; e Instituto Evandro Chagas, no Pará. Uma dessas três instituições deverá ser o centro colaborador do Brasil junto à OMS.


Outras informações:
Atendimento à Imprensa
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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Balanço parcial da campanha contra a gripe mostra que 20 estados vacinaram mais de 70% do público alvo


Desses, sete superaram a meta de imunizar 80%. Ministério da Saúde recomenda aos demais manter as estratégias para atingir a cobertura vacinal

O balanço parcial da 13ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe mostra que mais de 21,7 milhões pessoas foram vacinadas em todo o Brasil. O número representa 72,73% do público alvo da campanha que é de aproximadamente 30 milhões de pessoas. Os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde até o final da tarde desta sexta-feira, 20 de maio. Até o momento, 20 estados vacinaram mais de 70% do público-alvo e sete estados já atingiram a meta.

Alagoas, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás atingiram a meta de vacinação. Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Tocantins, Rondônia, Bahia, Pará e Amapá ultrapassaram 70% de vacinados.

Por público prioritário, as coberturas, até as 17h desta sexta-feira, são de 79,64%, nos trabalhadores de saúde, e de 77,99% nas crianças de 6 meses a menores de 2 anos. Em seguida vinham pessoas com 60 anos e mais (75,22%), indígenas (49,34%) e gestantes (47,95%).

O Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que não atingiram as metas continuar a vacinação até chegar ao percentual de 80%. Cabe aos gestores locais de saúde definir as estratégias locais para prorrogar a campanha, com base nas coberturas vacinais de cada grupo prioritário.

Nos locais onde a campanha for adiada, as pessoas dos grupos prioritários devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como o endereço e o horário de funcionamento.

Estados e municípios vão continuar alimentando o sistema de informações do Ministério da Saúde com o número de doses aplicadas, por público-alvo. Um novo balanço deverá ser divulgado na próxima semana.

Clique aqui para ver os resultados por UF

Comparação com anos anteriores
Considerando os dados do último dia de campanha nacional, esta cobertura de 60,24% é a segundo melhor dos últimos cinco anos. Em 2008, o percentual foi de 65,35%. Em 2010, 54,81%; em 2009, 56,47%; em 2007, 47,68%; e em 2006, 53,35%. Nesses anos, vale ressaltar, apenas idosos e indígenas foram vacinados.

Nos últimos cinco anos, depois que estados e municípios finalizaram suas estratégias locais e concluíram a alimentação do banco de dados do Ministério, o balanço final mostrou as seguintes coberturas:

2006 – 85,73%
2007 – 75,99%
2008 – 75,06%
2009 – 82,77%
2010 – 79,07%

Público ampliado
Este ano, pela primeira vez, foram incluídos no público alvo da campanha as gestantes (em qualquer fase da gravidez), as crianças de 6 meses a menores de 2 anos (1 ano, 11 meses e 29 dias) e os trabalhadores de saúde. Até o ano passado, a campanha era voltada para idosos (pessoas com 60 anos e mais) e indígenas, que continuam entre os grupos prioritários.

Promovida por todo o Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo Ministério, Secretarias Estaduais e Municipais, a campanha distribuiu 32,7 milhões de doses, para todos os estados e municípios. A vacinação ocorreu em mais de 33 mil postos de todo o país e mobilizou 240 mil profissionais de saúde. A vacina protege contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul em 2010, entre eles o da influenza A (H1N1).

Contraindicações
As únicas contraindicações são para pessoas com alergia severa à proteína do ovo ou a doses anteriores da vacina contra a gripe. Essas pessoas não devem se vacinar. Para pessoas que apresentam doenças agudas febris moderadas ou graves no momento da vacinação, recomenda-se que a vacinação seja adiada até a resolução do quadro.

Uma doença febril e aguda não representa uma contraindicação, mas é recomendável o adiamento para evitar que as manifestações clínicas da doença sejam, de maneira equivocada, associadas à vacina, como um possível efeito adverso. Na dúvida, um médico deve ser consultado.

Outras formas de prevenir a gripe
Manter hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal se estiver com sintomas de gripe – febre, tosse, coriza, dor de cabeça e dor no corpo (músculos e articulações).

Detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe

IDOSOS
As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dessas infecções.
Desde 1999, a vacinação desse grupo vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações, além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

GESTANTES
Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação. Se a grávida tiver alguma dúvida, deve consultar o médico.

Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.

Durante a pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% estavam gestantes.

CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS
Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida.

Por isso, os pais ou responsáveis devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre 6 meses e dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias).

As crianças nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre as doses. Por isso, os pais ou responsáveis devem buscar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.

Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de 2 anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.

INDÍGENAS
A população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde. Por isso, o grupo é vacinado desde a primeira Campanha Nacional, em 1999.

A vacinação dos indígenas é indiscriminada, a partir dos seis meses de idade.

TRABALHADORES DE SAÚDE A vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde. Com os profissionais protegidos, estará assegurado o atendimento da população.

É importante reforçar que a vacina não está disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser priorizadas para aqueles que atuam no atendimento e investigação de casos de infecções respiratórias. São aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.

Esse grupo inclui os trabalhadores:
Da atenção básica (Estratégia Saúde da Família, agente de controle de endemias).
Dos serviços de média e alta complexidade (pronto-socorros, Unidades de Pronto Atendimento/UPA, hospitais de pequeno, médio e grande porte)
Que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratórios.

Assim, devem ser vacinados: Médicos e equipes de enfermagem que atuam em pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia intensiva.

Recepcionistas, pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, maqueiros, equipes de laboratório e de vigilância epidemiológica.

Pessoas que atuam no controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos e fronteiras. É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus locais de trabalho e na Secretaria de Saúde do seu município ou estado.

Por Rafaela Ribeiro, da Agência Saúde – ASCOM/ MS
(61) 3315-6246/6256

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saúde e Correios começam em Manaus projeto piloto para reforçar ações contra a dengue

Além de entregar correspondências, carteiros vão orientar a população sobre a doença. Parceria entre Ministério da Saúde e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos poderá ser levada a outros municípios com alto risco de epidemia
A luta contra a dengue ganhou hoje (18/5) o reforço dos profissionais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que trabalham em Manaus. Graças a uma parceria com o Ministério da Saúde, os carteiros da capital do Amazonas vão orientar a população sobre os cuidados a serem adotados contra a doença.

Todos os carteiros de Manaus foram capacitados e vão auxiliar no trabalho de conscientização e de sensibilização dos moradores quanto à necessidade de se eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. São 568 carteiros responsáveis pelo trabalho nas ruas. Eles vão distribuir, junto com as correspondências, 150 mil panfletos que reforçam os cuidados para evitar a dengue, explicam como reconhecer os sintomas e orientam a procurar imediatamente os serviços de saúde aos primeiros sinais da doença.

