sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ministério da Saúde libera R$ 3,7 milhões para controle da dengue no Amazonas

Recurso servirá para intensificar ações emergenciais de assistência aos pacientes e vigilância em Saúde. Primeira parcela será repassada imediatamente

O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 3,7 milhões para o estado do Amazonas, para reforçar as ações de prevenção e controle de dengue. A Portaria nº 223/2011, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12), destina R$ 2,94 milhões à assistência aos pacientes e R$ 800 mil às ações de Vigilância em Saúde, que incluem o trabalho de visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde e a aplicação de inseticidas e larvicidas por agentes de endemias.

O recurso para assistência será repassado em quatro parcelas mensais e o de vigilância, em duas parcelas. A Portaria determina o repasse imediato da primeira parcela dos dois recursos. Ainda em fevereiro, o estado deverá receber 25% do valor estabelecido para assistência (R$ 735 mil) e 50% do total destinado à Vigilância em Saúde (R$ 400 mil).

A medida foi autorizada porque o Amazonas vem enfrentando aumento expressivo de casos de dengue neste início de 2011. Dados preliminares, informados pela Secretaria Estadual de Saúde até 28 de janeiro, indicam 1.294 casos suspeitos de dengue, entre os quais 11 casos graves e quatro mortes suspeitas. Nesta semana, o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, informou que o total de notificações em janeiro chegou a 4.689, contra 693 registrados no mesmo período de 2010.

ALERTAS – O Amazonas é um dos 16 estados com risco muito alto de enfrentar epidemia de dengue em 2011. O alerta é do “Risco Dengue”, ferramenta indica a probabilidade de epidemia ao combinar fatores do setor saúde (número de casos, circulação dos sorotipos virais, infestação pelo mosquito), de infraestrutura (saneamento e abastecimento de água) e demográficos (densidade populacional).

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro de 2010, revelou que Manaus estava em situação de alerta, com presença de focos do mosquito transmissor em 2,4% das residências. Humaitá – um dos municípios que enfrentam aumento de casos atualmente no estado – integrava a lista de 24 cidades com risco de surto, em todo o país. Naquele levantamento, Humaitá apresentou larvas do mosquito em 4,8% das residências. O LIRAa considera satisfatório o índice de infestação abaixo de 1%. Entre 1,1% e 3,9%, a situação é de alerta. Acima de 3,9% de infestação, há risco de surto.

Valéria Feitoza, da Agência Saúde
(61) 3315-3988/3580/2351


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