quarta-feira, 29 de setembro de 2010

AÇÃO EM SAÚDE EM UBARI



 


A PREFEITURA DE UBÁ  ATRAVÉS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE EM PARCERIA COM UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA REALIZA AÇÃO EM SAÚDE NO DISTRITO DE UBARI COM OS ESTUDANTES DE MEDICINA, ENFERMAGEM, FARMÁCIA, FISIOTERAPIA E ODONTOLOGIA .
FORAM OFERECIDOS OS SERVIÇOS DE AFERIÇÃO DE PRESSÃO, GLICEMIA CAPILAR, AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E OUTROS. SEGUNDO INFORMAÇÕES DA COORDENAÇÃO DE E.S.F DA SECRETARIA DE SAÚDE, FORAM REALIZADOS APROXIMADAMENTE 150 ATENDIMENTOS AOS MORADORES DO DISTRITO DE UBARI.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tudo sobre a hepatite C
A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que 170 milhões de pessoas tenham hepatite C em todo o mundo. Os números nacionais também são preocupantes. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de dois a três milhões de brasileiros podem estar infectados pelo vírus C, o que corresponde a aproximadamente 2% da população. Os dados demonstram o tamanho da epidemia, que já é um dos mais graves problemas de saúde pública.

As hepatites consistem em toda e qualquer inflamação do fígado, que podem aparecer como uma simples alteração em um exame laboratorial, quando em seu estágio crônico, ou mesmo como uma doença fulminante e fatal, mais frequente na configuração aguda.

A doença pode se dar por diferentes formas, sendo as mais conhecidas causadas pelos vírus, A, B, C D e E. Mas, também existe a hepatite por medicamentos, alopáticos, naturais ou fitoterápicos, por bactérias, por doenças autoimunes, por álcool e por doenças genéticas. “Anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e hormônios, principalmente anticoncepcionais, também podem causar hepatites.”, alerta Eloíza Quintela, hepatologista especializada no Tratamento de Doenças do Fígado.

A hepatite A, transmitida por alimentos ou água contaminada, é a mais comum e menos grave. Está diretamente relacionada com a falta de hábitos de higiene. Pode ser sintomática ou assintomática, mas o próprio organismo consegue resolver o problema sozinho. No nordeste, 57% das pessoas adultas já tiveram contato com este vírus.

Segundo a hepatologista, os tipos B e C, transmitidos através do contato com sangue contaminado, são bem mais graves. “Na maior parte das vezes assintomáticas, essas doenças tendem a se tornar crônicas por falta de diagnóstico e tratamento. A hepatite B é a mais temida, pois o melhor que conseguimos é interromper a multiplicação do vírus e retroceder um pouco seus níveis no organismo, mas o portador vai conviver com ele por toda a vida.”, explica.

Assim como a hepatite B, a C também se apresenta de duas formas. A aguda, quando a infecção aparece logo que o vírus se instala no corpo, e a crônica, na qual o paciente já está contaminado há no mínimo seis meses. A hepatite C normalmente não causa sintoma algum, ou apresenta sinais muito inespecíficos, como letargia, dores musculares e articulares, cansaço ou náuseas. Como as pessoas não sabem que estão infectadas, cerca de 80% dos casos acabam evoluindo para a fase crônica. “Os indivíduos podem ficar décadas ou mesmo a vida toda sem saber. Há uma quantidade de pacientes infectados que inclusive nunca desenvolve doença grave ao longo da sua vida”, diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.

Para os que convivem anos e anos sem saber que têm o vírus, o maior perigo é só perceberem que estão doentes depois que o fígado está com danos graves. “Dos casos diagnosticados, 30 a 60 milhões deles evoluem para as formas avançadas que podem levar ao óbito. A Hepatite C crônica evolui silenciosamente por décadas. As ocorrências que diagnosticamos hoje, foram fruto de contaminação nas décadas de 60, 70 e 80.”, afirma o médico. Por isso, a faixa etária que atualmente é mais atingida por este mal está entre a terceira e a quarta década de idade.

Estima-se que apenas um terço dos pacientes com infecção aguda pelo vírus C venha a ter sintomas ou icterícia (pele e olhos amarelados). “Nem dor de cabeça, nem febre ou enjoo, nem sequer uma indisposiçãozinha de fim de tarde. Ela é absolutamente silenciosa até que tenha atingido seu estágio mais avançado. Sem qualquer sintoma ou informação sobre a doença, uma em cada 12 pessoas do mundo caminha a passos largos para complicações reversíveis somente com um transplante. Este é o mais sorrateiro dos males da atualidade.”, comenta Eloíza Quintela.