Durante a execução do projeto-piloto, cartazes produzidos pelo Ministério da Saúde serão fixados em pontos visíveis nas 32 agências e nos dois prédios administrativos dos Correios em Manaus. A cada dois meses, esses edifícios serão visitados por agentes comunitários de saúde do município.

Depois da fase experimental, a ação será avaliada para possível expansão a outros municípios com alto risco de epidemia no Brasil. Para o Ministério da Saúde, a parceria com a ECT é estratégica. Além de ser reconhecida pelos brasileiros como uma das instituições mais confiáveis, os Correios têm acesso a uma parcela significativa da população. Em Manaus, são 1.802.535 habitantes e, por dia, aproximadamente 141 mil imóveis são visitados pelos carteiros.

ESFORÇO CONJUNTO – O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, explica que a capacitação das equipes ficou a cargo da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM). O objetivo foi sensibilizar carteiros e gestores da ECT sobre a dengue, explicando que o controle da doença não envolve apenas ações do setor Saúde, mas iniciativas de toda a sociedade.

“Reforçamos o papel dos Correios como importantes mobilizadores sociais, pois a instituição, por meio dos seus profissionais, tem um contato direto com a população. Enfatizamos, também, as informações sobre prevenção e controle do Aedes aegypti e sobre sinais de alarme da doença, além de incentivar a eliminação de focos do mosquito dos prédios dos Correios”, detalhou Giovanini, que participa do lançamento do projeto em Manaus.

Para o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, a participação dos Correios na campanha de combate à dengue fortalece o papel da entidade de agente de integração nacional. “Os carteiros, nossos principais representantes perante a população, possuem alto grau de confiabilidade e se constituem, neste momento, num poderoso contingente na luta contra a dengue”, destacou Wagner Pinheiro. “O alcance destes agentes multiplicadores é muito grande e esperamos, por meio do seu engajamento, contribuir para os resultados positivos de mais esta importante iniciativa do Governo Federal”, acrescentou o presidente da ECT.

DENGUE EM MANAUS – De acordo com o último levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, em 6 de abril, o Amazonas registrou, no primeiro trimestre deste ano, 36.841 notificações de dengue, 407 casos graves e 12 óbitos confirmados da doença. Quase 80% dos registros foram em Manaus (29.318 do total de notificações) – o município com o maior número de casos no país.

Além disso, a capital amazonense já integrava a lista de 70 municípios prioritários para o combate à doença (com risco muito alto, alto e moderado de enfrentarem epidemia), conforme anúncio feito ainda em janeiro pelo Ministério da Saúde. Por esses fatores, Manaus foi escolhida para o lançamento do projeto piloto, em parceria com os Correios e apoio das Secretarias de Saúde do Estado do Amazonas e do Município de Manaus.

SERVIÇO:
Lançamento da parceria entre Ministério da Saúde e Correios para o reforço das ações de combate à dengue

Data: Quarta-feira, 18/05
Hora: 10h30, no horário local do Amazonas (11h30 em Brasília)
Onde: Agência dos Correios Monsenhor Coutinho – Praça do Congresso, Centro, Manaus (AM)

Outras informações:
Atendimento à Imprensa

- Ministério da Saúde: (61) 3315-6258/6246/3580
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: (61) 3426-2042


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Acesso à saúde deve estar no cerne das políticas públicas, destacam países da iniciativa 'Política Externa e Saúde Global'

Ministros ressaltaram que saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social - e não apenas a ausência de doença ou enfermidade
Os ministros da saúde dos países que compõem a iniciativa “Política Externa e Saúde Global” – Brasil, França, Indonésia, Noruega, Senegal, África do Sul e Tailândia – defenderam, em reunião ocorrida durante a 64ª Assembleia Mundial da Saúde, a importância de que a saúde esteja no centro de todas as políticas públicas.

Em comunicado conjunto, os ministros ressaltaram que o acesso a medicamentos é componente essencial do direito fundamental de todo ser humano ao mais alto padrão possível de saúde e lembraram que a saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social - e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Confira abaixo o comunicado conjunto:

Comunicado Conjunto
Café da manhã dos ministros da Saúde da iniciativa "Política Externa e Saúde Global" Genebra, 17 de maio de 2011

Os Ministros da Saúde da Iniciativa “Política Externa e Saúde Global” (FPGH, sigla em inglês) - formada por Brasil, França, Indonésia, Noruega, Senegal, África do Sul e Tailândia - reuniram-se hoje à margem da 64 ª Assembleia Mundial da Saúde. Ressaltaram a necessidade de assegurar que a saúde esteja no cerne de todas as políticas e, neste contexto, destacaram a ligação estratégica entre saúde e política externa na agenda internacional.

Os Ministros referiram-se à Declaração Ministerial "FPGH: respondendo aos novos desafios e estabelecendo prioridades para o futuro: a Declaração Ministerial de Oslo, três anos depois e adiante" emitida pelos Chanceleres em Nova York (setembro de 2010) e às resoluções 63/33, 64/108 e 65/95 da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre "Saúde Global e Política Externa" como passos importantes no sentido de assegurar que a política externa contribua positivamente para objetivos globais da saúde.

Os Ministros saudaram a recente conclusão do Marco Multilateral sobre o tema. Consideraram-no exemplo concreto e positivo do vínculo entre política externa e saúde global. Os Ministros concordaram em que o Marco Multilateral contribuirá para uma resposta mais coordenada, abrangente e justa no enfrentamento de pandemias futuras, conduzindo a um mundo mais saudável e seguro para todos.

Reconheceram a importância de se documentar o impacto das ações de política externa em matéria de saúde e saudaram o projeto de pesquisa conjunta sobre "Política externa como parte dos desafios da saúde global", lançado pelo grupo. Os Ministros expressaram preocupação com a situação atual da OMS, que requer liderança firme e corajosa da Diretora-Geral. Manifestaram total empenho em apoiá-la na implementação de reformas que permitam à OMS atuar como líder na saúde global. Os Ministros destacaram a necessidade de os Estados-Membros analisarem formas e meios para garantir um financiamento adequado e previsível para a OMS. Concordaram em que o relatório da Diretora-Geral, intitulado "OMS: reformas para um futuro saudável", constitui boa base para discussão e decidiram trabalhar coletivamente no fornecimento de orientações para um programa de reforma.

Os Ministros salientaram os resultados positivos da Primeira Conferência Ministerial Global sobre Estilos de Vida Saudáveis e Controle de Doenças Não Transmissíveis (Moscou, 28-29/04/2011) com vistas a preparar a “Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis" (Nova York, 19-20/09/2011). Concordaram sobre a importância de vincular o resultado da reunião sobre Doenças Não Transmissíveis com a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre 19 e 21 de outubro de 2011.

