sábado, 25 de junho de 2011

Ministério participa do 11º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade

Ministério participa do 11º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade
O encontro, que acontece em Brasília, reúne gestores e especialistas em medicina de família para discutir políticas públicas para o setor

O 11º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade 4ª Encontro Luso-Brasileiro de Medicina Geral, Familiar e Comunitária, que acontece no Centro de Convenções de Brasília, contou, nesta sexta-feira (24), com a participação do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, em uma mesa redonda que teve como tema: Redes de atenção com base na APS (Atenção Primária à Saúde). Além do secretário, o português João Sequeira Carlos, Diretor de Atenção Primária de Portugal e Salman Rawaf, professor Residente do Imperial College de Londres e membro da OMS, compuseram a mesa coordenada pelo italiano Renato Tasca, gestor da OPAS no Brasil.

O encontro permite a troca de experiências internacionais de países com o sistema de saúde baseado na atenção primária, embora contem com sistemas de financiamentos e realidades diferentes. Helvécio Magalhães reforçou a necessidade de integração do sistema de saúde para adequar o acolhimento do paciente. Segundo ele, é a Estratégia de Saúde da Família é uma alternativa positiva para esse nível de atendimento.

O secretário destacou pontos prioritários para o governo federal, como a melhoria da remuneração das equipes e da infraestrutura, desprecarização do trabalho e a instalação do Telessaúde Redes em todas as unidades básicas de saúde nos próximos seis anos.

HOMENAGEM - Na abertura do encontro que aconteceu na quinta-feira (23), o secretário Helvécio Magalhães recebeu um troféu de honra ao mérito pelos relevantes serviços prestados à saúde pública brasileira. O prêmio foi entregue pelo presidente do 11ª Congresso Brasileiro de Medicina da Família e Comunidade e 4ª Encontro luso-brasileiro de medicina geral, familiar e comunitária, Sandro Batista.

AÇÕES - O Ministério da Saúde vai coordenar ações voltadas ao aprimoramento da atenção básica em todo o país. O objetivo das novas medidas – definidas em conjunto com os estados e municípios – é incentivar os gestores locais do Sistema Único de Saúde a melhorar o padrão de qualidade da assistência oferecida aos usuários do SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e por meio das equipes de Atenção Básica de Saúde.

O novo modelo também inclui reforma e ampliação das atuais 36,8 mil UBSs e a construção de novas unidades. Para isso, o Ministério da Saúde garantirá, por ano, recursos da ordem de R$ 900 milhões, destinados à estratégia de certificação da qualidade da assistência.

A reestruturação da política de atenção básica no SUS – para a qual estão previstos cerca de R$ 2,2 bilhões a mais por ano, elevando o orçamento anual da política de R$ 9,8 bilhões para R$ 12 bilhões – prevê um aumento de até 26% no Piso de Atenção Básica (PAB) Fixo repassado aos municípios mais carentes do país. Com o aumento, o valor anual per capita do PAB Fixo passará de R$ 18 para R$ 23.

O acréscimo ao incentivo financeiro que já é repassado normalmente às Equipes Básicas de Saúde estará vinculado ao cumprimento de parâmetros de qualidade, ou seja, àquelas que atenderem aos parâmetros estipulados poderão até dobrar o valor do repasse que recebem. Para as Equipes de Saúde da Família, Agentes Comunitários da Saúde e equipes de saúde bucal haverá também um reajuste de 5%.

INDICADORES – Para a definição de critérios para o aumento dos incentivos financeiros na atenção básica, o Ministério da Saúde adotou indicadores nos municípios, como o PIB per capita, o percentual de pessoas em extrema pobreza, o índice de famílias beneficiárias do Bolsa Família, a densidade demográfica o percentual de usuários de planos de saúde.

As metas de qualidade dos serviços de saúde – tanto nas Unidades Básicas como pelas ESFs – serão contratualizadas pelos Municípios junto ao Ministério da Saúde. Elas serão constantemente acompanhadas pelo governo federal, em parceria com universidades e institutos de ensino que serão contratados para o monitoramento e a avaliação da qualidade da assistência oferecida aos usuários do SUS.

UBSs – Parte da estratégia de fortalecimento da atenção básica no SUS será a requalificação das UBSs. Parte das 36,8 mil atuais UBSs passará por adequação e padronização da estrutura física. Também está prevista a construção de novas Unidades Básicas de Saúde. “Em todas elas, o atendimento deverá ser humanizado e, sempre que possível, individualizado”, afirma Heider Pinto.

Até o final deste ano, um amplo censo será realizado, em todo o país, para a verificação das condições e certificação das Unidades Básicas de Saúde em funcionamento. A construção de novas UBSs atenderá a critérios de prioridade, em que serão considerados indicadores municipais como o PIB per capita, o percentual de pessoas em extrema pobreza e o índice de Unidades Básicas de Saúde com qualificação insuficiente.

As construções de UBSs serão periodicamente acompanhadas por consultoria independente como também pelo Ministério da Saúde, por meio da Ouvidoria (proativa) e de um novo sistema de acompanhamento de obras, que deverá ser alimentado pelos Municípios.

VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL – O novo modelo de atenção básica também prevê a valorização profissional no SUS. Para isso, o governo federal coordenará medidas de incentivo aos profissionais para a garantia da assistência à população; principalmente, atenderem em regiões remotas ou com maior carência de mão-de-obra em saúde. Entre as possibilidades estão a oferta de cursos de especialização (presenciais ou a distância), a ampliação do programa Telessaúde para apoio ao diagnóstico clínico (conhecido como “segunda opinião médica a distância”), a contagem de pontos para Residência Médica e, em parceria com o Ministério da Educação, o abatimento de dívida junto ao programa de Financiamento Estudantil (Fies).


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