Se não for tratado a tempo, o vírus C tem potencial de evoluir para uma cirrose e até um câncer de fígado. A hepatite é hoje a principal causa de transplante de fígado no país, responsável por 50% dos procedimentos. “Além dessas complicações, a infecção também pode desencadear outras doenças através da estimulação do sistema imunológico, que acarretam na diminuição da qualidade de vida. São elas: encefalopatia, água na barriga, peritonite bacteriana, insuficiência renal e sangramento de varizes no esôfago.”, acrescenta a doutora.

A hepatite C é transmitia através do contato com sangue contaminado. Apesar das especulações recentes mostrando a presença do vírus em outras secreções como o leite, a saliva, a urina e o esperma, segundo especialistas a quantidade do vírus parece ser pequena demais para contaminar e não há dados que sugiram contágio por essas vias. A transmissão sexual também continua a ser considerada improvável.

Há possibilidade de contágio de mãe para filho durante a gestação e no parto, e os grupos de maior risco incluem receptores de sangue, usuários de drogas endovenosas, pacientes em hemodiálise e trabalhadores da área de saúde. “O contágio pode acontecer por partilha de seringas, agulhas ou instrumentos perfuro-cortantes e até mesmo objetos de higiene pessoal”, afirma o médico.

O vírus da hepatite C é muito resistente e chega a sobreviver de 16 horas a quatro dias em ambientes externos. Por isso, é muito importante conferir a esterilização das agulhas no tratamento de acupuntura, de clínicas odontológicas, de estúdios de piercings e tatuagens, e até mesmo, de salões de beleza. “Teoricamente, a espátula, a tesoura e o alicate de unha podem transmitir a doença. O mesmo acontece com a tatuagem, se esta for realizada em locais impróprios e não vistoriados pela vigilância sanitária.”, esclarece Dr. Raymundo Paraná.

A maioria das pessoas descobre que está infectada pela hepatite C sem querer, ao realizar um exame de sangue de rotina ou ao doar sangue. O resultado positivo detecta um nível alto de enzimas produzidas pelo fígado na amostra e também se você tem ou não os anticorpos contra o vírus.

Se a lesão hepática estiver em estágio inicial, é provável que você não precise tomar remédios. “A cura pode ser espontânea logo no começo da infecção. De 20 a 50% das pessoas conseguem se curar desta forma. Já na fase crônica, podemos tratar com medicações que oferecem de 45 a 90% de chance de cura dependendo de alguns fatores como peso, sexo, hábitos alimentares e dos exames de cada um.”, explica o especialista.

A decisão de tratar a doença com medicamentos anti-virais deve ser tomada em conjunto com seu médico. São tratamentos longos, árduos e bastante caros. Mas o SUS, sistema único de saúde, através do programa nacional de prevenção e tratamento das hepatites virais do Ministério da Saúde, fornece todo o tratamento gratuitamente.

Nem sempre há cura, mas é possível controlar. “Hoje, cerca de 55% dos pacientes que tratam vão se curar. Atualmente é indicado o uso subcutâneo de interferons e de ribavirina, antiviral de uso oral. O tempo será definido pelo genótipo do vírus e a carga viral. Habitualmente leva entre e 24 a 48 semanas.”, especifica a doutora.

As hepatites A e B possuem vacinas para imunização, a C não. “Este vírus entra no nosso organismo e vai se transformando em outras cepas, então é difícil com tantas mutações elaborar uma vacina tão potente para muitos subgrupos. Estudos estão em elaboração e esperamos que em breve a engenharia genética possa nos brindar com a vacina.”, ressalta a Dra. Eloíza Quintela.

Apesar dos esforços em conter a epidemia atual, especialmente com a realização de exames específicos em sangue doado, a hepatite C é uma séria ameaça à saúde pública. “Os números têm se mantido estáveis, contudo, temos muitos pacientes sem diagnóstico. Por ser uma doença que se mantém silenciosa por décadas, o diagnóstico é subestimado.”, aponta o médico.

Assim, medidas adicionais de prevenção e tratamento precisam ser tomadas. “A principal arma nessa batalha é a informação. Além disso, não custa nada todo mundo pedir, na próxima consulta médica, uma requisição para fazer o exame de teste.”, sugere a especialista.

Fique atento para alguns indícios: cansaço extremo, dor nas articulações, dor de estômago, coceira, dores musculares, urina escura ou icterícia, avermelhamento das palmas das mãos, inchaço no estômago, pernas e pés, e até mesmo confusão mental, distúrbios de memória e de concentração.