Ao lembrar que o Programa de Ação de Oslo identifica a resposta ao HIV/AIDS como prioridade, destacaram a importância da próxima "Cúpula de Alto Nível sobre HIV/AIDS" (Nova York, junho de 2011), confirmando o compromisso político e a responsabilidade compartilhada em torno de uma resposta global continuada. Os Ministros reiteraram que a luta contra o HIV/AIDS deve ser tratada a partir de uma perspectiva ampla, que inclua prevenção, tratamento, cuidados e apoio, bem como promoção e proteção dos direitos humanos, em especial políticas de combate à discriminação e à estigmatização. A necessidade de estratégias de prevenção dirigidas a mulheres e meninas - incluindo a prevenção da transmissão materno-infantil e direitos e serviços reprodutivos - foi sublinhada. Reafirmaram também seu apoio à Estratégia da OMS 2011-2015 para HIV/AIDS.

Além disso, os Ministros manifestaram apreço pela "Estratégia Global da ONU para a Saúde da Mulher e da Criança” e apoio ao relatório da ‘Comissão de Informação e Responsabilidade para Saúde da Mulher e da Criança’. Reconheceram a importância dos mecanismos de financiamento inovadores, tais como UNITAID, GAVI e Fundo Global de Combate à AIDS, tuberculose e malária - cujo 4º. Fórum de Parceria será realizado em São Paulo (28-30/06/2011).

Os Ministros reconheceram o crescimento mundial do apoio à cobertura universal de saúde, como refletido no Relatório Mundial da Saúde 2010. Saudaram a Conferência Global sobre Cobertura Universal de Saúde, durante a Conferência Prêmio Príncipe Mahidol 2012, em Bangkok. Os Ministros comprometeram-se a continuar defendendo coletivamente a cobertura universal de saúde nos níveis nacional, regional e global, destacando sua importância para a obtenção dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio relacionados à saúde.

Os Ministros ressaltaram que o acesso a medicamentos é componente essencial do direito fundamental de todo ser humano ao mais alto padrão possível de saúde e lembraram que a saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social - e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.

Finalmente, os Ministros foram convidados pelo Ministro da Saúde do Brasil para a "Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde" no Rio de Janeiro, de 19 a 21 de outubro de 2011. Os Ministros saudaram a oportunidade de compartilhar experiências e conhecimentos técnicos nesta área. Manifestaram expectativa de que o evento catalise apoio político para que políticas nacionais tratem dos determinantes sociais da saúde com vistas a reduzir desigualdades nesta área. Manifestaram a expectativa de se reunir novamente, juntamente com os Ministros das Relações Exteriores, à margem da Conferência no Rio.


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Padilha discursa na Assembleia da OMS e defende o acesso à saúde para erradicar a miséria

Ministro da Saúde reforça o compromisso brasileiro com a redução das doenças crônicas e enfatiza importância da saúde para erradicar a miséria

Padilha discursa na Assembleia Mundial da Saúde
Em seu discurso na 64ª Assembléia Mundial de Saúde na manhã desta segunda-feira (16), em Genebra, Suíça, o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, colocou o acesso à saúde como um dos pilares do governo brasileiro para o desenvolvimento do país e a erradicação da extrema pobreza. Padilha reforçou o compromisso do Brasil em fortalecer a política de prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, que atingem com mais vigor as populações pobres e são responsáveis por 72% dos óbitos no país.

“Nosso pacto mundial contra as doenças crônicas não transmissíveis deve incluir, necessariamente, equidade no acesso a prevenção e a tratamento”, afirmou Alexandre Padilha, que destacou a experiência brasileira e mundial na luta contra as doenças negligenciadas. “Não podemos esquecer as lições aprendidas e inaugurar uma era de pessoas que sofrem com doenças que dispomos de conhecimento para enfrentá-las.”

A redução das doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, é o tema central da 64ª Assembléia Mundial de Saúde. O encontro reúne ministros da Saúde ou representantes do setor de 193 países, e segue até o dia 24 de maio.

O ministro Alexandre Padilha destacou, ainda, a importância da indústria dos genéricos, que ajudaram a ampliar o acesso a medicamentos nos países em desenvolvimento; e a necessidade da adoção de mecanismos intergovernamentais para o enfrentamento das pandemias de Influenza. Segundo ele, o reforço da interface entre a política externa e de saúde global, a exemplo do enfrentamento da pandemia da influenza A H1N1, é fundamental, mas ainda é preciso avançar no estabelecimento de ações conjuntas entre os governos.

DOENÇAS CRÔNICAS – O Brasil será sede de um importante encontro para o avanço das discussões para a redução de doenças crônicas, entre outros problemas de saúde que atingem parcelas mais pobres ou excluídas da sociedade: a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais de Saúde, que será realizada no Rio de Janeiro em outubro.

O Ministério da Saúde do Brasil prepara um plano para o enfrentamento das doenças crônicas. Neste ano, já foram implantadas medidas como a oferta gratuita de medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes nas farmácias credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular e a criação das Academias da Saúde, que ofertarão infraestrutura para prática de atividades físicas.

Também nesta frente, foi fechado acordo com as associações de produtores de alimentos processados para redução gradual de sódio em 16 categorias de alimentos, começando pelas massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. Com a medida, o Brasil quer alcançar a meta de consumo de sal estipulada pela OMS até 2020 – que é de menos de 5 gramas por dia.

ESTRATÉGIAS GLOBAIS - As DCNTs são responsáveis por uma série de agravos na população mundial, como infarto e acidentes vasculares cerebrais. Na Assembléia Mundial de Saúde, Padilha colocou a troca de experiência entre os países como uma forma de avançar nas políticas nacionais e, sobretudo, nas políticas globais. O Brasil, por exemplo, vive uma epidemia de acidentes com moto e anunciou, na semana passada, um pacto nacional para redução de acidentes no trânsito. “O mundo precisa reforçar a educação no trânsito e melhorar o amparo das leis”, destacou.

A definição de estratégias globais representou avanços no Brasil. Segundo o ministro, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, traçados pela ONU, ajudaram na definição de prioridades no país e resultou em avanços na saúde da mulher e da criança.

De acordo com o ministro Alexandre Padilha, para que o acesso à saúde seja universal, é preciso ainda avançar nas discussões em três importantes esferas: financiamento, incorporação de tecnologia e acesso a medicamentos. “O Brasil defende o acesso universal à saúde, e acolhe as diferentes soluções com o intuito de defender e promover os sistemas universais de saúde”, disse.

