terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vitamina B de bom humor

Escolhas feitas à mesa têm tudo a ver com a maneira como você leva a vida. O time vitaminado do complexo B não pode faltar no prato de quem deseja manter a apatia e o desânimo bem longe da rotina

por Paula Desgualdo

Às vezes o dia acorda mais cinzento. Bate aquele cansaço, uma preguiça quase insuportável de encarar o mundo. Quando isso acontece, repare que é comum jogar a culpa no excesso de trabalho, nas vias intransitáveis da cidade, entupidas de veículos, e nas contas a pagar. Sobra até para a sogra, mas raramente relacionamos a falta de ânimo ao que comemos. Segundo pesquisas recentes, já está mais do que na hora de levar esse elo a sério. “Muitas doenças de fundo emocional são favorecidas, também, pela alimentação”, revela a nutricionista Silvia Papini, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior de São Paulo.

Esqueça a ideia de que abocanhar um chocolate é a solução para melhorar o humor. Está certo que uma barra de cacau que derrete na boca é puro deleite. No entanto, vamos falar aqui de como nossos hábitos alimentares podem contribuir para a produção e a manutenção de substâncias que preservam o alto-astral. Nesse cenário, destacam-se algumas vitaminas do complexo B. Acaba de ser publicado pelo Instituto Rush para o Envelhecimento Saudável, nos Estados Unidos, um trabalho que evidencia o vínculo entre o consumo de B6 e B12 e a prevenção de sintomas de depressão. “Níveis insuficientes desses micronutrientes estão associados à doença”, escreve Kimberly Skarupski, professora do Centro Médico da Universidade Rush, em artigo enviado a SAÚDE!. Em outras palavras, investir nas fontes dessas substâncias ajudaria a afastar a fadiga e os pensamentos negativos.

Por sorte, elas estão bem distribuídas nos alimentos. “Carnes, ovos e folhas verdes são ricos em vitaminas do complexo B”, conta a nutricionista Lara Siqueira, da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem-Estar, em São Paulo. “O problema é que a população não está comendo direito”, acredita Silvia Papini. O resultado desse descuido é o surgimento de problemas que acometem o corpo todo — e podem, inclusive, abrir as portas para o mau humor. 

Talvez você tenha notado a ausência de algumas integrantes da família B na tabela da página anterior. Não se trata de nenhum tipo de discriminação. Na verdade, aquelas representadas pelos números 1, 6, 9 e 12 aparecem com mais frequência nos estudos que estabelecem a ponte entre a geladeira e o cérebro. Mas, como você vê no quadro ao lado, a trupe não se encerra por aí.
 

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