Vale ainda reforçar que ao contrário do vírus da gripe, por exemplo, não se pode pegar hepatite C pelo contato casual como abraços, beijos, espirros, tosse, ou através de talheres, toalhas ou roupas. Por isso, ninguém deve se afastar dos indivíduos infectados, e sim ajuda-los, dando a eles muito carinho. É preciso acabar com o preconceito.

Brasil é o segundo maior produtor de tecnologias médicas entre os países emergentes


Levantamento da OMS mostra que país está atrás apenas da China. Mercado nacional movimenta 2,6 bilhões de dólares e cresce 7% ao ano

O Brasil é o segundo maior produtor de tecnologia médica entre os países emergentes, ficando atrás apenas da China. De acordo com levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a indústria brasileira movimentou US$ 2,6 bilhões no ano passado nesse setor. O país está à frente do México, Índia e Turquia, que ocupam do terceiro ao quinto lugar no ranking.

O documento divulgado pela OMS, em setembro deste ano, em Genebra, aponta maior participação de países emergentes no mercado de tecnologia médica. Juntos, os 30 países emergentes que mais produzem nesse setor responderam por 10% das vendas mundiais – o equivalente a US$ 21,5 bilhões. China, Brasil, México, Índia e Turquia movimentaram 60% desse valor.

INVESTIMENTO - “No Brasil, o setor de equipamentos em saúde, desde 2003, cresce mais de 7% ao ano e com expectativa de alcançar índices ainda maiores. Se, por um lado, com o crescimento da renda no país, há maior demanda pelos serviços de saúde, por outro, o investimento do governo brasileiro para inovação e desenvolvimento industrial em saúde é cada vez maior”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.

De acordo com Guimarães, o governo brasileiro passou a enxergar a indústria de saúde como um setor estratégico e criou políticas específicas nesta área. O Complexo Industrial da Saúde é um dos eixos do Programa Mais Saúde – o PAC do setor - voltados exclusivamente ao fortalecimento da indústria nacional.

De 2003 até março de 2010, o país investiu mais de R$ 6 bilhões em infraestrutura, pesquisa e tecnologia no setor saúde. São recursos do governo federal, do BNDES e das agências de fomento à pesquisa.

Na área de equipamentos médicos, entre 2003 e 2007, foram aplicados mais de R$ 47 milhões em projetos de inovação, pesquisas e na criação de novos laboratórios para cerificação de produtos. Esses investimentos tem impacto a médio e longo prazo na ampliação do acesso da população a medicamentos, no fortalecimento da indústria nacional e na inovação tecnológica brasileira.

Apesar da evolução, o país mantém ainda um déficit de cerca de US$ 9 bilhões da balança comercial no setor saúde – conforme dados de 2009. Mas, os primeiros resultados dos investimentos desenham um cenário que permite um olhar otimista em relação ao setor. De acordo com Reinaldo Guimarães, o Brasil começa a mudar seu posicionamento no mercado, passando a apostar em produtos mais competitivos tecnologicamente. “Hoje temos superávit comercial no setor odontológico, somos referência”, comenta.

PAÍSES DESENVOLVIDOS - O levantamento da OMS demonstra que a indústria de equipamentos médicos continua concentrada nos países desenvolvidos. Os Estados Unidos está no topo da lista com vendas no valor de US$ 91,3 bilhões em 2009, o equivalente a 40,7% do mercado. Em seguida está o Japão e a Alemanha que responderam por 10,1% e 8,1% do total das vendas em 2009, respectivamente.

Com vendas no valor de US$ 6,1 bilhões em 2009, a China é o único país emergente na lista dos dez maiores mercados do mundo. Ela aparece em sétimo lugar, à frente de países como Espanha e Canadá.

De acordo com a OMS, o mercado de tecnologias médicas cresce cerca de 6% ao ano. A venda total em 2008 é de US$ 210 bilhões – o dobro do registrado em 2001. O setor emprega cerca de um milhão de pessoas.

Por Camila Rabelo, da Agência Saúde

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Renovação da filantropia só com o aval do gestor local do SUS.

O Decreto Federal 7.300/2010 passou a dar um novo, e amplo, poder ao Secretário Municipal de Saúde, em relação à renovação do título de filantropia para o prestador de serviços na área de saúde, já que, sem o aval, o benefício que isenta a entidade da contribuição patronal para o INSS - dentre outros, não pode ser usufruído.