Confira a íntegra do discurso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na Assembleia Mundial da Saúde.

Por Camila Rabelo, da Agência Saúde

Outras informações
Atendimento à Imprensa
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Farmácia Popular: cinco novos medicamentos são ofertados nas unidades próprias do programa


População passa a ter acesso à losartana, loratadina, fluoxetina, clonazepan e alendronato de sódio nas 547 unidades administradas pelo governo federal

A lista de itens ofertados pelo Programa Farmácia Popular do Brasil cresceu de 108 para 113. A partir desta semana, as 547 unidades próprias (administradas pelo Governo Federal) passaram a oferecer cinco novos medicamentos: losartana potássica (contra hipertensão arterial), loratadina (antialérgico), fluoxetina (antidepressivo), clonazepan (ansiolítico) e alendronato de sódio (osteoporose). O losartana potássica será gratuito, ao lado dos outros 12 medicamentos para hipertensão e diabetes que, desde fevereiro, integram a ação Saúde Não Tem Preço. Os outros quatro itens terão 90% de desconto.

“Este é um avanço importante do Programa Farmácia Popular: os cinco medicamentos incorporados tratam doenças crônicas, que acometem grande parcela da população. Ao facilitar o acesso a esses medicamentos, o governo federal espera proporcionar uma maior qualidade de vida às pessoas”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Atualmente, as unidades próprias estão presentes em 431 municípios brasileiros. O Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 pelo governo federal para oferecer à população mais uma forma de obtenção de medicamentos, além dos 560 tipos oferecidos gratuitamente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O Farmácia Popular foi estendido à rede privada de farmácias e drogarias em 2006, recebendo a denominação “Aqui Tem Farmácia Popular”, onde são ofertados 25 itens. Este programa já conta com 15.326 estabelecimentos credenciados em 2,5 mil municípios.

AVANÇO – Um novo balanço realizado para o Aqui Tem Farmácia Popular aponta um crescimento de 105% do programa desde fevereiro, quando foi lançado o Saúde Não Tem Preço, até o momento. Nos três primeiros meses da ação, o número de autorizações (venda e oferta gratuita de todos os 25 itens) pelo programa subiu para 8,5 milhões. Em novembro de 2010, três meses antes do início da ação, a oferta estava em 4,1 milhões. Só a saída de medicamentos para hipertensão aumentou 136%, passando de 2 milhões no trimestre anterior ao início do Saúde Não Tem Preço para 4,9 milhões no trimestre posterior ao lançamento da ação. No caso dos medicamentos para diabetes, o salto foi de 93%, subindo de 979,2 mil para 1,8 milhões.


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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brasil é referência na assistência a soropositivos, diz diretor-executivo do Fundo Global para Aids


Michel Kazatchkine elogiou modelo brasileiro de distribuição de medicamentos e humanização do atendimento
A atuação do Brasil na luta contra a Aids é fundamental para o fortalecimento das ações em todo o mundo, avalia o diretor-executivo do Fundo Global para Aids, Malária e Tuberculose, Michel Kazatchkine. Em encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Genebra, no último domingo (15), Kazatchkine elogiou o modelo brasileiro de assistência aos soropositivos e destacou o papel brasileiro como referência internacional no desenvolvimento de políticas para o setor.

Segundo Kazatchkine, o Brasil tem desenvolvido políticas eficientes de distribuição de medicamentos e de atendimento humanizado aos pacientes diagnosticados com a doença que servem de modelo para outros países. “O Brasil tem três importantes eventos esportivos em sua agenda próxima – a Copa do Mundo, a Copa das Confederações e as Olimpíadas – e essa é uma oportunidade para o país dar mais visibilidade ao tratamento do soropositivo”, sugeriu Kazatchkine.

O ministro Alexandre Padilha, que está em Genebra participando da 64ª Assembléia Mundial da Saúde, se comprometeu em manter a prevenção e o combate à Aids entre as prioridades do setor no país. “A política brasileira é pioneira e referência no mundo por instituir assistência integral ao paciente. Vamos permanecer nessa linha de frente”, destacou.

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL – A cada ano, o Brasil registra, em média, 35 mil casos de aids. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços de diagnóstico – incluindo o aconselhamento ante e após o teste -, atendimento médico e acesso gratuito aos medicamentos, além do financiamento de ações de vigilância e prevenção nos estados, com investimentos anuais de cerca de R$ 1,2 bilhão ao ano. Atualmente, 210 mil pessoas estão em tratamento na rede pública.

Dos 20 medicamentos oferecidos gratuitamente, 10 são produzidos no país como parte da política do governo federal de fortalecimento da indústria nacional. Com o conhecimento adquirido, o Brasil mantém cooperações internacionais no setor, principalmente com países do hemisfério Sul. Um dos destaques é a implantação de uma fábrica de antirretrovirais em Moçambique, na África.

Outra referência importante são as campanhas anuais de prevenção da doença, geralmente lançadas durante o carnaval. Este ano, a campanha foi voltada a mulheres jovens, de 15 a 24 anos, com foco no estímulo ao uso do preservativo pelo parceiro. Uma das metas da mobilização era sensibilizar a geração que não conviveu com os primeiros anos da doença para a importância do sexo seguro.

Por Camila Rabelo, da Agência Saúde

Atendimento à Imprensa (61) 3315 3580 e 3315 6263


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Ministério da Saúde divulga balanço parcial da vacinação contra gripe

Estados e municípios que não atingiram meta de 80% do público alvo devem prorrogar a vacinação

A 13ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe terminou nesta sexta-feira, 13 de maio, e um balanço preliminar, com dados repassados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde até as 18h, informa 18.028.230 pessoas vacinadas. O número representa 60,24% do público-alvo, que é de aproximadamente 30 milhões de pessoas. A meta é vacinar 80% desse grupo, o equivalente a 24 milhões de pessoas.

Por público prioritário, as maiores coberturas, até as 18h desta sexta-feira, foram de 65,04%, nas crianças de 6 meses a menores de 2 anos, e de 63% nas pessoas com 60 anos e mais. Em seguida, vinham trabalhadores de saúde (60,6%), gestantes (39,47%) e indígenas (38,07%).

O Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que não atingiram as metas continuar a vacinação até chegar ao percentual de 80%. Cabe aos gestores locais de saúde definir as estratégias locais para prorrogar a campanha, com base nas coberturas vacinais de cada grupo prioritário.

Nos locais onde a campanha for adiada, as pessoas dos grupos prioritários devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como o endereço e o horário de funcionamento.

Estados e municípios vão continuar alimentando o sistema de informações do Ministério da Saúde com o número de doses aplicadas, por público-alvo. Um novo balanço deverá ser divulgado na próxima semana.

