segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Brasil instala primeiro banco de leite humano em Cabo Verde

Brasil instala primeiro banco de leite humano em Cabo VerdeAlém de participar, por webconferência, da inauguração no país africano, o ministro Padilha lança projeto que vai conectar países para fortalecer os bancos de leite

O Brasil inaugura nesta segunda-feira (1º/08) o primeiro banco de leite humano do Cabo Verde. “A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano mais uma vez rompeu fronteiras. Chegou à África em 2008 e, neste novo e desafiador continente, agora atua em três países: Moçambique, Angola e agora Cabo Verde”, lembra o coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), João Aprigio Guerra de Almeida. Para marcar a inauguração, o ministro Alexandre Padilha faz um pronunciamento para os 23 países que integram a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, durante abertura da Semana Mundial de Amamentação, às 9 horas, no Rio de Janeiro.

Padilha lança, nessa mesma ocasião, o projeto Tel@ rBLH (Telessaúde), que visa ampliar o intercâmbio do conhecimento e a transferência de tecnologia no âmbito de atuação da rede de bancos de leite humano e de suas respectivas interfaces no campo da saúde da mulher e da criança. O coordenador da Rede BLH avalia que a ação coordenada, a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e um efetivo sistema de gestão do trabalho em rede são os mais importantes elementos de sustentação para a expansão e consolidação dessa rede.

“A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) projetou um incremento populacional de 19,4%, entre 2005 e 2020. Esta expansão representa uma expectativa de cerca de 11,6 milhões de nascimentos no período. Nesse contexto, o aleitamento materno se configura como uma ação estratégica no que tange a reversão dos índices de morbidade e mortalidade infantil que persistem na região”, explica Almeida.

LIDERANÇA E APOIO - O coordenador da Rede BLH salienta que se trata de uma iniciativa pioneira, que muito contribuirá para que o Rede Cegonha alcance seus objetivos em termos de qualificação da atenção neonatal em termos de segurança alimentar e nutricional. Almeida explica ainda que o diferencial da iniciativa brasileira está no fato de o Sistema Único de Saúde tratar o leite como um alimento funcional e selecionar diferentes tipos de leite para atender a necessidades específicas dos bebês. “Além disso, não tratamos o leite materno apenas como uma secreção. Nós também visamos apoiar o aleitamento”, resume.

Composta por 201 bancos de leite em operação e 15 em fase de implantação, a Rede BLH é a maior e mais complexa do mundo. Por ano, cerca de 150 mil litros de leite humano pasteurizado com qualidade certificada são distribuídos a mais de 135 mil recém-nascidos internados em unidades de terapia intensiva ou semi-intensiva, envolvendo a participação de 115 mil mães que integram voluntariamente o programa de doação. Além disso, a cada ano mais de 1,35 milhões de mulheres, gestantes e nutrizes, recorrem aos Bancos de Leite Humano em busca de apoio assistencial para amamentar diretamente seus filhos.

“Dado o reconhecimento mundial da iniciativa brasileira, os bancos de leite passaram a figurar na nossa agenda de cooperação internacional e o Brasil assumiu a liderança nessa área, exportando um conjunto de tecnologias com custo baixíssimo, mas que beneficia mais de 173 mil recém-nascidos abaixo do peso”, observa Almeida. As tecnologias foram desenvolvidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Saiba mais aqui sobre a Rede Brasileira de Banco de Leite Humano

Saiba mais aqui sobre o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, coordenado pelo Brasil

Por Débora Pinheiro, da Agência Saúde

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