            Interessante notar que o Decreto inova o ordenamento jurídico do País, aceitando como vínculo entre o filantrópico e a administração pública instrumento outro além do contrato ou do convênio, para fins de renovação do benefício, e que comprova a existência da relação de prestação de serviços de saúde, desde que definido em portaria do Ministério da Saúde.

            Não foi apontada solução para aqueles casos em que há divergências entre o gestor do SUS local e o prestador filantrópico, por questões, por exemplo, políticas, tampouco foi bem delineado acerca daquelas hipóteses em que o Município não goza de autonomia para efetivação das contratualizações com os filantrópicos(municípios que não se encontram em gestão plena), o que certamente será objeto de normatização pelo Ministério da Saúde.

Fonte: LEGISUS, 16/09/2010.

sábado, 11 de setembro de 2010

Ministério da Saúde reajusta valor de hemodiálise e investe R$ 200 milhões no setor


Quatro procedimentos de Terapia Renal Substitutiva terão aumento de 7,5% no valor da sessão. Medida amplia oferta de serviços no SUS 

A partir do próximo dia 1º, os serviços de hemodiálise em todo o país terão garantidos um incremento de aproximadamente R$ 200 milhões do orçamento do Ministério da Saúde. A medida beneficiará diretamente cerca de 70 mil doentes renais atualmente atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos serão liberados por meio de portaria que será publicada na próxima semana e serão destinados ao reajuste de 7,5% no valor das sessões de hemodiálise como também à ampliação da oferta dos serviços na rede de saúde.

Os investimentos do governo federal no setor de hemodiálise foram anunciados pelo Ministério da Saúde durante encontro, na tarde desta quinta-feira (9), entre representantes do ministério, da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e da Associação Brasileira dos Centros de Diálises e Transplantes (ACDT). Para o reajuste no valor das sessões serão destinados R$ 122 milhões por ano.

O restante do investimento (cerca de R$ 78 milhões) será aplicado no chamado “encontro de contas”; isto é, na rechecagem da produção de hemodiálises pelos serviços habilitados em todo o país. “As medidas têm o objetivo de identificar a real demanda por este tipo de procedimento e, a partir disso, ampliarmos e aprimorarmos os atendimentos”, explica o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame. Todo ano, o SUS absorve cerca de cinco mil novos doentes renais.

REAJUSTES – Os percentuais de reajuste nos serviços de hemodiálise foram definidos a partir de negociações com as entidades representativas do setor e com base em parâmetros obtidos a partir de estudo técnico realizado pelo Ministério da Saúde. O aumento em 7,5% incidirá nos valores de quatro procedimentos.

Todos eles referem-se à tabela da Terapia Renal Substitutiva (TRS). São dois procedimentos de hemodiálise realizados de uma a três vezes por semana. Essas sessões passarão a custar R$ 155. Os outros dois procedimentos de hemodiálise que sofrerão reajuste estão relacionados ao tratamento de pacientes portadores de HIV. Nestes casos, os valores aumentarão de R$ 213,76 para 229,79.

“Este investimento é resultado de um grande esforço orçamentário do Ministério da Saúde”, afirma o secretário Alberto Beltrame que, durante o encontro com representantes da SBN e da ABCDT, destacou a importância da manutenção do diálogo entre o governo e o setor para a permanente qualificação dos serviços de hemodiálise no país. As entidades que participaram do encontro aprovaram os investimentos anunciados e reconheceram a dedicação e a transparência do ministério no processo de negociação.

ESTUDO – A análise realizada pelo Ministério da Saúde para a definição técnica do reajuste de 7,5% no valor dos procedimentos é resultado de consultas a cerca de 20% do total de clínicas (aproximadamente, 630) que atualmente estão habilitadas para oferecer serviços de hemodiálise por meio do SUS. As unidades preencheram um questionário que avaliou desde aspectos gerais dos serviços (tamanho, localidade, instalações/equipamentos, aquisição de insumos/escala de atendimento, tributação) até o custo deles com recursos humanos.

O levantamento feito pelo ministério é um recorte de um grande estudo sobre o setor que está sendo realizado pelo Ibope em parceria com o Hospital Oswaldo Cruz. A expectativa é que esse amplo diagnóstico seja concluído até o final deste ano.

IMPACTO– Somente em 2009, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,6 bilhão nos serviços de hemodiálise pelo SUS. Este valor corresponde a um acréscimo de 141% em relação a 2001. Com os R$ 200 milhões de incremento, o investimento do governo federal no setor chegará a R$ 1,8 bilhão.