Clique aqui para ver os resultados por UF


Comparação com anos anteriores

Considerando os dados do último dia de campanha nacional, esta cobertura de 60,24% é a segundo melhor dos últimos cinco anos. Em 2008, o percentual foi de 65,35%. Em 2010, 54,81%; em 2009, 56,47%; em 2007, 47,68%; e em 2006, 53,35%. Nesses anos, vale ressaltar, apenas idosos e indígenas foram vacinados.

Nos últimos cinco anos, depois que estados e municípios finalizaram suas estratégias locais e concluíram a alimentação do banco de dados do Ministério, o balanço final mostrou as seguintes coberturas:

2006 – 85,73%
2007 – 75,99%
2008 – 75,06%
2009 – 82,77%
2010 – 79,07%

Público ampliado

Este ano, pela primeira vez, foram incluídos no público alvo da campanha as gestantes (em qualquer fase da gravidez), as crianças de 6 meses a menores de 2 anos (1 ano, 11 meses e 29 dias) e os trabalhadores de saúde. Até o ano passado, a campanha era voltada para idosos (pessoas com 60 anos e mais) e indígenas, que continuam entre os grupos prioritários.

Promovida por todo o Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo Ministério, Secretarias Estaduais e Municipais, a campanha distribuiu 32,7 milhões de doses, para todos os estados e municípios. A vacinação ocorreu em mais de 33 mil postos de todo o país e mobilizou 240 mil profissionais de saúde. A vacina protege contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul em 2010, entre eles o da influenza A (H1N1).

Contraindicações

As únicas contraindicações são para pessoas com alergia severa à proteína do ovo ou a doses anteriores da vacina contra a gripe. Essas pessoas não devem se vacinar. Para pessoas que apresentam doenças agudas febris moderadas ou graves no momento da vacinação, recomenda-se que a vacinação seja adiada até a resolução do quadro.

Uma doença febril e aguda não representa uma contraindicação, mas é recomendável o adiamento para evitar que as manifestações clínicas da doença sejam, de maneira equivocada, associadas à vacina, como um possível efeito adverso. Na dúvida, um médico deve ser consultado.

Outras formas de prevenir a gripe

Manter hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal se estiver com sintomas de gripe – febre, tosse, coriza, dor de cabeça e dor no corpo (músculos e articulações).

Detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe

IDOSOS

As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dessas infecções.

Desde 1999, a vacinação desse grupo vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações, além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

GESTANTES

Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação. Se a grávida tiver alguma dúvida, deve consultar o médico.

Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.

Durante a pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% estavam gestantes.

CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS

Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida.

Por isso, os pais ou responsáveis devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre 6 meses e dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias).

As crianças nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre as doses. Por isso, os pais ou responsáveis devem buscar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.

Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de 2 anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.

INDÍGENAS

A população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde. Por isso, o grupo é vacinado desde a primeira Campanha Nacional, em 1999.

A vacinação dos indígenas é indiscriminada, a partir dos seis meses de idade.

TRABALHADORES DE SAÚDE

A vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde. Com os profissionais protegidos, estará assegurado o atendimento da população.

É importante reforçar que a vacina não está disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser priorizadas para aqueles que atuam no atendimento e investigação de casos de infecções respiratórias. São aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.

Esse grupo inclui os trabalhadores:

I. Da atenção básica (Estratégia Saúde da Família, agente de controle de endemias).

II. Dos serviços de média e alta complexidade (pronto-socorros, Unidades de Pronto Atendimento/UPA, hospitais de pequeno, médio e grande porte).
III. Que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratórios.

Assim, devem ser vacinados:

a) Médicos e equipes de enfermagem que atuam em pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia intensiva.
b) Recepcionistas, pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, maqueiros, equipes de laboratório e de vigilância epidemiológica.
c) Pessoas que atuam no controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos e fronteiras. É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus locais de trabalho e na Secretaria de Saúde do seu município ou estado.


Por Rafaela Ribeiro, da Agência Saúde – ASCOM/MS
(61) 3315-6246/6256

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Última semana para se vacinar contra gripe

População alvo tem até o próximo dia 13 para se vacinar em um dos 33 mil postos de todo o país

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe entra na sua última semana. A população tem até a próxima sexta-feira, dia 13 de maio, para procurar o posto de saúde mais próximo para se vacinar.
Até esta data, pessoas com 60 anos ou mais e gestantes em qualquer período da gravidez devem procurar um dos 33 mil postos de vacinação do país. Pais ou responsáveis devem levar crianças de seis meses a menores de dois anos (1 ano 11 meses e 29 dias) para se vacinar.

No caso dos indígenas, outro público-alvo da campanha, a vacinação ocorre nas aldeias onde vivem. A campanha também é destinada aos trabalhadores de serviços de saúde, que devem seguir as recomendações das Secretarias Estaduais e Municipais.

BALANÇO PARCIAL – Até as 12h desta segunda-feira (09), 12.704.814 pessoas se vacinaram, em todo o Brasil, de acordo com informações encaminhadas ao Ministério da Saúde pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O número representa 42,4% de toda a população alvo, de aproximadamente 30 milhões de pessoas.

A meta é vacinar 80% dessa população – o que representa cerca de 24 milhões de pessoas. Portanto, os 12,7 milhões de vacinados representam mais da metade da meta.

Até este horário, as maiores coberturas estavam entre as crianças de seis meses a menores de dois anos, com 47,5% da população desse grupo vacinados; e idosos com 60 anos e mais, com 44,8%. Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura estava em 38,9%.

Gestantes (28,6%) e indígenas (21,3%) tinham as coberturas mais baixas, até o meio dia desta segunda-feira. No caso das grávidas, deve-se considerar que o cálculo é feito com base no número de nascimentos durante todo o ano. Por isso, é preciso levar em conta as gestantes que deram à luz nos primeiros meses do ano, antes da vacinação, e as que vão engravidar após a Campanha.

Em relação aos indígenas que vivem em aldeias, deve-se considerar o fato de que eles habitam áreas remotas, de difícil acesso. Por isso, os dados só são inseridos no sistema de informações depois que as equipes voltam das aldeias.

Clique aqui para ver os resultados por unidade da federação

Grupos prioritários são os mais vulneráveis

Mesmo com essas ressalvas, é fundamental que todas as pessoas do público alvo sejam vacinadas, pois elas são mais vulneráveis às complicações causadas pela gripe. Neste caso, a principal forma de prevenção é a vacinação. As pessoas devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como o endereço e o horário de funcionamento.