A rede pública conta com cerca de 630 serviços habilitados para o atendimento a doentes renais, que recebem atendimento integral e gratuito. Em 2004, eram 483 unidades. Todos os estados e o Distrito Federal têm pelo menos um serviço habilitado. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caminhar todo dia pode prevenir mais de 10 mil casos de câncer na Grã-Bretanha

LONDRES - Mais de 10 mil casos de câncer de mama e de cólon poderiam ser evitados anualmente na Grã-Bretanha se as pessoas adotassem a caminhada rápida como atividade física durante meia-hora por dia. A afirmação, feita nesta terça-feira, é do Fundo de Investigação Mundial do Câncer. Os especialistas recomendam todos os tipos de exercício para manter o peso e reduzir qualquer tipo de câncer. A atividade física ajudaria a prevenir o câncer por ter impacto sobre os níveis hormonais.
Os pesquisadores do Fundo estimaram que cerca de 4.600 casos de câncer de cólon e 5.000 de mama poderiam ser evitados na Grã-Bretanha se as pessoas incorporassem no dia a dia atividades que aceleram o ritmo cardíaco.
- Os números mostram que não é preciso ir à academia para se beneficiar do exercício - disse a médica Rachel Thompson, subdiretora de Ciência do Fundo. - Incluir na rotina a caminhada, mesmo que seja abrindo mão de trabalhar de carro e saltar num ponto mais longe do seu destino, ou ir de um ponto comercial a outro, pode fazer uma grande diferença para a saúde das pessoas.
A Sociedade Americana de Câncer disse que a atividade física parece reduzir o risco do câncer de mama e do de próstata ao regular os níveis hormonais. No caso do câncer de cólon, o exercício pode acelerar o processo digestivo, diminuindo o tempo que susbtâncias perigosas permanecem em contato com as paredes dos intestinos.
Na Europa, a obesidade e o excesso de pesso estão ligados a 8% de todos os tipos de câncer. Num estudo publicado na "Lancet", os cientistas mostraram que a obesidade poderia superar, no futuro, o tabagismo e a terapia de reposição hormonal como a principal causa de câncer nas mulheres.

SAÚDE SEXUAL

Basta falar em saúde sexual e a primeira coisa que vem à cabeça são as DSTs (e, em certa medida, também outros males como endometriose e infertilidade). O que pouca gente leva em conta é a quantas anda a saúde da cachola em si, o que acredite! tem muito a ver com sua vida sexual. Atualmente, a maioria dos modelos de funcionamento sexual saudável são centrados em três etapas: desejo, excitação e orgasmo.

Mas a definição e a classificação da disfunção sexual incluem a deterioração ou a perturbação de uma dessas etapas , lembra a psicóloga e terapeuta sexual e de casais Margareth dos Reis, do Instituto H. Ellis, de São Paulo. Ou seja, o gatilho para uma transa bacana não começa embaixo, como você poderia pensar. Seu cérebro pode ser o grande responsável pela decadência das suas investidas amorosas.

Em um amplo estudo, realizado em 2004 pelo Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, intitulado Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, os autores identificaram disfunções sexuais em 50,9% das mulheres entrevistadas. Nelas, os maiores vilões da cama foram a dificuldade de excitação sexual, citada por 26% das entrevistadas. Para 17,8%, as dores incomodavam a relação. E 8,2% reclamaram da falta de desejo sendo que os números oscilaram entre 5,8% nas mais jovens chegando a 19,9% na faixa acima de 60 anos.

O estudo também mapeou os problemas que mais incomodam os homens. Nada menos do que 48,1% deles padecem de algum mal. Quase a metade, 45,1%, sofriam problemas de ereção, 25,8% tinham ejaculação precoce e 2,1% reclamaram de falta de desejo sexual. Na prática clínica, observa-se que as queixas femininas mais comuns são em relação à falta de desejo sexual e dificuldade de chegar ao orgasmo. Já as masculinas são em relação à dificuldade na ereção e no controle ejaculatório (ejaculação rápida) , observa Margareth.

Existem vários fatores de risco que predispõem ao surgimento dessas disfunções sexuais. Entre eles, problemas hormonais, neurológicos e vasculares, que podem desencadear ou manter o problema. Mas a disfunção só será considerada um transtorno mental quando não houver nenhuma doença orgânica por trás. Aí o paciente deve procurar ajuda de um terapeuta, sim. Isso pode fazer toda a diferença entre quatro paredes.

Doenças Não transmissíveis

doenças não transmissíveis (DNT) matar 40 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 70% das mortes que ocorrem no mundo. ENT morrem ...