Autoridades locais de saúde também devem avaliar a necessidade de reforçar os pontos de vacinação, com postos volantes. Durante a campanha, são mobilizados mais de 240 mil profissionais de saúde no país. Promovida por todo o Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo Ministério, Secretarias Estaduais e Municipais, a campanha distribuiu 32,7 milhões de doses, para todos os estados e municípios brasileiros. A vacina protege contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul em 2010, entre eles o da influenza A (H1N1).

Contraindicações: alergia à proteína do ovo e a doses anteriores

As únicas contraindicações são para pessoas com alergia severa à proteína do ovo ou a doses anteriores da vacina contra a gripe. Essas pessoas não devem se vacinar. Para pessoas que apresentam doenças agudas febris moderadas ou graves no momento da vacinação, recomenda-se que a vacinação seja adiada até a resolução do quadro.

Uma doença febril e aguda não representa uma contraindicação, mas é recomendável o adiamento para evitar que as manifestações clínicas da doença sejam, de maneira equivocada, associadas à vacina, como um possível efeito adverso. Na dúvida, um médico deve ser consultado.

Outra forma de prevenir a gripe é manter hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal se estiver com sintomas de gripe – febre, tosse, coriza, dor de cabeça e dor no corpo (músculos e articulações).

Detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe

Realizada desde 1999, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe era direcionada, até o ano passado, aos idosos e indígenas. Este ano, pela primeira vez, foram incluídos três novos grupos: crianças (6 meses a menores de dois anos), mulheres grávidas em qualquer fase da gestação e trabalhadores dos serviços de saúde. Veja abaixo o detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe.

IDOSOS
As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dessas infecções.

Desde 1999, a vacinação desse grupo vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações, além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

GESTANTES

Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a OMS.

A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação. Se a grávida tiver alguma dúvida, deve consultar o médico.

Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.

Durante a pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% estavam gestantes.

CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS
Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida.

Por isso, os pais ou responsáveis devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre 6 meses e dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias).

As crianças nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre as doses. Por isso, os pais ou responsáveis devem buscar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.

Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de 2 anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.

INDÍGENAS
A população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde.

Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde.
Por isso, o grupo é vacinado desde a primeira Campanha Nacional, em 1999.

A vacinação dos indígenas é indiscriminada, a partir dos seis meses de idade.

TRABALHADORES DE SAÚDE
A vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde. Com os profissionais protegidos, estará assegurado o atendimento da população.

É importante reforçar que a vacina não está disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser priorizadas para aqueles que atuam no atendimento e investigação de casos de infecções respiratórias. São aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.

Esse grupo inclui os trabalhadores:
I. Da atenção básica (Estratégia Saúde da Família, agente de controle de endemias).
II. Dos serviços de média e alta complexidade (pronto-socorros, Unidades de Pronto Atendimento/UPA, hospitais de pequeno, médio e grande porte).
III. Que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratórios.

Assim, devem ser vacinados:
a) Médicos e equipes de enfermagem que atuam em pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia intensiva.
b) Recepcionistas, pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, maqueiros, equipes de laboratório e de vigilância epidemiológica.
c) Pessoas que atuam no controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos e fronteiras. É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus locais de trabalho e na Secretaria de Saúde do seu município ou estado.


Por Rafaela Ribeiro, da Agência Saúde - Ascom/ MS
(61) 3315 6246 / 3580


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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Gripe: mais de 12 milhões de pessoas já se vacinaram

Número representa 40% do público-alvo e a meta é chegar a 80% desse grupo. Vacinação vai até 13 de maio, em 33 mil postos de todo o país
Novo balanço parcial da 13ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe mostra que 12 milhões de pessoas se vacinaram, em todo o Brasil, até as 15h30 desta sexta-feira (06) – de acordo com informações das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O número representa 50% da meta – que é vacinar 24 milhões de pessoas até 13 de maio, quando termina a campanha.

Até esta data, pessoas com 60 anos ou mais e gestantes em qualquer período da gravidez devem procurar um dos 33 mil postos de vacinação do país. Pais ou responsáveis também levar crianças de seis meses a menores de dois anos (1 ano 11 meses e 29 dias) para se vacinar.

No caso dos indígenas, outro público-alvo da campanha, a vacinação ocorre nas aldeias onde vivem. A vacinação também é destinada aos trabalhadores de serviços de saúde, que devem seguir as recomendações das Secretarias Estaduais e Municipais.

As pessoas devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como o endereço e o horário de funcionamento. Durante a campanha, são mobilizados mais de 240 mil profissionais de saúde no país.

Promovida por todo o Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo Ministério, Secretarias Estaduais e Municipais, a campanha utilizará 32,7 milhões de doses, para todos os estados e municípios brasileiros. A vacina protege contra os três principais vírus que circularam no hemisfério Sul em 2010, entre eles o da influenza A (H1N1).

CONTRAINDICAÇÕES – A única contraindicação é para pessoas com alergia severa à proteína do ovo ou a doses anteriores da vacina contra a gripe. Essas pessoas não devem se vacinar. Para pessoas que apresentam doenças agudas febris moderadas ou graves no momento da vacinação, recomenda-se que a vacinação seja adiada até a resolução do quadro.

Uma doença febril e aguda não representa uma contraindicação, mas é recomendável o adiamento para evitar que as manifestações clínicas da doença sejam, de maneira equivocada, associadas à vacina, como um possível efeito adverso. Na dúvida, um médico deve ser consultado.

Outra forma de prevenir a gripe é manter hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal se estiver com sintomas de gripe – febre, tosse, coriza, dor de cabeça e dor no corpo (músculos e articulações).

PÚBLICO ALVO – Realizada desde 1999, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe era direcionada, até o ano passado, aos idosos e indígenas. Este ano, pela primeira vez, foram incluídos três novos grupos: crianças (6 meses a menores de dois anos), mulheres grávidas em qualquer fase da gestação e trabalhadores dos serviços de saúde. Veja abaixo o detalhamento dos grupos prioritários para vacinação contra gripe.

IDOSOS • As infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas à população com 60 anos e mais, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dessas infecções.
• Desde 1999, a vacinação desse grupo vem contribuindo para prevenir a doença e suas complicações, além de causar impacto considerável: queda de 45% no número de hospitalizações por pneumonias e redução de 60% na mortalidade entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos.

GESTANTES
• Não há nenhuma contraindicação à vacinação de gestantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

• A vacina é segura e está indicada para todas as grávidas, independentemente do período de gestação. Se a grávida tiver alguma dúvida, deve consultar o médico.
• Além disso, não há evidências científicas de que a vacina possa causar dano ao feto, afetar a capacidade reprodutiva da mulher ou provocar aborto.
• Durante a pandemia de gripe A (H1N1), em 2009, as grávidas foram um dos grupos mais afetados. Entre as mulheres em idade fértil que apresentaram quadros graves de doença respiratória causada pelo vírus H1N1, 22% estavam gestantes.

CRIANÇAS DE 6 MESES A MENOS DE 2 ANOS
• Menores de 6 meses de idade não devem tomar a vacina porque não há estudos que comprovem a qualidade da resposta imunológica, ou seja, a proteção não é garantida.
• Por isso, os pais ou responsáveis devem levar aos postos de vacinação crianças que tenham entre 6 meses e dois anos incompletos (1 ano, 11 meses e 29 dias).
• As crianças nessa faixa etária deverão receber duas meias doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre as doses. Por isso, os pais ou responsáveis devem buscar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal.
• Assim como nos idosos, as infecções respiratórias constituem um conjunto de doenças comumente relacionadas às crianças menores de 2 anos, sendo o vírus da influenza responsável por 75% dos casos.

INDÍGENAS • A população indígena que vive em aldeias é sempre considerada grupo prioritário na prevenção de qualquer doença respiratória, seguindo recomendação da OMS.
• Isso decorre da maior vulnerabilidade biológica deles a essas doenças e à dificuldade de acesso a unidades de saúde.
• Por isso, o grupo é vacinado desde a primeira Campanha Nacional, em 1999.
• A vacinação dos indígenas é indiscriminada, a partir dos seis meses de idade.

TRABALHADORES DE SAÚDE • A vacinação desse grupo garante o funcionamento dos serviços de saúde. Com os profissionais protegidos, estará assegurado o atendimento da população.
• É importante reforçar que a vacina não está disponível para todo e qualquer profissional de saúde, devendo ser priorizadas para aqueles que atuam no atendimento e investigação de casos de infecções respiratórias. São aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de se infectar com os vírus causadores da influenza.
• Esse grupo inclui os trabalhadores:

I. Da atenção básica (Estratégia Saúde da Família, agente de controle de endemias).
II. Dos serviços de média e alta complexidade (pronto-socorros, Unidades de Pronto Atendimento/UPA, hospitais de pequeno, médio e grande porte).
III. Que atuam na vigilância epidemiológica, especialmente na investigação de casos e em laboratórios.

Assim, devem ser vacinados:

a) Médicos e equipes de enfermagem que atuam em pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia intensiva.
b) Recepcionistas, pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, maqueiros, equipes de laboratório e de vigilância epidemiológica.
c) Pessoas que atuam no controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos e fronteiras.

• É importante que todos os trabalhadores busquem informação nos seus locais de trabalho e na Secretaria de Saúde do seu município ou estado.

Rafaela Ribeiro, da Agência Saúde – ASCOM/MS (61) 3315-3580/6246

Risco de contrair tuberculose pode ser 70 vezes maior entre a população de rua

O tema será discutido por gestores e parceiros em Porto Alegre a partir de hoje

A alta incidência de tuberculose entre pessoas que vivem nas ruas dos grandes centros urbanos é o foco da Oficina Regional Sul de Tuberculose e População em Situação de Rua, que será realizada hoje (5) e amanhã (6), a partir das 9h, no City Hotel Porto Alegre, na capital gaúcha. Estudos realizados no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre apontam taxas de incidências de tuberculose de 1.576 casos por 100 mil habitantes a 2.750/100 mil entre pessoas que vivem nas ruas. Na população geral, a taxa é de 38 por 100 mil habitantes. Isso significa que a incidência de casos de tuberculose na população de rua pode ser até 70 vezes maior em relação à média nacional.

Outro estudo, realizado recentemente em parceria pelos Programas de Controle da Tuberculose do estado (PCT-RJ) e do município (PMCT RJ), com recursos do Projeto Fundo Global TB – Brasil, detectou taxa incidência de 1.839 casos por 100 mil entre moradores da cidade do Rio de Janeiro. Tomando por base a taxa da população geral (38/100 mil), o dado representa incidência 48 vezes maior do que a média no país.
Diante desse cenário, o objetivo da oficina em Porto Alegre é mobilizar gestores e sociedade civil para a criação de um fluxo de trabalho que reduza os obstáculos existentes no atendimento prestado a esta população no Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos problemas relacionados ao atendimento do morador de rua nos serviços de saúde é o preconceito, grande impeditivo ao seu acolhimento no SUS. Por isso a necessidade de articular nos municípios os serviços de saúde e assistência social para lidar com essa demanda. Quando superado esse obstáculo, o desafio é assegurar o cumprimento do tratamento de forma adequada por pessoas que vivem em condições de pobreza extrema.

O evento em Porto Alegre foi aberto hoje, às 9h, pelo coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira. Também participam da oficina representantes das secretarias de Gestão Estratégica e Participativa (SEGEP/MS), de Atenção à Saúde (SAS/MS) e do Departamento de DST/Aids e Hepatites virais/MS, além das coordenações estaduais e municipais de tuberculose e aids, atenção básica e assistência social. A sociedade civil será representada pelo Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR).

O cronograma de oficinas sobre população de rua prevê eventos voltados para os gestores e parceiros das regiões Norte e Centro Oeste, nos dias 14 e 15 de junho, em Brasília; Nordeste, dias 11 e 12 de agosto, no Recife; e Sudeste, dias 25 e 26 de agosto, no Rio de Janeiro.

EXPERIÊNCIAS – Durante a oficina serão apresentados e discutidos exemplos de ações já existentes em cada estado da Região Sul para o controle da tuberculose na população em situação de rua. Uma delas é a experiência da Estratégia Saúde da Família (ESF) em Porto Alegre no atendimento específico de pessoas vivendo na rua, como oferta de serviços de diagnóstico e tratamento de doenças, entre elas a tuberculose.

Representantes do Ministério da Saúde vão apresentar a Política Nacional de Saúde da População em Situação de Rua, além de ações desenvolvidas pela Atenção Básica e experiências exitosas do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Com relação às ações de assistência social e saúde, a Secretaria de Defesa Social do Rio de Janeiro, apresentará o relatório do projeto de busca ativa na população em situação de rua do Estado. A sociedade civil, representada pelo Movimento Nacional de População em Situação de Rua, compartilhará as experiências que estão sendo desenvolvidas em alguns estados. No segundo dia, os participantes discutirão uma proposta de fluxo de atendimento a esta população nos estados e municípios.

REDUÇÃO – O Brasil reduziu de 73.673 para 70.601 o número de casos novos de tuberculose entre 2008 e 2010 – o que representa 3 mil casos novos a menos no período. Com a redução, a taxa de incidência (número de pacientes por 100 mil habitantes) baixou de 38,82 para 37,99. São números positivos, mas que ainda fazem da tuberculose um dos principais problemas de saúde pública do Brasil, exigindo esforços para acelerar a diminuição do número de novos casos.

Serviço:
Oficina Regional Sul de TB, dias 5 e 6 de Maio, no City Hotel Porto Alegre – Rua Dr. José Montaury, n°2 – Centro - Porto Alegre RS.

Confira programação completa no site www.saude.gov.br/svs

Informações à imprensa
61.3315-6258/ 3580


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terça-feira, 3 de maio de 2011

Ubá promove Fórum do Controle Social em Saúde do Trabalhador

Forum CEREST
Com o objetivo de esclarecer à sociedade civil e organizada sobre a Política de Saúde do Trabalhador, mostrar os trabalhos desempenhados pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST Ubá), e o fortalecimento do controle social para adoção de medidas de planejamentos das ações da Saúde do Trabalhador no município e na microrregião de Ubá, visando a estruturação da Comissão Intersetorial em Saúde do Trabalhador-(CIST), no ultimo sábado (30) aconteceu o I Fórum do Controle Social em Saúde do Trabalhador de Ubá. O evento realizado na Câmara Municipal de Ubá, foi organizado pelo CEREST/Ubá  em parceria com a Prefeitura, Secretaria de Saúde e o Conselho de Saúde do município.


A CIST trata-se de uma comissão intersetorial que pode ser composta por todos os seguimentos da sociedade, cujo papel é propor, acompanhar, fiscalizar e avaliar a política de Saúde do Trabalhador desenvolvida no município, desde o planejamento e estabelecimento de prioridades, controle permanente da aplicação dos recursos, e a participação na atividade de vigilância em saúde até a avaliação das ações realizadas.

O Coordenador Geral Adjunto de Saúde do Trabalhador do Ministério de Saúde, Roque Manoel Perusso Veiga Ministrou sobre o Panorama do Trabalhador no Brasil, diretrizes e estratégias da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, e destacou “É necessário a promoção da saúde e a prevenção de doenças relacionadas ao trabalho e vigilância em saúde”, conta. Indicou, ainda, fatores determinantes que envolvem o bem estar do trabalhador. “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes na qualidade de vida do trabalhor relacionado à alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e o acesso a bens e serviços essências”.

A Diretora Estadual em Saúde do Trabalhador, Elice Eliane N. Ribeiro, comentou sobre a Política Estadual de Saúde do Trabalhador em Minas Gerais. Ela mostrou os pontos fundamentais para enfrentar os desafios na Saúde do trabalhador “é necessário união, para pensarmos na ação de saúde, determinação para obter foco no planejamento, confiança de que todas os atores envolvidos cumprem o seu papel, e ousadia, para pensar juntos nas melhorias e em novas parcerias e é claro ter paixão pelo trabalho”, ressaltou.

O Coordenador Nacional de Plenária do Conselho Estadual de Saúde (CES/SP), Arnaldo Marcolino, abordou sobre o Controle Social em Saúde do Trabalhador e o papel da Comissão CIST. E frisou a importância da participação social na realização de políticas que envolvam melhorias aos trabalhadores. “O cidadão tem o direito de cobrar por mudanças, mas também cabe a ele participar de reuniões, conselhos como a CIST, além de envolver-se nas questões sociais, para que junto com os profissionais na área desempenham planos e estratégias. O cidadão não deve ser paciente e sim um agente social”, comentou.

O Mestre em Saúde Pública e Professor Assistente da Política e Planejamento de Saúde e Segurança do Trabalho da UFMG, Virgílio Baião Carneiro, discutiram sobre a Saúde do Trabalhador e Assistência Médica de Empresas no Brasil. “Existem grande empresas que possuem uma organização excelente, relacionada à saúde do trabalhor, mas muitas empresas ainda principalmente as médias e pequenas é deficiente nesta questão. Há necessidade de fiscalização para que essas tomem as medidas adequadas”, disse. 

Ressaltou também a importância do profissional de saúde ao realizar o diagnóstico “é necessário, ao fazer atendimento, o profissional de saúde ter um olhar diferenciado, de forma que identifique se a causas de saúde do paciente esta relacionada ao trabalho. Melhorando na coleta dos dados, é provável que tenhamos uma estatística de agravos envolvidos ao ambiente de trabalho atualizado e real, de forma que nos permita visualizar o problema, e avaliarmos estratégias para corrigir”, complementou.

O Diretor da Gerência Regional de Ubá, Franklin Leandro Neto, foi moderador da mesa de debate, que no momento fez a avaliação sobre o evento. “A realização desse fórum superou as expectativas. O evento pode ser considerado um presente aos trabalhadores, que se informaram sobre o trabalho realizado na saúde do trabalhador no município, conhecendo o papel das CEREST e do Conselho de Saúde, de forma que tornem-se parceiros em prol a Saúde do Trabalhador”, expressou.

O Secretário Municipal de Saúde Cláudio Ponciano, comentou: “O CEREST nos deu oportunidade de mostrar profundamente o trabalho realizado a todos os presentes, e creio que a partir disso ampliaremos a articulação e fortalecimento da Saúde do Trabalhador no nosso município”.

O assessor Técnico da Secretaria de Saúde, Thiago de Castro, reforçou ao compromisso com a Saúde do Trabalhador. “Certamente levaremos o tema da Saúde do Trabalhador nos Conselhos e reuniões. É fundamental a construção da Política de Saúde do Trabalhador e queremos que a CIST seja efetivada e com representantes de toda sociedade”. Argumentou.

Para a Coordenadora do CEREST Ubá Terezinha Vieira P. de Souza o evento atingiu o objetivo proposto. “Nossa intenção foi de fortalecer as questões relativas à Saúde do Trabalhador dar visibilidade ao nosso trabalho a sociedade e conquistar novas parcerias”.

Ao final do evento foi apresentada uma nota Técnica, sugerida pelo Diretor Franklin, contendo as propostas do fórum e as ações que deverão ser cumpridas pelo CEREST em 2011. Foi citado, a utilização dos meios de comunicação e a mídia para maior visibilidade ao papel do CEREST em Ubá e na Microrregião. Melhorar a localização do CEREST tanto na estruturação física quanto na acessibilidade especialmente em aquisição de sede própria e cumprimento do plano anual de ações aprovadas em CIB micro e no Conselho Municipal de Saúde e avaliação das metas.
Participaram do evento representantes de instituições públicas e privadas, governamentais e não governamentais, profissionais na área de Saúde do Trabalhador da Sociedade civil organizada, e trabalhadores dos diversos ramos de atividade. E a Gerência Regional de Saúde Ubá também marcou presença fortalecendo a parceria e compromisso com a Saúde do Trabalhador.


 

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...